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Circunstancialidade da invenção em A Varanda do Frangipani, de Mia Couto: entre a letra e a voz

Nascimento, Melquisedec Chaves do 28 April 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T19:59:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Melquisedec Chaves do Nascimento.pdf: 657087 bytes, checksum: b06ce6eea53b7353ab30f99c1cc4f3ae (MD5) Previous issue date: 2009-04-28 / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo / This aims of this paper is to analyze the novel A Varanda do Frangipani by mozabican writer Mia Couto. Based on researches about orality made by Paul Zumthor, is researched some signs of performance through discursive strategies used by narrators. Such concept presented by Zumthor relates a virtual performance on the space of enunciation. In this perspective, orality is in the place of vocality, because is looked in this paper, not traces of speaks that could signs a frequent use in some communities, but virtual gestures presents in the discourse, that could be possible to realize in the phenomenon of reading and listening. For this reason, the reader is like a performer of the work s art, he is co-author of the work. The general hypothesis signs that a discourse of A Varanda do Frangipani is crowded of vocal and performing gestures. The first chapter, entitled Between letter and voice , is presented the concept of performance. That concept supports the general hypothesis. The reader, in face of the literary text, as well is object of discussion in this chapter: a previous deal between the reader and the work possibilities himself to live the performance. In this chapter is presented a literary biography of Mia Couto. In the second chapter, entitled, Collective Memory and the discursive space , is discussed the difference between orality and write, mainly based at the Walter Ong s researches: these both modalities has distinct traces, and it could be understood through of the own logic and under in a cultural perception point of view. Still is discussed how is the discursive space where there are reader and listener. In the last chapter, From the voice that sing to the word that tells , is presented a critical fortune about Mia Couto s work under three different perspectives, such critical relates different ways to treat the orality in Mia Couto s work. Finally, is made the analysis of novel through of the narrator voices. The present paper signs that there there are in the enunciation s virtual space: author, narrator, reader-listener, allows what Zumthor calls performance: A Varanda do Frangipani novel is virtually act. This is possible based in the enunciative context realized by reader/listener, that, despite of narrator silence, are present gestures, looking, movements, lapse, irony / O objetivo deste trabalho é analisar o romance A varanda do Frangipani, do moçambicano Mia Couto. Baseado nas proposições do estudioso da oralidade Paul Zumthor, procura-se, por meio das estratégias narrativas presentes no romance, indícios de performance, conceito discutido por Zumthor, que remetem a uma encenação virtual no espaço da enunciação. Nessa perspectiva, oralidade está para vocalidade, pois rastrea-se, nesta análise, não os traços de falas que indicariam um uso corrente em determinada comunidade de falantes, mas os gestos virtuais presentes no discurso, que são percebidos no fenômeno da leitura-audição. Assim, o leitor estaria mais para um performer: ele é co-autor da obra. A hipótese geral indica que o discurso de A Varanda do Frangipani está permeado por gestos vocais e performáticos. O primeiro capítulo, intitulado Entre a letra e a voz , apresenta o conceito de performance. Tal conceito sustenta a hipótese geral desta investigação. O leitor, frente ao texto literário, também é objeto de discussão neste capítulo: notase que o contrato prévio entre leitor e obra é o que lhe possibilita vivenciar a performance. Ainda no primeiro capítulo é apresentada a biografia literária de Mia Couto. No segundo capítulo, A Memória coletiva e a espacialidade discursiva , discute-se a diferenciação entre oralidade e escrita, principalmente a partir dos estudos de Walter Ong: essas duas modalidades possuem traços distintos, sendo que podem ser entendidos dentro de suas lógicas sob o ponto de vista cultural. Discute-se, também, como leitor e ouvinte situam-se na espacialidade discursiva. No último capítulo, Da voz que canta à palavra que narra , é apresentada a fortuna crítica do autor, sob três perspectivas diferentes, tais críticas não deixam de fazer referência à oralidade em Mia Couto. Por fim, a análise do romance a partir das falas das personagens e as considerações sobre as estratégias narrativas dos narradores. A presente pesquisa indica que encontra se virtualmente no espaço da enunciação autor, narrador, leitor-ouvinte, realizando, assim, o que Zumthor chama de performance: virtualmente A Varanda do Frangipani é encenada. Isto é possível a partir das marcas enunciativas percebidas pelo leitor-ouvinte, que mesmo no silêncio do narrador, apresenta, os gestos, olhares, movimentos, lapsos, ironias

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