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Tecendo histórias: intervenção clínica em uma UTI semi-intensiva pediátrica / Weaving histories: clinical intervention in a child´s semi-intensive care unitOliveira, Márcia Campos de 19 October 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-10-19 / The hospital institution transplants the illness for itself, expropriating it of the body of the patient. On doing so, it creates a dynamics that favors the specialized treatment. Being thus, the patient is seen as a broken up form to Doctors, Nurses, Assistants, Nutritionists, among others. With the advanced technician the diagnosis has become next to the absolute and the therapeutical performance even more secure, characteristics sufficiently valued. Not rare, hospital advertisements of the following nature are propagated in the media: we have the best technology to take care of your children , more specifically in intensive care unit (ICU). But commonly the treatment is made of privation, illness and death. Being so, the technological apparatus and the medical precision can make the difference between the life and the death of the patient. Thus being, the ICU is organized to be a way of permanence of the patient on devices, asepsis, instability and, over all, urgency. However, only the technical care of the patient is not able to embrace the imponderable. The contradiction, the frustration and too many other proper aspects of the human being condition that are also part of the day of the one in the ICU, which, although exists, is not always able to emerge. To recognize the necessity of humanize the hospital attention became a public politics in Brazil since 2001. This stimulated other professionals to study the subject. This debate puts in question some attitudes and hospital procedures and, without a doubt, it provoked, ideological, epistemological and political confrontations. Ahead of this context, this research contributes to this quarrel; therefore it was worried about understanding a clinical way to intervene in this environment. For such, I made use of the phenomenological -hermetical method of research. Aiming to understand the experiences in IUC I mainly appealed to the thought and the clinic of Donald D. Winnicott and also of Gilberto Safra which had resonances in my clinical and procedural style. At first, the proceeding consisted of making me available to narrate fairy tales to hospitalized children. However, as the research evoluted, I realized, after some time in the ICU, that the potentiality of the meetings with the child, their parents accompanying and the medical staff, became something fundamental in the intervention. Hereupon, in a slow pace, the fairy tales were put aside, and I began to listen to the stories of the Institution s personnel. Thereon, the transition for the application of fairy tales to the potential space as a procedure, took place. Amongst the undergone experiences, I had examined four clinical situations involving hospitalized children, accompanying parents, health care team and my own transformation as a researcher sympathetic to the undergone suffering in the ICU / A instituição hospitalar transplanta a doença para si, expropriando-a do corpo do paciente. Ao fazê-lo, cria uma dinâmica que favorece o tratamento especializado. Sendo assim, o paciente é visto de forma fragmentada por Médicos, Enfermeiros, Auxiliares, Nutricionistas, dentre outros cuidadores. Com o avanço técnico o diagnóstico tem se tornado próximo ao absoluto e a terapêutica cada vez mais segura, características bastante valorizadas. Não raro, veiculam-se na mídia propagandas hospitalares da seguinte natureza: temos a melhor tecnologia para cuidar de seu filho. Mais especificamente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) o que comumente se vive é privação, adoecimento e morte. Nesse sentido, o aparato tecnológico e a precisão médica podem fazer a diferença entre a vida e a morte do paciente. Assim sendo, a UTI se organiza por meio da permanência de aparelhos ligados, assepsia, instabilidade e, sobretudo, urgência. No entanto, apenas o cuidado técnico não dá conta de acolher o imponderável, as contradições, as frustrações e demais aspectos próprios da condição humana que também estão presentes no cotidiano da UTI, os quais, apesar de existirem, nem sempre podem emergir. Reconhecer a necessidade de humanizar a atenção hospitalar tornou-se política pública no Brasil a partir de 2001. Isso incentivou a outros profissionais estudar o tema. Esse debate põe em questão várias atitudes e procedimentos hospitalares e, sem dúvida, provoca confrontos políticos, ideológicos e epistemológicos. Diante desse contexto, essa pesquisa contribui com essa discussão, pois se preocupou em compreender um modo clínico de intervir nesse ambiente. Para tal, utilizei-me do método fenomenológico-hermêutico de investigação. Visando compreender as vivências em UTI recorri principalmente ao pensamento e a clínica de Donald D. Winnicott e também de Gilberto Safra os quais produziram ressonâncias no meu estilo clínico. De início, o procedimento consistiu em disponibilizar-me para narrar contos de fadas escolhidos pela criança internada. Contudo, no decorrer da pesquisa percebi, na medida em que transitava pela UTI, que a potencialidade do encontro com a criança, com os pais acompanhantes e com a equipe se tornou algo fundamental na intervenção. Assim sendo, aos poucos os contos de fadas foram sendo deixados de lado e passei a ouvir histórias das pessoas na instituição. Desse modo, ocorreu a passagem do uso de história para o espaço potencial como procedimento. Dentre as vivências, discuti quatro situações clínicas envolvendo crianças hospitalizadas, mães e pais acompanhantes, equipe de saúde e a minha própria transformação como pesquisadora empática ao sofrimento experimentado em UTI
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