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Cooperação Sul-Sul brasileira em saúde como Soft Power do Governo Lula (2003-2010) / Brazilian South/South health cooperation and Lula´s Soft Power Government (2003-2010)Dunda, Fabíola Faro Eloy 03 December 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-12-03 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The health subject is inserted in the International Relations context and has been
developing cooperative actions in the area since some initiatives like the creation of the
Sanitation Councils and International Health Conferences in the XIX century, till the
International Sanitation Office Constitution in 1902 which was later on named as the
Pan American Health Organization in 1958 and the World Health Organization, created
in the post II World War context in 1948. The Brazilian South/South cooperation had its
practices deepened during Lula s government if we take into consideration the number
of projects in the area, the geographical areas in which the programs were established,
the presence of the subjects in the forums in which Brazil took part. This work aims at
analyzing the Brazilian South/South cooperation in the health area as an instrument of
Lula s Soft Power government instrument between 2003 and 2010 and to do so, were
used the geographical and political dimensions of analysis. Observe at first if a
intersection point between the Brazilian External Politics during Lula s government and
the initiatives in health cooperation exists will allow the evaluation if this cooperation
was an instrument of inserting Brazil in the International System. Data from the Health
Ministry, Brazilian Cooperation Agency and from the Institute of Applied Economics
Research concerning the subject, numbers referring to cooperation, and cooperative
countries were collected. This data was correlated with the literature relevant to the
subject and to the Brazilian cooperation development, specifically the health
cooperation as well as to the external politics in Lula s government. The analysis of the
data and the confrontation with the literature allow us to conclude that there was an
increase in the South/South health cooperation during Lula s government mainly the
projects concerning the HIV/AIDS area and the human milk bank. According to recent
data, these projects together corresponded to more than 50% of the cooperative ones in
the area. The health cooperative projects followed the directives of the Brazilian
External Politics when taking into consideration the geographical areas where these
projects were set up (America, Caribe, Africa and Asia), as well as when we observe
which cooperative health projects are considered in the MERCOSUL, UNASUL,
Portuguese language speaking countries communities (CPLP), IBAS and BRICS
Dialogues Foruns. The existence of cooperation projects, of Actions Plans among
countries as well as the declarations of the Health Ministry of the countries taking part
in the blocks and Dialogue Foruns are representative elements to conclude that the
Brazilian South/South health cooperation is an instrument of Soft Power during Lula s
government and in this context it has inserted Brazil in the International System / A temática da saúde está inserida no contexto das Relações Internacionais, evoluindo as
ações cooperativas na área, desde iniciativas como a criação de Conselhos Sanitários e
Conferências Internacionais de Saúde, ainda no Século XIX, até a Constituição do
Escritório Sanitário Internacional, em 1902, posteriormente denominado Organização
Pan-Americana de Saúde em 1958, e a Organização Mundial de Saúde, criada no
contexto do pós II Guerra Mundial, em 1948. Projetos brasileiros de cooperação em
saúde coincidem com o próprio desenvolvimento da cooperação brasileira, ao longo dos
últimos sessenta anos. A cooperação Sul-Sul brasileira em saúde teve as suas práticas
aprofundadas durante o governo Lula, ao se considerar o número de projetos na área, as
áreas geográficas em que os projetos foram estabelecidos e a presença da temática nos
blocos e fóruns de que o Brasil participa. A presente Dissertação tem por objetivo
analisar a cooperação Sul-Sul brasileira em saúde, como instrumento de Soft Power do
governo Lula, no período de 2003 a 2010, utilizando para este fim, as dimensões
temática, geográfica e política. Observar, inicialmente, se um ponto de interseção existe
entre a Política Externa brasileira no governo Lula e as iniciativas de cooperação em
saúde, permitirá a avaliação se esta cooperação constituiu-se como instrumento de
inserção do Brasil no Sistema Internacional. Foram coletados dados do Ministério da
Saúde, da Agência Brasileira de Cooperação e do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada, quanto à temática, aos números da cooperação e dos projetos, e quais os
países cooperantes nessa área, sendo os mesmo correlacionados com os dados da
literatura pertinentes ao histórico e desenvolvimento da cooperação brasileira, e
especificamente a cooperação em saúde, bem como, com a Política Externa do governo
Lula. A análise dos dados e o confronto com a literatura permitem a conclusão de que
houve aumento da cooperação Sul-Sul brasileira em saúde durante o governo Lula,
destacando-se os projetos na área de HIV/AIDS e de Bancos de Leite Humano, que
juntos, corresponderam nos dados mais recentes, a mais de 50% dos projetos de
cooperação na área. Os projetos de cooperação em saúde seguiram as linhas diretivas da
Politica Externa brasileira, quando se consideram as áreas geográficas onde os projetos
foram estabelecidos (América do Sul, Caribe, África e Ásia), bem como quando se
observa quais projetos de cooperação em saúde são contemplados dentro das iniciativas,
MERCOSUL, UNASAUL, Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP),
Fórum de Diálogo IBAS e BRICS. A existência de projetos de cooperação, de Planos
de Ação entre os países, bem como de Declarações dos Ministros de Saúde dos países
participante dos blocos e dos Fóruns de Diálogo, acordando os mesmos, em aprofundar
a temática e instituir projetos na área, representam elementos que permitem a conclusão
de que a cooperação Sul-Sul brasileira em saúde constituiu-se como instrumento de Soft
Power durante o governo Lula, e nesse contexto, permitiu maior inserção do país no
Sistema Internacional.
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