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Variabilidade das razões de isótopos estáveis de oxigênio na neve ao longo de um transecto antártico.

Marquetto, Luciano January 2013 (has links)
No verão de 2004 – 2005 foi realizada uma travessia do manto de gelo da Antártica Ocidental organizada pelo governo chileno em parceria com pesquisadores brasileiros como parte do ITASE (International Trans-Antarctic Scientific Expedition). A travessia partiu da base chilena Tenente Parodi em Patriot Hills (80°18'S; 81°22'W, altitude 720 m) e seguiu até o Polo Sul geográfico (90°S, altitude 2.840 m), voltando pelo mesmo caminho. Ao longo da travessia foram coletadas amostras de neve superficial (< 0,3 m de profundidade) a cada 10 km, a cada 220 km foi obtida a temperatura média anual local (medida a uma profundidade entre 10 e 15 m). As amostras foram analisadas utilizando espectrometria de massa com fonte de gás (GSMS - Gas Source Mass Spectrometry), no Climate Change Institute, Universidade do Maine, Orono, EUA. As razões isotópicas de oxigênio foram medidas com um dispositivo Micromass Multiprep acoplado a um espectrômetro de massa com precisão de 0,05‰. Os dados são apresentados em delta (δ), notação relativa ao padrão das águas oceânicas (VSMOW – Vienna Standard Mean Ocean Water). Os resultados estão de acordo com observações pretéritas, apresentando redução dos valores com a distância da costa (- 0,0323‰/ km) com exceção de uma área anômala no transecto, no qual em menos de 20 quilômetros (entre as latitudes 87°30' e 86°44'S) há um aumento da razão isotópica de -45,0‰ para -34,5‰, sendo que aproximadamente 100 quilômetros adiante o 18O retorna para a tendência de decréscimo inicial da razão isotópica. Trajetórias das parcelas de ar chegadas em 6 pontos escolhidos ao longo da travessia foram calculadas usando o modelo HYSPLIT para derivar informações sobre a anomalia encontrada, atribuída inicialmente ao efeito orográfico das montanhas transantárticas. Posteriormente se constatou que a anomalia poderia ser causada pela sublimação decorrente do vento ou pela ablação parcial do pacote de neve anual, sendo assim um efeito pós-deposicional. / In the summer of 2004 – 2005, the Chilean government along with Brazilian researchers carried out a traverse in the Antarctic ice sheet as part of the ITASE (International Trans- Antarctic Scientific Expedition) program. The traverse, a return trip to the Geographic South Pole (90°S, altitude 2.840 m), started at Tenente Parodi Chilean station at Patriot Hills (80°18'S; 81°22'W, altitude 720 m). Along the route, we collected snow samples at every 10 km, 0.3 m deep. The average local annual temperature was determined at 6 points spaced approximately 220 km apart, at a depth between 10 and 15 m. Samples were analyzed by mass spectrometry with gas source (GSMS - Gas Source Mass Spectrometry) at the Climate Change Institute, University of Maine, Orono, USA. A Micromass Multiprep device coupled to the spectrometer with 0.05‰ precision measured the isotopic ratio. Data are presented in delta (δ), relative to SMOW – Vienna Standard Mean Ocean Water. Results agree with previous works, which show an isotope ratio decrease with distance from the coast (- 0,0323‰/ km), except for an anomalous area, where in less than 20 km (from 87°30' S and 86°44'S) the isotopic ratio increases rapidly from -45 to -34.5‰, and then, after about 100 km, goes back to the general decreasing trend. HYSPLIT air trajectory models were run to examine if an orographic effect caused by the Transantarctic Mountains could be the cause of the anomalous area. After further examination, this anomaly is attributed to postdepositional processes, such as wind-driven sublimation.
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Variabilidade das razões de isótopos estáveis de oxigênio na neve ao longo de um transecto antártico.

Marquetto, Luciano January 2013 (has links)
No verão de 2004 – 2005 foi realizada uma travessia do manto de gelo da Antártica Ocidental organizada pelo governo chileno em parceria com pesquisadores brasileiros como parte do ITASE (International Trans-Antarctic Scientific Expedition). A travessia partiu da base chilena Tenente Parodi em Patriot Hills (80°18'S; 81°22'W, altitude 720 m) e seguiu até o Polo Sul geográfico (90°S, altitude 2.840 m), voltando pelo mesmo caminho. Ao longo da travessia foram coletadas amostras de neve superficial (< 0,3 m de profundidade) a cada 10 km, a cada 220 km foi obtida a temperatura média anual local (medida a uma profundidade entre 10 e 15 m). As amostras foram analisadas utilizando espectrometria de massa com fonte de gás (GSMS - Gas Source Mass Spectrometry), no Climate Change Institute, Universidade do Maine, Orono, EUA. As razões isotópicas de oxigênio foram medidas com um dispositivo Micromass Multiprep acoplado a um espectrômetro de massa com precisão de 0,05‰. Os dados são apresentados em delta (δ), notação relativa ao padrão das águas oceânicas (VSMOW – Vienna Standard Mean Ocean Water). Os resultados estão de acordo com observações pretéritas, apresentando redução dos valores com a distância da costa (- 0,0323‰/ km) com exceção de uma área anômala no transecto, no qual em menos de 20 quilômetros (entre as latitudes 87°30' e 86°44'S) há um aumento da razão isotópica de -45,0‰ para -34,5‰, sendo que aproximadamente 100 quilômetros adiante o 18O retorna para a tendência de decréscimo inicial da razão isotópica. Trajetórias das parcelas de ar chegadas em 6 pontos escolhidos ao longo da travessia foram calculadas usando o modelo HYSPLIT para derivar informações sobre a anomalia encontrada, atribuída inicialmente ao efeito orográfico das montanhas transantárticas. Posteriormente se constatou que a anomalia poderia ser causada pela sublimação decorrente do vento ou pela ablação parcial do pacote de neve anual, sendo assim um efeito pós-deposicional. / In the summer of 2004 – 2005, the Chilean government along with Brazilian researchers carried out a traverse in the Antarctic ice sheet as part of the ITASE (International Trans- Antarctic Scientific Expedition) program. The traverse, a return trip to the Geographic South Pole (90°S, altitude 2.840 m), started at Tenente Parodi Chilean station at Patriot Hills (80°18'S; 81°22'W, altitude 720 m). Along the route, we collected snow samples at every 10 km, 0.3 m deep. The average local annual temperature was determined at 6 points spaced approximately 220 km apart, at a depth between 10 and 15 m. Samples were analyzed by mass spectrometry with gas source (GSMS - Gas Source Mass Spectrometry) at the Climate Change Institute, University of Maine, Orono, USA. A Micromass Multiprep device coupled to the spectrometer with 0.05‰ precision measured the isotopic ratio. Data are presented in delta (δ), relative to SMOW – Vienna Standard Mean Ocean Water. Results agree with previous works, which show an isotope ratio decrease with distance from the coast (- 0,0323‰/ km), except for an anomalous area, where in less than 20 km (from 87°30' S and 86°44'S) the isotopic ratio increases rapidly from -45 to -34.5‰, and then, after about 100 km, goes back to the general decreasing trend. HYSPLIT air trajectory models were run to examine if an orographic effect caused by the Transantarctic Mountains could be the cause of the anomalous area. After further examination, this anomaly is attributed to postdepositional processes, such as wind-driven sublimation.
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Variabilidade das razões de isótopos estáveis de oxigênio na neve ao longo de um transecto antártico.

Marquetto, Luciano January 2013 (has links)
No verão de 2004 – 2005 foi realizada uma travessia do manto de gelo da Antártica Ocidental organizada pelo governo chileno em parceria com pesquisadores brasileiros como parte do ITASE (International Trans-Antarctic Scientific Expedition). A travessia partiu da base chilena Tenente Parodi em Patriot Hills (80°18'S; 81°22'W, altitude 720 m) e seguiu até o Polo Sul geográfico (90°S, altitude 2.840 m), voltando pelo mesmo caminho. Ao longo da travessia foram coletadas amostras de neve superficial (< 0,3 m de profundidade) a cada 10 km, a cada 220 km foi obtida a temperatura média anual local (medida a uma profundidade entre 10 e 15 m). As amostras foram analisadas utilizando espectrometria de massa com fonte de gás (GSMS - Gas Source Mass Spectrometry), no Climate Change Institute, Universidade do Maine, Orono, EUA. As razões isotópicas de oxigênio foram medidas com um dispositivo Micromass Multiprep acoplado a um espectrômetro de massa com precisão de 0,05‰. Os dados são apresentados em delta (δ), notação relativa ao padrão das águas oceânicas (VSMOW – Vienna Standard Mean Ocean Water). Os resultados estão de acordo com observações pretéritas, apresentando redução dos valores com a distância da costa (- 0,0323‰/ km) com exceção de uma área anômala no transecto, no qual em menos de 20 quilômetros (entre as latitudes 87°30' e 86°44'S) há um aumento da razão isotópica de -45,0‰ para -34,5‰, sendo que aproximadamente 100 quilômetros adiante o 18O retorna para a tendência de decréscimo inicial da razão isotópica. Trajetórias das parcelas de ar chegadas em 6 pontos escolhidos ao longo da travessia foram calculadas usando o modelo HYSPLIT para derivar informações sobre a anomalia encontrada, atribuída inicialmente ao efeito orográfico das montanhas transantárticas. Posteriormente se constatou que a anomalia poderia ser causada pela sublimação decorrente do vento ou pela ablação parcial do pacote de neve anual, sendo assim um efeito pós-deposicional. / In the summer of 2004 – 2005, the Chilean government along with Brazilian researchers carried out a traverse in the Antarctic ice sheet as part of the ITASE (International Trans- Antarctic Scientific Expedition) program. The traverse, a return trip to the Geographic South Pole (90°S, altitude 2.840 m), started at Tenente Parodi Chilean station at Patriot Hills (80°18'S; 81°22'W, altitude 720 m). Along the route, we collected snow samples at every 10 km, 0.3 m deep. The average local annual temperature was determined at 6 points spaced approximately 220 km apart, at a depth between 10 and 15 m. Samples were analyzed by mass spectrometry with gas source (GSMS - Gas Source Mass Spectrometry) at the Climate Change Institute, University of Maine, Orono, USA. A Micromass Multiprep device coupled to the spectrometer with 0.05‰ precision measured the isotopic ratio. Data are presented in delta (δ), relative to SMOW – Vienna Standard Mean Ocean Water. Results agree with previous works, which show an isotope ratio decrease with distance from the coast (- 0,0323‰/ km), except for an anomalous area, where in less than 20 km (from 87°30' S and 86°44'S) the isotopic ratio increases rapidly from -45 to -34.5‰, and then, after about 100 km, goes back to the general decreasing trend. HYSPLIT air trajectory models were run to examine if an orographic effect caused by the Transantarctic Mountains could be the cause of the anomalous area. After further examination, this anomaly is attributed to postdepositional processes, such as wind-driven sublimation.
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Quimioestratigrafia de isótopos de C e Sr de mármores do complexo São Caetano, zona transversal, província estrutural da Borborema : implicações regionais e globais

SILVA, Juan Carlos Tamayo January 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:06:10Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo6856_1.pdf: 1194006 bytes, checksum: 9ba8747021242356eeeabf81581461e3 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2004 / A composição isotópica de mármores do Complexo São Caetano (CSC), municípios de Flores e Afogados da Ingazeira, Pernambuco, foi usada para se estimar a idade de deposição das seqüências carbonáticas originais (protolito dos mármores) e para se investigar mudanças na composição global da água do mar durante sua deposição. Após comparar-se a curva de variação secular de isótopos de C e Sr para estas sucessões carbonáticas com curvas para seqüências de carbonatos sedimentares bem conhecidas a nível mundial, uma idade Meso- Neoproterozóica (1,1-0,97 Ga) é proposta para a deposição dos carbonatos do CSC. Três diferentes estágios isotópicos (I, II, III) foram definidos e correlacionados com eventos globais que teriam afetado a composição da água do mar durante a transição Meso-Neoproterozóico (1,1-0,97Ga.). Um estagio inicial (I), com valores moderadamente altos de &#948;13C (~ +3,7 PDB) que refletem um aumento no seqüestro e soterramento do carbono orgânico, associado a um extensivo crescimento crustal ocorrido no auge do ciclo orogênico Grenvilliano. O estagio isotópico II, apresenta valores mais variareis de &#948;13C, entre -2 e +3 PDB, interpretados como devido ao aumento no aporte de CO2 rico em 12C associado a um evento de riftamento global há 1,05 Ga e ao seqüestro de matéria orgânica rica em 12C através de subdução e formação de arcos magmáticos a nivel global há ~1,0 Ga respectivamente. O estagio isotópico III, com valores de &#948;13C em torno de +3,7 PDB, evidencia uma continua sedimentação e concomitante soterramento da matéria orgânica, associada `a aglutinação do supercontinente Rodinia. A quimioestratigrafía de isótopos de Sr, com valores de 87Sr86Sr ~0,706 caracterizando o estagio isotópico I, valores um pouco mais variáveis (de 0.706 a 0,707) no estágio isotópico II, e valores em torno de 0,706 caracterizando o estágio isotópico III, apóiam estas idéias. Baseados no intervalo de idade de deposição aqui proposto e em relações geológicas regionais, é possível propor-se que os protólitos sedimentares dos mármores do CSC ter-se-iam depositado após um evento de riftamento na ZonaTransversal da Província Borborema entre 1.4 e 1.05 Ga. Características litológicas da parte siliciclástica do CSC indicam, por outro lado, que este ter-se-ia depositado numa margem continental em ambientes pelágicos. A margem continental, onde foram depositados os sedimentos do CSC foi estabelecida ao norte do Craton São Francisco e suas supracrustais Meso-Paleoproterozóicas associadas. A sedimentação do CSC foi interrompida pela convergência oceânica-continental (subdução) que levou a formação de arco magmático Cariris Velhos. Comparações das curvas isotópicas de variação secular do CSC com as propostas em seqüências sedimentares bem preservadas, indicam que os protolitos dos mármores estudados teriam-se depositado durante um período de subida do nível do mar. Por outro lado, levando-se em consideração que a composição isotópica de C e Sr de carbonatos pode ser alterada por processos pós-deposicionais (e.g diagênese e metamorfismo), possíveis alterações da assinatura isotópica original dos carbonatos (mármores) do SCC, foram investigadas por metodologia multivariada, incluindo: (1) caracterização petrográfica, (2) caracterização dos elementos (elementos maiores e menores), e (3) determinação da composição isotópica dos carbonatos e grafitas associados. Concluiu-se que a alteração da assinatura isotópica de C encontrada em algumas das amostras estudados esta associada à presença de grafita. Uma difusão entre CH4 rico em 12C (derivado da grafita) e os carbonatos é proposta como o mecanismo que afetou a composição isotópica dos carbonatos, causando diminuições em seus valores de &#948;13C em ambiente fechado durante o metamorfismo. Isto é apoiado pela pouca variação dos valores de &#948;18O e 87Sr/86Sr; como também pela natureza inalterada dos indicadores de elementos geoquímicos (conteúdos de Sr com media de 1500 ppm, razões de Mn/Sr de 0.006 até 0.140, e razões de Rb/Sr entre 0 e 0.005). Este processo ocorreu sob condições de metamorfismo de baixa pressão e media temperatura, como é apoiado pela paragênese dos mármores (calcita, quartzo, tremolita, moscovita, diopsidio e granada), as quais indicam temperaturas na faixa de 500-7000C. O Intervalo de temperatura para o metamorfismo (514 e 750oC) calculado a partir o termômetro calcita-grafita apóia esta idéia
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Respostas dos foraminíferos planctônicos às variações da Célula de Revolvimento Meridional do Atlântico (AMOC) desde o Último Máximo Glacial na Bacia de Campos / Planktic foraminiferal responses to Atlantic Meridional Overturning Circulation (AMOC) variations since the Last Glacial Maximum on Campos Basin

Ana Claudia Aoki Santarosa 09 August 2018 (has links)
O objetivo do presente estudo foi investigar a resposta da assembleia de foraminíferos planctônicos frente às variações paleoceanográficas superficiais na porção oeste do Atlântico Sul, o qual desempenha um papel fundamental na Célula de Revolvimento Meridional do Atlântico (AMOC, Meridional Overturning Circulation). Para esta finalidade, foi analisado um registro sedimentar marinho contínuo desde o Último Máximo Glacial até o presente, com base na assembleia de foraminíferos planctônicos, isótopos de oxigênio e na razão Mg/Ca. Adicionalmente, foram avaliadas as variações na ocorrência e na geoquímica dos dois morfotipos de G. ruber (branca), principal espécie utilizada em estudos paleoceanográficos de regiões tropicais e subtropicais. Os resultados mostraram que as diferenças geoquímicas e de abundância relativa dos morfotipos de G. ruber branca evidenciam dois grupos de espécimes ecologicamente distintos, confirmando que o morfotipo sensu stricto calcifica em menores profundidades com relação ao morfotipo sensu lato e que reconstituições paleoceanográficas baseadas no uso não-seletivo dos morfotipos poderiam ser tendenciosas. A Análise Fatorial realizada nos dados de abundância relativa dos foraminíferos planctônicos identificou 4 fatores principais: o Fator 1, representado pelas espécies G. tenella, G. calida, e G. rubescens e relacionado com a temperatura subsuperficial; o Fator 2, representado pelas espécies N. incompta, N. dutertrei e G. truncatulinoides, relacionado com a profundidade da termoclina; o Fator 3, representado pela espécie G. bulloides, associado com o processo de ressurgência e o Fator 4, representado pelas espécies G. ruber e G. glutinata, associado com a intensidade da Corrente do Brasil. As variações mais expressivas de paleotemperatura e paleosalinidade da superfície do mar e da fauna de foraminíferos planctônicos estão relacionadas com os eventos climáticos abruptos do Hemisfério Norte ocorridos durante a deglaciação, tendo sido moduladas pelas variações de arranjo e intensidade da AMOC. Durante os eventos frios Heinrich 1 e Younger Dryas, relacionados a um enfraquecimento da AMOC, foi observado um aumento das paleotemperatura e paleosalinidade e da intensidade da Corrente do Brasil (Fator 4). Contrariamente, durante o evento quente Bolling-Allerod, a paleotemperatura e a paleosalinidade diminuíram expressivamente, como resposta à retomada da AMOC, e houve aumento da produtividade e presença de uma termoclina mais rasa (Fatores 2 e 3). Sugere-se ainda, que entre 26 e 15 ka houve um deslocamento para norte da Confluência Brasil-Malvinas, possivelmente alcançando a latitude da área de estudo (&#8764;23&#176;S), inferido pela presença da espécie G. inflata. Durante o Holoceno, também foi registrada variação significativa na intensidade da Corrente do Brasil, indicada pelos valores máximos do Fator 4 em torno de 7 ka. O reaparecimento das espécies do plexo G. menardii se deu em 8 ka, assim como o aumento das espécies de foraminíferos planctônicos subsuperficiais, indicado pelo Fator 1. Essas mudanças no Holoceno foram atribuídas à entrada efetiva das águas quentes e salinas do Oceano Índico via vazamento das Agulhas, as quais foram essenciais para o restabelecimento da AMOC moderna. / The objective of the present study was to investigate the response of the planktonic foraminiferaassemblage to the superficial paleoceanographic variations in the western South Atlantic, which plays a key role in the AMOC. For this purpose, a continuous marine sedimentary record was analyzed from the Late Glacial Maximum to the present, based on the planktonic foraminifera assemblage, oxygen isotopes and the Mg/Ca ratio. In addition, variations in the occurrence and geochemistry of the two morphotypes of G. ruber (white) were evaluated. This is the main species used in paleoceanographic studies of tropical and subtropical regions. The results showed that the geochemical and relative abundance differences between the G. ruber morphotypes show two ecologically distinct groups of specimens, confirming that the morphotype sensu stricto calcifies at lower depths with respect to the morphotype and sensu lato, and paleoceanographic and paleoceanographic reconstructions using non-selective mixture of morphotypescould potentially be biased. The Factorial Analysis identified four factors: Factor 1, represented by G. tenella, G. calida, and G. rubescens, is related to the subsurface temperature; Factor 2, represented by N. incompta, N. dutertrei and G. truncatulinoides is related to the depth of the thermocline; Factor 3, represented by G. bulloides, is related toupwelling; and Factor 4, represented by G. ruber and G. glutinata, is related to the intensity of the Brazil Current. The results showed that the most significant variations of paleotemperature and paleosalinity and the planktonic foraminifera assemblage are related to the abrupt climatic events of the Northern Hemisphere occurred during deglaciation and were modulated by variations in AMOC arrangement and intensity. During the cold events Heinrich 1 and Younger Dryas, related to a weakening of the AMOC, an increase of paleotemperature and paleosalinity and intensity of the Brazil Current (Factor 4) in the western portion of the South Atlantic was observed. Conversely, during the hot event Bolli-Allerod, paleotemperature and paleosalinity decreased expressively, as a response to AMOC resumption, with increased productivity and presence of a shallower thermocline (Factors 2 and 3). It is also suggested that between 26 and 15 ka there was a displacement to the north of the Brazil-Malvinas Confluence, possibly reaching the latitude of the study area (&#8764;23&#176;S), inferred by the presence of the G. inflata. Along the Holocene, there was also a significant variation in the intensity of the Brazil Current, indicated by the maximum values of Factor 4 around 7ka. The reappearance of G. menardii plexus occurred in 8ka, as well as the increase of the species of subsurface planktonic foraminifera, indicated by Factor 1. These changes in the Holocene were attributed to the effective entrance of the hot and saline waters from the Indian Ocean via the Agulhas Leakage, which were essential for the reestablishment of the modern AMOC.
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Respostas dos foraminíferos planctônicos às variações da Célula de Revolvimento Meridional do Atlântico (AMOC) desde o Último Máximo Glacial na Bacia de Campos / Planktic foraminiferal responses to Atlantic Meridional Overturning Circulation (AMOC) variations since the Last Glacial Maximum on Campos Basin

Santarosa, Ana Claudia Aoki 09 August 2018 (has links)
O objetivo do presente estudo foi investigar a resposta da assembleia de foraminíferos planctônicos frente às variações paleoceanográficas superficiais na porção oeste do Atlântico Sul, o qual desempenha um papel fundamental na Célula de Revolvimento Meridional do Atlântico (AMOC, Meridional Overturning Circulation). Para esta finalidade, foi analisado um registro sedimentar marinho contínuo desde o Último Máximo Glacial até o presente, com base na assembleia de foraminíferos planctônicos, isótopos de oxigênio e na razão Mg/Ca. Adicionalmente, foram avaliadas as variações na ocorrência e na geoquímica dos dois morfotipos de G. ruber (branca), principal espécie utilizada em estudos paleoceanográficos de regiões tropicais e subtropicais. Os resultados mostraram que as diferenças geoquímicas e de abundância relativa dos morfotipos de G. ruber branca evidenciam dois grupos de espécimes ecologicamente distintos, confirmando que o morfotipo sensu stricto calcifica em menores profundidades com relação ao morfotipo sensu lato e que reconstituições paleoceanográficas baseadas no uso não-seletivo dos morfotipos poderiam ser tendenciosas. A Análise Fatorial realizada nos dados de abundância relativa dos foraminíferos planctônicos identificou 4 fatores principais: o Fator 1, representado pelas espécies G. tenella, G. calida, e G. rubescens e relacionado com a temperatura subsuperficial; o Fator 2, representado pelas espécies N. incompta, N. dutertrei e G. truncatulinoides, relacionado com a profundidade da termoclina; o Fator 3, representado pela espécie G. bulloides, associado com o processo de ressurgência e o Fator 4, representado pelas espécies G. ruber e G. glutinata, associado com a intensidade da Corrente do Brasil. As variações mais expressivas de paleotemperatura e paleosalinidade da superfície do mar e da fauna de foraminíferos planctônicos estão relacionadas com os eventos climáticos abruptos do Hemisfério Norte ocorridos durante a deglaciação, tendo sido moduladas pelas variações de arranjo e intensidade da AMOC. Durante os eventos frios Heinrich 1 e Younger Dryas, relacionados a um enfraquecimento da AMOC, foi observado um aumento das paleotemperatura e paleosalinidade e da intensidade da Corrente do Brasil (Fator 4). Contrariamente, durante o evento quente Bolling-Allerod, a paleotemperatura e a paleosalinidade diminuíram expressivamente, como resposta à retomada da AMOC, e houve aumento da produtividade e presença de uma termoclina mais rasa (Fatores 2 e 3). Sugere-se ainda, que entre 26 e 15 ka houve um deslocamento para norte da Confluência Brasil-Malvinas, possivelmente alcançando a latitude da área de estudo (&#8764;23&#176;S), inferido pela presença da espécie G. inflata. Durante o Holoceno, também foi registrada variação significativa na intensidade da Corrente do Brasil, indicada pelos valores máximos do Fator 4 em torno de 7 ka. O reaparecimento das espécies do plexo G. menardii se deu em 8 ka, assim como o aumento das espécies de foraminíferos planctônicos subsuperficiais, indicado pelo Fator 1. Essas mudanças no Holoceno foram atribuídas à entrada efetiva das águas quentes e salinas do Oceano Índico via vazamento das Agulhas, as quais foram essenciais para o restabelecimento da AMOC moderna. / The objective of the present study was to investigate the response of the planktonic foraminiferaassemblage to the superficial paleoceanographic variations in the western South Atlantic, which plays a key role in the AMOC. For this purpose, a continuous marine sedimentary record was analyzed from the Late Glacial Maximum to the present, based on the planktonic foraminifera assemblage, oxygen isotopes and the Mg/Ca ratio. In addition, variations in the occurrence and geochemistry of the two morphotypes of G. ruber (white) were evaluated. This is the main species used in paleoceanographic studies of tropical and subtropical regions. The results showed that the geochemical and relative abundance differences between the G. ruber morphotypes show two ecologically distinct groups of specimens, confirming that the morphotype sensu stricto calcifies at lower depths with respect to the morphotype and sensu lato, and paleoceanographic and paleoceanographic reconstructions using non-selective mixture of morphotypescould potentially be biased. The Factorial Analysis identified four factors: Factor 1, represented by G. tenella, G. calida, and G. rubescens, is related to the subsurface temperature; Factor 2, represented by N. incompta, N. dutertrei and G. truncatulinoides is related to the depth of the thermocline; Factor 3, represented by G. bulloides, is related toupwelling; and Factor 4, represented by G. ruber and G. glutinata, is related to the intensity of the Brazil Current. The results showed that the most significant variations of paleotemperature and paleosalinity and the planktonic foraminifera assemblage are related to the abrupt climatic events of the Northern Hemisphere occurred during deglaciation and were modulated by variations in AMOC arrangement and intensity. During the cold events Heinrich 1 and Younger Dryas, related to a weakening of the AMOC, an increase of paleotemperature and paleosalinity and intensity of the Brazil Current (Factor 4) in the western portion of the South Atlantic was observed. Conversely, during the hot event Bolli-Allerod, paleotemperature and paleosalinity decreased expressively, as a response to AMOC resumption, with increased productivity and presence of a shallower thermocline (Factors 2 and 3). It is also suggested that between 26 and 15 ka there was a displacement to the north of the Brazil-Malvinas Confluence, possibly reaching the latitude of the study area (&#8764;23&#176;S), inferred by the presence of the G. inflata. Along the Holocene, there was also a significant variation in the intensity of the Brazil Current, indicated by the maximum values of Factor 4 around 7ka. The reappearance of G. menardii plexus occurred in 8ka, as well as the increase of the species of subsurface planktonic foraminifera, indicated by Factor 1. These changes in the Holocene were attributed to the effective entrance of the hot and saline waters from the Indian Ocean via the Agulhas Leakage, which were essential for the reestablishment of the modern AMOC.

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