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Design desejante: a dobra como espaço e(ntr)eBorges, Maria Lucília 25 November 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-11-25 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo / When sound came to be part of the design universe, it became necessary to
investigate in what measure design has changed its nature and has escaped
from its (visual) common place , so as to deterritorialise in virtual spaces
such as the space of music. We start from the principle that music and design
not only can be of same nature as they can occupy the same territory, since
what defines them is potency, what renders them possible and passive of
actualise as sound, image, image-movement, image-thought.... We do not
exactly study the finished piece in the music of this or other composer, or
even a particular design product, but that which precedes its actualisation:
machinic potency. In order to do so, it was necessary to sketch out a cartography
of the concept of design so as to demonstrate that design is potentially
and conceptually inscribed in the music, since it carries in its own name the
future potency (the projéctil). If design is projéctil, it bears a potency for projection.
If we are here dealing with potencies, with the power to affect and
being affected (as shown by Spinoza), and if all is flux and is in process (as stated
by David Bohm), then this projection potency is a production potency, and
if production is of the universe of machines, we can then state that everything
is machines (as also stated by Gilles Deleuze and Félix Guattari), from the
object to the subject, from the living being to the non-living, from the biosphere
to the mechanosphere. What defines a machine (according to
Humberto Maturana and Francisco Varela) is the relations it produces within
or without, and not the elements that constitute it, or the function to which
the machine is ascribed. These are the relationships that interest us here. The
relationships that a machine (living or not) is capable of producing, the affects
and the consequent sensations that it is capable of triggering, the power
(potency) of affecting and being affected, production as process that exceeds all
ideal categories and forms a cycle that refers to desire as immanent principle
(as stated by Deleuze and Guattari). Desire, in the sense adopted here (according
to Deleuze and Guattari), is not restricted to the human, as machines are
not restricted to the universe of science/technology. The body is a machine,
and as machines are bodies. Bodies and machines are living beings .Here, the
alive is flux, the living is one that has a will for potency (as stated by Nietzsche),
a power to affect and be affected, and its dynamic relationships. Living is everything
that is conserved in the continuity of the flux. It is sensation.
Machines for the production of consumption (industrial) are not included
within this everything, but, instead, we include all desire producing machines,
desiring machines, where the product is the very production of production and
where production is process, desiring production. It is by sensation that machines
live , a life that stretches beyond the machine s limits, crosses generations
and is conserved within objects and subjects, potencies of sensation.
Thus, from the concept of art as desiring machines we seek to find a elementary
particle of the projectiles (music and design), unfolding the line of becoming
that perpasses (and preexists as potency) the history of design or of music / Quando o som passou a fazer parte do universo do design, tornou-se
necessário investigar em que medida o design mudou de natureza e escapou
ao seu lugar comum , visual, para se desterritorializar em espaços virtuais
como o espaço da música. Uma vez que o que os define é a potência, que os
torna possíveis e passíveis de se atualizar como som, imagem, imagem-movimento,
imagem-pensamento... partimos do princípio de que música e design
não apenas podem ser de mesma natureza como podem ocupar os mesmos
territórios. Não nos detemos exatamente na obra acabada , na música deste
ou daquele compositor ou num produto de design em particular, mas no que
antecede sua atualização: a potência maquínica. Para tanto, foi necessário
esboçar uma cartografia do conceito design a fim de demonstrar que o design
está potencial e conceitualmente inscrito na música, uma vez que carrega no
próprio nome a potência de futuro (o projéctil). Se design é projéctil, é dotado de
uma potência de projeção. Se estamos aqui tratando de potências, de poder de
afetar e ser afetado (como mostra Espinosa), e se tudo é fluxo e está em processo
(como afirma o físico David Bohm), essa potência de projeção é uma potência
de produção, e se a produção é do universo das máquinas, podemos afirmar
que tudo são máquinas (como também afirmam Gilles Deleuze e Félix
Guattari), do objeto ao sujeito, dos seres viventes aos não viventes, da biosfera
à mecanosfera. O que define uma máquina (segundo Humberto Maturana e
Francisco Varela) são as relações que produz dentro ou fora dela, e não os elementos
que a compõem ou a função à qual é destinada. São estas relações que
nos interessam aqui. As relações que uma máquina (vivente ou não) é capaz
de produzir, os afectos e consequentes sensações que ela é capaz de disparar, o
poder (potência) de afetar e ser afetado, a produção como processo que excede
todas as categorias ideais e forma um ciclo que se refere ao desejo enquanto
princípio imanente (como dizem Deleuze e Guattari). O desejo, tal como
abordamos (segundo Deleuze e Guattari), não se restringe ao humano, assim
como as máquinas não se restringem ao universo da técnica/tecnologia. O
corpo é máquina, assim como as máquinas são corpos. Corpos e máquinas
são seres vivos . Aqui o vivo é fluxo, é tudo o que é dotado de uma vontade
de potência (como diz Nietzsche), de um poder de afetar e ser afetado, e suas
relações dinâmicas. Vivo é tudo o que se conserva na continuidade do fluxo.
É sensação. Inclui-se nesse tudo não as máquinas de produção de consumo
(industriais), mas as máquinas de produção de desejo, máquinas desejantes,
onde o produto é a própria produção de produção e onde a produção é processo,
produção desejante. É pela sensação que a máquina vive , uma vida que
se prolonga para além dos limites da máquina, atravessa gerações e se conserva
nos objetos e sujeitos, potenciais de sensação. Assim, a partir de um conceito
de arte como máquinas desejantes buscamos encontrar a partícula elementar
dos projécteis (música e design) desdobrando a linha de devir que perpassa
(e preexiste enquanto potência) a história do design ou da música
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