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Fala jargonafásica e clínica de linguagem com afásicos

Cordeiro, Michelly Daiane de Souza Gaspar 09 December 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T18:22:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Michelly Daiane de Souza Gaspar Cordeiro.pdf: 722356 bytes, checksum: 2734fe35fdd0e8fc6525e14a2942c6b2 (MD5) Previous issue date: 2014-12-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The so called jargon in symptomatic speech manifestations is a linguistic manifestation which occurs in some severe cases of aphasia. It can be characterized, according to medical and phonoaudiological literature, as repetitive and crystallized speech segments. Such insistent enigmatic productions tend to be unintelligible or uninterpretable by the other. The jargonaphasic speech requires a clinical approach less normative. It requires an accurate therapeutic listening to what is unique in its surprising occurrence. The final clinical aim should be to open the possibility of giving "voice and position" in language to the aphasic subject (FONSECA, 2002). In the clinical literature, few studies have been devoted to the so called jargon speech and very few have attempted to reflect upon its implications for speech therapy. In fact, it is emphasized that this symptomatology stands as a "barrier" for therapy. The present study discussed jargonaphasic speech from a specific linguistic theory, i.e., European structuralism, an attempted to offer a solid interpretation for the subject-language relationship in jargonaphasic clinical cases. Interactionism (DE LEMOS, 1992, 2002) and Language Clinic (LIER-DeVITTO, 2000) were the essential theoretical sources. The state of art in jargonaphasia field was discussed and also particular issues, such as the vagueness of definitions and the descriptive and classificatory biases, which are also strong in the area, were dealt with. An important critical step was given towards traditional therapeutic approaches and an alternative view offered to the speech therapy setting. An expressive amount of clinical segments were discussed to sustain theoretical assumptions assumed in this thesis, which suspends grammatical descriptions in favor of an explanatory trend which involves the functioning of language (SAUSSURE, 1916, JAKOBSON, 1960) and the hypothesis of the unconscious (FREUD, 1900) / O jargão é uma manifestação linguística presente em alguns casos de afasia, que se caracteriza por segmentos restritos de fala cristalizada e repetitiva, segundo a literatura médica e fonoaudiológica. Nesses casos, o que o paciente diz são fragmentos ininteligíveis ou pedaços de fala que insistem em seus enunciados. A fala jargonafásica indaga um clínico de linguagem que pretende, como direção de tratamento, dar vez e voz ao afásico (FONSECA, 2002). Na literatura clínica, são raros os trabalhos que têm se dedicado à esta manifestação de fala com jargão e poucos se detido na tentativa de pensar a respeito de suas implicações no tratamento fonoaudiológico. Na verdade, destaca-se que esta sintomatologia grave é uma barreira , uma impossibilidade para a terapêutica. Sendo assim, este trabalho problematiza a fala jargonafásica a partir de uma teorização linguística particular, que tem no cerne a interpretação da relação sujeito-linguagem (língua e fala), como proposto pelo Interacionismo (DE LEMOS, 1992, 2002 e outros) e a Clínica de Linguagem (LIER-DeVITTO, desde 2000). Apresento o estado da arte na jargonafasia, com discussão de questões sobre as descrições e classificações, que dão suporte a diferentes abordagens fonoaudiológicas. Com a Clínica de Linguagem, e com base nos materiais clínicos, destaco a importância de um refinamento teórico-clínico necessário para a construção de uma escuta, que tome o lugar do apoio a métodos científicos de descrição e classificação. Abordo a possibilidade de apreender o funcionamento linguístico particular que comanda cada fala afásica e seus efeitos no sujeito. Esse trabalho perpassa, ainda, uma reflexão sobre a escuta e seus efeitos na fala afásica

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