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Níveis de concentrações de metais pesados em macroalgas e em sedimentos marinhos do Estado de Pernambuco - BrasilCALADO, Silvana Carvalho de Souza January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / A poluição devida ao teor de metais pesados nas regiões costeiras cresce a cada dia
dada ao aumento da introdução desses elementos ao meio ambiente, oriundo de atividades
antropogênicas. Uma vez que a bibliografia do assunto é muita vasta, pretendeu-se neste
trabalho trazer informações específicas sobre o teor de alguns metais em macroalgas e
sedimentos marinhos e suas interações com as características da água do mar, visando
diagnosticar a situação atual e sugerir um eficiente monitoramento costeiro para o Estado de
Pernambuco. Foram selecionadas duas regiões para este estudo, uma na área Norte (praia de
Itamaracá - 7o 45 S e 34º50 W) e outra na área Sul (Praia de Piedade - 08º09 17 S and
34º55 W), por possuirem bancos de algas e apresentarem áreas impactadas por efluentes
industriais e domésticos. As macroalgas selecionadas foram Gracilariopsis lemaneiformis e
Hypnea musciformis e os elementos químicos foram cobre, chumbo, zinco e ferro. As coletas
foram realizadas mensalmente em cada região durante o ano de 2000 a 2001, por 12 meses
durante as baixa-mares. As áreas apresentam clima quente e úmido, As na classificação
Koppen, com temperatura média anual de 26oC. A climatologia revelou um período seco, de
setembro a fevereiro com precipitação média em torno de 120mm e um período chuvoso, de
março a agosto, com precipitação média em torno de 440mm. As análises hidrológicas
mostraram que a temperatura da água variou entre 28oC e 31oC, a salinidade de 26.38UPS a
36.88UPS e o oxigênio dissolvido de 2.43 a 6.37mL.L-1. As concentrações dos metais nas algas
foram determinadas por espectofotometria de absorção atômica e nos sedimentos por
fluorescência de Raio-X. Os teores de metais na área sul e norte foram diferenciados. Nas algas
as mais elevadas concentrações foram registradas no litoral Sul, sendo a Hypnea musciformis
que apresentou a maior capacidade de retenção. Nos sedimentos os maiores teores encontrados
foram também no litoral Sul na grande maioria dos casos. Observou-se ainda que, o sedimento
retém maior teor de metais em relação às algas estudadas, sendo, portanto o compartimento
mais indicado para o monitoramento costeiro destes metais no Estado de Pernambuco. Uma
análise exploratória global (áreas Norte e Sul do Estado de Pernambuco) dos dados de teores de
metais (chumbo, cobre, ferro e zinco) nos sedimentos e algas marinhas (Gracilariopsis
lemaneiformis e Hypnea musciformis), das características físicas e químicas da água e da
pluviometria foi realizada utilizando-se a técnica da análise multivariada de projeções em
componentes principais. O gráfico dos escores das duas primeiras componentes principais (que
representam 36,8% da variabilidade total dos dados), mostrou que as amostras da área Sul são
mais dispersas e apresentaram valores mais elevados dos metais nos sedimentos e nas algas.
Observou-se ainda que na área Norte ocorreu uma descarga de efluentes carreados pelas chuvas,
apresentando uma anomalia no mês de julho com os mais altos teores de metais nos sedimentos.
Nesta área as correlações positivas existiram nos sedimentos entre todos os metais, enquanto
que para as algas estudadas, observou-se estas correlações entre chumbo e cobre. Nas amostras
de sedimentos da área Sul existiram correlações positivas entre os teores de cobre com chumbo
e zinco e entre os teores de chumbo com o zinco. Os resultados medianos das concentrações de
metais nos sedimentos foram na área Norte: ferro (0,078%), chumbo (6,923mg.kg-1), cobre
(38,178mg.kg-1) e zinco (5,610mg.kg-1); e na área Sul: ferro (0,339%), chumbo (5,942mg.kg-1),
cobre (48,799mg.kg-1) e zinco (8,388mg.kg-1). Nos tecidos algais, a Gracilariopsis
lemaneiformis, apresentou na área Norte, teor de ferro de 141μg.g-1, chumbo de 3,50μg.g-1,
cobre de 0,95μg.g-1 e zinco de 33,14μg.g-1 e na área Sul, ferro de 347μg.g-1, chumbo de
2,99μg.g-1, cobre de 1,57μg.g-1 e zinco de 28,57μg.g-1, para a Hypnea musciformis da área Norte
foram de ferro 675μg.g-1, chumbo de 8,90μg.g-1, cobre de 1,85μg.g-1 e zinco de 49,93μg.g-1 e na
área Sul ferro de 806μg.g-1, chumbo de 5,49μg.g-1, cobre de 2,35μg.g-1 e zinco de 44,57μg.g-1.
Entre as algas testadas, a Hypnea musciformis apresentou mais alto teor de metais. Os
sedimentos foram considerados como bom indicador para o monitoramento ambiental, por
apresentar valores mais elevados de metais do que nas alagas. Não foi possível estabelecer um
ritmo cíclico para as concentrações dos metais analisados nas algas e nos sedimentos
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