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A influência de uma espécie exótica invasora, Artocarpus heterophyllus Lam. (jaqueira), sobre uma comunidade de pequenos mamíferos e sua interferência na dinâmica de dispersão de sementes nativas / The influence of an invasive alien species, Artocarpus heterophyllus Lamk. (jack fruit), about a community of small mammals and their influence on the dynamics of dispersal of native seedsDaniel Santana Lorenzo Raíces 21 July 2011 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Atualmente, sabe-se que danos causados por espécies exóticas invasoras são
umas das principais causas de extinção de espécies, afetando mais seriamente
espécies que evoluíram em ilhas. A jaqueira, Artocarpus heterophyllus Lamarck
(Moraceae) é originária das florestas tropicais da Índia. Foi introduzida no Brasil ainda
no período Colonial e atualmente é invasora em áreas de Mata Atlântica, incluindo a
Ilha Grande, RJ. Durante três anos foram amostrados bimestralmente 18 grades, 10
com diferentes densidades de jaqueiras e oito sem jaqueiras. Em cada grade foram
colocadas 11 armadilhas de captura de mamíferos, que ficavam abertas durante três
dias consecutivos por mês. No laboratório as fezes de todos os animais capturados
foram analisadas para verificar a dieta e a quantidade de sementes nativas defecadas.
Para verificar as espécies capazes de predar e dispersar sementes de jaca, fizemos
testes com sementes de jaca atados a carretéis e armadilhas fotográficas. Neste
contexto, o estudo teve como objetivo verificar a influência da jaqueira na comunidade
de pequenos mamíferos e na dispersão de sementes de espécies nativas. Os
resultados mostraram que em áreas com maior densidade de jaqueiras adultas, houve
uma maior abundância de espécies frugívoras e a diminuição da abundância de
espécies mais insetívoras. Embora a jaqueira não tenha influenciado no consumo de
itens de origem animal e vegetal entre áreas com e sem jaqueiras e durante os
períodos de maior e menor frutificação, essa espécie desfavoreceu a dispersão de
sementes nativas. Em áreas com maior densidade de jaqueiras verificamos uma
quantidade menor de sementes nativas sendo defecadas pelos pequenos mamíferos. O
número de sementes defecadas durante o período de menor frutificação das jaqueiras
não foi significativo em relação ao período de maior frutificação e em todos os períodos
somados. Já em relação à frequência de fezes contendo sementes nativas, os
resultados das regressões simples foram significativos para todos os períodos. O fruto
da jaqueira A. heterophyllus foi mais consumido por D. aurita, T. dimidiatus eCuniculus
paca, sendo que D. auritanão teve influência sobre a predação e a dispersão de
sementes de jaca. Os roedores T. dimidiatuse C. paca foram registrados pelas
armadilhas fotográficas predando 20% e 16% das sementes de jaca e carregaram 65%
e 44% das sementes, respectivamente. Os testes com carretel mostraram que 86% das
sementes foram predadas, 10% foram deixadas intactas no local e apenas 4% foram
dispersas a pequenas distâncias, entre 2 e 15 metros, sendo possível que esses
roedores propiciem a dispersão dessa espécie exótica e invasora para novas áreas / Nowadays, it is known that damages caused by invasive exotic species are one
of major causes of species extinction, most seriously affecting species that evolved on
islands. The jackfruit, Artocarpus heterophyllus Lamarck (Moraceae) is originated from
tropical forests of India, being the tree that produces the largest fruit. It was introduced in
Brazil in the colonial period and is now invasive in several localities of the Atlantic
Forest, including Ilha Grande, RJ. During three years, were sampled bimonthly in 18
grids, 10 with different densities of jackfruits trees and eight without jackfruit trees. In
each grid were placed 11 traps for capture of mammals. The traps remained open for
three consecutive days monthly. During this period was also checked a number of
jackfruit trees in the grids and counted mature fruits of each tree. At the laboratory, the
feces of all captured animals were analyzed to verify diet and amount of native seeds
defecated. To verify species capable of preying and disperse jackfruit seeds, we
conducted tests with jackfruit seeds tied to reels and camera traps. In this context, this
study aimed to determine an influence of jackfruit tree in a community of small mammals
and in seeds dispersal of native species. The results showed that A. heterophyllus
influenced in an abundance of species of small mammals in Ilha Grande. In areas with
high density of adult jackfruit trees, was a greater abundance of frugivorous species,
such as Trinomys dimidiatus and Guerlinguetus ingrami, and decreased abundance of
species as most insectivorous as Dasypus novemcintus, Oxymycterus dasytrichus and
Monodelphis americana. Although jackfruit tree has not influenced in consumption items
between animal and vegetable areas with and without jackfruit trees and during periods
of greater and lesser fruitification, this species discouraging dispersal of native seeds. In
areas with high density of jackfruit tree we found a smaller amount of native seeds being
defecated by small mammals. The number of seeds defecated during the minor fruiting
period of jackfruit trees was not significant, however, during the period of greater fruiting
and in all periods summed were significant. In relation to frequency of feces containing
native seeds, the results of simple regressions were significant for all periods and
Didelphis aurita was the species that most influenced these results. The fruit of the
jackfruit tree A. heterophyllus was more consumed by D. aurita, T. dimidiatus and
Cuniculus paca, and D. aurita had no influence on predation and seed dispersal of
jackfruit, having no record of possible predation or seed dispersal by camera traps.
Rodents T. and C. dimidiatus paca were recorded by camera traps preying 20% and
16% of seeds of jackfruit and carried 65% and 44% seeds, respectively. Tests with reel
showed that 86% of seeds were predated, 10% were left intact at site and only 4% were
dispersed at short distances between 2 and 15 meters, it is possible that these rodents
provide to spread of this exotic and invasive species into new areas.
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A influência de uma espécie exótica invasora, Artocarpus heterophyllus Lam. (jaqueira), sobre uma comunidade de pequenos mamíferos e sua interferência na dinâmica de dispersão de sementes nativas / The influence of an invasive alien species, Artocarpus heterophyllus Lamk. (jack fruit), about a community of small mammals and their influence on the dynamics of dispersal of native seedsDaniel Santana Lorenzo Raíces 21 July 2011 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Atualmente, sabe-se que danos causados por espécies exóticas invasoras são
umas das principais causas de extinção de espécies, afetando mais seriamente
espécies que evoluíram em ilhas. A jaqueira, Artocarpus heterophyllus Lamarck
(Moraceae) é originária das florestas tropicais da Índia. Foi introduzida no Brasil ainda
no período Colonial e atualmente é invasora em áreas de Mata Atlântica, incluindo a
Ilha Grande, RJ. Durante três anos foram amostrados bimestralmente 18 grades, 10
com diferentes densidades de jaqueiras e oito sem jaqueiras. Em cada grade foram
colocadas 11 armadilhas de captura de mamíferos, que ficavam abertas durante três
dias consecutivos por mês. No laboratório as fezes de todos os animais capturados
foram analisadas para verificar a dieta e a quantidade de sementes nativas defecadas.
Para verificar as espécies capazes de predar e dispersar sementes de jaca, fizemos
testes com sementes de jaca atados a carretéis e armadilhas fotográficas. Neste
contexto, o estudo teve como objetivo verificar a influência da jaqueira na comunidade
de pequenos mamíferos e na dispersão de sementes de espécies nativas. Os
resultados mostraram que em áreas com maior densidade de jaqueiras adultas, houve
uma maior abundância de espécies frugívoras e a diminuição da abundância de
espécies mais insetívoras. Embora a jaqueira não tenha influenciado no consumo de
itens de origem animal e vegetal entre áreas com e sem jaqueiras e durante os
períodos de maior e menor frutificação, essa espécie desfavoreceu a dispersão de
sementes nativas. Em áreas com maior densidade de jaqueiras verificamos uma
quantidade menor de sementes nativas sendo defecadas pelos pequenos mamíferos. O
número de sementes defecadas durante o período de menor frutificação das jaqueiras
não foi significativo em relação ao período de maior frutificação e em todos os períodos
somados. Já em relação à frequência de fezes contendo sementes nativas, os
resultados das regressões simples foram significativos para todos os períodos. O fruto
da jaqueira A. heterophyllus foi mais consumido por D. aurita, T. dimidiatus eCuniculus
paca, sendo que D. auritanão teve influência sobre a predação e a dispersão de
sementes de jaca. Os roedores T. dimidiatuse C. paca foram registrados pelas
armadilhas fotográficas predando 20% e 16% das sementes de jaca e carregaram 65%
e 44% das sementes, respectivamente. Os testes com carretel mostraram que 86% das
sementes foram predadas, 10% foram deixadas intactas no local e apenas 4% foram
dispersas a pequenas distâncias, entre 2 e 15 metros, sendo possível que esses
roedores propiciem a dispersão dessa espécie exótica e invasora para novas áreas / Nowadays, it is known that damages caused by invasive exotic species are one
of major causes of species extinction, most seriously affecting species that evolved on
islands. The jackfruit, Artocarpus heterophyllus Lamarck (Moraceae) is originated from
tropical forests of India, being the tree that produces the largest fruit. It was introduced in
Brazil in the colonial period and is now invasive in several localities of the Atlantic
Forest, including Ilha Grande, RJ. During three years, were sampled bimonthly in 18
grids, 10 with different densities of jackfruits trees and eight without jackfruit trees. In
each grid were placed 11 traps for capture of mammals. The traps remained open for
three consecutive days monthly. During this period was also checked a number of
jackfruit trees in the grids and counted mature fruits of each tree. At the laboratory, the
feces of all captured animals were analyzed to verify diet and amount of native seeds
defecated. To verify species capable of preying and disperse jackfruit seeds, we
conducted tests with jackfruit seeds tied to reels and camera traps. In this context, this
study aimed to determine an influence of jackfruit tree in a community of small mammals
and in seeds dispersal of native species. The results showed that A. heterophyllus
influenced in an abundance of species of small mammals in Ilha Grande. In areas with
high density of adult jackfruit trees, was a greater abundance of frugivorous species,
such as Trinomys dimidiatus and Guerlinguetus ingrami, and decreased abundance of
species as most insectivorous as Dasypus novemcintus, Oxymycterus dasytrichus and
Monodelphis americana. Although jackfruit tree has not influenced in consumption items
between animal and vegetable areas with and without jackfruit trees and during periods
of greater and lesser fruitification, this species discouraging dispersal of native seeds. In
areas with high density of jackfruit tree we found a smaller amount of native seeds being
defecated by small mammals. The number of seeds defecated during the minor fruiting
period of jackfruit trees was not significant, however, during the period of greater fruiting
and in all periods summed were significant. In relation to frequency of feces containing
native seeds, the results of simple regressions were significant for all periods and
Didelphis aurita was the species that most influenced these results. The fruit of the
jackfruit tree A. heterophyllus was more consumed by D. aurita, T. dimidiatus and
Cuniculus paca, and D. aurita had no influence on predation and seed dispersal of
jackfruit, having no record of possible predation or seed dispersal by camera traps.
Rodents T. and C. dimidiatus paca were recorded by camera traps preying 20% and
16% of seeds of jackfruit and carried 65% and 44% seeds, respectively. Tests with reel
showed that 86% of seeds were predated, 10% were left intact at site and only 4% were
dispersed at short distances between 2 and 15 meters, it is possible that these rodents
provide to spread of this exotic and invasive species into new areas.
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