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Manoel de Barros: peregrinação da poesia por um conhecimento naturalSantos, Elisa Duque Neves dos 22 March 2017 (has links)
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DISSERTAÇAO-TODA_ELISA_FINAL_para-UFF.pdf: 2209050 bytes, checksum: 3e9bdfb1a8bcf219f966a029f7c2907d (MD5) / A poesia de Manoel de Barros peregrina pelos campos da palavra, da imagem, da memória e do Ser buscando um Conhecimento Natural, o qual ecoa na proposta de comunhão mística, que se dá na anulação das hierarquias entre os seres e seus modos de associação. Assim, propôs-se pensar nos procedimentos de comunhão, como a incorporação, a transubstanciação, a fusão e suas implicações na poesia de Manoel de Barros. Esta dissertação investiga, sobretudo, a sobrevivência de um vínculo de encantamento, que faz fronteira com o sagrado, em íntima troca com a natureza. O objetivo é perguntar se, por meio de um Conhecimento Natural determinado por uma lógica-eco, a poesia de Manoel de Barros tem uma proposta de religação de potência sagrada do homem ao mundo. O sagrado, de acordo com Bataille, é o que nos coloca diante de uma continuidade imanente. Esta dissertação, portanto, caminha por três vias de acesso: a primeira via, considera o tripé palavra-imagem-memória na poesia de Manoel de Barros (abordando principalmente a perspectiva de Henri Bergson), indicando a participação de um corpo perceptivo, intuitivo e sensível, bem como sugerindo o poema como imagem. Além disso, considera-se o olhar delirante e transgressivo (“transver”) do poeta; a segunda via sugere pensar em uma relação eco-lógica da poesia de Barros. Para este poeta, a natureza é lugar-fonte de sua poesia, o que determina tanto um arejamento filosófico (ético e político) que permite diálogos com o pensamento teórico de Felix Guattari, Michel Maffesoli, Gabriel Giorgi e Georges Bataille, quanto uma interatividade ecológica e visual entre o observador e o ambiente (diálogos com Michel Collot). Das perspectivas de Jacques Maritain e Giordano Bruno sobre o Conhecimento Natural, a poesia de Manoel de Barros corresponderia a uma tentativa de restaurar o vínculo entre o homem e o sagrado. Finalmente, a terceira via se concentra no conceito de “natência” (potência de fazer nascimentos com a linguagem poética) como um caminho vital e alegre que faz fronteira com a imanência sagrada. Convocamos da poesia de Manoel de Barros os temas da infantia, comunhão, eucaristia, metamorfose, mística e mito, erotismo, e santidade; os aspectos da incompletude e “devir” (Gilles Deleuze); e da relação da poesia moderna com a secularização e profanação do sagrado, com o auxílio de Walter Benjamin, Jean-François Lyotard, Giorgio Agamben, Octavio Paz, Clément Rosset, São Francisco de Assis, entre outros pensadores. / The poetry of Manoel de Barros peregrinates to word, image, memory and existential fields, seeking for a Natural Knowledge that echoes the proposal of mystical communion in the annulment of the hierarchies between beings and their association modes. Thus, it is relevant to this research to think of communion procedures, such as incorporation, transubstantiation, fusion and their implications in Manoel de Barros’ poetry. This paper investigates, in the poetry of Barros, the remaining of an enchantment bond which borders the sacred in intimate exchange with nature. The goal is to ask whether, through a Natural Knowledge from an ecological stance, the poetry of Manoel de Barros has a sacred proposal for rewiring man to the world. The sacred, for instance, according to Georges Bataille, is what put us in front of an immanent continuity.
This dissertation, therefore, walks through three access routes: the first way, the word-image-memory tripod in the poetry of Manoel de Barros (mainly addressing Henri Bergson’s perspective), indicating the participation of a perceptive, intuitive and sensitive body, as well as placing the poem as an image. Also, it considers the delusional and transgressive glance (“transver”) of the poet; the second way suggests thinking of an eco-logical relationship between Barros’poetry and nature as the source of it, which determine both a philosophical aeration (ethical and political) that allows dialogues with some theoretical thoughts of Felix Guattari, Michel Maffesoli, Gabriel Giorgi and Bataille, and an ecological and visual interactivity between the observer and the environment (dialogues with Michel Collot). From Jacques Maritain and Giordano Bruno’s perspective on the Natural Knowledge, Manoel de Barros’s poetry would correspond to an attempt to restoring the bond between man and the sacred. Finally, the third way focus on the concept of “natência” as a vital and joyful path that borders the sacred immanence. Manoel de Barros’ poetry summons to think on the topics of infantia, communion, eucharistia, metamorphosis, mysticism and myth, eroticism, and sainthood, the aspects of incompleteness and “becoming” (Gilles Deleuze) and the relationship of modern poetry with the secularization and profanation of the sacred, with the help of Walter Benjamin, Jean-François Lyotard, Giorgio Agamben, Octavio Paz, Clément Rosset, St. Francis of Assisi, among others thinkers.
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