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As metáforas de Lula : a deriva dos sentidos na língua política

Daltoé, Andréia da Silva January 2012 (has links)
Le présent étude, à partir des présupposés théoriques de l’Analyse du Discours de Lignée française pecheutienne, fait une investigation sur les Métaphores de Lula (ML), récoltées dans la période de 2002/2006-2006/2010, comme une procédure de discours qui promeut la glissade des sens normalisés d’une langue politique idéale envers une nouvelle façon d’énoncer au cadre des discours politiques brésiliens. D’abord, nous avons examiné les effets de sens qui dévient les ML pour l’erreur, le détournement, l’ignorance, dans le but de les étudier comme symptôme d’étrangeté, ce qui indique, pour cette matérialité, cela fonctionne quoique au délà de la simple rélation entre éléments approchés par des dégrés de similitude, telle que la métaphore étant traitée par le sens commun. En questionnant, alors, la métaphore au sens figuré, nous avons suivi un parcours théorique à travers les auteurs Saussure, Jakobson, Barthes et Lakoff et Johnson, ayant par dessein vérifier dans quelle mésure pourraient-ils nous aider à penser la question du sens et/ou de la métaphore elle-même. Puisque chez ces auteurs, dans de différents mannières, cette question est restée encore assez bornée au domaine linguistique, nous sommes partis vers un étude en Pêcheux, que, concevant la métaphore comme le propre sens, nous a offert un champs théorique profitable pour raisonner sur le fonctionnement des ML et, partant de la rélation théorie/analyse, parvenir au concept Métaphore Discursive (MD). D’après cette formulation, le DL est traité comme procédure d’insertion d’un nouvel interlocuteur dans la scène discursive de la politique brésilienne, avec lequel l’énonciateur établira une interlocution discursive, au fur et à mesure qu’il partagera avec celui-ci, le peuple brésilien, des dictons de la vie courante, de la culture populaire, sans pour cela, forcément, partager le même espace physique. Dès lors, nous comprenons le fonctionnement des ML comme une procédure qui établit la rélation entre les éléments, pas pour des ressemblances communes, qui s’expliqueraient au champs sémantique, mais par des divergences, qui s’expliquent au champs de l’interdiscours. C’est, donc, pour autant, que les ML se transforment dans une piste de double fonctionnement : au même temps qi’ils subvertissent la langue politique avec d’autres sens, atteignent le sens d’une Formation Discursive Antagonique. Tout bien considéré, cette procédure de subversion est mise en jeu à partir d’une matérialité pas seulement linguistique, mais discursive, nous avons remarqué que la langue de Lula représente une façon particulière d’énnoncer à l’intérieur de la langue. / O presente estudo, a partir dos pressupostos teóricos da Análise do Discurso de linha francesa pecheutiana, investiga as Metáforas de Lula (ML), coletadas no período de 2002/2006-2006/2010, como um processo discursivo que promove o deslizamento dos sentidos normatizados de uma língua política ideal para um novo modo de enunciar na cena discursiva da política brasileira. Inicialmente, analisamos os efeitos de sentido que deslocam a questão das ML para o erro, o desvio, a ignorância, a fim de investigá-los como sintoma de um estranhamento, o que nos aponta que, nesta materialidade, funciona algo mais do que a simples relação entre elementos aproximados por graus de similitude, tal como a metáfora é tratada em senso comum. Questionando, então, a metáfora como sentido figurado, realizamos um percurso teórico pelos autores Saussure, Jakobson, Barthes e Lakoff e Johnson, a fim de verificar em que medida eles poderiam nos ajudar a pensar a questão do sentido e/ou da própria metáfora. Como nestes autores, em modos diferentes, esta questão manteve-se ainda bastante presa ao domínio linguístico, partimos para um estudo em Pêcheux, que, concebendo a metáfora como o próprio do sentido, ofereceu-nos um campo teórico profícuo para pensar o funcionamento das ML e, a partir da relação teoria/análise, chegar ao conceito de Metáfora Discursiva (MD). Com esta formulação, o DL é tratado como processo de inclusão de um novo interlocutor na cena discursiva da política brasileira, com o qual o sujeito enunciador estabelecerá uma interlocução discursiva, à medida que partilhará com este, o povo brasileiro, dizeres da vida simples, da cultura popular, sem que, necessariamente, partilhem o mesmo espaço físico. A partir daí, compreendemos o funcionamento das ML como um processo que estabelece a relação entre elementos não por semelhanças em comum, que se explicariam no campo semântico, mas por divergências, que se explicam no campo do interdiscurso. É deste modo que as ML transformam-se em pistas de um duplo funcionamento: ao mesmo tempo em que subvertem a língua política com sentidos outros, atingem os sentidos de uma Formação Discursiva antagônica. Pensando, então, que este processo de subversão é posto em jogo a partir de uma materialidade não só linguística, mas discursiva, consideramos que a língua de Lula representa um modo particular de enunciar no interior da língua política.
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As metáforas de Lula : a deriva dos sentidos na língua política

Daltoé, Andréia da Silva January 2012 (has links)
Le présent étude, à partir des présupposés théoriques de l’Analyse du Discours de Lignée française pecheutienne, fait une investigation sur les Métaphores de Lula (ML), récoltées dans la période de 2002/2006-2006/2010, comme une procédure de discours qui promeut la glissade des sens normalisés d’une langue politique idéale envers une nouvelle façon d’énoncer au cadre des discours politiques brésiliens. D’abord, nous avons examiné les effets de sens qui dévient les ML pour l’erreur, le détournement, l’ignorance, dans le but de les étudier comme symptôme d’étrangeté, ce qui indique, pour cette matérialité, cela fonctionne quoique au délà de la simple rélation entre éléments approchés par des dégrés de similitude, telle que la métaphore étant traitée par le sens commun. En questionnant, alors, la métaphore au sens figuré, nous avons suivi un parcours théorique à travers les auteurs Saussure, Jakobson, Barthes et Lakoff et Johnson, ayant par dessein vérifier dans quelle mésure pourraient-ils nous aider à penser la question du sens et/ou de la métaphore elle-même. Puisque chez ces auteurs, dans de différents mannières, cette question est restée encore assez bornée au domaine linguistique, nous sommes partis vers un étude en Pêcheux, que, concevant la métaphore comme le propre sens, nous a offert un champs théorique profitable pour raisonner sur le fonctionnement des ML et, partant de la rélation théorie/analyse, parvenir au concept Métaphore Discursive (MD). D’après cette formulation, le DL est traité comme procédure d’insertion d’un nouvel interlocuteur dans la scène discursive de la politique brésilienne, avec lequel l’énonciateur établira une interlocution discursive, au fur et à mesure qu’il partagera avec celui-ci, le peuple brésilien, des dictons de la vie courante, de la culture populaire, sans pour cela, forcément, partager le même espace physique. Dès lors, nous comprenons le fonctionnement des ML comme une procédure qui établit la rélation entre les éléments, pas pour des ressemblances communes, qui s’expliqueraient au champs sémantique, mais par des divergences, qui s’expliquent au champs de l’interdiscours. C’est, donc, pour autant, que les ML se transforment dans une piste de double fonctionnement : au même temps qi’ils subvertissent la langue politique avec d’autres sens, atteignent le sens d’une Formation Discursive Antagonique. Tout bien considéré, cette procédure de subversion est mise en jeu à partir d’une matérialité pas seulement linguistique, mais discursive, nous avons remarqué que la langue de Lula représente une façon particulière d’énnoncer à l’intérieur de la langue. / O presente estudo, a partir dos pressupostos teóricos da Análise do Discurso de linha francesa pecheutiana, investiga as Metáforas de Lula (ML), coletadas no período de 2002/2006-2006/2010, como um processo discursivo que promove o deslizamento dos sentidos normatizados de uma língua política ideal para um novo modo de enunciar na cena discursiva da política brasileira. Inicialmente, analisamos os efeitos de sentido que deslocam a questão das ML para o erro, o desvio, a ignorância, a fim de investigá-los como sintoma de um estranhamento, o que nos aponta que, nesta materialidade, funciona algo mais do que a simples relação entre elementos aproximados por graus de similitude, tal como a metáfora é tratada em senso comum. Questionando, então, a metáfora como sentido figurado, realizamos um percurso teórico pelos autores Saussure, Jakobson, Barthes e Lakoff e Johnson, a fim de verificar em que medida eles poderiam nos ajudar a pensar a questão do sentido e/ou da própria metáfora. Como nestes autores, em modos diferentes, esta questão manteve-se ainda bastante presa ao domínio linguístico, partimos para um estudo em Pêcheux, que, concebendo a metáfora como o próprio do sentido, ofereceu-nos um campo teórico profícuo para pensar o funcionamento das ML e, a partir da relação teoria/análise, chegar ao conceito de Metáfora Discursiva (MD). Com esta formulação, o DL é tratado como processo de inclusão de um novo interlocutor na cena discursiva da política brasileira, com o qual o sujeito enunciador estabelecerá uma interlocução discursiva, à medida que partilhará com este, o povo brasileiro, dizeres da vida simples, da cultura popular, sem que, necessariamente, partilhem o mesmo espaço físico. A partir daí, compreendemos o funcionamento das ML como um processo que estabelece a relação entre elementos não por semelhanças em comum, que se explicariam no campo semântico, mas por divergências, que se explicam no campo do interdiscurso. É deste modo que as ML transformam-se em pistas de um duplo funcionamento: ao mesmo tempo em que subvertem a língua política com sentidos outros, atingem os sentidos de uma Formação Discursiva antagônica. Pensando, então, que este processo de subversão é posto em jogo a partir de uma materialidade não só linguística, mas discursiva, consideramos que a língua de Lula representa um modo particular de enunciar no interior da língua política.
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As metáforas de Lula : a deriva dos sentidos na língua política

Daltoé, Andréia da Silva January 2012 (has links)
Le présent étude, à partir des présupposés théoriques de l’Analyse du Discours de Lignée française pecheutienne, fait une investigation sur les Métaphores de Lula (ML), récoltées dans la période de 2002/2006-2006/2010, comme une procédure de discours qui promeut la glissade des sens normalisés d’une langue politique idéale envers une nouvelle façon d’énoncer au cadre des discours politiques brésiliens. D’abord, nous avons examiné les effets de sens qui dévient les ML pour l’erreur, le détournement, l’ignorance, dans le but de les étudier comme symptôme d’étrangeté, ce qui indique, pour cette matérialité, cela fonctionne quoique au délà de la simple rélation entre éléments approchés par des dégrés de similitude, telle que la métaphore étant traitée par le sens commun. En questionnant, alors, la métaphore au sens figuré, nous avons suivi un parcours théorique à travers les auteurs Saussure, Jakobson, Barthes et Lakoff et Johnson, ayant par dessein vérifier dans quelle mésure pourraient-ils nous aider à penser la question du sens et/ou de la métaphore elle-même. Puisque chez ces auteurs, dans de différents mannières, cette question est restée encore assez bornée au domaine linguistique, nous sommes partis vers un étude en Pêcheux, que, concevant la métaphore comme le propre sens, nous a offert un champs théorique profitable pour raisonner sur le fonctionnement des ML et, partant de la rélation théorie/analyse, parvenir au concept Métaphore Discursive (MD). D’après cette formulation, le DL est traité comme procédure d’insertion d’un nouvel interlocuteur dans la scène discursive de la politique brésilienne, avec lequel l’énonciateur établira une interlocution discursive, au fur et à mesure qu’il partagera avec celui-ci, le peuple brésilien, des dictons de la vie courante, de la culture populaire, sans pour cela, forcément, partager le même espace physique. Dès lors, nous comprenons le fonctionnement des ML comme une procédure qui établit la rélation entre les éléments, pas pour des ressemblances communes, qui s’expliqueraient au champs sémantique, mais par des divergences, qui s’expliquent au champs de l’interdiscours. C’est, donc, pour autant, que les ML se transforment dans une piste de double fonctionnement : au même temps qi’ils subvertissent la langue politique avec d’autres sens, atteignent le sens d’une Formation Discursive Antagonique. Tout bien considéré, cette procédure de subversion est mise en jeu à partir d’une matérialité pas seulement linguistique, mais discursive, nous avons remarqué que la langue de Lula représente une façon particulière d’énnoncer à l’intérieur de la langue. / O presente estudo, a partir dos pressupostos teóricos da Análise do Discurso de linha francesa pecheutiana, investiga as Metáforas de Lula (ML), coletadas no período de 2002/2006-2006/2010, como um processo discursivo que promove o deslizamento dos sentidos normatizados de uma língua política ideal para um novo modo de enunciar na cena discursiva da política brasileira. Inicialmente, analisamos os efeitos de sentido que deslocam a questão das ML para o erro, o desvio, a ignorância, a fim de investigá-los como sintoma de um estranhamento, o que nos aponta que, nesta materialidade, funciona algo mais do que a simples relação entre elementos aproximados por graus de similitude, tal como a metáfora é tratada em senso comum. Questionando, então, a metáfora como sentido figurado, realizamos um percurso teórico pelos autores Saussure, Jakobson, Barthes e Lakoff e Johnson, a fim de verificar em que medida eles poderiam nos ajudar a pensar a questão do sentido e/ou da própria metáfora. Como nestes autores, em modos diferentes, esta questão manteve-se ainda bastante presa ao domínio linguístico, partimos para um estudo em Pêcheux, que, concebendo a metáfora como o próprio do sentido, ofereceu-nos um campo teórico profícuo para pensar o funcionamento das ML e, a partir da relação teoria/análise, chegar ao conceito de Metáfora Discursiva (MD). Com esta formulação, o DL é tratado como processo de inclusão de um novo interlocutor na cena discursiva da política brasileira, com o qual o sujeito enunciador estabelecerá uma interlocução discursiva, à medida que partilhará com este, o povo brasileiro, dizeres da vida simples, da cultura popular, sem que, necessariamente, partilhem o mesmo espaço físico. A partir daí, compreendemos o funcionamento das ML como um processo que estabelece a relação entre elementos não por semelhanças em comum, que se explicariam no campo semântico, mas por divergências, que se explicam no campo do interdiscurso. É deste modo que as ML transformam-se em pistas de um duplo funcionamento: ao mesmo tempo em que subvertem a língua política com sentidos outros, atingem os sentidos de uma Formação Discursiva antagônica. Pensando, então, que este processo de subversão é posto em jogo a partir de uma materialidade não só linguística, mas discursiva, consideramos que a língua de Lula representa um modo particular de enunciar no interior da língua política.

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