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Entre o encenado, o visto e o escrito : O silêncio. Escuta do diário de Frida Kahlo

Maestro, Maria Lúcia Kopernick Del 27 October 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:11:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_8250_Entre o encenado, o visto e o escrito - o silêncio_abril 2015.pdf: 11870740 bytes, checksum: df9aa2fbe7b1a2f741f857ccc6ed1e2c (MD5) Previous issue date: 2014-10-27 / CAPES / O corpus central desta pesquisa é O diário de Frida Kahlo, um autorretrato1 íntimo, edição póstuma do relato feito pela artista nos dez últimos anos de sua vida (1944- 1954). O livro é composto por um texto híbrido em que se superpõem autorretratos, cores, colagens, figuras e variados tipos de escrita: pensamentos, poemas, cartas e relatos de sonhos, misturados aos do pretenso cotidiano da autora. Tal qual aparece na sua versão pública, o diário parece ser um interlocutor passivo do pensamento de Frida Kahlo, aparentemente desordenado e sem lógica. Mas, por ele, podemos perceber a potência e a fragilidade de obra e figura da autora, bem como a capacidade de resistir viva dentro de seu tempo e de ultrapassá-lo através do seu legado artístico, no qual encontramos traços da sua memória pessoal, indissociável da memória mexicana. A partir de postulados teóricos em torno da escrita de si, autobiografia, diário, memória e performance, bem como sobre a história e cultura do México, procuraremos entender como Frida Kahlo constrói essa forma híbrida. Denominando-o texto pictórico e interpretando-o como manifestação da poética da autora, trataremos de verificar a hipótese de que, em seu diário, Frida Kahlo usa a performance para encenação de si e da sua obra, mise en abyme. / The central corpus of this research is The Diary of Frida Kahlo, an intimate self-portrait, posthumous edition of the report made by the artist in the last ten years of his life (1944- 1954). The book is composed of a hybrid text overlapping self-portraits, colors, collages, figures and various types of writing: thoughts, poems, letters and stories of dreams, mixed with everyday alleged author. As it appears in its public version, the diary seems to be a passive interlocutor of Frida Kahlo’s thought, apparently disordered and illogical. But, for him, we can see the power and the fragility of the work and figure of the author, and the ability to resist living within your time and pass him through his artistic legacy, in which we find traces of his personal memory, indivisible of Mexican memory.From theoretical postulates about the writing itself, autobiography, diary, memory and performance, as well as on the history andculture of Mexico, we’ll try to understand how Frida Kahlo builds this hybrid form. Styling-pictorial text and interpreting it as a manifestation of the author's poetic, we will try to verify the hypothesis that, in his diary, Frida Kahlo uses performance to stage for herself and her work, mise en abyme

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