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O presente histórico como estratégia oral na prosa de AndócidesSikorski, Camila de Freitas 14 December 2013 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português, Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2013. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2014-01-30T14:01:20Z
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2013_CamilaFreitasSikorski.pdf: 3393511 bytes, checksum: 840ba6ecb88118e83d7c713b0f2e2646 (MD5) / Andócides foi um orador político do século V a.C. que pronunciou poucos discursos
diante da assembleia ateniense, e a falta de uma educação formal em retórica lhe conferiu uma má reputação como orador entre os antigos. Atualmente, entretanto, sua prosa é considerada muito valiosa, pois seus discursos retratam a língua grega com a fluência oral da época. Levando em conta sua formação e o contexto social de letramento em que estava inserido, este trabalho analisa o uso do Presente histórico em seus discursos Sobre os mistérios e Sobre seu retorno. Pretende-se explicar por meio de teorias semânticas discursivas por que o uso deste tempo verbal pode ser considerado uma marca de oralidade
na escrita. Os resultados da análise mostram que o uso do Presente histórico nos discursos de Andócides é uma forma de autoinserção do autor na narrativa de modo a chamar a atenção da audiência para fatos isolados. A conclusão revela (1) que, em algumas orações que o Presente histórico é utilizado, o aspecto imperfectivo característico do presente é mantido, já que ele é utilizado para demonstrar uma ação que começou no passado e ainda acontece ou tem grande importância no presente; (2) que Andócides usa o referido tempo para inserir um comentário
na narrativa sem se fazer perceptível. De uma perspectiva linguística, o uso do Presente histórico pode estar associado aos discursos que foram escritos para serem proclamados,
levando-se em conta a distinção entre o estilo dos discursos escritos para serem lidos (γραφικὴ λέξις), como os do gênero epidêitico, e dos discursos escritos para serem pronunciados diante de uma assembleia ou tribunal (ἀγωνιστικὴ λέξις), característica dos
gêneros judicial e deliberativo postulados por Aristóteles. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Andocides was a political orator of the fifth century BC who delivered only a few speeches before the Athenian assembly, and the lack of a formal education in rhetoric gave him a bad reputation as an orator among the ancients. Currently, however, his prose is considered to be very valuable, since his speeches portray the ancient Greek language with the oral fluency of the period. Considering his background and the literacy context to which he belonged, this work analyses the use of Historical Present in his speeches On the Mysteries e On his Return. It aims to explain why the use of this tense could be considered a sign of orality in writing by means of semantic discourse theories. Results show that Historical Present in Andocide’s speeches is a form of self-insertion of the author in the narrative in order to draw the audience’s attention to isolated matters. Conclusions reveal that, (1) in some clauses in Historical Present tense, the imperfective aspect of Present tense remains, since it expresses an action that started in the past and still happens or has a great importance
in the present; (2) Andocides uses the tense to insert a comment on the narrative without making himself visible. From a linguistic perspective, this usage of Historical Present tense
could be associated with discourses that were written to be delivered – taking into consideration the distinction between the style of speeches aimed to be read (γραφικὴ λέξις), that is epideitic, and speeches written to be delivered before an assembly or court (ἀγωνιστικὴ λέξις), as stated by Aristotle as forensic and deliberative genres.
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Um estudo sobre a variação da segunda pessoa do discurso no contexto do Tribunal do JúriPrado, Juliana Batista do 29 April 2013 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2013. / Submitted by Luiza Silva Almeida (luizaalmeida@bce.unb.br) on 2013-07-29T18:14:36Z
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2013_JulianaBatistadoPrado.pdf: 789851 bytes, checksum: b43b7d7b2b8693629ffa0baaf334ddae (MD5) / Este estudo trata da variação das formas de tratamento da segunda pessoa do discurso no contexto do Tribunal do Júri. O Tribunal do Júri caracteriza-se como instituição em que predomina a adoção do estilo formal de linguagem por parte das pessoas que nele atuam. Por essa razão, procurou-se investigar o uso das formas de tratamento com a segunda pessoa do discurso nesse contexto. A pesquisa situa-se no quadro da Sociolinguística Interacional, com contribuições da Pragmática. Metodologicamente, utiliza-se das técnicas de transcrição da Análise da Conversação e de orientações etnográficas para condução da abordagem qualitativa dos dados. O corpus da dissertação constitui-se de aproximadamente oito horas de gravação em vídeo de uma sessão do Tribunal do Júri e de uma hora em áudio, correspondente à entrevista concedida pelo juiz que presidiu a sessão sob análise. Como resultados de pesquisa, identificaram-se as formas de tratamento utilizadas durante a sessão analisada: senhor/senhora, senhores, você/cê, vocês, seu, doutor, Excelência e Vossas Excelências. Constatou-se também a ocorrência de alternância no uso dessas formas na interlocução com a segunda pessoa do discurso e revelou-se que a variação senhor/senhora; doutor e você e cê no contexto pesquisado manifesta-se em um contínuo estilístico mais ou menos alinhado a um quadro de formalidade. O significado social do uso das formas você e cê, utilizadas pelos profissionais do Direito durante a inquirição das testemunhas, representa estratégia de intimidação dessas com fins de obter confissões ou consentimentos. As análises demonstraram que a formalidade é contextualmente situada, pois a seleção das formas você e cê não sinalizou enquadre de intimidade entre os interagentes, o que na perspectiva de Irvine (1984) caracterizaria uma situação de informalidade. Diferentemente, nesse contexto, os interagentes mantiveram distanciamento social e relacionamento assimétrico mesmo quando adotavam tratamento menos cerimonioso. Espera-se que os resultados dessa análise interacional possam contribuir para o desenvolvimento teórico de estudos da interação em contextos institucionais, assim também como para melhor compreensão quanto ao uso das formas de tratamento utilizadas no Brasil. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This study concerns a research about treatment forms of second person speech in the context of the jury’s trial. The jury’s trial is characterized as an institution that predominates the formal style of language. In this way, this study tried to investigate the use of treatment forms with the second person speech in this context. The research is situated within the Interactional Sociolinguistics, with contributions of Pragmatics. As a methodological source, it was used the techniques of transcription Conversational Analysis and guidelines for conducting ethnographic qualitative approach. The corpus of the research consists in approximately eight hours of video recording of a session of the jury’s trial and one hour audio, corresponding to an interview by the judge who presided the session. As search results, were identified the types of treatment used during the session focused: senhor/senhora, senhores, você/cê, vocês, seu, doutor, Excelência and Vossas Excelências. It Was found also the occurrence of alternation in the use of these forms in communication with the second-person speech and revealed that the variation senhor/senhora and você/cê in the context manifests itself in a more continuous stylistic or less aligned to a frame of formality. The social meaning of the forms você and cê, used by legal professionals during the investigation of witnesses, was interpreted as a strategy of intimidation these purpose of extracting confessions or consents. The analyzes showed that the formality is contextually situated, for the selection of forms você and cê not signaled frame of intimacy among interactings, which in Irvine’s view (1984) characterize a situation of informality. In contrast, in this context, interactings kept social distancing and asymmetrical relationship even when they adopted less ceremonious treatment. It is expected that the results of this analysis interaction may contribute to the development of theoretical studies of the interaction in institutional contexts, so to better understand how the use of treatment modalities is in Brazil.
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A psicanálise nos limites da literatura : um estudo sobre a obra de Raymond Roussel / The psychoanalysis on the limits of literature: a study of Raymond Roussel’s workSouza, Ana Janaina Alves de January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, 2007. / Submitted by Érika Rayanne Carvalho (carvalho.erika@ymail.com) on 2010-09-09T14:51:39Z
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2007_Ana Janaina Alves de Souza.pdf: 1617345 bytes, checksum: d55a9e63399c920e52c5cfa58b6898de (MD5) / Approved for entry into archive by Lucila Saraiva(lucilasaraiva1@gmail.com) on 2010-09-20T15:54:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2007_Ana Janaina Alves de Souza.pdf: 1617345 bytes, checksum: d55a9e63399c920e52c5cfa58b6898de (MD5) / Esta dissertação analisa a obra do escritor francês Raymond Roussel, tendo como ponto de partida a proposição de Michel Foucault de que a literatura seria um locus de transgressão, onde os limites da linguagem são postos em xeque. No livro póstumo Comment j'ai écrit certains de mes livres (1935), Raymond Roussel apresentou seu procedimento de escritura, que deu origem aos romances Impressions d'Afrique (1910) e Locus Solus (1914). O procedimento envolve o uso da sinonímia e da homofonia, a decomposição de termos e a suspensão do significado, tendo como resultado uma literatura que busca especificamente tornar as palavras "desenhos de rébus". O método de escrita de Roussel nos dá ensejo a pensar as relações traçadas pela psicanálise entre palavra e coisa, de um lado, e linguagem, inconsciente e memória, de outro. Sua frase, "em mim, a imaginação é tudo", se contrapõe à chamada "psicobiografia", possibilitando uma reflexão sobre o encontro entre arte e psicanálise. Ao final deste trabalho, percebe-se que a obra de Raymond Roussel permanece enigmática tal como o umbigo do sonho resiste à interpretação. Seu procedimento de criação insiste na quebra e destruição do sentido, na impossibilidade de ligação. Confrontada com o tal texto, a psicanálise não procura um sentido fixo, que desvende a obra, mas a produção de novas palavras que venham estranhar o texto - e a própria psicanálise. ______________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This dissertation analyses the work of the French writer Raymond Roussel, starting from the proposal of Michel Foucault that literature is a locus of transgression, where the limits of language are questioned. In Comment j’ai écrit certains de mes livres (1935), published after his death, Raymond Roussel presented his writing method, which has originated his others books Impressions d’Afrique (1910) and Locus Solus (1914). This procedure involves the use of synonymy and homophony, the decomposition of terms and the suspension of meaning, creating a literature that seeks specifically to transform words in “pictures of rébus”. Roussel´s writing method invites us to think about the relations brought by psychoanalysis, first, between word and things, and second, between language, memory and the unconscious. His statement “in me imagination is all” opposes to the so called “psychobiography”, which enables a reflection about the encounter of art and psychoanalysis. At the end of this study, we realized that the work of Raymond Roussel remains as enigmatic as the navel of dream resists to interpretation. His creation procedure insists in the breaking and destruction of meaning, in the impossibility of connection. Faced with such text, psychoanalysis does not seek a single meaning, which unravels the whole work, but the production of new words that questions not only the text but the psychoanalysis itself.
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