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Disfunção cognitiva no lúpus eritematoso sistêmico juvenil = um estudo comparando três critérios de definição / Cognitive dysfunction in systemic lupus erythematosus : a study comparing three criteria definitionBellini, Bruna Siqueira, 1982- 21 August 2018 (has links)
Orientadores: Simone Appenzeller, Paula Teixeira Fernandes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-21T07:32:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune, ainda sem cura, causada por uma disfunção do sistema imunológico. Aproximadamente 15% de todos os casos de LES são diagnosticados na faixa etária pediátrica. Queixas cognitivas não específicas são freqüentes, afetam de 30 a 78% das crianças e adolescentes, e podem ocorrer mesmo na inatividade da doença ou na ausência de outras manifestações neuropsiquiátricas. O objetivo desse estudo foi verificar a frequência de disfunção cognitiva em uma amostra de pacientes com LES juvenil e identificar associações com aspectos clínico-laboratoriais e de tratamento. Pacientes e Métodos: Foi realizado um estudo transversal, incluindo pacientes com idade de inicio da doença ? 16 anos e controles pareados por sexo, idade e escolaridade. Os sujeitos foram divididos em 2 grupos, de acordo com a idade à avaliação: grupo WISC - idade ? 16 anos e 9 meses; grupo WAIS - idade ? 16 anos e 10 meses. Foi aplicada uma bateria de pesquisa constituída por testes adaptados para a população juvenil, selecionados a partir da bateria recomendada pelo Colégio Americano de Reumatologia para avaliação de adultos. Quinze subtestes foram utilizados para avaliar 13 funções cognitivas. Disfunção cognitiva foi identificada através de três diferentes critérios, de acordo com o ponto de corte adotado e o número requerido de funções alteradas. Sintomas de ansiedade e depressão foram avaliados pelas escalas Beck. Atividade da doença foi avaliada pelo SLEDAI e o dano cumulativo pelo SLICC. Presença de anticorpos e uso de medicação também foram avaliados. Análise estatística foi realizada pelo Statistical Package for Social Sciences (SPSS) e foi adotado nível de significância 5% (p<0,05). Resultados: Sessenta e quatro pacientes e 71 controles foram incluidos. A média de idade dos pacientes à avaliação no grupo WISC foi de 13,43±2,10 (média±DP; variação 8-16 anos), com idade média de início da doença de 11,23±3,21 e duração de 2,20±2,63 anos. No grupo WAIS a média de idade à avaliação foi de 20,34±3,42 (variação: 16-29), com idade média de início da doença 13,76±4,08 e duração de 6,59±4,72 anos. Atividade da doença segundo o SLEDAI foi identificada em 40% dos pacientes no grupo WISC e em 48,3% no grupo WAIS. A frequência de disfunção variou de 11,4-60% no grupo WISC e de 10,3-41,4% no grupo WAIS. O critério 1 (disfunção = escore maior que 2DP abaixo da média normativa em 1 função cognitiva ou escores entre 1 e 2 DP abaixo da média em 2 ou mais funções) foi o que contabilizou a maior porcentagem de pacientes com déficit em ambos os grupos. O grupo WAIS apresentou diferença estatisticamente significativa na frequência de disfunção medida pelos critérios 1 e 2. No grupo todo, essa diferença se manteve somente para o critério 2 (disfunção = escore superior a 2 DP abaixo da média normativa em 1 ou mais funções cognitivas e declínio cognitivo = escores entre 1,5 e 1,9 DP abaixoda média em 1 ou mais funções). Velocidade de processamento e flexibilidade mental foram as funções mais afetadas no grupo WISC; no grupo WAIS, velocidade de processamento, destreza motora e memória semântica. Associação com variáveis clínico-laboratoriais e de tratamento diferiram entre os grupos de acordo com o critério de definição adotado. Não houve associação entre disfunção cognitiva e escolaridade, idade de início/duração da doença, dano cumulativo, presença de anticorpos ds-DNA, Ro e Sm, uso de cloroquina e de imunossupressores. Conclusão: Alterações no critério de definição de disfunção cognitiva acarretaram alterações importantes nas taxas de frequência / Abstract: Systemic Lupus Erythematosus (SLE) is an autoimmune disease, caused by an immune system dysfunction. Approximately, 15% of all cases of SLE are diagnosed in childhood. Non-specific cognitive deficits are common, affecting 30-78% of children and adolescents, and occur even in inactivity of disease or other neuropsychiatric manifestations. The aim of this study was to determine the frequency of cognitive impairment in patients with juvenile SLE and to identify the relationship with clinical and treatment aspects. Patients and Methods: We performed a cross-sectional study including patients with age of onset of disease ? 16 years and controls with the same gender, age and education. The subjects were divided in two groups according to the age evaluation: WISC group - age evaluation ? 16 years and 9 months; WAIS group - age evaluation ? 16 years and 10 months. We performed a battery of tests, selected from the American College of Rheumatology battery. Fifteen subtests were used to evaluate 13 cognitive functions. Cognitive dysfunction has been identified using three different criteria, according to the cutoff adopted and the number of abnormal functions required. Symptoms of anxiety and depression were assessed by the Beck scales. Disease activity was assessed by SLEDAI and cumulative damage by SLICC. The presence of antibodies and medication were also evaluated. Statistical analysis was performed using SPSS and significance level was 5% (p<0.05). Results: Sixty-four patients and 71 controls were included. The mean age of patients in the assessment WISC group was 13.43 ± 2.10 (mean ± SD, range 8-16 years) with a mean age of onset of 11.23 ± 3.21 and duration of 2.20 ± 2.63 years. In the WAIS group, the mean age at evaluation was 20.34 ± 3.42 (range: 16-29), with a mean age of onset and duration 13.76 ± 4.08 to 6.59 ± 4.72 years. Disease activity according to SLEDAI was identified in 40% of patients in WISC and 48.3% in WAIS. The frequency of dysfunction ranged from 11.4 to 60% in WISC and from 10.3 to 41.4% in WAIS. The criteria 1 (dysfunction = score of more than 2 SD below the standardized mean in 1 cognitive function, or scores between 1 and 2 SD below the mean in 2 or more functions) had the largest percentage of patients with deficits in both groups. The WAIS group showed a statistically significant difference in the frequency of dysfunction measured by criteria 1 and 2. In the whole group, this difference remained only for the criteria 2 (dysfunction = score more than 2 SD below the normative mean in 1 or more cognitive functions and cognitive decline = scores between 1.5 and 1.9 SD below published norms in 1 or more functions). The most affected cognitive functions in the WISC group were: processing speed and mental flexibility; in the WAIS group were processing speed, motor skills and semantic memory. The relationship with clinical-laboratory variables and treatment differed between the groups, according to the definition criteria adopted. There was no relation between cognitive impairment and education, age of onset / duration of illness, cumulative damage, presence of antibodies ds-DNA, Ro and Sm, chloroquine and use of immunosuppressive therapy. Conclusion: Changes in criteria for defining cognitive dysfunction led to significant changes in frequency rates / Mestrado / Saude da Criança e do Adolescente / Mestra em Ciências
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