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Fala jargonafásica e clínica de linguagem com afásicosCordeiro, Michelly Daiane de Souza Gaspar 09 December 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-12-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The so called jargon in symptomatic speech manifestations is a linguistic
manifestation which occurs in some severe cases of aphasia. It can be
characterized, according to medical and phonoaudiological literature, as
repetitive and crystallized speech segments. Such insistent enigmatic
productions tend to be unintelligible or uninterpretable by the other. The
jargonaphasic speech requires a clinical approach less normative. It requires an
accurate therapeutic listening to what is unique in its surprising occurrence. The
final clinical aim should be to open the possibility of giving "voice and position"
in language to the aphasic subject (FONSECA, 2002). In the clinical literature,
few studies have been devoted to the so called jargon speech and very few
have attempted to reflect upon its implications for speech therapy. In fact, it is
emphasized that this symptomatology stands as a "barrier" for therapy. The
present study discussed jargonaphasic speech from a specific linguistic theory,
i.e., European structuralism, an attempted to offer a solid interpretation for the
subject-language relationship in jargonaphasic clinical cases.
Interactionism (DE LEMOS, 1992, 2002) and Language Clinic (LIER-DeVITTO,
2000) were the essential theoretical sources. The state of art in jargonaphasia
field was discussed and also particular issues, such as the vagueness of
definitions and the descriptive and classificatory biases, which are also strong in
the area, were dealt with. An important critical step was given towards
traditional therapeutic approaches and an alternative view offered to the speech
therapy setting. An expressive amount of clinical segments were discussed to
sustain theoretical assumptions assumed in this thesis, which suspends
grammatical descriptions in favor of an explanatory trend which involves the
functioning of language (SAUSSURE, 1916, JAKOBSON, 1960) and the
hypothesis of the unconscious (FREUD, 1900) / O jargão é uma manifestação linguística presente em alguns casos de afasia,
que se caracteriza por segmentos restritos de fala cristalizada e repetitiva,
segundo a literatura médica e fonoaudiológica. Nesses casos, o que o paciente
diz são fragmentos ininteligíveis ou pedaços de fala que insistem em seus
enunciados. A fala jargonafásica indaga um clínico de linguagem que pretende,
como direção de tratamento, dar vez e voz ao afásico (FONSECA, 2002). Na
literatura clínica, são raros os trabalhos que têm se dedicado à esta
manifestação de fala com jargão e poucos se detido na tentativa de pensar a
respeito de suas implicações no tratamento fonoaudiológico. Na verdade,
destaca-se que esta sintomatologia grave é uma barreira , uma
impossibilidade para a terapêutica. Sendo assim, este trabalho problematiza a
fala jargonafásica a partir de uma teorização linguística particular, que tem no
cerne a interpretação da relação sujeito-linguagem (língua e fala), como
proposto pelo Interacionismo (DE LEMOS, 1992, 2002 e outros) e a Clínica de
Linguagem (LIER-DeVITTO, desde 2000). Apresento o estado da arte na
jargonafasia, com discussão de questões sobre as descrições e classificações,
que dão suporte a diferentes abordagens fonoaudiológicas. Com a Clínica de
Linguagem, e com base nos materiais clínicos, destaco a importância de um
refinamento teórico-clínico necessário para a construção de uma escuta, que
tome o lugar do apoio a métodos científicos de descrição e classificação.
Abordo a possibilidade de apreender o funcionamento linguístico particular que
comanda cada fala afásica e seus efeitos no sujeito. Esse trabalho perpassa,
ainda, uma reflexão sobre a escuta e seus efeitos na fala afásica
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