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Como se estabelece a aliança terapêutica em situações de psicoterapia obrigatória?

Oliveira, Natacha Hennemann de 31 May 2013 (has links)
Submitted by Maicon Juliano Schmidt (maicons) on 2015-04-01T13:33:36Z No. of bitstreams: 1 Natacha Hennemann de Oliveira.pdf: 602395 bytes, checksum: 69e665641c51e1a89cfa3f725c7a0ecc (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-01T13:33:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Natacha Hennemann de Oliveira.pdf: 602395 bytes, checksum: 69e665641c51e1a89cfa3f725c7a0ecc (MD5) Previous issue date: 2013-01-31 / Nenhuma / Esta dissertação de mestrado volta-se para o conhecimento, aprimoramento e aplicação de questões relativas ao vínculo que se estabelece entre paciente e terapeuta durante a psicoterapia, a chamada aliança terapêutica (AT). O trabalho está organizado em dois artigos, um teórico e outro empírico. O artigo teórico trata de um levantamento assistemático, que dirige-se ao conhecimento da origem histórica do conceito da aliança terapêutica, desde sua origem na psicanálise até sua concepção atual de constructo ateórico. A partir dessa concepção, a aliança terapêutica (AT) é apresentada como um constructo imprescindível tanto para o andamento da psicoterapia como para a obtenção de resultados positivos. Além disso, são discutidos uma série de fatores que podem contribuir ou prejudicar o estabelecimento da aliança, tais como características do paciente e do terapeuta. Dessa forma, o artigo mostra que se esses fatores não forem observados, pode ocorrer o que chamamos de rupturas da AT. Essas rupturas podem se manifestar por distanciamento ou por confrontação do paciente, e cabe ao terapeuta identificá-las e trabalhá-las para evitar o abandono precoce do tratamento. O segundo artigo busca de uma forma empírica entender como se estabelece a AT em um contexto específico que é a psicoterapia obrigatória. Para isso, foram avaliados 51 pacientes, divididos em dois grupos: psicoterapia obrigatória (N=15) e psicoterapia buscada de forma voluntária (N=36). Os pacientes de ambos os grupos estavam em psicoterapia na mesma instituição e, antes de iniciarem a psicoterapia, foram avaliados em relação aos mecanismos defensivos (DSQ-40), às representações objetais (BORRTI - O) e ao nível de gravidade dos sintomas (SCL-90-R). Após a quinta sessão, os pacientes foram novamente avaliados em relação à AT (CALPAS-p) e à percepção de coerção (através de um questionário baseado no MacArthur Admission Scale- AES-15). Os resultados apontam que apesar do grupo obrigatório apresentar sintomas mais graves, e um maior número de sujeitos ter se sentido obrigado a ingressar na psicoterapia que o grupo obrigatório original, não houve diferenças significativas entre os grupos obrigatório e não obrigatório em relação à AT. Dessa forma, verificou-se que é possível o estabelecimento da AT, mesmo no contexto obrigatório de atendimento psicoterápico. / This dissertation addresses itself to the knowledge, improvement and implementation of issues related to the bond that is established between patient and therapist during psychotherapy, called the therapeutic alliance (TA). The work is organized in two papers, one theoretical and one empirical. The theoretical paper addresses the knowledge of the historical origin of the concept of the therapeutic alliance, from its origins in psychoanalysis until its current conception of atheoretical construct. Based on this concept, the therapeutic alliance (TA) is presented as an essential construct for both the progress of psychotherapy as to obtain positive results. In addition, a number of factors are discussed that can help or hinder the establishment of the alliance, such as characteristics of the patient and the therapist. Thus, the paper shows that if these factors are not observed, TA ruptures may occur. These ruptures may manifest by detachment or by patient confrontation, and it is responsibility of the therapist to identify the ruptures and work with them to prevent early abandonment. The second paper seeks an empirical manner of understanding how TA is established in a specific context that is the mandatory psychotherapy. To this end, 51 patients divided into two groups have been evaluated: mandatory psychotherapy (N = 15) and psychotherapy sought voluntarily (N = 36). Patients in both groups were in psychotherapy at the same institution, and before beginning psychotherapy, they were evaluated in relation to defensive mechanisms (DSQ-40), the object representations (BORRTI - O) and the level of severity of symptoms (SCL-90-R). After the fifth session, the patients were again assessed for TA (CALPAS-p) and coercion perception (through a questionnaire based on the MacArthur Admission Scale-AES-15). The results show that although the mandatory group presents more severe symptoms, and a greater number of individuals have felt compelled to join psychotherapy rather than the original mandatory group, there were no significant differences between mandatory and non-mandatory groups in relation to the TA. Thus, it has been found that it is possible to establish the TA, even in the context of mandatory psychotherapy.

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