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Identidade, raça e representação : narrativas de jovens que ingressam na universidade de Brasília pelo sistema de cotas raciais

Ferreira, Érika do Carmo Lima 05 March 2010 (has links)
Tese (doutorado)-Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, 2010. / Submitted by Jaqueline Ferreira de Souza (jaquefs.braz@gmail.com) on 2011-06-29T23:07:52Z No. of bitstreams: 1 2009_ErikadoCarmoLimaFerreira.pdf: 1984711 bytes, checksum: ee7d4d4d4805e3a6f03ae549c6975eae (MD5) / Approved for entry into archive by Jaqueline Ferreira de Souza(jaquefs.braz@gmail.com) on 2011-06-29T23:09:05Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2009_ErikadoCarmoLimaFerreira.pdf: 1984711 bytes, checksum: ee7d4d4d4805e3a6f03ae549c6975eae (MD5) / Made available in DSpace on 2011-06-29T23:09:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2009_ErikadoCarmoLimaFerreira.pdf: 1984711 bytes, checksum: ee7d4d4d4805e3a6f03ae549c6975eae (MD5) / O presente trabalho foi realizado no âmbito do grupo de pesquisa Educação e políticas públicas: gênero, raça/etnia e juventude (Geraju), da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB). A análise está centrada nas entrevistas narrativas feitas com oito universitárias e dois universitários, que ingressaram em diferentes cursos da UnB por meio do sistema de cotas, e buscou contemplar os seguintes objetivos: identificar e analisar as experiências dos/as estudantes no ambiente familiar, na trajetória escolar e na vivência acadêmica; verificar a existência de estratégias de convivência ou de confronto frente a possíveis situações de segregação ou preterimento, bem como de mecanismos de ressignificação da identidade negra ao longo da vida; verificar se a condição de cotista teve interferência nesse processo. As narrativas mostram que ser negro/a, em todos os aspectos da trajetória de vida analisados, carrega uma série de significados cambiantes, que se constroem de forma relacional, num jogo identitário em que atributos são alinhados ou confrontados na determinação da (auto)representação dos sujeitos. A condição de cotista encarna uma tensão que se estabelece entre a identidade de grupo e a visão universalista do mérito individual, fortalecida pela ainda forte influência da idéia de democracia racial, que tende a forjar uma neutralidade nas relações raciais e também de gênero. Verifica-se que a Universidade, para o/a estudante que ingressa pelo sistema de cotas, pode revelar-se tanto local de abertura para o engajamento, já advindo de exemplos familiares ou de contato com grupos jovens de mobilização social, quanto de transformação do pensamento em relação à configuração racial do País e da própria compreensão do que significa ser negro/a. Para tanto, o contato com grupos de discussão, de pesquisa, e com centros de convivência existentes na academia, como o Afroatitude e o Centro de Convivência Negra (CCN), mostrou ser diferencial, pois proporciona o questionamento de representações raciais e de gênero até então introjetadas, a troca de experiências e o efetivo envolvimento na produção do saber. No entanto, apelidos e “brincadeiras”, que marcam de forma velada a discriminação, e manifestações explicitas do preconceito em relação à raça negra e às mulheres, evidenciam que o rastro racista e sexista persiste no espaço acadêmico, mesmo entre os/as cotistas, favorecendo processos de “embranquecimento” e de cooptação. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This work was carried out in the research group Education and public policies: gender, race and age, from the College of Education of the University of Brasília (UnB). The analysis is focused on the narrative interviews carried out with 10 college students (8 females and 2 males), who enrolled in different UnB courses through the quota system, and it sought to achieve the following goals: to identify and analyze the experiences of students in their family environment, in their educational history, and in their academic lives; to verify the existence of strategies of social interaction or confrontation in face of possible situations of segregation or disregard and the existence of mechanisms of resignification of the black identity throughout life; to verify if the condition of quota student interfered in this process. The narratives show that being black, in all the analyzed aspects of life course, holds a series of changing significances, which are built in a relational form, in a identity game in which attributes are aligned or confronted in the determination of subjects‟ (self)representation. The condition of quota student incarnates a tension that is established between the group identity and the universalist vision of individual worthiness, stressed by the still strong influence of the idea of racial democracy, which tends to forge a neutrality in racial and also gender relations. We verified that the University, for the student who enrolls through the quota system, can reveal itself both as a place of opening for engagement, resultant from family examples or from contacts with youth groups of social mobilization; and as a place of thought transformation concerning the Brazilian racial configuration and the very comprehension of what it means to be black. For such, the contact with discussion groups, research groups, existent centers of social interaction in academia, such as Afroatitude and the Centro de Convivência Negra (CCN), showed to be differential, for it provides for questioning racial and gender representations hitherto introjected, the exchange of experiences and the affective involvement in knowledge production. However, “jokes” that mark in a veiled manner the discrimination and explicit displays of prejudice generated by the presumed lack of capacity of blacks and women show that the racist and sexist trace persists in the academia, even among quota students, favoring “whitening” and cooptation processes. _________________________________________________________________________________ RÉSUMÉ / Cette recherche a été réalisée dans le cadre du groupe de recherche Education et politiques publiques: gendre, race/ethnie et jeunesse (Geraju), à la Faculté d‟Education de l‟Université de Brasilia (UnB). L‟analyse est centrée dans les entretiens narratifs faits avec huit étudiantes et deux étudiants universitaires approuvés dans le processus sélectif pour des différents cursus de l‟UnB par le système de quotas. La recherche a cherché à contempler les objectifs suivants : a) identifier et analyser les expériences des étudiants dans l'ambiance familiale, dans leur trajectoire scolaire et dans le milieu académique ; b) vérifier l‟existence de stratégies de fréquentation ou de confrontation face à des possibles situation de ségrégation ou négation ainsi que l'existence de mécanismes de resignification de l‟identité noir (noire) pendant la vie ; c) vérifier si la condition du bénéficié par les quotas a eu une interférence dans ce procès. Les récits montrent que le fait d‟être noir (noire), dans tous les aspects de la trajectoire de vie analysés, porte une série de significations changeantes, qui se construisent d‟une façon relationnelle, dans un jeu identitaire dans lequel des attributs s‟alignent ou s‟opposent dans la détermination de la (auto)représentation des sujets. La condition du bénéficié par les quotas est porteuse d‟une tension qui s'établit entre l‟identité de groupe et la vision universaliste du mérite individuelle, renforcée par l‟influence, encore très forte, de l‟idée de démocratie raciale. Cette idée a une tendance a forger une neutralité dans les relations raciales, ainsi que dans celles de gendre. Nous avons pu vérifier que l‟Université, pour l‟étudiant(e) qui y accède par le système de quotas, peut se révéler soit comme lieu d‟ouverture à l‟engagement – déjà advenu d‟exemples familiales ou du contact avec des groupes jeunes de mobilisation sociale – soit comme lieu de transformation de la pensée sur la configuration raciale du Pays et de la compréhension même sur la signification d‟être noir(e). Pour arriver à l‟accomplissement de ces objectifs, le contact avec des groupes de débat et de recherche ainsi qu‟avec des „centros de convivência‟ existants dans le cadre universitaire comme le „Afroatitude‟ et le „Centro de Convivência Negra (CCN)‟, s‟est montré comme un différentiel car il a favorisé la mise en question des représentations raciales et de gendre jusqu‟à ce moment introjectées, l‟échange d'expériences et l'effectif engagement dans la production du savoir. En revanche, certains „jeux‟ – qui marquent de façon voilé la discrimination – et des manifestations explicites de l‟imaginaire d‟incapacité par rapport à la race noire et aux femmes mettent en évidence que le trace raciste et sexiste persiste dans le milieu académique, même parmi les bénéficies par les quotas, ce qui favorise les procès de „blanchissement‟ et de cooptation.

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