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As relações internacionais brasileiras: o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e o caso da Bolívia (2003-2010) / The brazilian international relations: the government of Luiz Inácio Lula da Silva and the case of Bolivia (2003-2010)Souto, Vanda Maria Martins [UNESP] 28 August 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-08-28 / Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A presente tese pretende discutir a política externa brasileira dos governos do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (2003-2010), com ênfase na relação entre o Brasil e a Bolívia. A partir do dado de que a Bolívia é um país de economia dependente e possui uma massa de trabalhadores desempregados, levanta-se a seguinte questão: haveria na relação entre os dois países uma espécie de subimperialismo manifestado a partir da transnacionalização de empresas brasileiras, tendo como um de seus mecanismos um processo de dependência e superexploração do trabalho na Bolívia? Trata-se de uma pesquisa histórico-concreta que se articula, teórica e metodologicamente, com uma literatura construída a partir do complexo categorial do que o campo das Ciências Sociais reconhece como “materialismo históricodialético”. O estudo resulta da análise dos documentos do Arquivo Histórico do Itamaraty, do Ministério das Relações Exteriores, do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da Petrobras. Tem como objetivo mensurar os embates da política externa brasileira com base nas obras executadas pelas multinacionais com financiamento do BNDES, além de debater o papel da Petrobras diante da nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia. Apresenta-se, aqui, o resultado da pesquisa, relacionando-o com as leituras da teoria de Ruy Mauro Marini, e sustenta-se a tese de que o subimperialismo tem sua origem nas leis próprias da economia dependente, cujos fundamentos são a superexploração do trabalho e a transferência de valor. A partir do estudo da política externa brasileira, o trabalho em tela lança luzes sobre a caracterização da política externa brasileira em relação a Bolívia, o que poderá servir de parâmetro para uma crítica atual do capitalismo na América do Sul. Desse modo, foram mensuradas as variantes da relação bilateral e analisados os contextos mais gerais de cada um dos países, percebendo que a história é sempre forjada em lutas, conflitos e disputas de interesse. Ao fim e ao cabo, a relação estudada foi determinada por uma dialética entre as correlações de forças internas das nações em questão. De fato o que se pode mensurar foi à expansão do capital monopolista imperialista no continente latino-americano, incluindo setores da burguesia brasileira. Pode-se dizer, portanto, que a correlação de forças internas de cada país configurou um cenário em que, embora com todos os elementos apontando para tal, não se pode falar de subimperialismo do Brasil com relação à Bolívia entre 2003 e 2010, mas que a política externa brasileira, voltada para a integração regional econômica, foi adequada para a expansão do capital imperialista. / This thesis aims to discuss the Brazilian foreign policy of former president Luís Inácio Lula da Silva (2003-2010), with emphasis on the relationship between Brazil and Bolivia. Given the fact that Bolivia is a dependent economy and has a number of unemployed workers, the following question arises: would there be in the relationship between the two countries a sort of sub-imperialism manifested by the transnationalization of Brazilian companies, based on mechanisms dependency of labor overexploitation in Bolivia? It is a historical-concrete research that articulates, theoretically and methodologically, a literature built from the categorial complex called by the Social Sciences "historical-dialectical materialism". The study results from the analysis of the documents of the Itamaraty Historical Archive, the Ministry of Foreign Affairs, the National Development Bank (BNDES) and State Oil Company (Petrobras). Its objective is to measure the conflicts of Brazilian foreign policy based on the works executed by the multinationals and funded by BNDES, in addition to discussing Petrobras' role in the nationalization of hydrocarbons in Bolivia. The results of the research are presented here, relating it to the readings of Ruy Mauro Marini's theory, and we hold the thesis that sub-imperialism has its origin in the own laws of the dependent economy, whose foundations are the overexploration of labor and the transfer of value. From the study of Brazilian foreign policy, the work on the screen brings light to the characterization of Brazilian foreign policy towards Bolivia, which may serve as a parameter for a current critique of capitalism in South America. In this way, the variants of the bilateral relationship were measured and analyzed the more general contexts of each country, realizing that history is always forged in struggles, conflicts and disputes of interest. The relation studied was determined by a dialectical relation between the internal correlation of forces in the nations in question. In fact, what can be measured was the expansion of imperialist monopoly capital in the Latin American continent, including sectors of the Brazilian bourgeoisie. It can be said, therefore, that the internal correlation of forces of each country has set up a scenario in which, although with all the elements pointing to it, one can not speak of Brazil's sub-imperialism in relation to Bolivia between 2003 and 2010, in this way, Brazilian foreign policy focused on regional economic integration was adequate for the expansion of imperialist capital. / El presente trabajo busca discutir la política externa brasileña de los gobiernos del ex Presidente Luís Inácio Lula da Silva (2003-2010), destacando la relación entre Brasil y Bolivia. A partir del hecho de que Bolivia es un país de economía dependiente y posee una masa de trabajadores desempleados, se coloca la siguiente cuestión: ¿habría en la relación entre los dos países una especie de subimperialismo manifestado a partir de la transnacionalización de empresas brasileñas, teniendo como uno de sus mecanismos un proceso de dependencia superexplotación del trabajo en Bolivia? Se trata de una investigación histórico-concreta articulada, teórica y metodológicamente, con una literatura construirá a partir del complejo categorial que en el campo de las ciencias sociales se reconoce como “materialismo histórico-dialectico”. El estudio resulta del análisis de documentos del Arquivo Histórico del Itamaraty, del Ministério de Relações Exteriores, del Banco Nacional de Desenvolvmento (BNDES) y de la Petrobras. El objetivo es mensurar los embates de la política externa brasileña a partir de las obras ejecutadas por las multinacionales con el financiamiento del BNDES, además de discutir el papel de la Petrobras frente a la nacionalización de los hidrocarburos en Bolivia. Se presenta, aquí, el resultado de la investigación, relacionándolo con las lecturas de la teoría de Ruy Mauro Marini, y sustentando la tesis de que el subimperialismo se origina en las leyes propias de la economía dependiente, cuyos fundamentos son la superexplotación del trabajo y la transferencia de valor. A partir del estudio de la política externa brasileña, el trabajo contribuye para la caracterización de la política externa brasileña con relación a Bolivia, lo que podrá servir de parámetro para una crítica actual del capitalismo en América del Sur. De esta manera, fueron mensuradas las variantes de la relación bilateral y analizados los contextos más generales de cada uno de los países, percibiendo que la historia es siempre forjada en luchas, conflictos y disputas de interese. Al fin y al cabo, la relación estudiada fue determinada por una dialéctica entre las correlaciones de fuerzas internas de las naciones en cuestión. De hecho lo que se puede medir fue a la expansión del capital monopolista imperialista en el continente latinoamericano, incluyendo sectores de la burguesía brasileña. Se puede decir, por lotanto, que la correlación de fuerzas internas de cada país ha configurado un escenario en que no se pueda hablar de subimperialismo de Brasil con relación a Bolivia entre 2003 y 2010, entretanto la política exterior brasileña, orientada hacia la integración regional económica, fue adecuada para la expansión del capital imperialista.
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