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Restauração de planícies do rio Itajaí-Açu - SCPozzobon, Mauricio 13 June 2013 (has links)
A configuração heterogênea dos ambientes fluviais e a sua dinâmica condicionam uma ocupação muito diversificada dos solos nessas paisagens. A variação na expressão dos atributos pedológicos, conjugada com peculiaridades dos processos existentes no ecossistema fluvial, exerce forte influência sobre a distribuição da vegetação nesses ambientes. As estratégias de restauração das florestas fluviais precisam respeitar essas peculiaridades, e neste caso, a escolha de espécies adequadas para iniciar o estabelecimento de uma comunidade funcional representa elemento chave no processo. O presente estudo teve como objetivo avaliar a sobrevivência e o crescimento de nove espécies arbóreas, plantadas em três diferentes densidades (2 x 1, 1,5 x 1 e 1 m x 1 m) e em dois tipos de solos – Neossolo Flúvico (RY) e Cambissolo Flúvico (CY) - com distintos regimes de hidromorfia e saturação por bases, na planície do rio Itajaí-Açu, município de Apiúna, SC. A cada três meses, foram coletados dados referentes à sobrevivência, altura, diâmetro e área de projeção de copa dos indivíduos. A sobrevivência de Citharexylum myrianthum Cham., Inga marginata (Willd.) Kuntze, Annona cacans Warm., Schinus terebintifolius Raddi, Annona sericea Dunal e Cupania vernalis Cambess. não foi influenciada pelo tipo de solo. Já Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. e Posoqueria latifolia (Rudge) Roem. & Schult. sofreram influência do tipo de solo, a primeira com maior sucesso em RY e a segunda em CY. Cabralea canjerana (Vell.) Mart. apresentou elevada mortalidade em ambas as áreas. As espécies que se apresentaram promissoras para o uso na restauração de ambientes fluviais, em RY com elevada saturação por bases foram: C. myrianthum, A. glandulosa, I. marginata, S. terebintifolius e R. sericea. A. cacans mostrou-se promissora sob as condições acima citadas, desde que não sujeita ao alagamento. A ausência de diferenças significativas entre as densidades de plantio sugere a possibilidade de utilização do espaçamento 2 m x 1 m. A tendência de maior incremento nas estações com maior fotoperíodo e volume de chuvas, sugere que os plantios sejam conduzidos no início da primavera, como forma de acessar o recobrimento da área em menor tempo e reduzir o número de tratos culturais.
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