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Citologia líquida e teste molecular para HPV de alto risco: avaliação de novas modalidades de rastreio para prevenção de câncer de colo do útero na rede pública de Saúde do Estado de São Paulo / Liquid based cytology and molecular testing for high-risk HPV: evaluation of new screening modalities for cervical cancer prevention in the Public Health System of the Sao Paulo StateMartins, Toni Ricardo 03 February 2017 (has links)
Introdução/Objetivos: Anualmente são estimados cerca de 16.000 novos casos de câncer de colo do útero no Brasil. As novas tecnologias podem levar a uma redução deste número, permitindo não só uma expansão da população abrangida pelo rastreio, mas também melhorando a taxa de detecção de lesões precursoras. Casuística e Métodos: Mulheres com idade entre 12 e 90 anos provenientes de duas regiões da cidade de São Paulo, rotineiramente realizando seus exames citopatológicos e histopatológicos com a FOSP, foram recrutadas para este estudo no período de dezembro de 2014 até março de 2016, totalizando 15.991 amostras. As amostras foram transportadas para a FOSP onde foram submetidas paralelamente ao teste Onclarity para DNA de HPV de alto risco (HrHPV) e citologia em base líquida (LBC), ambos produtos da empresa BD (Becton-Dickinson, EUA). O ensaio BD Onclarity® HPV detecta 14 genótipos de alto risco, com identificação individual dos tipos 16, 18, 31, 45, 51, 52 e os demais tipos em três grupos distintos: P1 (HPVs 33, 58); P2 (HPVs 56, 59, 66) e P3 (HPVs 35,39,68). Mulheres com resultado citológico ASC-US ou superior e/ou positivas para HrHPV foram encaminhadas para a colposcopia e eventual biópsia a critério médico. Resultados: Entre as 15.991 amostras analisadas, 15.945 (99,7%) foram satisfatórias para a citologia, destas 7,2% (1.152/15.945) apresentaram alguma anormalidade e foram classificadas como positivas, da seguinte forma: ASC-US 546 (3,4%); ASC-H 119 (0,7%); LSIL 392 (2,5%); HSIL 87 (0,5%), dois casos (0,01%) de CEC e seis (0,04%) de AGC. O teste molecular para a pesquisa do HrHPV mostrou 2.398 (15 %) amostras positivas. O DNA do HPV foi detectado em 12,1% das citologias classificadas como negativas, em 31,1% dos casos de ASC-US; 58,8% de ASC-H; 73,2% de LSIL; 87,4% dos casos de HSIL, nas duas amostras classificadas como CEC e em 16,7% das AGC. Os tipos de HPVs mais frequentes foram representados pelo grupo P3 em 3,8% das amostras seguidos do grupo P2 em 3,6%; HPV 16 (3,2%); HPV 52 (2,4%); grupo P1 (2,3%); HPV 31 (1,9%); HPV 51 (1,4%); HPV 18 (1,2%) e HPV 45 (0,9%). Pelo protocolo, 2.309 (14,4%) amostras foram encaminhadas para a colposcopia e destas 1.287 (55,7%) realizaram o procedimento. Trezentos e trinta e quatro foram biopsiadas, revelando 147 (44%) resultados histopatológicos alterados, distribuídos da seguinte forma: 75 (51%) casos de NIC 1; 59 (40,1%) de NIC 2; sete (4,8%) de NIC 3; dois (1,4%) de Carcinomas in situ; dois (1,4%) de Carcinomas epidermóides invasivos (CEC) e dois (1,4%) de Adenocarcinomas. O DNA do HPV foi detectado em 98,6% (71/72) dos casos de NIC 2+, destes, 18 apresentaram citologias negativas, incluindo um adenocarcinoma. Entre os casos de NIC 3+ (N=13), o HrHPV foi detectado em 100% sendo o HPV 16 o mais frequente, presente em 53,8% (7/13) enquanto a citologia foi negativa em dois destes. Conclusões: O teste de DNA do HPV detectou um número significativo de pacientes com lesões pré-malignas não detectadas por citologia. Ainda, a citologia forneceu uma classificação que de acordo com o algoritmo atual, atrasaria a detecção de NIC2 + devido a adição de um ciclo de citologia repetida em 6 meses - 1 ano. Se for adotado o rastreamento por DNA do HPV, de modo a evitar um aumento na demanda de exames colposcópicos, será muito importante adicionar um marcador de valor preditivo positivo elevado às amostras HrHPV+ antes de referir à colposcopia. O limite inferior de idade de 30 anos para o rastreamento baseado em HPV empregado na Europa provavelmente não é ideal para o Brasil, onde não é incomum observar-se mulheres jovens com NIC 2 +. As taxas de NICs verificadas permitiram uma avaliação robusta dos ensaios, algoritmos e estratégias de gestão. O uso da genotipagem 16/18 e triagem citológica para os demais HrHPVs forneceu um equilíbrio entre sensibilidade e especificidade, número de testes e colposcopias requeridas para detecção de NIC 2+, e pode ser uma alternativa de uso combinado dos dois testes. A implantação na rede pública é viável mas deve ser previamente analisada sua custo-efetividade / Background/Objectives: Every year there are approximately 16,000 new cases of cervical cancer in Brazil. New technologies may lead to a reduction of this number by allowing an expansion of the screening covered population but also by improving the detection rate of precursor lesions. Methods: Women participating in a routine CC primary screening program were invited to enroll in this study. An LBC sample was collected in SurePath medium and transported to Fundação Oncocentro where BD Totallis prepared, in parallel, slides for cytology and an aliquot for the BD Onclarity(TM) HPV Assay (HrHPV). A positive HrHPV test and/or cytology class > ASC-US referred the patient to colcoscopic examination and biopsy, if found necessary by the clinican. Results: In between December 2014 and March 2016 15,991 women joined this study. Among samples analyzed, 15,945 (99.7%) were satisfactory for cytology, of these 7.2% (1,152/ 15,945) had some abnormality and were classified as positive, as follows: ASC-US 546 (3.4 %); ASC-H 119 (0.7%); LSIL 392 (2.5%); HSIL in 87 (0.5%), two cases (0.01%) of ICC and six (0.04%) of AGC. HPV DNA testing showed 2,398 (15%) positive samples, detected in 12.1% of the samples cytology classified as NILM, in 31.1% of ASC-US cases; 58.8% ASC-H; 73.2% LSIL; 87.4% of the cases of HSIL, in 100% samples classified as ICC and in 16.7% of the AGC. The most frequent HPV types were represented by the P3 group in 3.8% of these, followed by the P2 group in 3.6%; HPV 16 (3.2%); HPV 52 (2.4%); P1 group (2.3%); HPV 31 (1.9%); HPV51 (1.4%); HPV 18 (1.2%) and HPV 45 (0.9%). By protocol, 2,309 (14.4%) were referred to colposcopic study and 1,287 (55.7%) submitted to the procedure. Of these 334 samples were biopsied, revealing 147 (44%) positive results distributed as follows: 75 (51%) cases of CIN 1; 59 (40.1%) of CIN 2; 7 (4.8%) of CIN 3; 2 (1.4%) SCC; 2 (1.4%) of ICC and 2 (1.4%) of adenocarcinomas. HrHPV was detected in 98.6% (71/72) cases of CIN 2+, of these, 18 were negative by cytology, including an adenocarcinoma and was present in 100% of the 13 cases of CIN 3+, whereas cytology missed two of them. Among CIN3+ cases HPV 16 was the most frequent type, found in 53.8% (7/13). Conclusions: HPV DNA testing detected a significant number of patients with premalignant lesions missed by cytology. In another fraction, cytology provided a classification that would, according to the current algorithm, delay the CIN2+ detection due to a loop of repeating cytology in 6 mo - 1 year. If HPV DNA screening is to be adopted, it will be a challenge to avoid an increase in the need for colposcopic examinations. Towards that, it will be very important to add one marker of high positive predictive value to HrHPV+ samples, before referral and analyzed in the same primary cervical smear. The European age cut-off of 30 yo for HPV based-screening is probably not ideal in Brazil, where is not uncommon to observe young women with CIN2+. The CIN rate allowed a thorough evaluation of the assays and management strategies. The use of 16/18 HPV genotyping and cytological triage for the other HrHPVs provided a balance between sensitivity and specificity, number of tests and colposcopies required for detection of CIN 2+. The implementation in the public health system is feasible upon a positive cost effectiveness evaluation
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Citologia líquida e teste molecular para HPV de alto risco: avaliação de novas modalidades de rastreio para prevenção de câncer de colo do útero na rede pública de Saúde do Estado de São Paulo / Liquid based cytology and molecular testing for high-risk HPV: evaluation of new screening modalities for cervical cancer prevention in the Public Health System of the Sao Paulo StateToni Ricardo Martins 03 February 2017 (has links)
Introdução/Objetivos: Anualmente são estimados cerca de 16.000 novos casos de câncer de colo do útero no Brasil. As novas tecnologias podem levar a uma redução deste número, permitindo não só uma expansão da população abrangida pelo rastreio, mas também melhorando a taxa de detecção de lesões precursoras. Casuística e Métodos: Mulheres com idade entre 12 e 90 anos provenientes de duas regiões da cidade de São Paulo, rotineiramente realizando seus exames citopatológicos e histopatológicos com a FOSP, foram recrutadas para este estudo no período de dezembro de 2014 até março de 2016, totalizando 15.991 amostras. As amostras foram transportadas para a FOSP onde foram submetidas paralelamente ao teste Onclarity para DNA de HPV de alto risco (HrHPV) e citologia em base líquida (LBC), ambos produtos da empresa BD (Becton-Dickinson, EUA). O ensaio BD Onclarity® HPV detecta 14 genótipos de alto risco, com identificação individual dos tipos 16, 18, 31, 45, 51, 52 e os demais tipos em três grupos distintos: P1 (HPVs 33, 58); P2 (HPVs 56, 59, 66) e P3 (HPVs 35,39,68). Mulheres com resultado citológico ASC-US ou superior e/ou positivas para HrHPV foram encaminhadas para a colposcopia e eventual biópsia a critério médico. Resultados: Entre as 15.991 amostras analisadas, 15.945 (99,7%) foram satisfatórias para a citologia, destas 7,2% (1.152/15.945) apresentaram alguma anormalidade e foram classificadas como positivas, da seguinte forma: ASC-US 546 (3,4%); ASC-H 119 (0,7%); LSIL 392 (2,5%); HSIL 87 (0,5%), dois casos (0,01%) de CEC e seis (0,04%) de AGC. O teste molecular para a pesquisa do HrHPV mostrou 2.398 (15 %) amostras positivas. O DNA do HPV foi detectado em 12,1% das citologias classificadas como negativas, em 31,1% dos casos de ASC-US; 58,8% de ASC-H; 73,2% de LSIL; 87,4% dos casos de HSIL, nas duas amostras classificadas como CEC e em 16,7% das AGC. Os tipos de HPVs mais frequentes foram representados pelo grupo P3 em 3,8% das amostras seguidos do grupo P2 em 3,6%; HPV 16 (3,2%); HPV 52 (2,4%); grupo P1 (2,3%); HPV 31 (1,9%); HPV 51 (1,4%); HPV 18 (1,2%) e HPV 45 (0,9%). Pelo protocolo, 2.309 (14,4%) amostras foram encaminhadas para a colposcopia e destas 1.287 (55,7%) realizaram o procedimento. Trezentos e trinta e quatro foram biopsiadas, revelando 147 (44%) resultados histopatológicos alterados, distribuídos da seguinte forma: 75 (51%) casos de NIC 1; 59 (40,1%) de NIC 2; sete (4,8%) de NIC 3; dois (1,4%) de Carcinomas in situ; dois (1,4%) de Carcinomas epidermóides invasivos (CEC) e dois (1,4%) de Adenocarcinomas. O DNA do HPV foi detectado em 98,6% (71/72) dos casos de NIC 2+, destes, 18 apresentaram citologias negativas, incluindo um adenocarcinoma. Entre os casos de NIC 3+ (N=13), o HrHPV foi detectado em 100% sendo o HPV 16 o mais frequente, presente em 53,8% (7/13) enquanto a citologia foi negativa em dois destes. Conclusões: O teste de DNA do HPV detectou um número significativo de pacientes com lesões pré-malignas não detectadas por citologia. Ainda, a citologia forneceu uma classificação que de acordo com o algoritmo atual, atrasaria a detecção de NIC2 + devido a adição de um ciclo de citologia repetida em 6 meses - 1 ano. Se for adotado o rastreamento por DNA do HPV, de modo a evitar um aumento na demanda de exames colposcópicos, será muito importante adicionar um marcador de valor preditivo positivo elevado às amostras HrHPV+ antes de referir à colposcopia. O limite inferior de idade de 30 anos para o rastreamento baseado em HPV empregado na Europa provavelmente não é ideal para o Brasil, onde não é incomum observar-se mulheres jovens com NIC 2 +. As taxas de NICs verificadas permitiram uma avaliação robusta dos ensaios, algoritmos e estratégias de gestão. O uso da genotipagem 16/18 e triagem citológica para os demais HrHPVs forneceu um equilíbrio entre sensibilidade e especificidade, número de testes e colposcopias requeridas para detecção de NIC 2+, e pode ser uma alternativa de uso combinado dos dois testes. A implantação na rede pública é viável mas deve ser previamente analisada sua custo-efetividade / Background/Objectives: Every year there are approximately 16,000 new cases of cervical cancer in Brazil. New technologies may lead to a reduction of this number by allowing an expansion of the screening covered population but also by improving the detection rate of precursor lesions. Methods: Women participating in a routine CC primary screening program were invited to enroll in this study. An LBC sample was collected in SurePath medium and transported to Fundação Oncocentro where BD Totallis prepared, in parallel, slides for cytology and an aliquot for the BD Onclarity(TM) HPV Assay (HrHPV). A positive HrHPV test and/or cytology class > ASC-US referred the patient to colcoscopic examination and biopsy, if found necessary by the clinican. Results: In between December 2014 and March 2016 15,991 women joined this study. Among samples analyzed, 15,945 (99.7%) were satisfactory for cytology, of these 7.2% (1,152/ 15,945) had some abnormality and were classified as positive, as follows: ASC-US 546 (3.4 %); ASC-H 119 (0.7%); LSIL 392 (2.5%); HSIL in 87 (0.5%), two cases (0.01%) of ICC and six (0.04%) of AGC. HPV DNA testing showed 2,398 (15%) positive samples, detected in 12.1% of the samples cytology classified as NILM, in 31.1% of ASC-US cases; 58.8% ASC-H; 73.2% LSIL; 87.4% of the cases of HSIL, in 100% samples classified as ICC and in 16.7% of the AGC. The most frequent HPV types were represented by the P3 group in 3.8% of these, followed by the P2 group in 3.6%; HPV 16 (3.2%); HPV 52 (2.4%); P1 group (2.3%); HPV 31 (1.9%); HPV51 (1.4%); HPV 18 (1.2%) and HPV 45 (0.9%). By protocol, 2,309 (14.4%) were referred to colposcopic study and 1,287 (55.7%) submitted to the procedure. Of these 334 samples were biopsied, revealing 147 (44%) positive results distributed as follows: 75 (51%) cases of CIN 1; 59 (40.1%) of CIN 2; 7 (4.8%) of CIN 3; 2 (1.4%) SCC; 2 (1.4%) of ICC and 2 (1.4%) of adenocarcinomas. HrHPV was detected in 98.6% (71/72) cases of CIN 2+, of these, 18 were negative by cytology, including an adenocarcinoma and was present in 100% of the 13 cases of CIN 3+, whereas cytology missed two of them. Among CIN3+ cases HPV 16 was the most frequent type, found in 53.8% (7/13). Conclusions: HPV DNA testing detected a significant number of patients with premalignant lesions missed by cytology. In another fraction, cytology provided a classification that would, according to the current algorithm, delay the CIN2+ detection due to a loop of repeating cytology in 6 mo - 1 year. If HPV DNA screening is to be adopted, it will be a challenge to avoid an increase in the need for colposcopic examinations. Towards that, it will be very important to add one marker of high positive predictive value to HrHPV+ samples, before referral and analyzed in the same primary cervical smear. The European age cut-off of 30 yo for HPV based-screening is probably not ideal in Brazil, where is not uncommon to observe young women with CIN2+. The CIN rate allowed a thorough evaluation of the assays and management strategies. The use of 16/18 HPV genotyping and cytological triage for the other HrHPVs provided a balance between sensitivity and specificity, number of tests and colposcopies required for detection of CIN 2+. The implementation in the public health system is feasible upon a positive cost effectiveness evaluation
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