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A literatura na língua do outro : Jacques Derrida e Abdelkebir Khatibi /Dêangeli, Maria Angélica. January 2010 (has links)
Orientador: Marcos Siscar / Banca: Flávia Cristina Nascimento / Banca: Norma Wimmer / Banca: Marcelo Jacques de Moraes / Banca: Maurício Mendonça Cardozo / Resumo: As questões referentes à noção de identidade e à sua complexa problemática ocupam, no momento, um espaço definitivamente legitimado em vários ramos do conhecimento científico, assim como no campo da literatura. Esta parece ter sido um lugar de acolhida privilegiado para os movimentos de errância identitária, e isso para muitos escritores. De fato, inúmeros são aqueles que só puderam encontrar morada numa língua outra, num país outro, com identidades também outras. Podemos citar alguns exemplos: para Samuel Beckett, Paul Celan, Elias Canetti, Franz Kafka, Georges Perec, Edmond Jabès, Assia Djebar e muitos outros, a escritura constituiu o não-lugar de um lugar ou, ainda, o lugar de um não-lugar poético. Na obra de todos, constatamos uma preocupação recorrente que, direta ou indiretamente, pode se fazer sentir em suas escritas: em que língua escrever? Partindo desse questionamento e dos inúmeros problemas que dele se depreendem, o objetivo geral deste trabalho é o de compreender o estatuto, o sentido e o papel da linguagem em obras escritas em uma língua que não a língua considerada materna. Para tanto, o trabalho se propõe a analisar dois textos que problematizam a definição do que é essa língua não-materna na escrita literária, trata-se de: Amour Bilingue (1983/1992), de Abdelkebir Khatibi, e Le monolinguisme de l'autre (1996), de Jacques Derrida. De maneira mais especifica, ao abordar essa problemática clássica dos estudos literários, este trabalho pretende mostrar como, nesses dois autores, a distinção entre o materno e o estrangeiro se complica, com consequências textuais e retóricas distintas, sobretudo quando as noções de "bi-língua", de "monolíngua", de "língua do outro" e de "idioma" sobrepõem-se ao conceito de "língua". Do gesto de amizade celebrado entre o franco-magrebino Derrida e o marroquino Khatibi... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Résumé: À l'heure actuelle, la notion d'identité et ses problématiques occupent une place définitivement légitimée dans plusieurs domaines de la connaissance scientifique, ainsi que dans le champ de la littérature. Celle-ci semble avoir été un lieu d'accueil privilégié pour les mouvements d'errance identitaire, et ce pour beaucoup d'écrivains: en effet, ils sont nombreux à avoir trouvé une place dans une langue autre, dans un pays autre, ce qui leur a permis de se forger aussi des identités autres. Quelques exemples: pour Samuel Beckett, Paul Celan, Elias Canetti, Franz Kafka, Georges Perec, Assia Djebar et pour bien d'autres encore, l'écriture a été le non-lieu d'un lieu, ou encore le lieu d'un non-lieu poétique. Dans l'écriture de tous ces écrivains, l'on constate une préoccupation récurrente, ressentie de façon plus ou moins directe: dans quelle langue écrire? L'objectif général de ce travail est de comprendre le statut, le sens et le rôle du langage dans des oeuvres écrites dans une langue qui n'est pas celle considérée maternelle. Pour ce faire, il se proposera d'analyser deux textes qui rendent problématique la définition de ce qu'est une langue non-maternelle dans une écriture littéraire: Amour Bilingue (1983/1992), d'Abdelkebir Khatibi, et Le monolinguisme de l'autre (1996), de Jacques Derrida. De façon plus spécifique, cette étude tentera de montrer comment, chez ces deux écrivains, la distinction entre le maternel et l'étranger se complexifie, ce qui entraîne des conséquences textuelles et rhétoriques distinctes, surtout quand les notions de «bi-langue», de «monolangue», de «langue de l'autre» et d'«idiome» se superposent à celle de «langue». À partir du geste d'amitié célébré entre le «franco-maghrébin» Derrida et le... (Résumé complet accès électronique ci - dessous) / Doutor
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Uma pluralidade singular em O selvagem da ópera (1994) de Rubem Fonseca /Alves, Rebeca. January 2012 (has links)
Orientador: Maria Lídia Lichtscheidl Maretti / Banca: Antonio Roberto Esteves / Banca: Cláudio José de Almeida Mello / Resumo: Em O Selvagem da Ópera, Rubem Fonseca (1925-) volta à segunda metade do século XIX com o intuito de vasculhar a vida gloriosa, ainda que cheia de percalços, do compositor Antônio Carlos Gomes, autor de Il Guarany e de outras óperas hoje praticamente esquecidas. Por meio de capítulos curtos, o autor revela desde os bastidores da Corte no Rio de Janeiro e a relação que o músico mantinha com o imperador-mecenas, até suas conquistas no mundo operístico italiano. Nessa obra, Rubem Fonseca investe no hibridismo de gêneros, já que incorpora ao romance a biografia e o argumento cinematográfico, além de nos deslindar os trâmites que envolvem a montagem de uma ópera. O livro é considerado um texto sobre a vida do músico que deve servir de base para um filme de longa-metragem, o que o transforma num romance imagético e, ainda, conta com um narrador que propõe, assim como a metaficção presume, tornar explícitos o ato de produção e as prováveis formas e lugares onde cada ação da narrativa deve acontecer. Além disso, o narrador apresenta um olhar inovador sobre os dados históricos e, com isso, trata de questões relacionadas à construção identitária na arte brasileira. A respeito do romance, portanto, analisamos o jogo de simulacros nele realizado, tendo em vista que o narrador nos prepara armadilhas para nos fazer pensar que estamos diante de um material biográfico, ou mesmo de um roteiro cinematográfico. Concomitante à análise formal, consideramos as implicações temáticas que, de maneira equivalente, propõem discutir, a partir da figura de Carlos Gomes e seu momento histórico, a identidade nacional na contemporaneidade / Résumé: Dans O selvagem da ópera, Rubem Fonseca (1925-) retourne à la deuxième moitié du XIXe siècle avec l'objectif d'enquêter sur la vie glorieuse, en dépit d'être plein de dérangements du compositeur Antônio Carlos Gomes, l'auteur d'Il Guarany et d'autres opéras pratiquement oubliés. Au moyen de courts chapitres, Fonseca révèle depuis les coulisses de la cour à Rio de Janeiro et la relation que le musicien maintenait avec l'empereur mécène, jusqu'à leurs conquêtes dans le monde opéristique italien. L'auteur investit dans l'hybridité de genres, puisqu'il incorpore au roman, la biographie et l'argument cinémathographique, en plus il met en évidence les voies qui impliquent le montage d'un opéra. Le livre est considéré un texte sur la vie du musicien qui doit servir de base pour un film, ce qui le transforme en un roman imagétique et, encore, il y a un narrateur qui propose, comme la métafiction le présume, rendre explicites l'acte du production et les probables formes et lieux où chaque action du récit doit se produire. En plus, le narrateur révèle un regard innovateur sur les faits historiques et, de cette manière, il traite de questions relationnées à la construction identitaire dans l'art brésilien. En ce qui concerne le roman, donc, nous analysons le jeu de simulacres y réalisé, car le narrateur prépare des pièges pour nous faire penser qu'il s'agit d'une biographie ou même d'un texte cinématographique. Concomitant à l'analyse formelle, nous considérons les implications thématiques qui, de façon équivalante, proposent réfléchir, à partir de Carlos Gomes et son moment historique, l'identité nationale dans la contemporanéité / Mestre
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A casa : estreitos laços entre literatura e arquitetura /Roland, Maria Tereza de França. January 2008 (has links)
Orientador: Maria de Lourdes Ortiz Gandini Baldan / Banca: Mário Henrique Simão D'Agostino / Banca: Diana Junkes Martha Toneto / Banca: Guacira Marcondes M. Leite / Banca: Renata M. Facuri C. Marchezan / Resumo: O presente trabalho parte da hipótese de que as contribuições dos escritos e da arquitetura de Le Corbusier para a poesia de João Cabral de Melo Neto transcendem as influências ditadas pelo clima intelectual e artístico da época. É conhecido o interesse do poeta pelas artes plásticas e a simpatia pela idéia da construção da obra literária, que resultam numa poesia racionalmente elaborada, calculada e medida. Como no fazer arquitetônico, em que o projeto antecede a construção, o fazer poético é assumido como um processo de construção material precedido pelo exercício projetual baseado em premissas rigorosas de lucidez, clareza, contenção e cálculo. Leitor de Le Corbusier, João Cabral toma do ideário modernista traços formais e procedimentos de composição que ressaltam o despojamento, a precisão e a geometrização das formas construídas. Nada é dado pelo acaso; tudo é cálculo, obedecendo a um sistema rigoroso de construção. "Máquina de habitar" e "máquina de comover" são duas expressões usadas por Le Corbusier para definir sua concepção da arquitetura, em geral, e da casa, em particular: as funções prática e mítica do edifício-casa serão satisfeitas pela construção de edifícios projetados segundo a economia e o cálculo a fim de responder a necessidades humanas de habitação e de emoção plástica, alcançada com as formas simples da geometria. No entanto, não foi apenas a lição da economia e do cálculo, aprendida do arquiteto franco-suíço, que o poeta incorporou à sua obra. "Máquina de habitar" e "máquina de comover", o objeto arquitetônico exige e pressupõe a criação de espaço interior que contenha o homem e com o qual ele possa interagir. E é nesse aspecto - da construção do espaço - que o diálogo de Cabral-Corbusier se mostra mais provocador: embora verbal e bidimensional, uma vez que as palavras... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: This current work starts with the hipothesis that Le Corbusier's writings and architecture towards João Cabral de Melo Neto transcend the influences dictated by the intellectual and artistic ambience of that time. The poet's interest for plastic arts and likeness toward the idea of literary work construction is widely known, and it results in a rationally elaborate, calculated and measured poetry. As in the architectonic making, in which the project precedes the construction, poetic making is assumed like a process of material construction preceded by the projectual exercise based on strict lucidity, clarity, contention and calculation premises. A reader of Le Corbusier, João Cabral takes, from the modernist ideologies, formal features and composition procedures which emphasize the dispossession, accuracy and geometrization of the constructed forms. Nothing is given by chance; everything is calculated, obeying a strict construction system. "Machine à habiter" and "machine à émouvoir" are two expressions used by Le Corbusier to define his conception on architecture, in general, and on the house, in particular: the practical and mythical functions of the building/house will be met through the construction of buildings constructed according the economy and calculations in order to cater to human needs in living and plastic emotion, which is reached with the simple geometric forms. However, it was not only the economy and calculations lessons, learned from the French- Swiss architect, that the poet embodied into his work. "Machine à habiter" and "machine à émouvoir", the architectonic object demands and presupposes the creation of interior space that contains man and with which he can interact. It is in this aspect - space construction - that the Cabral-Corbusier dialogue is more provocative: albeit verbal and bidimensional, once words are displayed on a field... (Complete abstract click electronic access below) / Résumé: Ce travail part de l'hypothèse que l'apport des écrits et de l'architecture de Le Corbusier à la poésie de João Cabral de Melo Neto transcende les influences imposées par le climat intellectuel et artistique de l'époque. L'intérêt du poète pour les arts plastiques et son penchant pour l'idée de la construction de l'oeuvre littéraire sont bien connus. Il en résulte une poésie rationnellement élaborée, calculée et mesurée. Tout comme le faire architectonique où le projet précède la construction, le faire poétique est conçu comme un processus de construction matérielle qui est précédé par l'exercice projetuel, lui-même basé sur des prémisses rigoureuses de lucidité, de clareté, de contention et de calcul. En tant que lecteur de Le Corbusier, João Cabral reprend dans les idées modernistes, des traits formels et des procédés de composition qui font ressortir le dépouillement, la précision et la géométrisation des formes construites. Rien n'est dû au hasard; tout est calculé et obéit à un système rigoureux de construction. "Machine à habiter" et "machine à émouvoir" sont deux expressions de Le Corbusier pour définir sa conception de l'architecture, en général, et de la maison, en particulier; les fonctions pratique et mythique de l'édifice-maison seront respectées par la construction d'édifices projetés selon l'économie et le calcul, afin de répondre aux besoins humains d'habitation et d'émotion plastique, une émotion qui sera suscitée par les formes simples de la géométrie. Néanmoins, le poète n'a pas seulement incorporé dans son oeuvre la leçon d'économie et de calcul de l'architecte franco-suisse. "Machine à habiter" et "machine à émouvoir", l'objet architectonique exige et présuppose la création de l'espace intérieur qui renferme l'homme et avec qui ce dernier... (Résumé complet accès électronique ci-dessous) / Doutor
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