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História em catálogos: um estudo da política editorial Zahar de 2001 a 2014Paul, Danielle Rosa 30 September 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-09-30 / The following work addresses the editorial policies of Jorge Zahar, specifically from 2001 to 2014, discussing the challenges faced by this publishing house that has built the brand through the ideal of publishing books that remain on the market over time. The study presents its history, since the foundation as 'Zahar Editores', in the 1950s, describing the editorial proposals on the context of specific social and marketing situations. Some critical moments were highlighted, when both the editorial policies and the company's management structure were reassessed, resized, establishing a period of major changes. That said, this work aims to analyze different Zahar’s catalogs: one of the 1985 period - when the publisher house started to be managed by Jorge Zahar and his children - and the ones from 2001 to 2014, noticing the aspects of changes and similarities between all the catalogs and the editorial fund. The categories 'independent' and 'classical books' have been identified as strategic elements in the self-conception and external identification of the publishing house, pointing its perception of books as cultural assets, as well as the role of the editor as a cultural agent. The performance of Zahar has been challenging two types of diagnostics in the common sense and even in the academic literature. The first is that publishers need to invest in books that quickly reach high sales levels, even if they don’t last too long, in order to ensure profitability and presence in the market. The second is that, in general, small and medium publishing houses, still autonomous, tend to sell their copyrights to the largest and most capitalized companies, once they have to face the aggressive marketing policies of these organizations. The research findings suggest that Zahar has insisted on maintaining their self-identification as a publishing house of classical books, directing their editorial policies to the publication of materials that last longer, demonstrating that it is possible to follow their own path in terms of emphasizing the unique role the editor, marked by independence in choosing what, how, when and how many publications - and retaining its place in the market. / O presente trabalho versa sobre as políticas editoriais da Jorge Zahar Editor, em especial de 2001 a 2014, discutindo os desafios enfrentados por uma editora que construiu sua marca através do ideal de publicar livros que se mantivessem no mercado editorial ao longo do tempo. Foi apresentado um histórico da editora, desde sua fundação, como Zahar Editores, nos anos 1950, descrevendo as propostas editoriais situadas em conjunturas sociais e mercadológicas específicas. Detectaram-se alguns momentos críticos, em que tanto as políticas editoriais quanto a estrutura de gestão da empresa foram reavaliados, redimensionados e sofreram mudanças importantes. Analisaram-se diferentes catálogos da Zahar: o de 1985, período em que a editora passou a ser gerida por Jorge Zahar e filhos, e os de 2001 a 2014, observando o que neles permaneceu dos anos 1980 e também as transformações e permanências do fundo editorial entre os anos 2001 e 2014. As categorias 'independência' e 'livros clássicos' foram identificadas como elementos discursivos estratégicos na auto-concepção e identificação pública da editora, apontando sua percepção dos livros como bens culturais, bem como da função do editor como agente cultural. A performance da Zahar tem desafiado dois tipos de diagnósticos difundidos no senso comum e mesmo na literatura acadêmica. O primeiro é que as editoras precisam publicar livros que alcançam alta vendagem rapidamente, mesmo que eles tenham uma sobrevivência efêmera, como forma de garantir sua lucratividade e sobrevivência no mercado. O segundo é que as editoras, em geral, pequenas e médias, ainda autônomas, tendem a precisar vender seus direitos para empresas maiores e mais capitalizadas, pois não terão como enfrentar as políticas mercadológicas agressivas dessas organizações. As conclusões da pesquisa sugerem que a Zahar tem insistido na manutenção de sua auto-identificação como editora de clássicos, direcionando suas políticas editoriais para a publicação de livros que tenham longa duração, demonstrando que é possível seguir um caminho próprio, em termos de exercício da função própria do editor, marcada pela independência na escolha do que, como, quando e quanto publicar – e conservar seu espaço no mercado.
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