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Avaliação do potencial funcional de bebida láctea de soro em pó de queijo de cabraPereira, Áurea Marcela de Souza 29 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The goat whey is considered a byproduct of the cheese production and is often discarded as effluent without any treatment, becoming a source of pollution. Alternatively, the use of whey for the production of dairy beverages has been a very attractive option, especially due to its nutritional value. Probiotic cultures are composed of microorganisms that confer health benefits for the host, can be used in fermented beverages. Several food proteins contain physiologically active peptides, known as bioactive peptides. Milk proteins are considered a major source of potentially inhibitory peptides on the activity of the angiotensin-converting enzyme (ACE). This study aimed to prepare fermented dairy beverages produced with goat cheese whey powder considering the addition of a probiotic microorganism and its viability in the product, as well as, to evaluate bromatological, microbiological and physicochemical properties during the storage, and also to investigate the inhibitory activity on the ACE. The fermentation process was performed for the beverages of the control trial (BLC), added with Streptococcus thermophilus TA 40, and the probiotic trial (BLP), added with Streptococcus thermophilus TA 40 and Lactobacillus casei BGP 93. The chemical composition of the whey powder and the final milk beverages was evaluated, as well as the pH, titratable acidity and viability of the microorganisms in the reconstituted whey after the addition of the cultures, before fermentation (T0), after fermentation (TF), and after 1, 7, 14 and 21 days of storage at 4 °C. The instrumental texture for both beverages was analyzed during the storage period. The sensory analysis was performed on D7, D14 and D21 sampling periods. The protein content was analyzed for the reconstituted whey (SR) and for beverages on D1, D7, D14 and D21 sampling periods. The degree of proteolysis by the o-ftaldialdeíde (OPA) method and sodium dodecyl sulfate-polyacrylamide gel electrophoresis (SDS-PAGE) analysis were carried out to evaluate the protein degradation in samples during the processing and storage. The inhibitory activity on the angiotensin converting enzyme (ACE) was measured in order to obtain the bioactive potential of the product. The pH during fermentation (T0 and TF) and storage decreased from 5.71 to 4.92 and from 5.72 to 4.97 for BLC and BLP, respectively. The acidity for both trials increased significantly (p<0.05) between T0 and TF and showed significant differences neither between storage periods nor between trials (p>0,05). The viability of S. thermophilus was in accordance with the levels required by the Brazilian legislation for fermented dairy beverages, showing populations higher than 10 CFU/ml in the final product, during the whole storage period. Viable L. casei cells in the probiotic trial were consistent with the recommended levels by the literature (above 10 – 10 CFU/ml) for products with probiotic benefits. The final products were in accordance with the Brazilian legislation for microbial contaminants, which present less than 3 most probable number (MPN)/ml to 100 MPN/ml for coliforms at 30/35 °C and at 45 °C. The texture parameters did not differ significantly (p>0.05) between the trials and the storage period. The presence of the probiotic microorganism did not result in significant differences between trials in the sensory evaluation. The protein content of the SR was significantly higher (p<0.05) than that verified in the dairy beverages during the storage periods for the two trials, which showed values of 2.2 g/100 g for BLC and of 2.1-2,17 g/100 g for BLP. Both beverages showed, during the whole storage, protein levels higher than the minimum of 1.0 g/100 g required by the Brazilian legislation for dairy beverages with added ingredients. Although the degree of proteolysis did not differ significantly between trials and storage time (p>0.05), there was a tendency for the increasing of this parameter during the storage period, as well as a trend of higher proteolysis in the probiotic trial, suggesting that the addition of L. casei promoted the release of peptides, since it was also found electrophoretic bands with larger size ranges for BLP in relation to those verified for BLC. For the ACE assay, both BLP and BLC were able to inhibit the enzyme under study, with increased values for BLP on D1, close to that found with captopril (reference medicine to treat hypertension). / O soro caprino é considerado um subproduto da produção queijeira e muitas vezes descartado sem nenhum tratamento como efluente, tornando-se uma fonte de poluição. Como alternativa, a utilização de soro de queijo para a produção de bebidas lácteas tem sido uma opção muito atraente, notadamente devido ao seu valor nutricional. Culturas probióticas são constituídas de microrganismos que conferem benefícios à saúde do hospedeiro, podendo ser utilizadas em bebidas fermentadas. Muitas proteínas dos alimentos contêm peptídeos fisiologicamente ativos, chamados de peptídeos bioativos As proteínas do leite são consideradas uma das principais fontes de peptídeos com potencial de inibição da atividade da enzima conversora de angiotensina (ACE). Este trabalho teve por objetivo elaborar bebidas lácteas fermentadas produzidas a partir do soro de queijo de cabra em pó considerando a adição de um microrganismo probiótico e sua viabilidade no produto e avaliar as propriedades bromatológicas, microbiológicas e físico-químicas ao longo do armazenamento, e a capacidade inibitória sobre a ACE. O processo de fermentação foi realizado para as bebidas lácteas controle (BLC), adicionada de Streptococcus thermophilus TA 40 e probiótica (BLP), adicionada de Streptococcus thermophilus TA 40 e Lactobacillus casei BGP 93. Foram avaliados os valores de composição do soro em pó e das bebidas lácteas finais, pH, acidez titulável, viabilidade dos microrganismos no soro reconstituído após a adição das culturas, antes da fermentação (T0), depois da fermentação (TF), após 1, 7, 14 e 21 dias de armazenamento a 4 °C (D1, D7, D14 e D21, respectivamente). A textura instrumental para ambas as bebidas foi analisada durante o período de armazenamento. A análise sensorial realizada nos tempos D7, D14 e D21. A quantificação de proteínas foi efetuada no soro reconstituído (SR) e nas bebidas nos tempos D1, D7, D14 e D21. As análises de grau de proteólise pelo método o-ftaldialdeído (OPA) e eletroforese em gel de poliacrilamida-dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE) foram realizadas para avaliar a degradação proteica nas amostras ao longo do processamento e armazenamento. A atividade inibidora sobre a ACE foi avaliada a fim de se obter a potencial atividade bioativa do produto. Os valores de pH durante a fermentação (T0 e TF) e o armazenamento diminuíram de 5,71 para 4,92 e de 5,72 para 4,97, para BLC e BLP, respectivamente. A acidez para os dois tratamentos aumentou significativamente (p<0,05) entre T0 e TF, mas não diferiu significativamente nem entre os períodos de armazenamento (D1 a D21), nem e os tratamentos (p>0,05). A viabilidade de S. thermophillus esteve em conformidade com o exigido pela legislação para bactérias láticas viáveis em bebidas lácteas fermentadas, apresentando populações superiores a 10 UFC/ml, no produto final, durante todo o período de armazenamento. A viabilidade de L. casei, no tratamento probiótico, foi condizente com o valor recomendado pela literatura (acima de 10 – 10 UFC/ml) para produtos com benefícios probióticos. Os produtos finais estiveram em conformidade com a legislação para contaminantes, apresentando resultados menores que 3 número mais provável (NMP) /ml até 100 NMP/ml, para coliformes a 30/35 °C e a 45 °C. Os parâmetros de textura não diferiram significativamente (p>0,05) quanto aos tratamentos e ao período de armazenamento. A presença do microrganismo probiótico não resultou em diferença significativa entre os tratamentos na avaliação sensorial. O teor proteico do SR foi significativamente maior (p<0,05) que o verificado nas bebidas lácteas dos dois tratamentos, em todos os períodos de amostragem, as quais apresentam valores de 2,2 g/100 g na BLP e de 2,1-2,17 g/100 g na BLP. Ambas as bebidas apresentaram durante todo o armazenamento teores proteicos maiores que o mínimo de 1,0 g/100 g exigido pela legislação para bebidas lácteas com adições. O grau de proteólise, embora não tenha diferido entre os tratamentos e o tempo de amostragem (p>0,05), apresentou uma tendência de aumento ao longo do período de armazenamento, assim como tendência de maior proteólise no tratamento probiótico, sugerindo que a adição de L. casei promoveu maior liberação de peptídeos, pois também foram encontradas bandas eletroforéticas inferiores a 6 kDa com faixas de tamanhos maiores para BLP em relação à BLC. Para o ensaio com a ACE, tanto BLP quanto BLC foram capazes de inibir a enzima em estudo, com valores superiores para BLP, sendo que para esta bebida no D1 os valores foram próximos ao encontrado para o captopril (medicamento de referência para o tratamento da hipertensão).
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