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A sombra do objeto : considerações sobre a constituição do eu na psicanálise freudianaFeres, Cláudia Mendes 10 1900 (has links)
Tese (doutorado)-Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura. / Submitted by Patrícia Nunes da Silva (patricia@bce.unb.br) on 2011-05-26T19:09:35Z
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2009_ClaudiaMendesFeres.pdf: 1338858 bytes, checksum: df836dcad699069e54ee721ff15f39d7 (MD5) / Este trabalho dedica-se à constituição de eu dentro do arcabouço freudiano, estudada a partir do prisma da melancolia. Apoiados na declaração de Freud (1917[1915]/2006) acerca dos efeitos da sombra do objeto sobre o eu, possuímos como objetivo a investigação das possibilidades de esta ser tomada como uma das vertentes constitutivas do eu. Partirmos da ideia de que o estado de desamparo, articulado às inscrições do sexual, é o ponto de origem de um psiquismo. É apontada e trabalhada a importância da formação de uma imagem narcísica. Utilizando-se a melancolia a partir da célebre metáfora do cristal partido (Freud, 1933[1932]/1980), apontamos o movimento de contra-luto, peleja em que o eu se rebela contra o trabalho de luto. Ao tentar apagar a perda, o eu, identificado à sombra do objeto, escorrega para outra perda, anterior e mais estrutural. Desponta um flanco que indica que houve uma perda: o eu-sombra. Tal fragmento carrega um resto sombrio não elaborável. Além da cisão do eu entre imagem narcísica e eu-sombra, acrescentar-se-ão o desmanche da mescla pulsional e o masoquismo erógeno: a pulsão de morte toma esse fragmento do eu como sua morada, atuando a partir dele. Amparados num conto literário, Negrinha, de Monteiro Lobato (1923), ressaltamos nossas articulações, diferenciando-nos dos demais autores não só pelo uso que fazemos da melancolia quanto pelo significado dado à articulação entre sombra/objeto/eu. Por fim, concluímos que, dentro do eu, há uma vertente que denuncia o valor ilusório da imagem narcísica. Se dominada pela pulsão de morte (seja via defusão pulsional, seja pelo masoquismo erógeno), ela é capaz de destituir a tão amada imagem. O eu-sombra, portanto, coloca-se silenciosamente à espreita, aguardando, quando tomado pela pulsão de morte, a possibilidade de espalhar-se por toda a imagem narcísica. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This work takes in consideration the ego into the Freudian language studied from the melancholy. It has the objective to investigate throw the object’s shadow over the ego (Freud, 1917[1915]/2006), the possibilities of the shadow as one of the ways that constitutes the ego. The work starts from the idea that the abandonment articulated with the sexual inscriptions is the main point to the psychological origin. It is shown and worked the importance of the narcissistic image. Using the melancholy as a broken cristal (Freud, 1933[1932]/1980), it shows its position against the mourning movement, procedure in which the ego revolts itself against the mourning work. When the ego tries to erase the loss it is identified by the object’s shadow, so the ego slips way in another older and more structured loss. Then, a flank comes indicating that there was a loss: the ego-shadow. Such fragment brings along the rest dark side – the non-elaborated one. There is a cut from the ego with the narcissistic image and the ego-shadow, what will increase the mix of the instincts and the masochism. The death instinct takes this fragment of the ego as its home, working from it on. The part of this work is based on the book Negrinha from Monteiro Lobato (1923). This part will emphasize ours differences from the other authors: the place of the melancholy and of the shadow. Finally we conclude that inside the ego there is a way which reviews the illusionary value of the narcissistic image. If taken from the death instinct, it is able to destroy the loved image. So, the ego-shadow puts itself in a silent view just waiting to be taken by the death instinct, the possibility to spread itself throw the narcissistic image.
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