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Risco ocupacional relacionado ao conforto ambiental em UTIs

Vieira, Elamara Marama de Araujo 03 March 2016 (has links)
Submitted by Leonardo Cavalcante (leo.ocavalcante@gmail.com) on 2018-06-06T15:12:10Z No. of bitstreams: 1 Arquivototal.pdf: 4263107 bytes, checksum: 10cba0c5e9a038f575d33e9d96ef129a (MD5) / Made available in DSpace on 2018-06-06T15:12:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Arquivototal.pdf: 4263107 bytes, checksum: 10cba0c5e9a038f575d33e9d96ef129a (MD5) Previous issue date: 2016-03-03 / Insalubrious buildings concerning the environmental aspect may cause a range of diseases for the occupants, which may affect the physical and/or mental health. In the Intensive Care Unit (ICU), attention. agility, and concentration required for task execution become an aggravating factor and, jointly with adverse environment conditions, may harm the health and well-being of the professionals, which can start multiple symptoms. Thus, physical environment where the professional is inserted becomes an important quantitative indicator of risk exposure in order to assess how the professional is being affected by environmental comfort requirements. It aims to assess if the environmental variables offer risk to health and well-being of the professionals at Intensive Care Units. Nine ICUs were selected in the city of João Pesssoa, where data were collected in three consecutive days regarding the thermal, acoustics, lighting, and air quality variables. Simultaneously, 128 professionals were interviewed, among physicians, nurses, physiotherapists, and nurse technicians, addressing issues related to perception. satisfaction. and health conditions related to the environment. Data descriptive analysis relating to environmental variables collected in each ICU was done through Bayesian networks and it was analyzed their influence on health and well-being of the professionals. Five Bayesian networks were built: one in global nature that approaches the experimental variables: temperature, noise, lighting, and air quality, the relative perception for each variable, beyond signs and symptoms of the professionals raised through the questionnaires; the other four focused each variable of approached environmental comfort. Each network was validated according to ROC (Receiver Operating Characteristic) curve, considering the value under the curve ≥ 0,7 as satisfactory. The variables that presented greater impacts on professionals’ health were the thermal variables, be they experimental or perceptual. Global Bayesian Network (GBN) enabled to verify that to go from a comfort to a discomfort thermal status, according to ISO PMV (Predicted Mean Vote) 7730/2005, might increase in +8% the risk for emergence of symptoms. According to GBN. a professional may leave from a thermal comfort status, according to professionals’ perception. it might increase in +11.4% the risk for appearance of physical symptoms, and in +7.6% the appearance of psychological symptoms. In the specific Bayesian network of thermal variables, the inclusion of nodes related to the wish and thermal feeling could consolidate the idea that neutrality and acceptance of thermal environment are essential qualities to minimize 7 symptomatological complaints, which can increase in up +27% the probability of symptoms occurrence. It was determined that environmental variables have impact on health and well-being of the intensivists professionals, which may favour or inhibit the occurrence of symptomatological complaints. Perception is positioned between man and environment, or still as the own predictive in cases where even great status the negative perception may result in symptoms. It is admissible that the matter in question involves a superior complexity to the approached demand in the moment. The occurrence of occupational symptomatological complaints related to the environment, be they physical or psychological, involves a greater diversity of the approached variables in this research, including personal, cognitive, and organizational variables, which may be addressed in future investigations. / Edifícios insalubres no que diz respeito ao aspecto ambiental, pode causar uma série de doenças para os ocupantes, podendo afetar a saúde física e/ou mental. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a atenção, agilidade e a concentração requeridas para a execução da tarefa tornam-se um agravante e, conjuntamente com as condições ambientais desfavoráveis, podem prejudicar a saúde e o bem-estar dos profissionais com o desencadeamento de múltiplos sintomas. Assim, o ambiente físico onde o profissional está incluso torna-se um importante indicador quantitativo da exposição ao risco no sentido de avaliar como o profissional está sendo afetado pelos requisitos de conforto ambiental. Objetivou-se investigar o risco à saúde e bem-estar dos profissionais decorrente da exposição às variáveis ambientais nas Unidades de Terapia Intensiva. Foram selecionadas 9 UTIs da cidade de João Pessoa-PB, onde coletou-se em três dias consecutivos dados referentes às variáveis térmica, acústica, lumínica e qualidade do ar. Simultaneamente, entrevistou-se 128 profissionais, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem, abordando questões acerca da percepção, satisfação e das condições de saúde relacionadas ao ambiente. Fez-se análise descritiva dos dados relativo às variáveis ambientais coletadas em cada UTI e, através de Redes Bayesianas, analisou-se suas influências na saúde e no bem-estar dos profissionais. Foram construídas cinco Redes Bayesianas, sendo uma de caráter global abordando as variáveis experimentais de temperatura, ruído, iluminação e qualidade do ar, a percepção relativa a cada variável, além dos sinais e sintomas dos profissionais captados através dos questionários; e as outras quatro redes focaram cada variável do conforto ambiental abordada. Cada rede foi validada segundo a Curva ROC (Receiver Operating Characteristic) admitindo-se como satisfatório o valor da área sob a curva ≥ 0,7. As variáveis que apresentaram maiores impactos sobre à saúde dos profissionais foram as variáveis térmicas, sejam elas experimentais ou perceptivas. A construção da Rede Bayesiana Global (RBG) permitiu verificar que passar de um estado de conforto para o de desconforto térmico, conforme o PMV da ISO 7730/2005, pode incrementar em +8% o risco para o surgimento de sintomas. Segundo a RBG, um profissional sair de um estado de conforto térmico, segundo a percepção dos profissionais, pode incrementar em +11,4% o risco para o surgimento de sintomas físicos, e em +7,6% para o surgimento de sintomas psicológicos. Na rede bayesiana 5 específica das variáveis térmicas a inclusão de nós relativos ao desejo e sensação térmica puderam consolidar a ideia de que a neutralidade e a aceitação do ambiente térmico são atributos essenciais para a redução de queixas sintomatológicas, podendo incrementar em até +27% a probabilidade da ocorrência de sintomas. Constatou-se que as variáveis ambientais têm impacto sob a saúde e bem-estar dos profissionais intensivistas, podendo favorecer ou inibir a ocorrência de queixas sintomatológica. A percepção posiciona-se como mediadora entre o homem e o ambiente, ou ainda como própria preditora em casos onde mesmo em estados ótimos a percepção negativa pode incidir em sintomas. Admite-se que o tema em questão envolve uma complexidade superior a demanda abordada no momento. A ocorrência de queixas sintomatológicas ocupacionais relacionada ao ambiente, seja elas de caráter físico ou psicológicos, envolve uma diversidade maior de variáveis das abordadas nesta pesquisa, podendo incluir variáveis pessoais, cognitivas e organizacionais, as quais podem ser abordadas em investigações futuras.

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