CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / nÃo hà / A obra dos diretores Pier Paolo Pasolini e Glauber Rocha possuem muitas caracterÃsticas em comum no que diz respeito ao fazer cinematogrÃfico. Este estudo tem como objetivo investigar o processo de construÃÃo da experiÃncia mÃstica presente na obra dos dois diretores. Os textos Cinema de Poesia (1965), de Pasolini, e o manifesto Eztetyka do Sonho (1971), de Glauber Rocha foram selecionados como base para esta pesquisa. Na tentativa de compreender a dimensÃo do pensamento estÃtico dos diretores dentro de suas produÃÃes, a pesquisa foi a procura nas imagens dos filmes A ricota (1962) e Claro (1975) um fazer imagÃtico que remetesse a uma possÃvel experiÃncia mÃstica. Com a dificuldade de se definir essa experiÃncia incognoscÃvel, a pesquisa procurou a presenÃa do mÃstico nas imagens dos filmes desses diretores. Assim, ela nÃo aponta como se dà està experiÃncia, mas como podemos pensar a presenÃa do mÃstico a partir de seu primeiro predicativo apontada pelo filÃsofo das religiÃes Rudolf Otto, o mysterium. Com isto, este trabalho quer encontrar o que existe nÃo de revelado nas imagens dos diretores, mas o que nelas contÃm de algo mÃstico que se coloca no figurÃvel, na obscuridade da imagem, algo que nÃo està apresentado como tal. Assim, abordando a importÃncia de uma imagem que subverta a lÃgica imagÃtica hegemÃnica na contemporaneidade.