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Doença hemolítica perinatal Rhd: um problema de saúde pública no BrasilPacheco, Cynthia Amaral Moura Sá January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do AdolescenteFernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. / Introdução: A Doença Hemolítica Perinatal RhD (DHPN-RhD) é decorrente da passagem transplacentária de anticorpos maternos anti Rh positivo causando hemólise no feto e recém-nascido. Este processo pode ser prevenido pela administração de imunoglobulina anti-Rh D, no entanto, quando instalada, é irreversível. Os pacientes afetados poderão desenvolver anemia e icterícia que se não tratadas adequadamente, levam a dano cerebral irreversível, clinicamente conhecido como Kernicterus ou morte. Apesar da existência de profilaxia adequada, a DHPN-RhD ainda é prevalente no Brasil, mas não é considerada para cálculo nos Estudos de Carga de Doença. Considerando que ela possa representar uma fração importante da morbidade e mortalidade perinatal e neonatal este trabalho propõe o cálculo da carga da DHPN-RhD no Brasil
Objetivo: Calcular a Carga da DHPN-RhD no Brasil e Regiões do País
Método: O indicador utilizado neste estudo foi o número de anos de vida perdidos ajustados por incapacidade DALY (DisabilityAdjusted Life Years). O número de DALY foi calculado a partir da soma de duas parcelas: Anos de Vida Perdidos por Morte Prematura (YLL -Years of Life Lost,) e os Anos de Vida Perdidos devido à Incapacidade (YLD - Years Lived with Disability. Os dados para o cálculo do YLL foram obtidos através do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM/DATASUS). No processo de estimação do YLD, foram utilizados, como parâmetros clínicos epidemiológicos, os casos incidentes, a duração e o peso médio das incapacidades. O considerada foi de até 30 dias. Devido à gravidade do Kernicterus, considerou-se como duração 50% da expectativa de vida estimada para o País e para as macrorregiões. Para avaliar as estimativas dos pesos das incapacidades optou-se utilizar o peso 0,894 para os casos de DHPN-RhD sem sequelas e 0,459 para os casos de Kernicterus, considerando as sequelas neurológicas relacionadas ao quadro.
Resultados: A DHPN-RhD possui as menores taxas de DALY em todas as regiões do País comparando com os outros eventos perinatais. As regiões Norte e Nordeste tiveram as maiores taxas para todos os eventos neonatais com exceção da DHPN-RhD cuja segunda maior taxa foi a da região Sul. Quando analisados o componente YLL, as maiores taxas estão nas regiões Norte e Nordeste e a menor no Sudeste. Em relação ao YLD, observa-se uma inversão em relação aos valores encontrados para o componente YLL, isto é, as maiores taxas foram aquelas das regiões Sudeste e Sul.
Conclusão: Apesar de a Carga da DHPN-RhD no Brasil ser muito inferior aos outros eventos perinatais ele demonstra uma herança histórica de ausência de investimentos no Norte e Nordeste como demonstrado em nosso trabalho, onde o risco de morrer por DHPN-RhD é maior que nas regiões Sul e Sudeste. Assim, para o declínio da DHPN-RhD no nosso país há necessidade de melhorar a assistência perinatal e também de um reconhecimento político da contingência dessas desigualdades regionais e da necessidade de priorizar a profilaxia ao invés de tratamento. / Introduction: Rhesus Haemolytic Disease (RHD) occurs due passage of maternal antibodies anti RhD by placenta causing hemolysis in fetus and newborn. This can be prevented by administration of anti-Rh D immunoglobulin, however, when installed, is irreversible. Affected patients may develop anemia and jaundice which if not treated, lead to irreversible brain damage known as kernicterus or death. Despite the existence of appropriate prophylaxis to RhD-DHPN is still prevalent in Brazil, but is not considered for calculating the Burden of Disease Study. Whereas it may represent an important fraction of perinatal morbidity and mortality and neonatal this paper proposes calculation the burden of Rhesus Haemolytic Disease in Brazil
Objective: To calculate burden of Rhesus Haemolytic Disease in Brazil and Macroregions
Methods: The indicator used in this study was the number of years of life lost disability-adjusted DALY (Disability Adjusted Life Years). The number of DALYs was calculated from the sum of two components: Years of Life Lost to Premature Death (YLL-Years of Life Lost) and Years of Life Lost due to Disability (YLD - Years Lived with Disability. Data for the calculation of YLL was obtained through the Information System (SIM / DATASUL.) In the process of estimation of YLD were used as clinical epidemiological incident cases, the length and weight of disabilities. The number of incident cases calculated through analysis of the Hospital Information System of the Unified Health System (SIH-SUS). In the case of RhD without sequelae was considered the duration of up to 30 days due but to the severity of kernicterus it was considered as 50% of the duration estimated life expectancy. To evaluate the estimates of the weights of disabilities we use the weight to 0,894 cases of RHD without sequelae and 0.459 for cases of kernicterus considering neurological sequelae.
Results: RHD has the lowest rates of DALYs in all regions of the country compared to other perinatal events. The North and Northeast had the highest rates for all events with the exception in the South were the rates RHD DALYS was the second highest. When analyzed the component YLL rates are the highest in the North and Northeast and the lowest rate in the Southeast. Regarding the YLD observed a reversal of the values found for the YLL component is the highest rates were those from Southeast and South
Conclusion: Despite the burden of RhD Hemolytic Disease Perinatal in Brazil is much lower than the other perinatal events there is a historical legacy of lack of investment in the North and Northeast as demonstrated in our work where the risk of dying from DHPN-RhD is higher than in the South and Southeast. So for the decline of DHPN-RhD in our country there is a need to improve perinatal care and also a political recognition of the contingency of these regional inequalities and the need to prioritize the prevention rather than treatment.
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