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Impeachment de 2016: uma análise crítica discursiva dos jornais de PernambucoLins, Camila de Barros 02 January 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-01-02 / Sem resumo em língua estrangeira. / A presente pesquisa tem como foco de estudo o discurso da mídia e busca compreender como
foi construído o discurso midiático na cobertura sobre os acontecimentos relacionados ao
impeachment da Presidenta da República democraticamente eleita, Dilma Rousseff, e ao
governo provisório, exercido pelo então vice-presidente, Michel Temer, nos jornais de
Pernambuco, além de identificar padrões e indícios que apontem uma heterogeneidade ou
homogeneidade discursiva da mídia, comparar a elaboração do discurso político entre os
veículos analisados e refletir sobre o posicionamento da mídia diante da maior crise política
da história recente do Brasil. As matérias analisadas foram publicadas nos cadernos de
política dos três principais veículos impressos do Estado: Diario de Pernambuco, Folha de
Pernambuco e Jornal do Commercio e referem-se à cobertura de fatos políticos relevantes que
aconteceram no período de duração do governo provisório, entre 12 de maio e 31 de agosto de
2016. A primeira data corresponde ao afastamento de Rousseff, e a segunda ao término do
processo de impeachment, que culminou na destituição definitiva da presidenta eleita. A base
teórica-conceitual deste estudo articula conceitos da Análise Crítica do Discurso (ACD) – a
partir, sobretudo, de Fairclough (2008 [1992]; 1995) e Van Dijk (1998a; 1998b; 2009 [2008]),
além de contribuições da corrente de linha francesa, a partir de Charaudeau (2005) – e da
Teoria do Enquadramento – com base, por exemplo, em Entman (1993), Gitlin (1980) e o
Porto (In: RUBIM (org.), 2004). As matérias foram analisadas de acordo com os critérios de
identificação, interpretação, descrição e classificação dos enquadramentos presentes no
discurso, conforme indicações de Hertog e McLeod (In: REESE; GANDY; GRANT (ed.)),
Entman (1993), Porto (In: RUBIM (org.), 2004) e Pan e Kosicki (1993), a partir dos recursos
da Análise Discursiva Crítica apontados por Fairclough (2001 [1992]). Observou-se, na
maioria das matérias analisadas, a predominância de enquadramentos favoráveis ao discurso
pró-impeachment e/ou pró-Temer, o que pode ser interpretado como reflexo do
posicionamento principal adotado pelos três jornais pernambucanos durante o processo de
impeachment.
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