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Haiti, uma república do Vodu?: uma análise do lugar do Vodu na sociedade haitiana à luz da Constituição de 1987 e do Decreto de 2003Pierre, Jean Gardy Jean 17 June 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-06-17 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The Constitution of 1987 proclaims religious liberty in Haiti and acknowledges
Voodoo as a religion. However, Voodoo s legal status was changed only with a decree
by President Jean-Bertrand Aristide in April 4th, 2003, which recognized Voodoo as
cultural heritage of the Haitian nation
This work presents a vision of Haitian Voodoo in the light of these two recent
accomplishments of the Haitian people. What has changed since then and which
perspectives are now available to the pioneer state in the American fights for
independence and for the abolishment of slavery?
In order to answer to those questions and the others, we have proposed this
reserearch, having organized our work in three chapters. The first one describes the
history of Haiti, from the time the country was inhabited by the Taïno Amerindians to
the Spanish and French colonization periods and other more relevant events. Then we
proceed to describing Voodoo, bearing in mind its origin and historical and sociological
evolution.
In the second chapter, we reflect on the relation between State, the Catholic Church
and Voodoo after Independence. The relation with Voodoo was always tense and
controversial, varying from unconditional acceptance to orderly repulse and from
tolerance to intransigence. In 1860, the Catholic Church signed a concordat with the
Haitian State and, thereafter, organised several campaigns against Voodoo.
In the third chapter, we reflect on the rehabilitation of Voodoo by a sector of the
country s intellectual elite, with a highlighted contribution of the Indigenist School
during American occupation. The main representatives of that movement were Jean
Price-Mars, physician and anthropologist, and Jacques Roumain, a novel writer and
François Duvalier. They contributed to the renaissance of Voodoo as a religion, with
numerous publications and pieces of research. With II Vatican Council, however, The
Catholic Church has become more understanding and tolerant regarding Voodoo, to a
point in which it has come to try to understand the latter from within.
The revaluation of Voodoo helped it to leave clandestineness and helped Haitians to
reencounter the values which united them in the past and which can unite them again
around a project of national reconstruction / A Constituição de 1987 proclama a liberdade religiosa no Haiti e reconhece o Vodu
como religião. No entanto, o estatuto jurídico do Vodu só muda com a publicação do
decreto de 4 de abril de 2003 pelo presidente Jean-Bertrand Aristide, que o reconhece
juridicamente e como patrimônio cultural da nação haitiana.
Este trabalho apresenta uma visão sobre o Vodu haitiano à luz dessas duas recentes
conquistas do povo haitiano. O que mudou desde então e quais perspectivas se abrem a
esse Estado pioneiro nas lutas americanas pela Independência e pela abolição do sistema
escravista?
Para responder a essas indagações e outras, propusemos esta pesquisa organizando o
trabalho em três capítulos: O primeiro traça a história do Haiti, desde o período em que
era habitado pelos povos Tainos, passando pela colonização espanhola e francesa, pela
independência e por outros acontecimentos mais importantes, para depois definir o
Vodu levando em conta sua origem e sua evolução histórica e sociológica.
No segundo capítulo, refletimos sobre a relação entre a Igreja Católica, o Estado e o
Vodu após a Independência. A relação com o Vodu foi sempre tensa e polêmica,
variando da acolhida incondicional ao repulso sistemático, ou ainda da tolerância à
intransigência. Em 1860, a Igreja Católica assinou uma Concordata com o Estado e após
a Concordata, organizou várias campanhas contra o Vodu.
No terceiro capítulo, refletiremos sobre a reabilitação do Vodu por um setor da elite
intelectual do país, especialmente por meio da Escola Indigenista, durante a ocupação
americana. Os principais representantes deste movimento foram Jean Price-Mars,
médico e antropólogo, o romancista Jacques Roumain,e François Duvalier que através
de numerosas pesquisas e publicações ajudaram no renascimento do Vodu como
religião. Com o Concílio Vaticano II, a Igreja Católica mostrou-se mais compreensiva e
tolerante frente ao Vodu, a ponto de procurar compreendê-lo a partir de dentro.
A revalorização do Vodu o ajudou a sair da clandestinidade e ajudou também os
haitianos a reencontrarem os valores que os uniram no passado e que os podem unir
outra vez em torno de um projeto de reconstrução nacional
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