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O contexto laterítico do sudeste do estado do Amazonas : uma abordagem mineralógica, geoquímica, aerogeofísica e eocronológicaAlbuquerque, Márcio Fernando dos Santos 09 March 2018 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2018. / Submitted by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2018-07-18T20:26:20Z
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Previous issue date: 2018-07-18 / A região sudeste do Amazonas é composta por embasamento vulcânico do Grupo Colíder (1,80-1,78 Ga), recoberto por sequência vulcano-sedimentar (Supergrupo Sumaúma), subdivida nos grupos Vila do Carmo (1,76-1,74 Ga) e Beneficente (1,43-1,08 Ga), corpos graníticos reunidos nas suítes intrusivas Teodósia (1,756 Ga), Igarapé das Lontras (1,754 Ga) e Serra da Providência (1,57-1,53 Ga) e diábasio Mata-Matá (1,57 Ga). Sobrepondo estas unidades há sucessão sedimentar Siluro-Devoniana do Grupo Alto Tapajós. O Supergrupo Sumaúma têm alto conteúdo de MnO em grauvacas e siltitos, ao passo que o Grupo Alto Tapajós concentra P2O5 nas grauvacas, o que implica em fontes distintas. Além disso, arenitos do Supergrupo Sumaúma com grãos de quartzo bem esféricos e arredondados miram contribuição de fontes distais. Já os grãos de quartzo subarredondados e subesféricos dos arenitos e alto teor de K2O nas grauvacas, indicam fontes proximais para o Grupo Alto Tapajós. As fontes do Supergrupo Sumaúma, reveladas pelos isótopos de Nd, estão atreladas à Província Rondônia Juruena. Além disso, as províncias Tapajós-Parima e Amazônia Central supriram o Grupo Vila do Carmo, e fontes distais relativas às províncias Carajás e Sunsás fomentaram sedimentos para o Grupo Beneficente. Vale ressaltar que o Grupo Vila do Carmo foi fonte para o Grupo Beneficente, prova disso é a discordância angular entre as unidades, altos conteúdos de Fe2O3, TiO2, rutilo, Ti-magnetita e população de zircão entre 1,76 e 1,74 Ga nos arenitos do Grupo Beneficente. As mesmas fontes do Supergrupo Sumaúma foram identificadas pelos isótopos de Nd para o Grupo Alto Tapajós, contudo boas correlações entre 87Sr/86Sr vs CIA e 87Sr/86Sr vs Rb/Sr atestaram seu caráter autóctone e intraformacional relacionado à incisão do Grabén do Cachimbo no Supergrupo Sumaúma e Grupo Colíder serviram de fontes para o Grupo Alto Tapajós. A exposição destas rochas formou espessas crostas Mn, Mn-Al-Fe, bauxíticas, Fe, Fe-Al-Fe e colúvios, recobertos por latossolos. Os protólitos de Mn estão relacionados aos grupos Vila do Carmo e Beneficente, Supergrupo Sumaúma. Contudo, há diferenças mineralógicas e geoquímicas entre eles, enquanto os do Grupo Vila do Carmo são caracterizados pela presença de Pb-hollandita, coronadita e criptomelana e altos conteúdos de Pb e Cu, aqueles do Grupo Beneficente têm romanechita como fase dominante e Ba mais elevado. Crostas Mn e Mn-Al-Fe maciças, vermiformes, protopisolíticas, pisolíticas e colúvios foram formadas a partir destas rochas. Assim como nos protólitos, crostas Mn desenvolvidas sobre o Grupo Vila do Carmo também formaram hollandita, Pb-hollandita, criptomelana e coronadita e têm altos teores de K2O, Ag, Cu, Pb e Tl, já aquelas do Grupo Beneficente formaram romanechita supergênica. A presença de galena, Ag nativa, coronadita, Pb-hollandita, alto Cu, Tl e anomalias positivas de Gd nas crostas Mn desenvolvidas sobre o Vila do Carmo são similares aos conteúdos de gossans, minérios sulfetados e depósitos de Mn de origem hidrotermal. Além do mais, a fonte hidrotermal do Mn do Grupo Vila do Carmo, a mesma que originou os sulfetos, é a ratificada pelas relações 206Pb/207Pb vs 208Pb/206Pb, (Zn x Ni)/MnO2 vs (Cu/Zn)/Fe2O3 e pelos altos teores de Cu, Pb e Zn, similar aos Gossans Australianos, e pode classificar o Mn supergênico como dubhito. Por outro lado, o Mn do Grupo Beneficente tem assinatura sedimentar e pode ser classificado como supergênico marinho. A relação Rb/Sr vs d permitiu agrupar rochas, crostas lateríticas (Mn,Mn-Al-Fe, bauxíticas, Fe e Fe-Al) e solos desenvolvidos a partir dos grupos Vila do Carmo, Beneficente e Alto Tapajós, o que ratifa o uso de crostas lateríticas no mapeamento de rochas mães. A razão ETR/(Zr+Hf) ≥1 indica controle por minerais de Mn e cerianita. Ao passo que, ETR/(Zr+Hf) ≤ 1 atesta que minerais pesados como zircão controlam a variação dos ETR ao longo do perfil laterítico. A redistribuição de minerais em todo o perfil laterítico com concentração residual de zircão ou lixiviação de minerais de Mn (coronadita, holandita e criptomelana) e fixação na cerianita, controla a assinatura isotópica de Nd. As razões isotópicas de Sr apresentaram dois tipos de comportamento distintos: 1- A razão 87Sr/86Sr aumenta em direção ao topo dos perfis onde predominam crostas Fe e Mn-Fe-Al, sugerindo a entrada de Sr proveniente da atmosfera, água da chuva e lençol freático. 2- A intensa lixiviação que resultou na formação de caulinita e gibbsita liberou Sr dos protólitos em solução e diminuiu a razão 87Sr/86Sr em direção aos solos. As razões isotópicas de Pb são mais elevadas nas crostas lateríticas e solos do que nos protólitos, como não são afetadas pelo intemperismo, essa diferença pode estar relacionada ao decaimento do 238U para o 206Pb ou misturas de fontes. A excelente correlação entre 143Nd/144Nd, 206Pb/207Pb e 208Pb/ 206Pb no balanço de massa dos perfis P1 e P2 ratifica o não francionamento dos isótopos de Pb durante a intemperismo extremo. A gammaespectometria aliada a altimetria e métodos estatísticos como Booleano e Fuzzy, designaram áreas favoráveis às ocorrências de crostas lateríticas. Os dois modelos apresentaram boa correlação para bauxitas, crostas manganesíferas e solos, apesar de que o Booleano é capaz de identificar 67% das crostas ferruginosas, 20% a mais que os modelos Fuzzy. No entanto, os modelos Fuzzy foram eficientes em descartar pedras de ferro localizadas na porção oeste da área. A combinação relevo, eTh fuzzy (índice Kappa-0.8), estratigrafia e mapa de solos permitiu sugerir 100 Km2 de áreas propícias à ocorrência de Mn, 700 Km2 para bauxitas e 83 Km2 para crostas fosfáticas. A datação U-Th-He indicou que o início da lateritização remete ao Permiano e se estende até o Jurássico-Cretáceo com agradação de crosta ferruginosa maciça. A ausência de dados Ar-Ar em crostas manganesíferas impede afirmar sua época precisa de formação, no entanto, por correlação de crostas manganesíferas em Burkina Faso, Carajás e Quadrilátero ferrífero, apontam para o fim do Cretáceo (~70 Ma) o início de formação dessas crostas, se estendendo até o fim do Mioceno. Neste contexto, na região de Apuí houve a segunda fase de agradação de crosta ferruginosa (Oligoceno médio ao início do Mioceno). A partir de então, houve dois intervalos distintos de degradação de crostas lateríticas (formação de goethita); o primeiro entre 22,5±2,3 e 17,1±1,7 Ma e segundo entre 13,1±1,3 e 16.6 ±1,7 Ma. / The southestern of Amazonas state is composed by volcanic basement related to Colíder Group (1.80-1.78 Ga), followed by two volcano-sedimentary sequences related to Vila do Carmo (1.76-1.74 Ga) and Beneficente (1.43-1.08 Ga) groups, framed into Sumaúma Supergroup; granitic bodies gather into Teodósia (1.756Ga), Igarapé das Lontras (1,754) and Serra da Providência (1.57-1.53 Ga) intrusive suites and Mata-Matá diabase sills (1.57 Ga). Overlapping these units there is a Silurian-Devonian sedimentary sucession of the Alto Tapajós Group. The Sumaúma Supergroup has high contents of MnO in greywackes and siltstones, whereas the Alto Tapajós Group concentrates P2O5 in greywackes, what implies in distinct sources. Moreover, the Supergroup Sumaúma sandstones displays spherical and rounded quartz grains mirror distal source. While the subrounded and subspherical quartz grains of the sandstones and high amounts of K2O in the greywackes indicate proximal sources to the Alto Tapajós Group. The sources of the Sumaúma Supergroup identified by Nd isotopes are assigned to Rondônia Juruena Province. Moreover, the Tapajós-Parima and Amazônia Central provinces supplied the Vila do Carmo Group, and distal sources relative to Carajás and Sunsás provinces fomented sediments to the Beneficente Group. It is worthy to be highlighted that the Vila do Carmo Group was source of the Beneficente Group, proof of that is the angular discordance between these units, high amounts of Fe2O3, TiO2, rutile, Ti-magnetite and zircon population between 1.76 to 1.74 Ga in the sandstones of the Beneficente Group. The same sources of Sumaúma Supergroup have been identified by Nd isotopes to the Alto Tapajós Group, however the good correlations between 87Sr/86Sr vs CIA and 87Sr/86Sr vs Rb/Sr ratified their autochthony and intraformational signature are related to the Cachimbo graben incision in the Colíder Group and Sumaúma Supergroup, sources to the Alto Tapajós Group. The exposure of these rocks developed thick Mn, Mn-Al-Fe, bauxitic, Fe and Fe-Al duricrusts and colluviums, overlapped by oxisols. The Mn protoliths are related to Vila do Carmo and Beneficente groups, Sumaúma Supergroup. Nevertheless, there are mineralogical and geochemical differences among them, while those from Vila do Carmo Group are characterized by Pb-hollandite, coronadite and cryptomelane and high amounts of Pb and Cu, the other ones linked to Beneficente are featured by romanechite as main phase and more Ba. Mn and Mn-Al-Fe massive, vermiforms, protopisolitic, pisolitic and colluvium have been developed from these rocks. As well as in the protoliths, Mn duricrusts developed over Vila do Carmo Group also formed hollandite, Pb-hollandite, cryptomelane and coronadite and have K2O, Ag, Cu, Pb and Tl, whereas those from Beneficente Group formed supergenic romanechite. Galena, native Ag, coronadite, Pb-hollandite, high Cu, Tl and positive Gd anomalies in the Mn duricrusts developed from Vila do Carmo Group are similar to the gossan contents, sulphide ores and hydrothermal Mn deposits. Besides that, the hydrothermal source of the Mn from Vila do Carmo Group is ratified by 206Pb/207Pb vs 208Pb/206Pb, (Zn x Ni)/MnO2 vs (Cu/Zn)/Fe2O3 ratios, and by Cu, Pb and Zn content, similar to the Australian gossans, and may classify the supergenic Mn as duhbite. By the other hand, the Mn from the Beneficente Group has sedimentary signature and may be classified as marine supergenic. The Rb/Sr vs d allowed gather together rocks, lateritic duricrusts (Mn,Mn-Al-Fe, bauxitics, Fe and Fe-Al) and oxisols developed over Vila do Carmo, Beneficente and Alto Tapajós groups, what ratifies the use of lateritic duricrusts as tool of bedrocks mapping. The REE/(Zr+Hf) ratio ≥1 indicate control by Mn minerals and cerianite. Whereas, ≤ 1 claim that heavy minerals as zircon are risponsible by the REE variations along the lateritic profile. The redistribution of minerals in the lateritic porfiles with residual concentration of zircon or leaching of Mn minerals (coronadite, hollandite and cryptomelane) and fixation in cerianite controls the Nd isotopic signature. The Sr isotopic ratios displays two distinct behaviors:1- The 87Sr/86Sr increase in to the top of profiles where predominate Fe and Mn-Fe-Al duricrusts, suggesting the Sr input from the atmosphere, rainwater and groundwater. 2- The harsher leaching which culminated in the kaolinite and gibbsite formation release Sr in solution from protoliths and decrease the 87Sr/86Sr to the oxisols. Pb isotopic ratios are higher in the lateritic duricrusts and oxisols than in the protoliths, as they are not affect by the weathering, this difference may be assingned to 238U decay to 206Pb or mixing of sources. The excellent correlation between 143Nd/144Nd, 206Pb/207Pb and 208Pb/ 206Pb showed by the mass balance of the profiles P1 and P2 ratifies the Pb isotope immobility during extreme weathering The gammaspectometry together with the altimetry, and Boolean and Fuzzy statistical methods allowed recognize favorable areas to the duricrust occurrences. Both models displayed good correlation to bauxites, manganiferous duricrusts and oxisols, despite the Boolean model be able to identify 67% of the Fe duricrusts, 20% more than Fuzzy models. However, the Fuzzy models have been efficient when they discarded ironstones located in the western of the area, once it does not have relationship with the lateritization. The combination between relief, eTh fuzzy (best kappa index- 0.8), stratigraphy and soil map allowed identify/suggest 100 Km2 of the possible areas to Mn lateritic duricrust occurrence, 700 Km2 to bauxites and 83 Km2 to phosphatic duricrusts. The beginning of lateritization refers to the Permian and extends to Jurassic-Cretaceous with aggradation of massive Fe duricrust. The absence of Ar-Ar data in manganese duricrusts in the southeastern Amazonas state prevents to assert its precise formation time; however, by correlation of manganese duricrusts in Burkina Faso, Carajás and Iron Quadrangle, they point towards the end of the Cretaceous (~ 70 Ma) of these duricrusts, extending to the end of the Miocene. In this context, there was the second phase of ferruginous duricrust aggradation (Oligocene medium at the beginning of the Miocene) in the study area. From then on, there were two distinct intervals of lateritic duricrusts degradation (goethite formation); the first one between 22.5 ± 2.3 and 17.1 ± 1.7 Ma and second between 13.1 ± 1.3 and 16.6 ± 1.7 Ma.
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Quimioestratigrafia de isótopos de C e Sr de mármores do complexo São Caetano, zona transversal, província estrutural da Borborema : implicações regionais e globaisSILVA, Juan Carlos Tamayo January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / A composição isotópica de mármores do Complexo São Caetano (CSC),
municípios de Flores e Afogados da Ingazeira, Pernambuco, foi usada para se
estimar a idade de deposição das seqüências carbonáticas originais (protolito dos
mármores) e para se investigar mudanças na composição global da água do mar
durante sua deposição. Após comparar-se a curva de variação secular de isótopos
de C e Sr para estas sucessões carbonáticas com curvas para seqüências de
carbonatos sedimentares bem conhecidas a nível mundial, uma idade Meso-
Neoproterozóica (1,1-0,97 Ga) é proposta para a deposição dos carbonatos do
CSC.
Três diferentes estágios isotópicos (I, II, III) foram definidos e correlacionados
com eventos globais que teriam afetado a composição da água do mar durante a
transição Meso-Neoproterozóico (1,1-0,97Ga.). Um estagio inicial (I), com valores
moderadamente altos de δ13C (~ +3,7 PDB) que refletem um aumento no seqüestro
e soterramento do carbono orgânico, associado a um extensivo crescimento crustal
ocorrido no auge do ciclo orogênico Grenvilliano. O estagio isotópico II, apresenta
valores mais variareis de δ13C, entre -2 e +3 PDB, interpretados como devido ao
aumento no aporte de CO2 rico em 12C associado a um evento de riftamento global
há 1,05 Ga e ao seqüestro de matéria orgânica rica em 12C através de subdução e
formação de arcos magmáticos a nivel global há ~1,0 Ga respectivamente. O estagio
isotópico III, com valores de δ13C em torno de +3,7 PDB, evidencia uma continua
sedimentação e concomitante soterramento da matéria orgânica, associada `a
aglutinação do supercontinente Rodinia. A quimioestratigrafía de isótopos de Sr,
com valores de 87Sr86Sr ~0,706 caracterizando o estagio isotópico I, valores um
pouco mais variáveis (de 0.706 a 0,707) no estágio isotópico II, e valores em torno
de 0,706 caracterizando o estágio isotópico III, apóiam estas idéias.
Baseados no intervalo de idade de deposição aqui proposto e em relações
geológicas regionais, é possível propor-se que os protólitos sedimentares dos
mármores do CSC ter-se-iam depositado após um evento de riftamento na ZonaTransversal da Província Borborema entre 1.4 e 1.05 Ga. Características litológicas
da parte siliciclástica do CSC indicam, por outro lado, que este ter-se-ia depositado
numa margem continental em ambientes pelágicos. A margem continental, onde
foram depositados os sedimentos do CSC foi estabelecida ao norte do Craton São
Francisco e suas supracrustais Meso-Paleoproterozóicas associadas. A
sedimentação do CSC foi interrompida pela convergência oceânica-continental
(subdução) que levou a formação de arco magmático Cariris Velhos. Comparações
das curvas isotópicas de variação secular do CSC com as propostas em seqüências
sedimentares bem preservadas, indicam que os protolitos dos mármores estudados
teriam-se depositado durante um período de subida do nível do mar.
Por outro lado, levando-se em consideração que a composição isotópica de C
e Sr de carbonatos pode ser alterada por processos pós-deposicionais (e.g
diagênese e metamorfismo), possíveis alterações da assinatura isotópica original
dos carbonatos (mármores) do SCC, foram investigadas por metodologia
multivariada, incluindo: (1) caracterização petrográfica, (2) caracterização dos
elementos (elementos maiores e menores), e (3) determinação da composição
isotópica dos carbonatos e grafitas associados.
Concluiu-se que a alteração da assinatura isotópica de C encontrada em
algumas das amostras estudados esta associada à presença de grafita. Uma difusão
entre CH4 rico em 12C (derivado da grafita) e os carbonatos é proposta como o
mecanismo que afetou a composição isotópica dos carbonatos, causando
diminuições em seus valores de δ13C em ambiente fechado durante o metamorfismo.
Isto é apoiado pela pouca variação dos valores de δ18O e 87Sr/86Sr; como também
pela natureza inalterada dos indicadores de elementos geoquímicos (conteúdos de
Sr com media de 1500 ppm, razões de Mn/Sr de 0.006 até 0.140, e razões de Rb/Sr
entre 0 e 0.005). Este processo ocorreu sob condições de metamorfismo de baixa
pressão e media temperatura, como é apoiado pela paragênese dos mármores
(calcita, quartzo, tremolita, moscovita, diopsidio e granada), as quais indicam
temperaturas na faixa de 500-7000C. O Intervalo de temperatura para o
metamorfismo (514 e 750oC) calculado a partir o termômetro calcita-grafita apóia
esta idéia
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Composição isotópica e idade das mineralizações de Au epitermal do distrito mineiro de Marmato, noroeste da Colômbia / Not available.Díaz Pinzón, Fabio Humberto 27 November 2002 (has links)
No Distrito Mineiro (Au-Ag) de Marmato, localizado nos Andes setentrionais da Colômbia, foi realizado um estudo de isótopos radiogênicos para caracterizar isotopicamente a mineralização visando obter informação sobre as possíveis rochas fontes dos fluidos hidrotermais; assim como para determinar tentativamente a idade das mineralizações. Para a caracterização isotópica e a discussão dos dados, a mineralização epitermal de ouro foi dividida em três níveis: na parte superficial, o denominado setor de Echandía, na parte intermediária (setor de Cien Pesos) e na parte profunda (setor de Marmato bajo). Nos minerais de mineiro e de ganga (pirita, esfalerita, galena, carbonato), foram realizados em total, 9 análises Sr/Sr, 7 análises Sm/Nd e 10 análises Pb/Pb. Nas rochas encaixantes realizaram-se 11 análises Sr/Sr em rocha (RT), 10 análises Sm/Nd e 1 Nd/Nd em RT e 7 análises Pb/Pb em RT. Na determinação da idade das mineralizações foi utilizado o método Rb-Sr em lixiviados de esfalerita, e também uma datação K-Ar em plagioclásio sericitizado. As amostras foram analisadas nos laboratórios do Centro de Pesquisas Geocronológicas da Universidade de São Paulo (CPGeo). Os minerais foram separados utilizando os métodos tradicionais, separador magnético (Frantz Isodynamic), meio denso (Iodeto de Metileno e Bromoformo), sendo purificadas por catação manual com auxílio de lupa binocular; as amostras de RT foram moídas em moinho de bolas com cápsulas revestidas em carbeto de tungstênio. O ataque químico foi realizado com diferentes ácidos, nas sistemáticas Sr/Sr e Sm/Nd com HCl, HN\'O IND.3\' e HF; no caso do Pb/Pb com HCl, HN\'O IND.3\', HF e HBr; para K-Ar com \'H IND.2\'S\'O IND.4\', HF, HN\'O IND.3\', N\'H IND.4\'OH e (N\'H IND.4\')2C\'O IND.3\'. A separação de elementos foi realizada em colunas de troca iônicas: no Sr/Sr foi usada a coluna de resina catiônica (AG WX8, 200-400 mesh); no Sm/Nd a coluna primária preenchida com resina ) catiônica (AG 50W X8, 200-400 mesh) e a coluna preenchida com pó de teflon (200 mesh); no Pb/Pb uma coluna de troca iônica (AG 1-X8 200-400, mesh chloride form Bio-Rad). As análises foram realizadas utilizando o espectrômetro VG 354, monocoletor, o espectrômetro VG 354, multicoletor, o espectrômetro tipo Mass Spectrometer Model 262, multicoletor; e para K-Ar um espectrômetro de tipo MS-1, com fonte iônica tipo \"NIER\". Para a seleção das amostras para análises isotópicas e suas interpretações, foi realizada uma descrição petrográfica e mineralógica das amostras, em total fizeram-se, 15 descrições petrográficas de seções delgadas, 11 de polidos e 7 no Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV). A idade K-Ar obtida para a mineralização de ouro, foi de 5,6\'+OU-\'0,6 Ma, em plagioclásio sericitizado do Dacito Pórfiro alterado hidrotermalmente. Esta idade é concordante com a idade da última reativação do Sistema de Falhas de Cauca-Romeral, 5,6\'+OU-\'0,4 Ma, Ar-Ar em biotita (Vinasco, 2001), e um pouco mais jovem do que a idade de formação do Stock de Marmato (encaixante das mineralizações) de 6,3\'+OU-\'0,7 Ma, K-Ar em horblénda (Restrepo et al., 1981); indicando uma duração aproximada do sistema hidrotermal de 700.000 anos. A idade também permite relacionar à mineralização com um ambiente tectônico de tipo distensional, originado por bacias tipo \"pull apart\" formadas na depressão do Cauca-Patía, pela reativação com movimento sinistral do Sistema de Falhas de Cauca Romeral originada pela acreção do arco Panamá Choco à borda NW de Sul América no Mioceno. Nos andesitos dacitos pórfiros encaixantes dos veios, obtiveram-se razões de \'Sr ANTIPOT.87\'/\'Sr ANTIPOT.86\' entre 0,70444 e 0,70460 e do parâmetro \'\'épsilon\'IND.Nd\' entre +2,2 e +3,2; indicando magmas pouco diferenciados, interpretados como derivados do magmatismo associado à subducção da placa de Nazca no continente Sul Americano, sendo sua ascensão de ) forma rápida e controlada pelo Sistema de Falhas de Romeral. Nos sulfetos as razões \'Sr ANTIPOT.87\'/\'Sr ANTIPOT.86\' estão entre 0,70500 e 0,71210 e o parâmetro \'\'épsilon\'IND.Nd\' entre -1,11 e +2,40 para a parte superficial e intermediária, e de +1,95 e +3,28 na parte mais profunda. No setor superficial, os resultados estão indicando uma participação importante das encaixantes, na circulação de fluidos hidrotermais meteóricos; já no setor de Marmato Bajo, o aporte das rochas porfiríticas é maior, e os fluidos parecem ser uma mistura de fluidos hidrotermal meteórico e hidrotermal magmático. Os valores isotópicos das razões \'Pb ANTIPOT.206\'/\'Pb ANTIPOT.204\', \'Pb ANTIPOT.207\'/\'Pb ANTIPOT.204\' e \'Pb ANTIPOT.208\'/\'Pb ANTIPOT.204\', variaram entre 18,970-19,258, 15,605-15,910 e 38,813-39,751 respectivamente. Os resultados indicam a derivação do Pb dos sulfetos, das rochas encaixantes, principalmente do Dacito Andesito Pórfiro, com uma contribuição menor do xisto grafitoso do Complexo Arquía / A radiogenic isotopic study was carried out on the Au-Ag Marmato mining district in the setentrional Andes of Colombia in order to characterize the age and the sources of the mineralization. To isotopic characterization and data discussion, the epithermal gold mineralization were divided in three different levels: the first one near surface is named Echandía, the intermediary (Cien pesos sector) and the deepest (Marmato Bajo). ln the ore and gangue minerals (pyrite, sphalerite, galena and carbonate) where done 9 Sr/Sr analyses, 7Sm/Nd and 10 Pb/Pb analyses. ln the host rocks where done 11 Sr/Sr, 10 Sm/Nd, 1 Nd/Nd, and 7 Pb/Pb whole rock analyses. All the samples where analyzed at the Geochronological Research Center of the São Paulo University (CPGeo). Minerals were separated by conventional methods using magnetic separation and heavy liquids, and finally they were hand picked with the aid of a binocular lens. Whole rock samples were crushed and milled in a tungsten mill. The chemical attack was done with HCI, HNO3 and HF for Sr/Sr and Sm/Nd, HCl, HNO3, HF and HBr for the Pb/Pb, and H2SO4, HF, HNO3, NH4OH and (NH4)2CO3 for the K-Ar analyses. Element separation where done on the resin columns AG WX8 (200-400 mesh) for Sr/Sr, the AG 50W X8 (200-400 mesh) and the Teflon powder column for Sm/Nd, and the Pb/Pb was done on the AG 1-X8 (200-400 mesh). lsotopic analyses were carried on the Mass Spectrometer VG-354 monocollector, VG 354 multicollector, and Finnigan 262 multicollector. The K-Ar analyses were done in the MS-1 Spectrometer with ionic supply \"NlER\". The sample selection for isotopic analyses were made based on petrographic and mineralogical characteristics, that includes 15 thin sections, 11 polished sections, and 7 analized sections on the back scatter electron microscope. An K-Ar age determination of 5.6 \'+ ou -\' 0.6 Ma, obtained on sericitized plagioclase from hydrothermal alterated host rocks, is considered as the timming of the gold mineralization. This age is in agreement with the Cauca-Romeral Fault system reactivation, which developed at 5.6 \'+ ou -\' 0.4 Ma (Ar-Ar on biotite), and it is slightly younger than the cooling age, 6.3 \'+ ou -\' 0.7 Ma (K-Ar on hornblend), of the Marmato stock. These geochronological data suggest that the hydrothermal system was active for 700.000 years approximately. The mineralization is related to distensional tectonic environment, that allows the left re-activation of the Cauca-Romeral Fault System, and the formation of pull-apart basins in the Cauca-Patia depression, in relation with the accretion of the Panama-Arc on the NW margin of South America. The host andesitic-dacitic porphyric rocks have \'ANTPOT. 87 Sr\'/ \'Sr POT. 86\' ratios between 0.7044 and 0.70460 and \'épsilon\'Nd +2.2 and +3.2 that suggest a poorly differentiated magma, formed by the subduction of the Nazca Plate on the South American Continent, and its emplacement was controlled by the Cauca-Romeral Fault System. The \'ANTPOT. 87 Sr\'/ \'Sr POT. 86\' values of sulphides, range from 0.70500 and 0.71210 and \'épsilon\'Nd from -1.11 and +2.40, for the shallow and intermediary level, while for the deep sector the \'épsilon\'Nd values are from +3.28 to +1.25. These results indicates that the shallow level was characterized by a more significant participation of the host rocks in the meteoric hydrothermal fluids, in contrast the porphyric rocks are more important sources for the deeper levels, where the fluid seems to be a mix of meteoric and magmatic waters. Pb isotope values from sulphides range for \'ANTPOT. 206 Pb\', \'ANTPOT. 207 Pb\' and \'ANTPOT. 208 Pb\' from 18.970-19.258, 15.605-15.910, 38.813-39.751 respectively. The data indicate derivation of the ore leads from country rocks, mainly from the Marmato stock, with a minor contribution of graphite schists, of the Arquía metamorphic complex.
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Origem e evolução do magmatismo no Maciço Granítico Sorocaba, SP: contribuições da geoquímica elementar e isotópica / not availableTábata Hoeger Luque 19 November 2015 (has links)
The Sorocaba Granitic Massif (SG) outcrops at 80 Km west from São Paulo City, South East São Paulo State covering nearly 180 Km2, near the eastern limits of the Paraná Basin in the Peripheral Depression geomorphological domain. It is hosted by low-grade metamorphic rocks from the São Roque Group. It is a calc-alkaline, high K granite. It can be classified in biotite Granites, hornblende-bearing biotite granites, hornblende-bearing biotite granodiorites and hybrid granites. The biotite granites represent the most spatially extended unit, covering the western part of the massif. They are rocks with medium to coarse grain size, that vary from porphyritic to porphyroid, with Color Indexes in between 8-25% with biotite as its main mafic mineral. These rocks display frequent enclaves, mostly xenoliths from the host rocks. They have zircon, apatite, monazite, ilmenite, tourmaline, garnet, cordierite and rutile. They are characterized by a wide variation in the \'SiO IND.2\' content (between ca 60-74%) in the Alumina Saturation Index (ASI, 0.98-1.05). The second group of rocks, the hornblende-bearing biotite granites outcrop to the center-east and eastern part of the massif. They are compositionally more homogeneous, with some textural variation, in its grain size and megacryst proportion. Rocks from this group can be classified as syeno and monzogranites; they are coarse-grain sized rocks, porphyroids with Color Indexes ranging in 13-25. It also displays biotite (annita) as main mafic, with calcic amphibole (ferro-tshermakite and ferrohornblende). Its acsesory mineralogy comprehends zircon, apatite, allanite, titanite, ilmenite, rutile and rarely magnetite. These rocks are metaluminous to lightly pereluminous, chemically homogeneous, with \'SiO IND.2\' varying between 66-67%, ASI between 0.98-1.00. The third group of rocks is the granodiorites, which outcrop towards the eastern part of the granitic unit. Rocks from this group are porphyritic, with fine matrix displaying K-feldspar, plagioclase and quartz megacrysts, all with Color Indexes over 15. They have between 5-20% of biotite and between 2 and 10% of hornblende, with zircon, apatite, titanite, magnetite, rutile, pyrite and seldom allanite. These rocks are metaluminous, with \'SiO IND.2\' varies in a wide range (ca 59-68%) and ASI varying in between 0.72-0.84. The last group, hybrid granites typical from some intrusive contact zones, display biotite annite with a marked siderophyllitic component as a main mafic mineral, also with zircon, apatite, tourmaline, monazite, cordierite, garnet and muscovite and color index between 4 and 6. They are strongly peraluminous rocks, with \'SiO IND.2\' content from 55-68%, ASI between 1.25-1.97. U-Pb dating (SHRIMP) in zircon revealed emplacement ages ca. 586 ± 10 Ma for the biotite granites; ca. 592 ± 8 Ma for the hornblende bearing biotite granites, ca. ca. 608 ± 9 Ma for the granodiorites and ca. 603 ± 7 Ma for the hybrid granites. These ages suggest that the rocks of SG formed during late to post orogenic stages at the end of the Brasiliano/Pan-African Cycle. Although some values are superimposed within the error, these ages can suggest an incremental formation for the massif. The presence of vary inherited zircon grains (e.g. \'ANTPOT.206 U\'/\'ANTPOT.238 Pb\' ages of ca. 1.9 Ga; ca. 629 Ma) suggest diverse crustal contributions for the magmas. Intensive parameters estimation suggest that magma crystallization in the massif must have occurred at lithostatic pressures around 3 Kbar under relatively oxidizing conditions for the granodiorites (\'? IND.QFM\'\'QUASE IGUAL\' +2) and more reductive for the granites (\'? IND.QFM\'\'QUASE IGUAL A\' +1) at temperatures varying between 700-800oC. Textural, chemical and isotopes information of the studied rocks reflect significant contributions from assimilation/mixing processes. The isotopic determinations in whole rock and in minerals show that the studied rocks evolved isotopic signatures: the biotite granites display \'ANTPOT.86 Sr\'/\'ANTPOT.87 Sr IND.i\' between 0.714350 and 0.707590, \'épsilon\'Nd INS.i\'=-12 and -16, \'épsilon\'Hf IND.iZr\'=-3 and -11; hornblende-bearing biotite granites display \'ANTPOT.86 Sr\'/\'ANTPOT.87 Sr IND.i\' =0.714284, \'épsilon\'Nd IND.i\'=-15 \'épsilon\'Hf IND.izr\'=-4 to -13; hornblende-bearing granodiorites display \'ANTPOT.86 Sr\'/\'ANTPOT.87Sr IND.i\' between 0.708594 and 0.709123. \'épsilon\'Nd IND.i\'= -10 and -12, \'épsilon\'Hf IND.iZr\'=-1 to -10; and hybrid granites display 86Sr/87Sri between 0.710657 and 0.736992, \'épsilon\'Nd IND.i\'=-10 and 11, \'ésilon\'Hf IND.iZr\'=-7 and -12. These isotopic signatures indicate typically crustal signatures. TDM ages from Sm-Nd and Lu-Hf systems vary from 1.4 to 3.4 Ga, suggesting that the sources have gone through variable time periods, relatively long, of crustal residence. Pb isotopic signatures in k-feldspar are consistent with the other systematic and suggest mixing process with upper crust and lower crust contributions, and for the granodiorites they suggest a possible role of the mantle. Oxygen isotopes with very high \'delta\' POT.18 O\' values suggest that source materials are predominantly crustal or alternatively interaction with high temperature orthomagmatic fluids. / O Maciço Granítico Sorocaba (SG), aflora aproximadamente a 80 km a oeste da cidade de São Paulo, no Sudeste do estado de São Paulo, por uma área aproximada de 180 km2, junto aos limites orientais da Bacia do Paraná, no domínio geomorfológico da Depressão Periférica, encaixado em rochas de baixo grau metamórfico do Grupo São Roque. O maciço é constituído por rochas de afinidades cálcio-alcalinas de alto K de afinidades ferroanas, as quais podem ser reunidas em quatro grupos maiores: biotita granitos, biotita granitos com hornblenda, biotita granodioritos com hornblenda e biotita granitos híbridos. Os biotita granitos representam a fácies de maior abrangência espacial, dominando a parte ocidental do maciço. São sieno- a monzogranitos com granulação média a grossa, textura variável de porfirítica a porfiróide, com índices de cor entre 8 e 25, com biotita annítica como máfico principal e apatita, zircão, ilmenita e rutilo como principais acessórios. Estas rochas contêm frequentemente enclaves, principalmente xenólitos de rochas metapelíticas encaixantes. Caracterizam-se por uma ampla variação no conteúdo de \'SiO IND.2\' (entre ca. 60 e 74 % em peso) e no ASI (índice de saturação de Alumina, entre 0.98 e 1.05. O segundo grupo, os biotita granitos com hornblenda, afloram na porção centro-oriental e oriental do maciço. Composicionalmente mais homogêneos, as principais variações observadas são texturais, de granulação e de proporção de megacristais. Correspondem a sieno- e monzogranitos de granulação grossa, porfiróides, com índices de cor entre 13 e 25. A biotita annítica também é o máfico principal, sempre acompanhada por quantidades menores de anfibólio cálcico (ferro-tshermakita e ferro-hornblenda) os acessórios incluem zircão, apatita, allanita, titanita, ilmenita, rutilo e menos frequentemente magnetita. São rochas metaluminosas a moderadamente peraluminosas, quimicamente homogêneas, que apresentam teores de \'SiO IND.2\' variando entre ca. 66 e 67 % em peso, e ASI entre 0.98-1.00. O terceiro grupo, dos granodioritos, aflora na porção oriental do maciço. As rochas deste grupo são porfiríticas, de matriz fina que apresentam megacristais feldspato potássico, plagioclásio e raramente quartzo; o índice de cor é sempre superior a 15. Contêm entre 5 e 20 % de biotita e hornblenda entre 2 e 10%, acompanhadas por zircão, apatita, titanita, ilmenita, magnetita, além de alguma pirita e allanita ocasional. São rochas metaluminosas, com \'SiO IND.2\' variando em um intervalo amplo (ca. 59 - 68 % em peso), com valores ASI entre 0,72 e 0,84. As rochas graníticas híbridas são típicas de algumas zonas de contato intrusivo. Apresentam biotita annítica, com marcado componente siderofilítico, como máfico principal, acompanhada por zircão, apatita, turmalina, monazita, cordierita, granada e muscovita e índices de cor da entre 4 e 26. São rochas fortemente peraluminosas, com quantidades de \'SiO IND.2\' entre ca. 55 e 68 % em peso e ASI entre 1,25 e 1,97. Datações U-Pb (SRHIMP) in situ em zircão revelaram idades de cristalização de ca. 586 ± 10 Ma para os biotita granitos, ca. 592 ± 8 Ma para os biotita granitos com hornblenda, ca. 608 ± 9 Ma para os granodioritos e ca. 603 ± 7 Ma para os granitos híbridos. As idades obtidas indicam que as rochas do maciço se colocaram durante os estágios tardi- a pós-colisionais no final do Ciclo Brasiliano/Pan-Africano. Embora alguns valores se superponham dentro da margem de erro, podem sugerir uma formação incremental para o maciço. A presença de heranças variáveis (e.g. idades \'ANTPOT.206 U\'/\'ANTPOT.238 Pb\' de ca. 1.9 Ga; ca. 629 Ma) sugere também contribuições crustais diversas para os magmas. Estimativas de parâmetros intensivos sugerem que a cristalização dos magmas do maciço deve ter ocorrido sob pressões litostáticas ao redor de 3.0 kbar, sob temperaturas entre ca. 700° e 800° C e condições relativamente oxidantes os granodioritos (\'? IND.QFM\'\'QUASE IGUAL A\' +2 ) e mais redutoras para as rochas graníticas (\'? IND.QFM\'\'QUASE IGUAL A\' +1). Informações estruturais e texturais aliadas à geoquímica elemental e isotópica sugerem que as rochas estudadas contêm contribuições significativas devidas à processos de assimilação e/ou mistura de componentes. Determinações isotópicas em rocha total e minerais indicam que as rochas estudadas são isotopicamente bem evoluídas: os biotita granitos apresentam \'ANTPOT.86 Sr\'/\'ANTPOT.87 \'Sr IND.i\' entre 0.714350 e 0.707590, \'épsilon\'Nd IND.i\'=-12 e -16, \'épsilon\'\'Hf\'IND.iZ\'r= -3 a -11; os biotita granitos com hornblenda apresentam \'ANTPOT.86 Sr\'/\'ANTPOT.87 Sr IND.i\' =0.714284, \'épsilon\'Nd INd.i\'=-15 \'épsilon\'Hf IND.izr\'=-4 a -13 os granodioritos apresentam \'ANTPOT.86 Sr\'/\'ANTPOT.87 Sr IND.i\' entre 0.708594 e 0.709123. \'épsilon\'Nd IND.i\'= -10 e -12, \'épsilon\'Hf IND.iZr= -1 a -10; e os biotita granitos híbridos apresentam 86Sr/87Sri entre 0.710657 e 0.736992 , \'épsilon\'Nd IND.i\'=-10 e -11, \'épsilon\'Hf IND.iZr=-7 a -12. Estas assinaturas isotópicas indicam contribuições marcadamente crustais. As idades modelo TDM obtidas a partir das sistemáticas Sm-Nd e Lu-Hf variam entre 1,4 e 3,4 Ga, sugerindo que as rochas fontes passaram por períodos variáveis, relativamente longos, de residência crustal. A assinatura isotópica de Pb em feldspatos potássicos é consistente com das demais sistemáticas e sugere processos de mistura, com contribuições da crostas continentais inferior e superior, no caso das rochas graníticas, e sugere alguma participação do manto no caso das rochas granotioríticas. Dados de isótopos de oxigênio em zircão, com valores de \'delta\'\' POT.18 O\' inusitadamente altos sugerem igualmente materiais fonte predominantemente crustais ou, alternativamente, interação com fluídos ortomagmáticos sob altas temperaturas.
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Metalogênese do depósito de Cu Cerro dos Martins, RS.Toniolo, João Angelo January 2004 (has links)
Este trabalho revisa a geologia e apresenta dados inéditos do Depósito de Cobre Cerro dos Martins (DCM), incluindo geocronologia Pb-Pb em zircão, inclusões fluidas, isótopos estáveis (C, O e S), composição isotópica do Sr e geoquímica de elementos maiores e traços das rochas vulcânicas encaixantes. O depósito está hospedado na seqüência vulcano-sedimentar do Grupo Bom Jardim, da Bacia do Camaquã, do Neoproterozóico do Escudo Sul Rio-grandense, e possui reservas calculadas de 1.450.000 t, com teor médio de 0,83% Cu. O depósito consiste de um conjunto de veios sulfetados que preenchem fraturas de direção N40º-60ºW em rochas andesíticas e sedimentares clásticas, com disseminações confinadas em níveis de siltito, arenito, andesito e conglomerado, da Formação Hilário do Grupo Bom Jardim. Os minerais do minério filoneano são a calcosina e bornita com calcopirita, pirita, galena e esfalerita subordinadas. Digenita, covelita, malaquita cuprita e azurita ocorrem como minério secundário em ganga constituída de carbonatos, quartzo, minerais argilosos, barita e rara hematita. A composição química das vulcânicas (elementos maiores e traços, incluindo ETR) indicam uma afinidade alcalina para o vulcanismo relacionado à Formação Hilário na região do Cerro dos Martins. Um corpo de quartzo-diorito, intrusivo nas rochas vulcânicas e sedimentares, mostrou idade de 550 ±5 Ma (Pb-Pb em zircões) indicando um valor mínimo para a geração do minério do DCM. Esta idade confirma a posição estratigráfica desta rocha na Formação Acampamento Velho e também fornece uma idade mínima para a deposição da seqüência vulcano-sedimentar encaixante do DCM. Os sulfetos do DCM mostram δS34 CDT com valores relativamente homogêneos entre - 6.2 e + 0.9‰ (n= 7). O valor de δS34 CDT da calcopirita, levemente positivo (+0.9‰), indica uma origem magmática para o S, mas os valores negativos encontrados nestes sulfetos, poderiam indicar o envolvimento de outras fontes com enxofre reduzido. Entretanto, a presença de hematita nas paragêneses minerais indica que o minério foi formado sob condições oxidantes, modificando a composição isotópica original do enxofre magmático (δS34 CDT ~ 0‰) para valores negativos. As baritas analisadas apresentam valores com δS34 CDT entre +9.25 e +10.65‰ (n=4) indicando deposição em condições oxidantes, originadas pela mistura de um fluido magmático-hidrotermal com água meteórica. A composição isotópica do C das calcitas do DCM varia com δC13 PDB entre - 1,90 a -4,45‰, interpretada como resultante da mistura entre carbono de fonte magmática com mármores do embasamento. Inclusões fluidas em quartzo do minério indicam temperaturas de deposição entre 157 e 273 °C com mediana de 215 °C (n = 45). A composição isotópica do oxigênio da água em equilibrio com a calcita do fluido hidrotermal (T= 215 °C) mostra valores de δ O18 SMOW entre 3 e 14, indicando H2O de origem magmática, com contribuição de água meteórica. A razão Sr87/Sr86 das mesmas calcitas mostram valores entre 0,7068 – 0,7087, de crosta superior. Rochas plutônicas e vulcânicas do escudo com idades próximas de 550 Ma possuem razões iniciais Sr87/Sr86 entre 0,704 – 0,710, compatíveis com aquelas encontradas nas calcitas da mineralização. Os fluidos hidrotermais do magmatismo shoshonítico-alcalino com idade de 595 Ma e Sr87/Sr86 entre 0,7041 a 0,7053, também são candidatos a fonte do Sr dos carbonatos hidrotermais, mas necessitariam de um componente mais radiogênico. Assim, a fonte de C-O e Sr das calcitas do minério pode ter sido originada diretamente de um fluido magmático-hidrotermal ou de uma mistura entre este fluido e mármores do embasamento. Portanto, o depósito Cerro dos Martins é interpretado como de origem magmática-hidrotermal, relacionado ao evento magmático alcalinoshoshonítico, pós-colisional da Orogênese Dom Feliciano, com idade entre 595-550 Ma. Novos modelos exploratórios para depósitos de cobre no Escudo do Rio Grande do Sul devem considerar o magmatismo alcalino na gênese dos depósitos.
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Metodologias isotópicas Sr87/Sr86, δC13 e δO18 em estudos geológicos e arqueológicosMachado, Márcia Corrêa January 2013 (has links)
Esta tese foi desenvolvida com o objetivo de propor metodologias para análises isotópicas de Sr com quantidades reduzidas de amostras e ácidos, com aplicações em foraminíferos, carbonatos e conchas continentais. Uma abordagem metodológica às análises isotópicas de Sr envolvendo microfósseis em estudos geológicos de bacias sedimentares distintas, com uma nova proposta de metodologia em comparação às usuais já em rotina, é discutida, bem como os resultados encontrados. Um valor de consenso para o NBS-987 é proposto. A quimioestratigrafia isotópica de Sr, C e O é aplicada ao estudo de carbonatos de uma bacia sedimentar petrolífera da Venezuela. A ênfase é dada à discussão dos isótopos radiogênicos de Sr aplicados à estratigrafia isotópica, e aos isótopos estáveis C e O, aplicados a variações climáticas e definição do ambiente de deposição da seção em estudo. Foi possível caracterizar um aumento da razão de Sr87/Sr86 por carreamento de Sr continental em um mar restrito, onde se instalou a Bacia do Maracaibo. Os dados δO18 e δC13 apontam para dois grupos (clusters) e variam de -3,76 a -11, e de -1,75 a -13,87, respectivamente. Um dos clusters (de δC13 = -2,5 ± 1,0 e de δ18O = -10,0 ± 1,5) ilustra a deposição marinha homogênea em condições tropicais, enquanto o segundo cluster reflete a ciclicidade provocada pela circulação do oceano Atlântico com água de mais fria ou clima com tendência de resfriamento. Os valores δC13 entre -2,5 ± 1,0 não se encaixam com a excursão significativa do isótopo de carbono como esperado para o evento anóxico oceânico (OAE). Na última parte deste trabalho, as razões isotópicas de Sr87/Sr86, C13/C12 e O18/O16 são aplicadas à Arqueologia. Um estudo envolvendo os resultados destes isótopos em conchas carbonáticas de três sítios arqueológicos distintos da Província Arqueológica de Lagoa Santa, em Minas Gerais, é apresentado e discutido. A aplicação da técnica de isótopos de estrôncio para estudos de migração em humanos e animais de sítios arqueológicos é revisada. / This thesis has been developed in order to propose methods for isotopic analysis of Sr with small amounts of samples and acids applied to forams, carbonate rocks and continental shells. A methodological approach to the Sr isotopic analyzes involving microfossils in geological studies of distinct sedimentary basins, with a proposed new methodology as compared to the usual routine is discussed, as well as the results. A consensus value for the NBS-987 is proposed. The chemostratigraphy isotopic Sr, C and O is applied to the study of carbonates from the hydrocarbon producing Maracibo Basin, Venezuela. Radiogenic Sr isotopes applied to high resolution stratigraphy and C and O stable isotope applied to climate variation and definition of depositional environment are herein discussed for the studied section. Higher 87Sr/86Sr ratios are present as result of influxo of continental Sr in a restricted sea, where formed the Maracaibo Basin. δ18O e δ13C data are divided in two groups (clusters) ranging from -3,76 to -11 and from -1,75 to -13,87, respectively. The main cluster (δ13C = -2,5 ± 1,0 and δ18O = -10,0 ± 1,5) suggests a homogeneous marine depositon under tropical conditions, whereas the second one reflects a cyclicity associted with Atlantic ocean circulation with cololer water or clima with cooling trend. δ13C values between -2,5 ± 1,0 do not support the so-called global Ocean Anoxic Event OAE3. The emphasis is on discussion and review of stable isotopes of C and O and the possible events that would be related to the last event of the anoxic Cretaceous period known as abbreviated OAE3. In the last part of this work, the isotopic ratios of 87Sr/86Sr, 18O/16O and 13C/12C are applied to archeology. A study of the results of these isotopes in carbonate shells of three distincts archaeological Provincial Archaeological Lagoa Santa, in Minas Gerais, is presented and discussed. The application of the technique of strontium isotopes for migration studies in humans and animals from archaeological sites is reviewed.
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Efeitos isotópicos quânticos na reação H+Li2 e análise de funções de partição dos metalocenos : ferroceno, rutenoceno e osmocenoCunha, Thiago Ferreira da 05 May 2017 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Física, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-07-27T12:44:06Z
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Previous issue date: 2017-09-04 / A reação H+Li2 desempenha um papel muito importante na investigação de fenômenos de quimissorção em metais e aglomerados mistos de metais com outros elementos. Este fato tem despertado um grande interesse da comunidade científica em conhecer com detalhes a reação H+Li2 e suas variantes isotópicas. Na primeira parte desta tese é apresentado um estudo detalhado sobre os efeitos quânticos e isotópicos na reação H+Li2→LiH+Li, quando o hidrogênio é substituído por muônio, deutério e trítio. Para verificar esses efeitos, foi aplicado uma acurada aproximação de espalhamento independente do tempo para determinar as propriedades dinâmicas, tais como probabilidades de estado a estado em função da energia do átomo reagente, distribuição energética do produto e a contribuição da excitação ro-vibracional sobre as probabilidades da reação. A partir dos resultados obtidos, foi possível observar um aumento significativo na promoção da reação H+Li2 quando o hidrogênio é substituído pelo trítio. Este fato mostra a importância da substituição isotópica na formação e quebra das ligações químicas nos sistemas reativos. A segunda parte desta tese está relacionada } à análise da função de partição de três metalocenos do grupo metálico: ferroceno, rutenoceno e osmoceno. Apesar de ser pouco utilizados industrialmente, os derivados de tais metalocenos são bons catalisadores e apresentam interessantes propriedades na área farmacêutica. Utiliza-se os métodos variacional e de Chebyshev de propagação do tempo imaginário para determinar as funções de partição rotacional impedida destes complexos. A transição de um regime semi-rígido de um rotor impedido para o regime livre de um rotor livre é demonstrado. Por fim, mostra-se a contribuição do tratamento da rotação impedida no cálculo da função de partição, possibilitando aos estudos futuros determinar propriedades dinâmicas e reativas (taxa de reação e seção de choque, por exemplo), além de determinar melhor descrição da termodinâmica dos metalocenos. / The H+Li2 reaction plays a very important role in the investigation of phenomena of chemisorption in metals and mixed clusters of metals with other elements. This fact has aroused a great interest of the scientific community to know in detail the reaction H+Li2 and its isotopic variants. The first part of this thesis presents a detailed study on the quantum isotope effects at the H+Li2→LiH+Li reaction, when the hydrogen is replaced by muon, deuterium and tritium. To verify these effects, an accurate time-independent scattering approach was applied to determine the dynamic properties, such as state-to-state probabilities as a function of the reactant atom energy, the product energetic distribution, and the contribution of the ro-vibrational excitation on the reaction probabilities. From the obtained results, it was possible to observe a significant increase on the promotion of the H+Li2 reaction when the hydrogen is replaced by the tritium. This fact shows the importance of the isotopic substitution to the making and breaking of the chemical bonds on the reactive systems. The second part of this thesis is related to the analysis of the partition function of three metallocenes of the metal group: ferrocene, ruthenocene and osmocene. Despite little used industrially, the derivatives from these metallocenes are good catalysts and present interesting properties in the pharmaceutical field. Both a variational and Chebyshev imaginary time propagation methods were used to determine the hindered rotational partition functions of these complexes. The transition from a semi-rigid scheme through a hindered rotor to free scheme through a free rotor is demonstrated. Finally, shown the contribution of the hindered rotation treatment on the partition function calculation, making it possible to the future studies to determine dynamic and reactive properties (like reaction rate and cross section), also to determine a better description of the thermodynamics metallocenes.
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Metalogênese do depósito de Cu Cerro dos Martins, RS.Toniolo, João Angelo January 2004 (has links)
Este trabalho revisa a geologia e apresenta dados inéditos do Depósito de Cobre Cerro dos Martins (DCM), incluindo geocronologia Pb-Pb em zircão, inclusões fluidas, isótopos estáveis (C, O e S), composição isotópica do Sr e geoquímica de elementos maiores e traços das rochas vulcânicas encaixantes. O depósito está hospedado na seqüência vulcano-sedimentar do Grupo Bom Jardim, da Bacia do Camaquã, do Neoproterozóico do Escudo Sul Rio-grandense, e possui reservas calculadas de 1.450.000 t, com teor médio de 0,83% Cu. O depósito consiste de um conjunto de veios sulfetados que preenchem fraturas de direção N40º-60ºW em rochas andesíticas e sedimentares clásticas, com disseminações confinadas em níveis de siltito, arenito, andesito e conglomerado, da Formação Hilário do Grupo Bom Jardim. Os minerais do minério filoneano são a calcosina e bornita com calcopirita, pirita, galena e esfalerita subordinadas. Digenita, covelita, malaquita cuprita e azurita ocorrem como minério secundário em ganga constituída de carbonatos, quartzo, minerais argilosos, barita e rara hematita. A composição química das vulcânicas (elementos maiores e traços, incluindo ETR) indicam uma afinidade alcalina para o vulcanismo relacionado à Formação Hilário na região do Cerro dos Martins. Um corpo de quartzo-diorito, intrusivo nas rochas vulcânicas e sedimentares, mostrou idade de 550 ±5 Ma (Pb-Pb em zircões) indicando um valor mínimo para a geração do minério do DCM. Esta idade confirma a posição estratigráfica desta rocha na Formação Acampamento Velho e também fornece uma idade mínima para a deposição da seqüência vulcano-sedimentar encaixante do DCM. Os sulfetos do DCM mostram δS34 CDT com valores relativamente homogêneos entre - 6.2 e + 0.9‰ (n= 7). O valor de δS34 CDT da calcopirita, levemente positivo (+0.9‰), indica uma origem magmática para o S, mas os valores negativos encontrados nestes sulfetos, poderiam indicar o envolvimento de outras fontes com enxofre reduzido. Entretanto, a presença de hematita nas paragêneses minerais indica que o minério foi formado sob condições oxidantes, modificando a composição isotópica original do enxofre magmático (δS34 CDT ~ 0‰) para valores negativos. As baritas analisadas apresentam valores com δS34 CDT entre +9.25 e +10.65‰ (n=4) indicando deposição em condições oxidantes, originadas pela mistura de um fluido magmático-hidrotermal com água meteórica. A composição isotópica do C das calcitas do DCM varia com δC13 PDB entre - 1,90 a -4,45‰, interpretada como resultante da mistura entre carbono de fonte magmática com mármores do embasamento. Inclusões fluidas em quartzo do minério indicam temperaturas de deposição entre 157 e 273 °C com mediana de 215 °C (n = 45). A composição isotópica do oxigênio da água em equilibrio com a calcita do fluido hidrotermal (T= 215 °C) mostra valores de δ O18 SMOW entre 3 e 14, indicando H2O de origem magmática, com contribuição de água meteórica. A razão Sr87/Sr86 das mesmas calcitas mostram valores entre 0,7068 – 0,7087, de crosta superior. Rochas plutônicas e vulcânicas do escudo com idades próximas de 550 Ma possuem razões iniciais Sr87/Sr86 entre 0,704 – 0,710, compatíveis com aquelas encontradas nas calcitas da mineralização. Os fluidos hidrotermais do magmatismo shoshonítico-alcalino com idade de 595 Ma e Sr87/Sr86 entre 0,7041 a 0,7053, também são candidatos a fonte do Sr dos carbonatos hidrotermais, mas necessitariam de um componente mais radiogênico. Assim, a fonte de C-O e Sr das calcitas do minério pode ter sido originada diretamente de um fluido magmático-hidrotermal ou de uma mistura entre este fluido e mármores do embasamento. Portanto, o depósito Cerro dos Martins é interpretado como de origem magmática-hidrotermal, relacionado ao evento magmático alcalinoshoshonítico, pós-colisional da Orogênese Dom Feliciano, com idade entre 595-550 Ma. Novos modelos exploratórios para depósitos de cobre no Escudo do Rio Grande do Sul devem considerar o magmatismo alcalino na gênese dos depósitos.
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Revisão estratigráfica das unidades superiores da faixa paraguai norte : litoestratigrafia, quimioestratigrafia (C e Sr) e geocronologia (U-Pb). Mato Grosso, BrasilSouza, Samille Cristine dos Reis de 28 July 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Pós-Graduação em Geologia, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-02-26T13:11:04Z
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2015_SamilleCristinedosReisdeSouza.pdf: 12593520 bytes, checksum: 57bbb5d3fb7c9ac9c814fe5adba2ba84 (MD5) / Approved for entry into archive by Marília Freitas(marilia@bce.unb.br) on 2016-02-28T11:10:30Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2015_SamilleCristinedosReisdeSouza.pdf: 12593520 bytes, checksum: 57bbb5d3fb7c9ac9c814fe5adba2ba84 (MD5) / A Faixa Paraguai contém registros dos eventos glaciais globais Neoproterozóicos, incluindo sedimentação que avançou até o limite Neoproterozóico-Cambriano Inferior. Os depósitos superiores da Faixa Paraguai dispõem numerosos dados geológicos que apresentam diversas interpretações e controvérsias quanto sua evolução. Na tentativa de melhor posicionar estes depósitos no contexto evolutivo, realizou-se revisão estratigráfica considerando a literatura disponível, levantamento litoestratigráfico, quimioestratigrafia isotópica (C e Sr) e geocronologia (U-Pb). Na região estudada, segmento E-W da Faixa Paraguai, arredores de Planalto da Serra–MT, afloram pelitos carbonáticos/calcários estromatolíticos da Formação Pacu, unidade recém-incluída ao topo do Grupo Araras; seguido dos diamictitos-ritmitos depositados sobre limite bem marcado da base da Formação Serra Azul, a qual é limitada acima por contato brusco definido pelos arenitos-pelitos da Formação Raizama, seguido bruscamente de arcóseos-pelitos da Formação Diamantino, Grupo Alto Paraguai. A sucessão estromatolítica da Formação Pacu apresenta valores 13C de +6.5‰ (base) a +8.9‰ (topo) e razões 87Sr/86Sr entre 0.7087–0.7088. Os valores 13C são bem distintos daqueles já definidos para o restante do Grupo Araras. As razões 87Sr/86Sr da Formação Pacu, quando plotadas na curva global marinha, referem-se a valores compatíveis com o final do Ediacarano, apesar dessa formação estar estratigraficamente abaixo da Formação Serra Azul, considerada correlata à Glaciação Gaskiers (582 Ma). Idades U-Pb obtidas em grãos de zircão detrítico mostram mudanças de áreas fontes entre as rochas da Formação Diamantino e as demais unidades do Grupo Alto Paraguai. ___________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Paraguay Belt contains records of global Neoproterozoic glacial events, including sedimentation that lasted the Neoproterozoic-Cambrian Lower limit. The upper deposits of Paraguay Belt have many geological data that present different interpretations and controversies about their evolution. In an attempt to better position these deposits in the evolutionary context, a stratigraphic review was realized considering available literature, lithostratigraphy, isotopic Chemostratigraphy (C and Sr) and geochronology (U-Pb). In the region studied, EW segment of the Paraguay Belt, surrounding Planalto da Serra-MT outcrop carbonatic mudstone/stromatolitic limestone of Pacu Formation, a new unit added on the top of Araras Group; followed by diamictes-rhythmites deposited on well marked limits at the base of Serra Azul Formation, which is bounded above by sharp contact defined by sandstones-pelites of the Raizama Formation, followed sharply from arkoses-pelites Diamantino Formation, Alto Paraguay Group. The stromatolitic succession of Pacu Formation show 13C values from +6.5‰ (base) to +8.9‰ (top) and ratios 87Sr/86Sr between 0.7087 and 0.7088. The 13C values are very different from those already defined for the rest of the Araras Group. The Pacu Formation 87Sr/86Sr rates, when plotted on marine global curve, refer to values compatible with the end of the Ediacaran, despite this formation be stratigraphically below the Serra Azul Formation, considered related Gaskiers Glaciation of (582 Ma). U-Pb ages of detrital zircon grain show changes in source areas between the rocks of Diamantino Formation and the remaining units of the Upper Paraguay Group.
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Avaliação da incorporação de água exógena em suco de uva elaborado por diferentes processosMarcon, Ângela Rossi 12 August 2013 (has links)
Os sucos de uva podem ser elaborados por diferentes processos, entre eles destacam-se as panelas extratoras por arraste de vapor que são utilizadas principalmente por agroindústrias e pequenos produtores. Estes sucos são de excelente qualidade, porém têm gerado discussões em relação a não concessão ou renovação do registro desses produtos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que alega a possibilidade de incorporação de água proveniente do vapor que é utilizado para extração do suco. Por esta razão e para que estes sucos continuem sendo uma fonte de renda para as agroindústrias e pequenos produtores e sejam bem aceitos no mercado, torna-se necessário o conhecimento aprofundado das características e da composição dos mesmos. Neste trabalho foram estudados uvas e sucos das variedades Isabel, Bordô e Concord, durante as safras de 2011 e 2012, elaborados através de trocador de calor, panelas extratoras e panelas extratoras com adaptação, com o objetivo de determinar a quantidade de água incorporada e os teores de resveratrol e compostos fenólicos totais dos sucos de uva produzidos por estes processos. Realizou-se análise da razão isotópica do oxigênio (18O/16O) e razão isotópica de carbono (13C/12C) através de espectrometria de massa, resveratrol por cromatografia líquida e análises físico-químicas clássicas conforme metodologias oficiais do MAPA. Os resultados deste estudo mostraram que nos sucos elaborados por trocador de calor não ocorreu incorporação de água. Os sucos de panela extratora apresentaram uma incorporação de água média de 16% enquanto que os sucos elaborados por panela extratora adaptada a um sistema de extração de vapor foi de 6%, quando comparados ao °Brix. Levando-se em consideração a razão isotópica do oxigênio não foi possível determinar a porcentagem de água incorporada, devido ao fracionamento isotópico que ocorre no aquecimento das uvas durante o processo. Os sucos elaborados com a cultivar Bordô apresentaram maior concentração de resveratrol e compostos fenólicos totais quando comparados ao suco da cultivar Isabel. Os teores de resveratrol dos sucos elaborados com panela extratora são significativamente mais elevados que os sucos elaborados com trocador de calor para as duas variedades estudadas. O suco elaborado através das panelas extratoras, mesmo com uma pequena incorporação de água, é um suco de qualidade e a extração de compostos fenólicos e resveratrol é significativa. / Submitted by Marcelo Teixeira (mvteixeira@ucs.br) on 2014-06-16T13:30:27Z
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Dissertacao Angela Rossi Marcon.pdf: 1439403 bytes, checksum: 331baccac5a8bca13e7897cfc1d8ea2a (MD5) / Made available in DSpace on 2014-06-16T13:30:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertacao Angela Rossi Marcon.pdf: 1439403 bytes, checksum: 331baccac5a8bca13e7897cfc1d8ea2a (MD5) / The grape juice can be produced by process diferents, between them stands the cookers extractors by drag that are used principaly for agroindustry and small producers. This juices are of excellent quality, however it has generated discussion about not granting or renewal of registration of these products by the Ministerio of Agriculture, Livestock and Agribusiness (MAPA), it claims the possibility of incorporating water from the steam that is used for juice extraction. For this reason and for these juices remain a source of income for small farmers and agroindustry and are well accepted in the market it becomes necessary in-depth knowledge of the characteristics and composition. In this work were studied grapes and juices of varieties Isabel, Bordô and Concord, from the harvest of 2011 and 2012, obtained by heat exchanger, cookers extractor and cookers extractor with adaptation in order to determine the amount of water incorporated and the levels of resveratrol and phenolic compounds of grape juice produced by these processes. Analysis was performed using the oxygen isotope ratio (18O/16O) and carbon isotope ratio (13C/12C) by mass spectrometry, resveratrol by liquid chromatography and physicochemical analyzes classical by methodology as official MAPA. The results of this study showed that the juices produced by the heat exchanger was not water incorporation. Juices in cooker extractor had a water incorporation by 16% while the juices made with cooker extractor adapted to a vapor extraction system was 6%, compared to the ° Brix. Taking into account the isotopic ratio of oxygen was not possible to determine the percentage of water incorporated due to isotopic fractionation that occurs in grapes during the heating process. Juices prepared with cultivar Bordô showed higher resveratrol and total phenolic compounds compared to the juice of cultivar Isabel. The levels of resveratrol of juices made with cookers extractor are significantly higher than juices made with heat exchanger for the two varieties. The juice produced by cookers extractor even with a small addition of water, is a juice quality and the extraction of phenolic compounds and resveratrol is quite significant.
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