CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / nÃo hà / Leitura â como braconnage â da biografizaÃÃo da experiÃncia de agentes que se dizem escritores, filhos da pauta, este estudo objetiva compreender, a partir da figuraÃÃo de si nos relatos biogrÃficos sobre como agentes sociais que nÃo âdependemâ do mercado editorial â a âordem mercadolÃgica dos livrosâ â para fazerem circular seus trabalhos artÃstico-literÃrios formam-se âescritores/asâ (processo de subjetivaÃÃo, imersÃo de territÃrios existenciais). Trata-se de evidenciar uma caudalosa produÃÃo de literaturas subterrÃneas que banham e escorrem em bares, ruas, bosques, centros culturais, dentre outras zonas de encontro e partilha. Para tanto, contou com o apoio teÃrico de Roger Chartier (2003, 2005, 2009) e os estudos sobre a leitura como prÃtica cultural, Michel de Certeau (1990) e as prÃticas microbianas de invenÃÃo do cotidiano, Jorge Larossa (1998, 2002, 2004) e a relaÃÃo entre formaÃÃo e experiÃncia, Jacques RanciÃre (1987, 1995, 2000) e suas concepÃÃes de partilha do sensÃvel e mÃtodo da igualdade, Guattari (2011, 2012) e Guattari & Deleuze (1990, 2011) e sua concepÃÃo sobre subjetivaÃÃo. Como perspectiva metodolÃgica, foi utilizada a Pesquisa BiogrÃfica em EducaÃÃo (DELORY-MOMBERGER, 2015). Foram utilizadas a entrevista narrativa, o diÃrio de campo e o diÃrio de participante como âtÃcnicasâ de produÃÃo de dados. Produzimos entÃo uma forma de ler os dados que respeitasse as singularidades dos percursos e territÃrios estudados. O estudo evidenciou uma proliferaÃÃo de produÃÃo e circulaÃÃo de objetos-impressos literÃrios (zines, livros feitos à mÃo, folhas avulsas etc) e a dificuldade de separaÃÃo entre tela/pÃgina como modo de divulgaÃÃo de escritos literÃrios por parte dos artistas da palavra entrevistados, como tambÃm seus modos de fazer, ser e agir â sua formaÃÃo-artista â para se tornarem filhos da pauta. / Reading â as a braconnage â of the biographical process of the experience of the agents self-called writers, âsons of a sheetâ, this study aims at comprehending, from the self-figuring along the biographical narrations about the way some social agents, who do not âdependâ on editorial market â the âmarket order of the booksâ â to make their artistical-literary works come out become writers (process of subjectivity, immersion of existential territories). The objective is to enlighten a huge production of some subterranean literature which bathe and drop in pubs, streets, cafes, culture points, among other zones of meeting and sharing. Our theoretical support is upon the following postulates and authors: Roger Chartier (2003, 2005, 2009) and the studies about reading as a culture practice; Michel de Certeau and the microbial practices of the invention of the ordinary life; Jorge Larossa (1998, 2002, 2004) and the relation between formation and experience; Jacques RanciÃre (1987, 1995, 2000) and his conceptions about the sharing of the sensitive and his method of equality, Guatari (2011, 2012) and Guatari & Deleuze (1990, 2011) and their conception about subjectivity. As a methodological perspective, we made use of the Biographical Research on Education (DELORY-MOMBERGER, 2015). We also made use of the narrative interview and the journals of the researcher and the researched as âtechniquesâ of producing data. We produced a way of reading the data which respected the singularities of the per-courses and the territories studied. The study made evident a huge production and circulation of literary printed-objects (fanzines, hand-made books, loose sheets etc.) and the difficulty of separation between screen/page as a way to promote the literary writing as well as the ways of being, making and acting of the interviewed writers â their artist-formation â to become âsons of a sheetâ.