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A PRODUÇÃO DO ESPAÇO: SEGREGAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO SOCIOESPACIAL NA CIDADE DE CRICIÚMA SC / THE PRODUCTION OF SPACE: SOCIO-SPATIAL SEGREGATION AND DIFFERENTIATION IN THE CITY OF CRICIÚMA.Felacio, Rafael Matos 16 July 2013 (has links)
This study aims at characterizing the production of urban space as well as analyzing socio-spatial segregation and differentiation standards in the city of Criciúma, located in the south of Santa Catarina state. The investigation and the analysis on the production of urban space and the socially segregated and differentiated city follow three views. The first one is the Lefebvrian view, which seeks to understand a city as capitalism s work and product. The second one is the Marxist view, which examines a city departing from the conflicts and the conflicting interests given in it and the division of society into classes. The third one is the Foucaultian view, which emphasizes power relations within space production relations and socially segregated cities. These three views are taken to be in permanent movement and contradiction shown under the most varied forms and geographical scales, articulated on and within the city though. This means that the research will take on the dialectical method. Based on this context and methodological view, the study is organized into four chapters. In the first chapter, capitalist and dissimilar development of Criciúma city is presented and highlighted. Its consolidation throughout space and time, given in an urban and interurban space transformation process by means of permanence and disruption, is considered as the reason for its condition of important medium city for the organization of urban and interurban space on a regional scale. In the second chapter, power relations are taken as methodical possibilities for the production of urban space. These relations are pointed out as premises for dispute and fragmentation of territory, resulting in socio-special segregation. In the third chapter, a scientific approach, allowing for the recalling of socio-special segregation genesis and conceptualization under discussion, is presented. Practices of active producers of a socially and spatially segregated urban space are contextualized. In the fourth chapter, by means of two variables, i.e., education and income, socio-spatial segregation and differentiation standards within the city of Criciúma are considered.Neighborhoods, which are more economically and educationally segregated, are identified and mapped with these variables. The city division in Downtown, Próspera and Pinheirinho neighborhoods is critically analyzed and compared. This research allows for the understanding of who produces the urban space and the city and for whom they are produced. Urban space is marked by conflicts, disputes and interests, aiming at capital or life (re)production and, moreover, interurban space production relations determining the relation and the standards of socio-spatial segregation. The conclusion presented is that agents involved in the process of the production of space produce territorialities on the ground of power relations, relations which produce territory disputes. Agents belonging to this process have the right for the city and the urbanity in a selected and differentiated manner, being the standards of socio-spatial differentiation and segregation produced out of power relations. This standards are linked to incoming, schooling differentiations or the inexistence of these, what results in a socially and territorially fragmented city. / Este trabalho tem como objetivo caracterizar a produção do espaço urbano e analisar os padrões de segregação e diferenciação socioespacial na cidade de Criciúma, localizada no sul de Santa Catarina. Este estudo e análise sobre a produção do espaço urbano e da cidade segregada e diferenciada socialmente é conduzida sob três perspectivas. A primeira perspectiva é a Lefebvriana que busca compreender a cidade enquanto obra e produto do capitalismo. A segunda perspectiva é a marxista que analisa a cidade a partir dos conflitos e interesses antagônicos presentes e existentes a partir da divisão da sociedade em classes. E, a terceira perspectiva é a Foucaultiana dando ênfase nas relações de poder existente nas relações de produção do espaço urbano e da cidade socialmente segregada. Estas três perspectivas são compreendidas em constante movimento e contradições, que se manifestam nas mais variadas formas e escala geográfica, porém, articuladas sobre e na cidade, o que consiste realizar a pesquisa a partir do método dialético. Neste contexto e visão metodológica estruturou-se o trabalho em quatro capítulos: o primeiro referiu-se e enfatizou o desenvolvimento capitalista e desigual da cidade de Criciúma, sua consolidação no espaço e no tempo, entre permanências e rupturas do processo de transformação do espaço urbano e intraurbano que a coloca na condição de cidade média com importância na organização do espaço urbano e intraurbano na escala regional. No segundo, correspondeu em analisar as relações de poder como possibilidade metodológica da produção do espaço urbano evidenciando que as mesmas são premissa para disputa e fragmentação do território, processo este produtor da segregação socioespacial. No terceiro, aponta a abordagem científica que possibilita resgatar a gênese e conceituar que tipo de segregação socioespacial está sendo discutida, sobretudo, contextualizando as práticas dos agentes produtores do espaço urbano segregado socialmente e espacialmente. E, no quarto capítulo verificaram-se os padrões de segregação e diferenciação socioespacial existente em Criciúma a partir da utilização de duas variáveis: educação e renda. Estas variáveis possibilitaram verificar e mapear quais são os bairros mais segregados economicamente e educacionalmente, analisando-os e comparando-os de forma crítica e qualitativa, diante da divisão da cidade em Centro, Subcentro Próspera e Pinheirinho. Com esta pesquisa foi possível entender quem produz e para quem produz o espaço urbano e a cidade, marcado por conflitos, por disputas e interesses, seja para (re)produção do capital ou para (re)produção da vida, sobretudo, que a relação de produção do espaço intraurbano determinou a relação e os padrões de segregação socioespacial. Concluiu-se que os agentes envolvidos neste processo produzem territorialidades a partir das relações de poder, estas relações entre os diferentes agentes produzem disputa por territórios, os agentes envolvidos neste processo têm direito a cidade e urbanidade de forma selecionada e diferenciada, sendo que os padrões de segregação e diferenciação socioespacial são produzidos a partir destas relações, atrelados às diferenciações de rendimentos e de escolaridade ou inexistência dos mesmos, que implica na produção de uma cidade fragmentada socialmente e territorialmente.
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