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No coração da cidade : cosmopolítica, dinheiro e afeto na luta Kanhgág pelo espaço em Porto Alegre - RS

Hermann, Herbert Walter January 2016 (has links)
O presente trabalho procura visibilizar um projeto cotidianamente vivenciado por coletividades indígenas no Sul do Brasil meridional, de uma inconformidade ao confinamento, ao mando, aos lugares marcados, aos empenhos que pretendem essencializar e sobretudo aqueles entendidos como exercícios de dominação que visam subalternizá-los e inferiorizá-los. A partir do acompanhamento de duas ẽg mré ke (famílias/coletividades) Kanhgág, que se reconhecem como lideranças fundamentais no processo de abertura e conquista do espaço em Porto Alegre-RS, foi possível uma etnografia que não abriu mão de refletir sobre os dilemas e as tensões advindas de relações novas e duradouras. Nesse registro, se demonstra um processo de indigenização da modernidade, numa configuração singular, que a partir do trabalho de famílias Kanhgág, indigenizam (a modernidade) na modernidade, como se o englobamento fosse imanente numa perspectiva que se pensa e se constitui radicalmente aberta, mas que nem por isso deixa de problematizar e ter consciência de seu protagonismo. Assim, destaca-se a relevância dos espaços de feiras urbanas, especialmente do Brique da Redenção, no enredo cosmopolítico Kanhgág na atualidade e os dispositivos pelos quais se realizam aquilo que chamamos de amansamento do selvagem (da civilização), em que os interlocutores pontuam insistentemente sobre os perigos e as potências que surgem desse domínio. / The present work intends to enable the visibility of a daily experienced project by natives collectivities in the south of southern Brazil, of a nonconformity to the confinement, to order, to established places, to efforts aiming essentialize, and, moreover, to those perceived as domination exercises aimed to subaltern and humiliate them. From the accompaniment of two ẽg mré ke (Family/collectivity) Kanhgág, who consider themselves as key leaders in the process of opening and conquestof places in Porto Alegre-RS, an ethnography was possible, which did not abdicate thinking about dilemmas and tensions arising from new and lasting relationships. In this record, a process of the indigenization of modernity is presented, in an unique setting, from the work of Kanhgág families’ indigenization (modernity) within modernity, considering that the aggregation was immanent in a perspective that is thought and is radically open, but do not leave, nevertheless, the discussion and is aware of its role. Thus, the relevance of space urban fairs was highlighted, especially the Brique da Redenção, in today’s cosmopolitical Kanhgág plot and the devices which carry out what is called the amansamento do selvagem (domestication of wild – of civilization), in which the interlocutors repeatedly punctuate about the dangers and the powers coming from that domain.
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No coração da cidade : cosmopolítica, dinheiro e afeto na luta Kanhgág pelo espaço em Porto Alegre - RS

Hermann, Herbert Walter January 2016 (has links)
O presente trabalho procura visibilizar um projeto cotidianamente vivenciado por coletividades indígenas no Sul do Brasil meridional, de uma inconformidade ao confinamento, ao mando, aos lugares marcados, aos empenhos que pretendem essencializar e sobretudo aqueles entendidos como exercícios de dominação que visam subalternizá-los e inferiorizá-los. A partir do acompanhamento de duas ẽg mré ke (famílias/coletividades) Kanhgág, que se reconhecem como lideranças fundamentais no processo de abertura e conquista do espaço em Porto Alegre-RS, foi possível uma etnografia que não abriu mão de refletir sobre os dilemas e as tensões advindas de relações novas e duradouras. Nesse registro, se demonstra um processo de indigenização da modernidade, numa configuração singular, que a partir do trabalho de famílias Kanhgág, indigenizam (a modernidade) na modernidade, como se o englobamento fosse imanente numa perspectiva que se pensa e se constitui radicalmente aberta, mas que nem por isso deixa de problematizar e ter consciência de seu protagonismo. Assim, destaca-se a relevância dos espaços de feiras urbanas, especialmente do Brique da Redenção, no enredo cosmopolítico Kanhgág na atualidade e os dispositivos pelos quais se realizam aquilo que chamamos de amansamento do selvagem (da civilização), em que os interlocutores pontuam insistentemente sobre os perigos e as potências que surgem desse domínio. / The present work intends to enable the visibility of a daily experienced project by natives collectivities in the south of southern Brazil, of a nonconformity to the confinement, to order, to established places, to efforts aiming essentialize, and, moreover, to those perceived as domination exercises aimed to subaltern and humiliate them. From the accompaniment of two ẽg mré ke (Family/collectivity) Kanhgág, who consider themselves as key leaders in the process of opening and conquestof places in Porto Alegre-RS, an ethnography was possible, which did not abdicate thinking about dilemmas and tensions arising from new and lasting relationships. In this record, a process of the indigenization of modernity is presented, in an unique setting, from the work of Kanhgág families’ indigenization (modernity) within modernity, considering that the aggregation was immanent in a perspective that is thought and is radically open, but do not leave, nevertheless, the discussion and is aware of its role. Thus, the relevance of space urban fairs was highlighted, especially the Brique da Redenção, in today’s cosmopolitical Kanhgág plot and the devices which carry out what is called the amansamento do selvagem (domestication of wild – of civilization), in which the interlocutors repeatedly punctuate about the dangers and the powers coming from that domain.
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No coração da cidade : cosmopolítica, dinheiro e afeto na luta Kanhgág pelo espaço em Porto Alegre - RS

Hermann, Herbert Walter January 2016 (has links)
O presente trabalho procura visibilizar um projeto cotidianamente vivenciado por coletividades indígenas no Sul do Brasil meridional, de uma inconformidade ao confinamento, ao mando, aos lugares marcados, aos empenhos que pretendem essencializar e sobretudo aqueles entendidos como exercícios de dominação que visam subalternizá-los e inferiorizá-los. A partir do acompanhamento de duas ẽg mré ke (famílias/coletividades) Kanhgág, que se reconhecem como lideranças fundamentais no processo de abertura e conquista do espaço em Porto Alegre-RS, foi possível uma etnografia que não abriu mão de refletir sobre os dilemas e as tensões advindas de relações novas e duradouras. Nesse registro, se demonstra um processo de indigenização da modernidade, numa configuração singular, que a partir do trabalho de famílias Kanhgág, indigenizam (a modernidade) na modernidade, como se o englobamento fosse imanente numa perspectiva que se pensa e se constitui radicalmente aberta, mas que nem por isso deixa de problematizar e ter consciência de seu protagonismo. Assim, destaca-se a relevância dos espaços de feiras urbanas, especialmente do Brique da Redenção, no enredo cosmopolítico Kanhgág na atualidade e os dispositivos pelos quais se realizam aquilo que chamamos de amansamento do selvagem (da civilização), em que os interlocutores pontuam insistentemente sobre os perigos e as potências que surgem desse domínio. / The present work intends to enable the visibility of a daily experienced project by natives collectivities in the south of southern Brazil, of a nonconformity to the confinement, to order, to established places, to efforts aiming essentialize, and, moreover, to those perceived as domination exercises aimed to subaltern and humiliate them. From the accompaniment of two ẽg mré ke (Family/collectivity) Kanhgág, who consider themselves as key leaders in the process of opening and conquestof places in Porto Alegre-RS, an ethnography was possible, which did not abdicate thinking about dilemmas and tensions arising from new and lasting relationships. In this record, a process of the indigenization of modernity is presented, in an unique setting, from the work of Kanhgág families’ indigenization (modernity) within modernity, considering that the aggregation was immanent in a perspective that is thought and is radically open, but do not leave, nevertheless, the discussion and is aware of its role. Thus, the relevance of space urban fairs was highlighted, especially the Brique da Redenção, in today’s cosmopolitical Kanhgág plot and the devices which carry out what is called the amansamento do selvagem (domestication of wild – of civilization), in which the interlocutors repeatedly punctuate about the dangers and the powers coming from that domain.

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