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A intrusão ultrapotássica Indaiá II, província Alcalina Alto Paranaíba (MG): processos magmáticos de sistema aberto e implicações petrogenéticas / not availableLima, Nicholas Machado 11 March 2019 (has links)
As intrusões Indaiá I e II (também referidas como Perdizes 3-A e 3-B) são corpos intrusivos hipoabissais ultrabásicos de pequeno porte, associados ao magmatismo cretácico da Província Alcalina Alto Paranaíba, oeste do Estado de Minas Gerais. Esta dissertação de mestrado objetivou compreender a gênese e processos de evolução relacionados a intrusão Indaiá II, cuja classificação ambígua entre kimberlito e kamafugito dividiu autores em trabalhos anteriores.. Também buscou-se discutir a possível vinculação genética com a intrusão vizinha, Indaiá I. Para tanto, foram realizadas novas análises petrográficas, geoquímicas e isotópicas de rocha total, e química mineral. A intrusão principal (Indaiá I) é classificada como um kimberlito do Grupo I. Já a intrusão satélite (Indaiá II) distingue-se quimicamente e petrograficamente, possuindo uma composição ultrapotássica, similar à kamafugítica, e apresenta menor concentração de macrocristais de olivina, diopsídio como o principal constituinte da matriz ( e não a monticellita como Indaiá I) e possui uma presença abundante de microenclaves félsicos. Estes enclaves apresentam estrutura estirada, e são constituídos principalmente por kalsilita/ nefelina, vidro devitrificado, diopsídio e flogopita. A presença de texturas sugestivas de desequilíbrio físico-químico como embayment e sieve em grãos de olivina e clinopiroxênio em Indaiá II são indicativas de processos de sistema aberto. A abundância de diopsídio na matriz e a substituição de olivina por clinopiroxênio nas bordas de macrocristais e microcristais apontam para um aumento da atividade de sílica no decorrer do processo de cristalização. A alta proporção de xenólitos crustais na rocha, totalmente transformados ou com evidências de fusão parcial, e a presença de apatitas aciculares nas suas cercanias, indicam a operação de um processo de contaminação crustal. Novos dados de química mineral e litogeoquímica de elementos maiores e traços corroboram esse processo. Os trends composicionais de minerais como espinélio e flogopita são bastante similares a ocorrências de kimberlitos contaminados registrados na literatura. Além disso, amostras de Indaiá II apresentam elevado C.I. (Contamination Index, 2,12-2,25), maior percentual de SiO2, K2O e maior razão Rb/Sr que a intrusão principal. Modelos de contaminação crustal foram efetuados a partir da mistura do fundido de Indaiá I e do fundido das rochas granitoides encaixantes. Os fundidos de Indaiá I e II foram obtidos pela extração do volume dos núcleos de macrocristais de olivina, considerados xenocristais em ambas as ocorrências, das análises de rocha total. A quantidade de olivina foi obtida através de análises modais, e a composição considerada foi obtida através de uma média das análises pontuais de microssonda eletrônica e LA-ICP-MS. O fundido da encaixante foi estimado utilizando-se as análises de rocha-total das encaixantes crustais da área e calculando-se um fundido parcial desta rocha a 750ºC e pressões entre 1-5Kbar com o software RhyoliteMelts (para elementos maiores). A composição de elementos-traço do fundido foi modelada por balanço de massa, a partir de coeficientes de partição compilados da literatura e a proporção de minerais no resíduo sólido obtida dos modelos por elementos maiores. Curvas de mistura entre elementos maiores e traços também parecem confirmar o processo. Novos dados isotópicos de 87Sr/86Sr e 143Nd/144Nd foram obtidos para estas intrusões, como também para a encaixante local. Curvas de mixing isotópico foram feitas para tentar estabelecer a quantidade de contribuição crustal nos magmas de Indaiá II. Nestes modelos, as amostras de Indaiá II ajustam-se concordantemente às curvas de mistura entre os polos de Indaiá I e da encaixante. Concluimos que: 1) a intrusão Indaiá II representaria uma intrusão kimberlítica altamente contaminada, 2) a contaminação provavelmente ocorreu pela assimilação de fundidos anatéticos oriundos das principais rochas encaixantes crustais da área, 3) que Indaiá I e Indaiá II poderiam ter um mesmo magma progenitor, mas com diferentes graus de contaminação crustal. / The intrusions Indaiá I and II (also referred as Perdizes 3-A and 3-B) are hypoabissal ultrabasic bodies of small size associated with the Cretaceous magmatism of the Alto Paranaiba Alkaline Province, west of the Minas Gerais state. This master\'s dissertation aimed a better understanding of the genesis and the evolution processes related to the Indaiá II intrusion, whose ambiguous classification between kimberlite and kamafugite divided the authors of former works. Also, it is discussed the possible genetic linkage of Indaiá II with the neighbor intrusion, Indaiá I. For this purpose, new petrographic, whole rock geochemical, isotopic and mineral chemistry analyses were made. The main intrusion (Indaiá I) was classified as a group-I kimberlite. The satellite intrusion, Indaiá II, is petrographically and chemically distinct of the main one, having a ultrapotassic composition, similar to those of kamafugites, and presenting lower volumes of olivine macrocrysts, diopside as the main matrix phase (instead of monticellite as found in Indaiá I), and an abundant presence of felsic microenclaves. These enclaves present elongated structure and they mainly have kalsilite, devitrified glass, diopside and phlogopite. The presence of textures indicative of physical-chemical disequilibrium, such as embayment and sieve in olivine and clinopyroxene grains from Indaiá II are indicative of an open system process. The high amounts of diopside in the matrix and the substitution of the rims of olivine macro- and microcrysts by clinopyroxene point to an increase in the silica activity during the crystallization. The high proportion of crustal xenoliths in the rocks, most of these totally transformed or with evidences with partial melt, and the presence of acicular apatite in their border regions, indicate the action of crustal contamination processes. New mineral chemistry and whole rock geochemical (major and trace elements) data corroborate this process. The spinel and phlogopite compositional trends are very similar with those from contaminated kimberlitic occurrences registered in the literature. Moreover, samples from Indaiá II have high Contamination Index (C.I., 2.12-2.25), greater amounts of SiO2, K2O and higher Rb/Sr ratios than those from the main intrusion. Crustal contamination models were developed considering a mixing between the melt of Indaiá I and the partial melt of the granitoid host rocks of the area. The composition of melts from Indaiá I and II were calculated by the extraction of the amount of the cores of olivine macrocrysts, considered xenocrysts in both occurrences, from the whole-rock compositions. The amount of olivines was taken from modal concentrations and the considered composition was obtained by the average of electron microprobe and laser ablation inductively coupled plasma mass spectrometry (LA ICP-MS) analyses. The major element composition of the partial melt of the host rock was estimated using the algorithm RhyoliteMelts. For these models, we considered the whole-rock compositions of the main host rocks of the area and used 750ºC and 1-5Kbar. The trace element composition of the host rock partial melts was modeled by mass balance calculations, using partition coefficients from the literature and the proportion of minerals in the solid residue obtained for the major element models. After the calculation of these liquid compositions, mixing curve models using major and trace element compositions were made and they are concordant with the crustal contamination processes. New 87Sr/86Sr and 143Nd/144Nd isotopic data were obtained for Indaiá I and II intrusions, as well as for the local host rock. Isotopic mixing curves were also made trying to constrain the amount of crustal contribution in Indaiá II magmas. In these models, Indaiá II samples fit concordantly with the mixing curves having Indaiá I and the host rock ratios as the main poles. We conclude that 1) Indaiá II is representative of a highly contaminated kimberlitic intrusion, 2) the contamination possibly occurred by the assimilation of the anatetic melts from the main crustal host rocks of this area and 3) that Indaiá I and Indaiá II could have the same parent melt, but with different degrees of crustal contamination.
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Petrografia e química mineral das intrusões Indaiá I e Indaiá II, oeste do Estado de Minas Gerais / Petrography and mineral chemisty from Indaiá I and Indaiá II intrusions, western Minas Gerais StateSilva, Simone da 11 April 2008 (has links)
A presente dissertação se ocupou da investigação petrográfica e química mineral de rochas ultramáficas, potássica-ultrapotássicas, insaturadas em sílica, de afinidade kimberlítica, das intrusões Indaiá I e Indaiá II, oeste do Estado de Minas Gerais. Estas rochas afloram na Província Ígnea do Alto Paranaíba (PIAP, Cretáceo Superior), dentro de uma área alongada segundo N30W, perfazendo aproximadamente 250 km de extensão e 70 km de largura. As suítes do PIAP encontram-se à margem oeste do Cráton do São Francisco, alojadas em litologias pertencentes próprio Cráton e à Faixa Brasília. Os dados petrográficos, dentro das suas limitações, principalmente no que tange à sobreposição de características entre as rochas dos clãs kimberlitos, lamproítos, kamafugitos, orangeitos e lamprófiros, denotam na intrusão Indaiá I a presença de texturas porfiríticas, compostas de mega e fenocristais anédricos a subédricos de olivina, opacos e mais raramente de enstatita, fixados em matriz afanítica formada de cristais anédricos de olivina (crisolitaforsterita), minerais opacos, monticellita tabular, cristais amarronzados subédricos de perovskita, clinopiroxênio (diopsídio) esverdeado e carbonatos. Já na intrusão II se observa a presença de fenocristais anédricos a subédricos de olivina, fixados em matriz afanítica contendo alguns microfenocristais, prismáticos a subédricos, de clinopiroxênio diopsídico esverdeado, cristais anédricos de minerais opacos associados a espinélio avermelhado, cristais subédricos a anédricos de perovskita, grãos arredondados de olivina e também raro vidro intersticial, embora já devidrificado. A composição mineral observada nas rochas da intrusão Indaiá I é representada essencialmente por cristais de crisolita - forsterita (Mg/Mg+Fe2+ de 83 a 95), enstatita (En85,3Fs12,7Wo1,54), ilmenita magnesiana, Cr-espinélio representados por espinélio e membros da série chromite-magnetite-ulvöspinélio, monticellita (92% do membro final CaMgSiO4 ) e perovskita (93% do membro final CaTiO3). Na intrusão Indaiá II, a assembléia mineral presente é bastante similar à observada na intrusão I, contudo com um piroxênio diopsídico mais enriquecido em cálcio (En39,7Fs10,2Wo48,0) e ausência de minerais espinélio e monticellita. Com base na conjunção das características petrográficas e químicas dos minerais descritas no presente trabalho, propõe-se para as rochas das duas intrusões uma afinidade kimberlítica, pertencente ao clã dos kimberlitos do Grupo I. Apesar das ilmenitas magnesianas possuirem composições indicativas de que o líquido gerador das rochas favorece a preservação de diamantes, posto a inexistência de macrocristais de cromita com alta porcentagem de Cr2O3 e granadas G10 e/ou eclogitícas com altos teores de Na2O, a propensão à mineralização é frustada, isto porque, aparentemente, estas intrusões não amostraram xenólitos e macrocristais situados dentro da região do campo de estabilidade dos diamantes. As rochas de Indaiá I e Indaiá II apresentam uma assembléia mineral com possibilidades de existência de diamantes. As ilmenitas magnesianas presentes nessas rochas possuem uma composição indicativa de um ambiente gerador favorável à preservação de diamantes. Entretanto, a inexistência de macrocristais de cromita com alta porcentagem de Cr2O3 e de granadas do tipo G10 e/ou eclogitícas com altos teores de Na2O frusta essa propensão à mineralização. Isto porque, estas intrusões aparentemente não amostraram xenólitos e macrocristais de alta pressão situados dentro da região do campo de estabilidade dos diamantes no manto. / An integrated petrographic and mineral chemistry study has been carried out on ultramafic, potassic to ultrapotassic and silica-undersaturated rocks of kimberlitic affinity of the Indaiá I and Indaiá II intrusions, Western Minas Gerais State, Brazil. These rocks outcrop at the Alto Paranaíba Igneous Province (PIAP), within a N30W-trending, elongated area, which is 250-km long and 70-km wide. The PIAP suites are located on the western border of the São Francisco Craton and are emplaced in a basement composed of rocks from the Craton itself and late Proterozoic Brasília fold belt. Within the limitations imposed by the overlapping mineralogical characteristics of the kimberlite, lamproite, kamafugite, orangeite and lamprophyre clans, petrographic data show differences in the Indaiá I and II mineralogical compositions. Indaiá I consists of olivine, opaque mineral and orthopyroxene megacrysts and phenocrysts set in an aphanitic groundmass of olivine, opaque minerals, tabular monticellite, subeuhedral brown perovskite, green diopside and carbonates, whereas Indaiá II comprises anhedral to subeuhedral olivine phenocrysts set in an aphanitic matrix of prismatic to subeuhedral greenish diopside microphenocrysts, anhedral opaque minerals and related brownish spinel, perovskite, rounded olivine and occasional interstitial (devitrified) glass. The Indaiá I mineral chemistry comprises chrysolite to forsterite [83 < Mg/(Mg+Fe2+) < 95], enstatite (En85.3Fs12.7Wo1.54), magnesian ilmenite, Cr-bearing spinels from spinel to chromite-magnetite-ulvöspinel members, monticellite (92 mol% CaMgSiO4 end-member), and perovskite (93 mol% CaTiO3 end-member). Indaiá II is similar to Indaiá I, except for the slightly Ca-enriched diopsidic clinopyroxene (En39.7Fs10.2Wo48.0), and the lack of spinels and monticellite. On the basis of petrographic characteristics and mineral chemistry, it is proposed that the rocks from both Indaiá I and II belong to the Group I kimberlites. Both the intrusions are similar to many Group I kimberlites of the world and comprise some minerals that indicate the possible presence of diamonds, such as the magnesian ilmenite, whose composition reflects generation conditions to preserve diamonds. However, the generalized lack of chromite macrocrysts with high Cr2O3 contents and G10 and/or eclogitic garnets with high Na2O contents attests for the lack of diamonds, once these intrusions have not sampled highpressure xenoliths and macrocrysts within the diamond stability field in the mantle.
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Petrografia e química mineral das intrusões Indaiá I e Indaiá II, oeste do Estado de Minas Gerais / Petrography and mineral chemisty from Indaiá I and Indaiá II intrusions, western Minas Gerais StateSimone da Silva 11 April 2008 (has links)
A presente dissertação se ocupou da investigação petrográfica e química mineral de rochas ultramáficas, potássica-ultrapotássicas, insaturadas em sílica, de afinidade kimberlítica, das intrusões Indaiá I e Indaiá II, oeste do Estado de Minas Gerais. Estas rochas afloram na Província Ígnea do Alto Paranaíba (PIAP, Cretáceo Superior), dentro de uma área alongada segundo N30W, perfazendo aproximadamente 250 km de extensão e 70 km de largura. As suítes do PIAP encontram-se à margem oeste do Cráton do São Francisco, alojadas em litologias pertencentes próprio Cráton e à Faixa Brasília. Os dados petrográficos, dentro das suas limitações, principalmente no que tange à sobreposição de características entre as rochas dos clãs kimberlitos, lamproítos, kamafugitos, orangeitos e lamprófiros, denotam na intrusão Indaiá I a presença de texturas porfiríticas, compostas de mega e fenocristais anédricos a subédricos de olivina, opacos e mais raramente de enstatita, fixados em matriz afanítica formada de cristais anédricos de olivina (crisolitaforsterita), minerais opacos, monticellita tabular, cristais amarronzados subédricos de perovskita, clinopiroxênio (diopsídio) esverdeado e carbonatos. Já na intrusão II se observa a presença de fenocristais anédricos a subédricos de olivina, fixados em matriz afanítica contendo alguns microfenocristais, prismáticos a subédricos, de clinopiroxênio diopsídico esverdeado, cristais anédricos de minerais opacos associados a espinélio avermelhado, cristais subédricos a anédricos de perovskita, grãos arredondados de olivina e também raro vidro intersticial, embora já devidrificado. A composição mineral observada nas rochas da intrusão Indaiá I é representada essencialmente por cristais de crisolita - forsterita (Mg/Mg+Fe2+ de 83 a 95), enstatita (En85,3Fs12,7Wo1,54), ilmenita magnesiana, Cr-espinélio representados por espinélio e membros da série chromite-magnetite-ulvöspinélio, monticellita (92% do membro final CaMgSiO4 ) e perovskita (93% do membro final CaTiO3). Na intrusão Indaiá II, a assembléia mineral presente é bastante similar à observada na intrusão I, contudo com um piroxênio diopsídico mais enriquecido em cálcio (En39,7Fs10,2Wo48,0) e ausência de minerais espinélio e monticellita. Com base na conjunção das características petrográficas e químicas dos minerais descritas no presente trabalho, propõe-se para as rochas das duas intrusões uma afinidade kimberlítica, pertencente ao clã dos kimberlitos do Grupo I. Apesar das ilmenitas magnesianas possuirem composições indicativas de que o líquido gerador das rochas favorece a preservação de diamantes, posto a inexistência de macrocristais de cromita com alta porcentagem de Cr2O3 e granadas G10 e/ou eclogitícas com altos teores de Na2O, a propensão à mineralização é frustada, isto porque, aparentemente, estas intrusões não amostraram xenólitos e macrocristais situados dentro da região do campo de estabilidade dos diamantes. As rochas de Indaiá I e Indaiá II apresentam uma assembléia mineral com possibilidades de existência de diamantes. As ilmenitas magnesianas presentes nessas rochas possuem uma composição indicativa de um ambiente gerador favorável à preservação de diamantes. Entretanto, a inexistência de macrocristais de cromita com alta porcentagem de Cr2O3 e de granadas do tipo G10 e/ou eclogitícas com altos teores de Na2O frusta essa propensão à mineralização. Isto porque, estas intrusões aparentemente não amostraram xenólitos e macrocristais de alta pressão situados dentro da região do campo de estabilidade dos diamantes no manto. / An integrated petrographic and mineral chemistry study has been carried out on ultramafic, potassic to ultrapotassic and silica-undersaturated rocks of kimberlitic affinity of the Indaiá I and Indaiá II intrusions, Western Minas Gerais State, Brazil. These rocks outcrop at the Alto Paranaíba Igneous Province (PIAP), within a N30W-trending, elongated area, which is 250-km long and 70-km wide. The PIAP suites are located on the western border of the São Francisco Craton and are emplaced in a basement composed of rocks from the Craton itself and late Proterozoic Brasília fold belt. Within the limitations imposed by the overlapping mineralogical characteristics of the kimberlite, lamproite, kamafugite, orangeite and lamprophyre clans, petrographic data show differences in the Indaiá I and II mineralogical compositions. Indaiá I consists of olivine, opaque mineral and orthopyroxene megacrysts and phenocrysts set in an aphanitic groundmass of olivine, opaque minerals, tabular monticellite, subeuhedral brown perovskite, green diopside and carbonates, whereas Indaiá II comprises anhedral to subeuhedral olivine phenocrysts set in an aphanitic matrix of prismatic to subeuhedral greenish diopside microphenocrysts, anhedral opaque minerals and related brownish spinel, perovskite, rounded olivine and occasional interstitial (devitrified) glass. The Indaiá I mineral chemistry comprises chrysolite to forsterite [83 < Mg/(Mg+Fe2+) < 95], enstatite (En85.3Fs12.7Wo1.54), magnesian ilmenite, Cr-bearing spinels from spinel to chromite-magnetite-ulvöspinel members, monticellite (92 mol% CaMgSiO4 end-member), and perovskite (93 mol% CaTiO3 end-member). Indaiá II is similar to Indaiá I, except for the slightly Ca-enriched diopsidic clinopyroxene (En39.7Fs10.2Wo48.0), and the lack of spinels and monticellite. On the basis of petrographic characteristics and mineral chemistry, it is proposed that the rocks from both Indaiá I and II belong to the Group I kimberlites. Both the intrusions are similar to many Group I kimberlites of the world and comprise some minerals that indicate the possible presence of diamonds, such as the magnesian ilmenite, whose composition reflects generation conditions to preserve diamonds. However, the generalized lack of chromite macrocrysts with high Cr2O3 contents and G10 and/or eclogitic garnets with high Na2O contents attests for the lack of diamonds, once these intrusions have not sampled highpressure xenoliths and macrocrysts within the diamond stability field in the mantle.
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Caracterização petrográfica, química mineral e petrogênese do kimberlito Alfeu I, Canguçu, RS e uma revisão conceitual do magmatismo e rochas kimberlíticasPROVENZANO, Carlos Augusto Silva January 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016
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Intensive (P-T-fO2) crystallization parameters of Alto Paranaíba kimberlites and diamond instability: Três Ranchos IV and Limeira I intrusions / not availableColdebella, Bruna 12 March 2019 (has links)
Temperature (T), Pressure (P) and Oxygen fugacity (fO2) conditions were established for the Três Ranchos IV (diamond-bearing) and Limeira I (sterile) kimberlites of the Coromandel-Três Ranchos kimberlite field (Minas Gerais and Goiás, Brazil), Alto Paranaíba Alkaline Province (APAP), in order to draw a possible correlation between these intensive crystallization parameters and diamond instability. Both Três Ranchos IV and Limeira I are classified as coherent macrocrystic kimberlites, with an inequigranular texture formed by partially-to-fully altered olivine, phlogopite megacrysts up to 1 cm wide, macrocrysts (0.5-10 mm-sized), and crustal xenoliths set in a very fine groundmass composed mainly by perovskite, olivine, phlogopite, spinel, serpentine and carbonates identified in both intrusions. Apatite, ilmenite and monticellite are also present, but only in LM-I. Garnet macrocrysts and centimetric pyroxene xenocrysts phases are also present in Três Ranchos IV and Limeira I, respectively. The samples, strongly enriched in incompatible elements, are all MgO-rich, with high Mg# content. In order to apply different geotherm-and-oxybarometers in the calculation of P-T-fO2 conditions and to characterize the compositional variation of TR-IV and LM-I kimberlites, major, minor and trace-element concentrations of the main mineral phases were obtained by electron microprobe and LA-ICP-MS. Olivine cores of Limeira I present higher NiO, CaO and lower Cr2O3 contents than those from Três Ranchos IV. Mg# [(Mg/Mg+FeT), mol.%) ranges from 87 to 92 mol.% in TR-IV and from 83 to 92 mol.% in LM-I. The trace-element contents of olivine are similar in both kimberlites, the concentrations of Li, Zn and Mn appearing to be higher at olivine rims. In olivines from both intrusions, a pattern of enrichment in Zr, Ga, Nb, Sc, V, P, Al, Ti, Cr, Ca, and Mn in rims regions, is observed in the \"melt trend\" whereas enrichment in Zn, Co, Ni and possibly Na in cores regions, is found in the \"mantle trend.\" In monticellite specimens from Limeira I, Mg# ranges from 72 to 93.8, while Ca/(Ca+Mg) ratios range from 35 to 58 mol.%. The perovskite composition in both LM-I and TR-IV remains close to the ideal CaTiO3, perovskite, but a variation from core endmembers (average Lop16 and Prv78) towards the rims (average Lop13 and Prv81) can be noticed in TR-IV samples. The highest concentrations of light rare earth elements (LREE), Nb, and Fe3+ are also observed in perovskites from the TR-IV kimberlite. Macrocrystic spinels of TR-IV kimberlite are Al-rich, whereas the groundmass crystals range from magnesiochromite to chromite. Ilmenites from LM-I are characterized by high MgO values at a given TiO2, with a large variation in Cr2O3. Pyrope garnets (62 to 73 mol.%) are present only in TR-IV, with Mg# ranging from 72 to 79 mol.%, being classified as lherzolitic (G9) and pyroxenitic (G4, G5). Diopside occurs as xenocrysts in LM-I and as microphenocrysts in TR-IV, with Mg# ranging from 85 to 91 and from 87 to 92, respectively. Xenocrystic diopsides from LM-I present higher MgO and FeO concentrations with monticellite grains along crystal rims and fractures. Temperature estimates for the LM-I kimberlite, obtained from the composition of diopside xenocrysts and Al-in olivine concentrations, ranging from 718 to 985 °C. Pressure ranges from 34 to 47 Kbar, as calculated using an empirical curve from a 37-mW/m2 geotherm proposed in the literature for Alto Paranaíba magmas. For TR-IV, temperature values ranging from 975 to 1270°C were obtained from Al-in olivine and Ni-in garnet concentrations. Pressures in the range from 18 to 34 Kbar were obtained from major element composition of garnet samples from TR-IV kimberlite. The fO2 of the TR-IV constrained by perovskite (kimberlite cognate phase) oxygen barometry ranges from NNO-7 to NNO+4, while for LM-I values range from NNO+6 to NNO-4. For the LM-I intrusion, monticellite, another cognate phase used as an oxybarometer, yielded a value range of NNO-4 to NNO+2. A change in the oxygen fugacity from cores towards rim recorded in the perovskites and the monticellite crystals is also noticed. The oxygen fugacity estimates of this work are the first ever calculated for magmas of the Alto Paranaíba Alkaline Province. All P-T-fO2 values obtained are consistent with literature data on the APAP. Clinopyroxene xenocrysts from LM-I were classified as garnet-facies clinopyroxene, according to the compositions obtained in this work. Such results, along with pressure, and temperature data from and the presence of Mg-ilmenite in LM-I (known to be sterile), indicate that the kimberlite magma might have at least crossed the diamond stability field. The variation in oxygen fugacity observed in both kimberlites possibly reflects the instability of diamonds in these magmas since LM-I presents slightly higher oxidation conditions. / Foram estabelecidas as condições de fugacidade de temperatura (T), pressão (P) e fugacidade de oxigênio (fO2) para os kimberlitos Três Ranchos IV (diamantífero) e Limeira I (LM-I, estéril) do supercampo kimberlítico Coromandel-Três Ranchos (Minas Gerais e Goiás, Brasil), da província alcalina Alto Paranaíba (APAP), com o intutito de determinar uma possível correlação entre tais parâmetros intensivos de cristalização e a instabilidade de diamante daqueles magmas. As intrusões Três Ranchos IV e Limeira I foram classificados como kimberlitos macrocrísticos coerentes, com textura inequigranular evidenciada por megacristais de olivina de até 1 cm parcialmente alterados, macrocristais de flogopita (0.5-10 mm) e xenólitos crustais dispostos em uma matriz muito fina composta principalmente por perovskita, olivina, flogopita, espinélio, serpentina e carbonatos em ambas as intrusões, com adição de apatita, ilmenita e monticelita apenas em LM-I. Macrocristais de granada e xenocristais centimétricos de piroxênio e também são fases minerais presentes em Três Ranchos IV e Limeira I, respectivamente. As amostras são todas ricas em MgO, com alto teor de Mg# e são fortemente enriquecidas em elementos incompatíveis. Concentrações de elementos maiores, menores e traços das principais fases minerais foram obtidas por análises de Microssonda Eletrônica e LA-ICP-MS, com o objetivo de aplicar diferentes geotermo-e-oxibarômetros no cálculo das condições de P-T-fO2 e caracterizar a variação composicional dos kimberlitos TR-IV e LM-I. Núcleos de olivina de Limeira I apresentam maiores teores de NiO, CaO e menores teores de Cr2O3 que os dos cristais de olivina de Três Ranchos IV. O Mg# [(Mg/Mg+FeT), em prop.mol.] calculado a partir das olivinas analisadas varia de 87 a 92 mol.% para TR-IV e de 83 a 92 mol.% para LM-I. O conteúdo de elementos-traço da olivina é semelhante para ambos os kimberlitos, sendo que as concentrações de Li, Zn e Mn parecem ser maiores nas bordas dos cristais de olivina. Nas olivinas das duas intrusões, foram observados tanto um padrão de enriquecimento em Zr, Ga, Nb, Sc, V, P, Al, Ti, Cr, Ca e Mn nas porções de borda, característico do \"melt trend\", quanto um enriquecimento em Zn, Co, Ni e possivelmente Na nas porções de núcleo, notável no \"mantle trend\". Os cristais de monticelita de LM-I apresentam Mg # variando de 72 a 93.8 mol.%, com o índice Ca/(Ca + Mg) variando entre 35-58 mol%. A composição dos cristais de perovskita de LM-I e TR-IV analisados permanece próxima do ideal CaTiO3, mas é notável uma variação dos membros finais dos núcleos (Lop16 e Prv78 médios) às bordas (Lop13 e Prv81 médios) nas amostras de TRIV. As maiores concentrações de elementos terras raras leves (ETRL), Nb e Fe3+ também são observadas nas perovskitas de TR-IV. Os macrocristais de espinélios em amostras de TR-IV são ricos em Al, enquanto os cristais da matriz variam de magnesiocromita a cromita. Cristais de ilmenita são identificados somente em LM-I, sendo caracterizados pelo alto teor de MgO, com grande variação nas concentrações de Cr2O3. As granadas são tipo piropo (62 a 73 mol.%) e estão presentes apenas em TR-IV, com Mg# variando de 72 a 79 mol.%, classificadas como lherzolíticas (G9) e piroxeníticas (G4, G5). O diopsídio ocorre como xenocristais em LM-I e como microfenocristais em TR-IV, com Mg# variando de 85 a 91 mol.% e de 87 a 92 mol.%, respectivamente. Os xenocristais de diopsídio presentes em LM-I apresentam maior concentração de MgO e FeO e são envoltos por coroa de monticelita. As estimativas de temperatura do kimberlito LM-I foram obtidas utilizando as composições dos xenocristais de diopsídio e as concentrações de Al presentes em cristais de olivina, resultando em um intervalo entre 718 e 985 °C. Enquanto que a pressão varia de 34 a 47 Kbar e foi calculada utilizando uma curva empírica de uma geoterma de 37 mW/m2 proposta na literatura para magmas da Província Alcalina do Alto Paranaíba. Para TR-IV foram obtidas temperaturas a partir das concentrações de Al em olivina e de Ni em granada, variando de 975 a 1270 °C. O intervalo de pressão de 18 a 34 Kbar foi obtido a partir da composição dos principais elementos em granada amostrada de TR-IV. A fugacidade de oxigênio registrada em perovskitas (fase cognata de kimberlito) de TR-IV varia de NNO-7 a NNO + 4, e de NNO + 6 a NNO-4 em LM-I. A monticelita, outra fase cognata, também foi utilizada como oxibarômetro, resultando em um intervalo de NNO-4 a NNO + 2 para a intrusão LM-I, onde está presente. Também é notável uma mudança na fugacidade de oxigênio dos núcleos para a borda em perovskitas e em cristais de monticelita. As estimativas de fO2 obtidas neste trabalho foram as primeiras calculadas para magmas da província alcalina do Alto Paranaíba. Todos os resultados de P-T-fO2 obtidos são consistentes com dados da APAP reportados na literatura. Os xenocristais de clinopiroxênio em LM-I foram classificados como clinopiroxênio de fácies granada de acordo com as composições obtidas neste trabalho. Essa informação, juntamente com os dados de pressão e temperatura, além da presença de Mg-ilmenita em LMI (conhecido por ser estéril), indica que este magma kimberlítico pode ter ao menos cruzado o campo de estabilidade do diamante, e que é possível que a variação na fugacidade de oxigênio observada em ambos TR-IV e LM-I pode ter-se refletido na instabilidade destes xenocristais nestes magmas, uma vez que Limeira I apresenta condições de oxidação levemente mais altas.
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