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FEMININOS, IDENTIDADES E TRÂNSITOS EM NARRATIVAS DE CLARICE LISPECTORPRAZERES, L. L. G. 23 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-23 / Clarice Lispector possibilita a realização de inúmeras investigações acerca dos
temas que perpassam por sua vida e obra literária. Esta pesquisa elege a
questão das relações de gênero e da construção dos sujeitos femininos a fim de
entrecruzar narrativa e personagens clariceanos como mote crítico ao discurso
moderno que impôs identidades essencialistas e acabadas. Tem como objetivos:
entender o lugar do gênero na produção clariceana, percebendo os processos de
desconstrução das subjetividades femininas elaborados pela autora; identificar, à
luz dos estudos pós-coloniais, os trânsitos, a hibridez e a indecidibilidade das
identidades contemporâneas e femininas, no recurso aos instrumentais analíticos
de Gayatri Spivak (2012), Stuart Hall (2014), Homi Bhabha (2013), Judith Butler
(1998), Toril Moi (2006), Karina Bidaseca (2003), María Lugones (2010), Aníbal
Quijano (2013), dentre outros. Para tanto, foram eleitas obras que narram real ou
metaforicamente a experiência das fronteiras, margens e deslocamentos, a saber:
os contos A Fuga, Viagem a Petrópolis, A partida do trem, A Língua do P e Ele
me bebeu. Propomos a potencialidade analítica dos textos de Clarice para os
debates mais recentes nas teorias feministas, a despeito da impossibilidade de
classificar a autora em quaisquer rótulos. Também, concluímos pela pertinência
de inquietações acerca das persistentes colonialidades do poder, do saber e do
ser, sobretudo, na ênfase à subalternidade e ao silenciamento de gênero, não
poucas vezes, na intersecção com a classe, a região de origem e a geração.
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