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“Identidade na vida adulta: a singularização da experiência”

Sampaio, Clarissa Magalhães Rodrigues 28 September 2016 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-11-22T16:25:41Z No. of bitstreams: 1 Clarissa Magalhães Rodrigues Sampaio.pdf: 19749701 bytes, checksum: cfa86ddcedd0ec499e1d8c4a0f3afaf7 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-11-22T16:25:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Clarissa Magalhães Rodrigues Sampaio.pdf: 19749701 bytes, checksum: cfa86ddcedd0ec499e1d8c4a0f3afaf7 (MD5) Previous issue date: 2016-09-28 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This research introduces a proposal of understanding the construction of the adult identity in the contemporary world, in a context of multiple social and cultural transformations marked, above all, by the technology development and the democratization of intimate relationships. Within the Systemic Psychology framework, the study followed a mixed method, quanti-qualitative, therefore divided into two distinct phases. The first one, quantitative, had the participation of 64 individuals from 25 to 34 years old, from both genders, with an online questionnaire taken as a data collect procedure. The second one, qualitative, was headed with the use of semi-structured interviews with six collaborators from the previous phase, chosen according to their “self-concept”. The results indicated that this dynamic and fluid character that surrounds the experiences of becoming and being an adult, along with the individualization of the projects of life, puts into question some traditional criteria of adulthood legitimation, such as marriage, parenting, and the leaving of parents’ house, giving space to experiences of adult identity construction based on the development of psychosocial abilities, mainly the ethic responsibility and the autonomy. In a society governed by the combination of productivity and consumption, being financially independent remains as an important source of validation of the adult condition, yet in a “re-signified” way, in which the self-sufficiency gives way to intergenerational relations of support and partnership. Formerly a phenomenon legitimated by concrete experiences designed in order to meet preestablished social expectations, such as getting married and having children, the construction of identity in adulthood turns out to be a continuously revised and updated process, emerged from reflections and self-organizations, with the autonomous responsibility taken as the keyelement for the social recognition of this construction / Este trabalho apresenta uma proposta de compreensão da construção da identidade adulta na contemporaneidade, em um contexto de intensas transformações sociais e culturais marcadas, sobretudo, pelo desenvolvimento tecnológico e pela democratização nas relações de intimidade. Com aporte teórico na Psicologia Sistêmica, a pesquisa foi delineada com base em um método misto, quanti-qualitativo, sendo, portanto, realizada em duas fases. A primeira, quantitativa, contou com a participação de 64 indivíduos entre 25 e 34 anos, de ambos os sexos, tendo-se como procedimento de coleta de dados um questionário disponibilizado online. A segunda, qualitativa, realizou-se por meio de entrevistas semiestruturadas com seis colaboradores da fase anterior, escolhidos em função de seu autoconceito. Os resultados indicaram que a dinamicidade e a fluidez inscritas neste novo cenário que ambienta experiências de tornar-se e ser adulto, conjugadas à individualização dos projetos de vida, põem em questão critérios tradicionais de legitimação da adultez, como o casamento, a parentalidade e a saída da casa dos pais, dando lugar a experiências de construção da identidade adulta pautadas no desenvolvimento de habilidade psicossociais, especialmente a responsabilidade ética e a autonomia. Em uma sociedade regida pelo duo produção-consumo, a independência financeira mantem-se como importante fonte de validação da condição adulta, porém de forma ressignificada, na qual a autossuficiência cede lugar a relações intergeracionais de apoio e parceria. Antes um fenômeno cuja legitimação se traduzia em experiências concretas que atendiam a expectativas sociais prescritivas, como casar-se e ter filhos, a construção da identidade na adultez passa a configurar-se como um processo continuamente revisado e atualizado, emergente de reflexões e auto-organizações, sendo a responsabilidade autônoma o elemento-chave para o reconhecimento social dessa construção

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