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DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS EM RIACHOS DA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL / DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS EM RIACHOS DA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL / SPATIAL DISTRIBUTION OF BENTHIC MACROIVERTEBRATES IN STREAMS OF CENTRAL REGION OF RIO GRANDE DO SUL, BRAZIL / SPATIAL DISTRIBUTION OF BENTHIC MACROIVERTEBRATES IN STREAMS OF CENTRAL REGION OF RIO GRANDE DO SUL, BRAZILSalvarrey, Andrea Vanessa Batalla 24 September 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The knowledge of the role of physical and biological processes on animal community distribution is influenced
by the spatial scale adopted in ecological studies. Due the scarcity of studies of distributional patterns of benthic
macroinvertebrates in multiple scales in tropical and subtropical regions, this paper analyzes the structure of
benthic macroinvertebrate communities in different spatial scales (among small watersheds and different river
orders of each watershed) and the influence of certain environmental variables on these communities. The
sampling was performed with Surber sampler in the small watersheds of the Vacacaí-Mirim River (August,
2008), and the Ibicuí-Mirim and Tororaipí rivers (August 2009). In each watershed were selected four sampling
sites following the longitudinal gradient (stretches of 1st, 2nd, 3th and 4th orders. The environmental factors
analyzed were: water temperature, pH, electrical conductivity, dissolved oxygen, substrate granulometry and
presence of aquatic and riparian vegetation. A total of 10.985 individuals, 42 families and 129 taxa were collected
and, in general, the dominant taxa were Simuliidae (14%), Naididae (13%), Cricotopus sp. 1 (13%), Cricotopus
sp. 2 (8%) (Chironomidae), Paragripopteryx (5%) (Gripopterygidae) and Americabaetis (5%) (Baetidae)
representing 58% of the total specimens collected. There were no differences in macroinvertebrate richness
among watersheds, however, the community structure showed differences among the three watersheds. The
stretches of 3th and 4th orders showed higher richness than the stretches of 1st and 2nd orders. Additionally, there
was recorded difference among communities structure of different orders stretches (56%). In general the
environmental variables that influenced the distribution of the communities were granulometry, dissolved
oxygen, electrical conductivity and aquatic vegetation. The macroinvertebrates characteristic of 1st and 2nd order
stretches of the Vacacaí-Mirim River and of 1st order of the Tororaipí River watersheds where influenced mainly
by bigger granulometry and dissolved oxygen, while the macroinvertebrates associated to the 3th and 4th order
stretches were influenced by the higher electrical conductivity. The small watersheds of the Ibicuí-Mirim (except
the 2nd order stretch) and Tororaipí rivers (except the 1st and 4th order stretches) did not show difference
concerning the river orders, and were associated to the smaller electrical conductivity and absence of aquatic
vegetation. The 4th order stretches of the Tororaipí River was segregated of the other stretches due to its smaller
granulometry. The granulometry did not influence the small watershed of the Ibicuí-Mirim and Tororaipí rivers
(except the 4th order stretches) due to the presence of fine substrate, while the Vacacaí-Mirim River watershed
showed coarse substrate. This difference is probably determined by the fact that the Vacacaí-Mirim River
represents a tributary of a different and bigger hydrographic watershed, the Jacuí River Basin, while the others
small watersheds represents tributaries of the Ibicuí River Basin. Possibly, the Jacuí River Basin have higher
electrical conductvity, since this factor was high in all the sampled stretches, being encreased by the proximity to
urban areas with domestic sewage and agricultural activities near the river banks. In the small watersheds of the
Ibicuí-Mirim and Tororaipí rivers, the difference between the community structures is possibly related to
environmental features, such as finer substrate in both rivers and well developed riparian vegetation in the
Tororaipí River. / As percepções dos processos físicos e biológicos dependem da escala em que as observações são feitas. Devido à
escassez de estudos sobre os padrões de distribuição de macroinvertebrados bentônicos em múltiplas escalas em
regiões tropicais e subtropicais, o objetivo deste estudo foi analisar a estruturação das comunidades de
macroinvertebrados bentônicos em diferentes escalas espaciais (entre microbacias e entre trechos de diferentes
ordens de cada riacho) e identificar a influência de variáveis ambientais sobre a estruturação dessas comunidades.
A amostragem foi realizada com amostrador tipo Surber, nas microbacias dos rios Vacacaí-Mirim (agosto de
2008), Ibicuí-Mirim e Tororaipí (agosto de 2009). Em cada microbacia foram selecionados quatro pontos de
coleta segundo gradiente longitudinal (trechos de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª ordens). Em cada ponto de coleta foram
amostradas as variáveis ambientais: temperatura da água, pH, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido,
granulometria do substrato e presença de vegetação aquática e ripária. Um total de 10.985 indivíduos, 42 famílias
e 129 táxons foram coletados, sendo que os táxons dominantes foram Simuliidae (14%), Naididae (13%),
Cricotopus sp. 1 (13%), Cricotopus sp. 2 (8%) (Chironomidae) e Paragripopteryx (5%) (Gripopterygidae) e
Americabaetis (5%) (Baetidae), perfazendo 58% da abundância total. Não houve diferença na riqueza entre as
microbacias, entretanto ocorreu diferença na estrutura das comunidades das três microbacias. As microbacias dos
rios Tororaipí e Ibicuí-Mirim apresentaram menor diferença entre si, que em relação à microbacia do Rio
Vacacaí-Mirim. Os trechos de 3ª e 4ª ordens apresentaram maior riqueza que os trechos de 1ª e 2ª ordens.
Adicionalmente, ocorreu diferença na estrutura das comunidades entre os trechos amostrados (56%), sendo que
apenas os trechos de 2ª e 3ª ordens não apresentaram diferença significativa entre si. De modo geral, as variáveis
ambientais que influenciaram a distribuição da comunidade foram a granulometria, a concentração de oxigênio
dissolvido, a condutividade elétrica e a vegetação aquática. Os macroinvertebrados típicos dos trechos de 1ª e 2ª
ordens da microbacia do Rio Vacacaí-Mirim e de 1ª ordem do Rio Tororaipí foram influenciados principalmente
pela maior granulometria e concentração de oxigênio dissolvido, enquanto os associados aos trechos de 3ª e 4ª
ordens foram influenciados pela maior condutividade elétrica. As microbacias dos rios Ibicuí-Mirim (exceto o
trecho de 2ª ordem) e Tororaipí (exceto os trechos de 1ª e 4ª ordens) não apresentaram diferença quanto às
ordens, sendo associadas à menor condutividade elétrica e à ausência de vegetação aquática. A granulometria não
influenciou a diferenciação das microbacias dos rios Ibicuí-Mirim e Tororaipí (exceto o trecho de 4ª ordem), pois
ambos possuem substrato mais fino, enquanto a microbacia do Rio Vacacaí-Mirim apresenta substrato pedregoso.
Isto provavelmente se deve ao fato do Rio Vacacaí-Mirim pertencer a uma bacia hidrográfica diferente (Bacia do
Rio Jacuí) das demais microbacias (Bacia do Rio Ibicuí). Possivelmente a maior condutividade elétrica seja típica
da primeira Bacia, visto que esta foi maior em todos os trechos amostrados, sendo aumentada ainda pela
proximidade da área urbana, com despejo de efluentes domésticos, assim como pela presença de agricultura
próxima às margens. Nas microbacias dos rios Ibicuí-Mirim e Tororaipí a diferenciação da estrutura da
comunidade encontrada deve ocorrer devido às características ambientais, como presença de substrato mais fino em ambos os rios e maior quantidade de vegetação ripária no Rio Tororaipí
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