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Efeitos fisiológicos do mercúrio em plantas de Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen / Physiological effects of mercury in plants of Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen

Calgaroto, Niceia Spanholi 26 February 2009 (has links)
Mercury (Hg) is a highly toxic non-essential heavy metal. Soil, water and air contamination by Hg leads to its accumulation in fish, birds and mammals, thus entering human food. Due to the hazardous effects to the ecosystem, it is necessary that contaminated soils be rehabilitated. Phytoremediation is a cheap technique that can be utilizated with this objective, however, it is necessary to be knowledgeable about plant behavior during metal exposure. Therefore, the aim of this study was to characterize biological and biochemical aspects of Hg toxicity and the role of Zn to alleviate these effects in P. glomerata plants. For both experiments, plants were grown in vitro and acclimated ex vitro, for the application of treatments. Nine days later, growth and biochemical parameters of oxidative stress were evaluated. In the first experiment, plants were exposed to four concentrations (0.0, 1.0, 25 and 50 μM Hg). In the second experiment, four treatments of Hg and Zn were added to the nutrient solution (without Zn or Hg (control); 50 μM Zn; 50 μM Hg and; 50 μM Zn + 50 μM Hg). The Hg concentration was higher in shoot than in roots only in treatments without Hg (control and 50 μM Zn). Fresh and dry weight of roots and shoot decreased and a high malondialdeide (MDA) concentration was observed at 50 μM Hg, indicating that tissue damage occurred. The antioxidant enzyme activity and non-enzymatic concentration increased with the presence of Zn+Hg. Plants exposed to Zn showed a decrease in fresh and dry weight, but there was no significant increase in MDA production. There was an interaction between Zn and Hg. The antioxidant system of P. glomerata plants was important in oxidative damage regulation, however, at 50 μM Hg these mechanisms were not able to revert the damage caused by Hg. Zinc addition parcially prevented Hg damage, observed by the significant decrease in lipid peroxidation and higher survival percentage. / O mercúrio (Hg) é um metal pesado não-essencial altamente tóxico aos organismos. A contaminação dos solos, ar e água por este metal leva a sua acumulação em peixes, aves e mamíferos e a intoxicação humana, através da alimentação. Devido aos efeitos danosos do Hg ao ecossistema, é necessário que estas áreas sejam reabilitadas. A fitorremediação é uma técnica de baixo custo que pode ser utilizada com tal objetivo. Para que a planta seja utilizada na fitorremediação, no entanto, é necessário haver conhecimento sobre o comportamento vegetal quando exposto ao contaminante. Portanto, o objetivo deste trabalho foi caracterizar aspectos fisiológicos e bioquímicos da toxidez do Hg e o papel do Zn em aliviar estes efeitos em plantas de P. glomerata. Foram realizados dois experimentos, cujas plantas foram cultivadas in vitro e aclimatizadas ex vitro, quando foram aplicados os tratamentos. Após nove dias de exposição aos tratamentos, foram avaliados parâmetros de crescimento e parâmetros bioquímicos ligados ao estresse oxidativo. No primeiro experimento, as plantas foram expostas a quatro concentrações de Hg (0,0, 1,0, 25 e 50 μM). Já no segundo experimento, o Hg e o Zn foram adicionados à solução nutritiva de modo a formar quatro tratamentos (sem Zn e Hg (controle); 50 μM Zn; 50 μM Hg; 50 μM Zn + 50 μM Hg). A concentração de Hg foi maior nas raízes do que na parte aérea das plantas expostas ao Hg e sua presença induziu o estresse oxidativo, bem como causou danos aos tecidos vegetais nas concentrações de 25 e 50 μM Hg. A concentração de Hg foi maior na parte aérea do que nas raízes apenas nos tratamentos em que o Hg não foi adicionado à solução nutritiva (controle e 50 μM Zn). A massa fresca e seca das raízes e da parte aérea diminuiu e foi observado aumento da concentração de malondialdeído (MDA) nos tecidos em relação ao controle, quando expostos a 50 μM Hg, indicando que houve dano aos tecidos. A atividade das enzimas antioxidantes e a concentração de antioxidantes não enzimáticos aumentaram com a presença de Hg e com a adição de Zn. O tratamento de Zn diminuiu a massa fresca e seca das plantas, por outro lado não houve alteração na peroxidação lipídica. Houve interação entre os elementos Zn e Hg quando fornecidos simultaneamente na solução nutritiva. O sistema antioxidante de P. glomerata foi importante na regulação do dano oxidativo. No entanto, em 50 μM Hg, estes mecanismos não foram suficientes para reverter o dano causado por este elemento. O Zn parcialmente evitou os danos causados pelo Hg, observados pela significante diminuição da peroxidação lipídica e pela maior porcentagem de sobrevivência de plantas neste tratamento.

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