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Relações Brasil-Moçambique : da desconfiança à cooperação (1975-1985)

Campos, Luciana Cristina 03 July 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Relações Internacionais, 2015. / Submitted by Guimaraes Jacqueline (jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2015-10-23T11:22:06Z No. of bitstreams: 1 2015_LucianaCristinaCampos.pdf: 1060350 bytes, checksum: 68d8ed8323900f6eae56e2fea310f52f (MD5) / Approved for entry into archive by Patrícia Nunes da Silva(patricia@bce.unb.br) on 2015-12-11T13:28:23Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_LucianaCristinaCampos.pdf: 1060350 bytes, checksum: 68d8ed8323900f6eae56e2fea310f52f (MD5) / Made available in DSpace on 2015-12-11T13:28:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_LucianaCristinaCampos.pdf: 1060350 bytes, checksum: 68d8ed8323900f6eae56e2fea310f52f (MD5) / A presente dissertação tem por objetivo analisar as relações político-diplomáticas entre Brasil e Moçambique entre 1975 e 1985, correspondentes aos governos ditatoriais de Ernesto Geisel e João Figueiredo, no Brasil, e de Samora Moisés Machel, de Moçambique. Argumenta-se que o posicionamento e a neutralidade brasileira frente às lutas de libertação africanas na segunda metade do século XX causou em Samora Machel um profundo ressentimento, fator que inicialmente travou a aproximação política entre os Estados. A dissertação partiu da análise das transformações da política externa brasileira para a África para examinar em que medida as relações com Moçambique apareciam no discurso e na prática da diplomacia brasileira. Primeiramente dentro de um projeto maior de reformulação de política externa brasileira para o continente africano, no qual se constitui a aproximação com os países colonizados por Portugal, Brasil e Moçambique. O segundo capítulo tratou da inserção internacional moçambicana e os condicionantes internos e externos que influenciaram nesse processo, bem como o projeto de condução de política externa encetado pela FRELIMO. No terceiro e último capítulo analisou-se como se deu o processo de entendimento político entre Brasil e Moçambique em seu primeiro governo independente, com o desenvolvimento dos projetos de cooperação. Outrossim, é necessário destacar a atuação dos homens de Estado na condução do entendimento político entre as partes, Ítalo Zappa como expoente brasileiro e Joaquim Chissano em Moçambique, além dos chefes de Estado. Da dinâmica interna do período observou-se três fases distintas, mas que se complementam, e que explicam os dez primeiros anos de relações bilaterais: a primeira, de desconfiança e distanciamento relativo, que vai de 1975 a 1977; a segunda, de aproximação, entre 1977 e 1979; e a terceira, mais longa, de entendimento político e cooperação, de 1980 a 1985, fase que se mantém contínua até os dias atuais. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This thesis aims to analyze the political and diplomatic relations between Brazil and Mozambique between 1975 and 1985, corresponding to the dictatorial governments of Ernesto Geisel and Figueiredo, Brazil, and Samora Machel of Mozambique. It is argued that the positioning and the Brazilian forward neutrality to African liberation struggles in the second half of the twentieth century caused Samora Machel a deep resentment, which caught the political rapprochement between states. The first chapter analyses the transformations of Brazilian foreign policy for Africa in order to examine how Mozambique appeared in the discourse and practice of Brazilian diplomacy. The second chapter deals with the Mozambican international integration and how internal and external conditions that influenced this process, as well as the foreign policy of driving project initiated by FRELIMO. The third and final chapter analyzes how was the political understanding between Brazil and Mozambique in its first independent government. Furthermore, it is necessary to highlight the work of statesmen in conducting the political agreement between the parties, Italo Zappa as a Brazilian exponent and Joaquim Chissano of Mozambique. The internal dynamics of the period observed three distinct phases, but complementary, and explain the first ten years of bilateral relations: the first, distrust and relative distance, from 1975 to 1977; the second, approach, between 1977 and 1979; and the third, political understanding and cooperation from 1980 to 1985, phase which remains ongoing to this day.

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