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As plantas bioativas como estratégia à transição agroecológica na agricultura familiar: análise sobre a utilização empírica e experimental de extratos botânicos no manejo de afídeos em hortaliças / Plants as bioactive strategy to agroecological transition on family farms: analysis of the empirical and experimental use of botanical extracts in the management of aphids in vegetablesLovatto, Patrícia Braga 13 April 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-04-13 / Knowledge about the use of bioactive plants for insect management has assisted in developing methods less harmful to the environment and human health, becoming a viable and environmentally sound strategy to be incorporated into agricultural production systems family that aims to
sustainability. Thus, the active principles of plants can act in crop protection by acting as repellents, attractive and / or insecticides, representing a low-cost technology and reduced environmental impact, made from the recovery and
maintenance of popular knowledge. Given these assumptions the research presented here was to order, identify, classify and contextualize the use of bioactive plants, used for the management of agroecossitemas by farmers in ecological basis of the Territory South Zone of RS, combining elements of
research in ethnobotany research data experimental to legitimize the use of botanicals in the management of aphids on vegetable crops. Serving up the research participant and the phenomenological approach as qualitative tools for
ethnobotanical research conducted with 33 farmers in ecological basis linked to the Cooperative Ecological and ARPA South-South, it was possible to infer the empirical use of 24 different plant species for management bioactive
agroecosystems. Thus, the experimental study investigated the bioactivity of aqueous extracts of five plant species with the highest number of citations for the management of aphids: Melia azedarach (Meliaceae), Tagetes minuta (Asteraceae), Peteridium aquilinum (Dennstaedtiaceae), Ruta graveolens
(Rutaceae) and Urtica dioica (Urticaceae), and the species Solanum fastigiatum var. acicularium (Solanaceae) on two species of horticultural importance, Brevicoryne brassicae and Myzus persicae (Hemiptera: Aphididae) under laboratory conditions. The bioassays included the evaluation of the repellent and insecticidal activity of extracts and assessment of survival, production of nymphs and instantaneous rate of population growth of insects, using as host cabbage, Brassica olareacea var. acephala. Jointly to the crude extract of fresh
plant parts (30% w/v) and dried (5% w/v) dilutions were evaluated 30 and 10%, besides being distilled water and product test AGV Xispa pests. With respect to the bioactivity of the plants on aphid B. brassicae, the results showed that the repellent action of extracts prepared from fresh and dried leaves of R. graveolens, dry leaves and ripe fruits of M. azedarach, dry leaves of T. draft, leaves, flowers and twigs of U. dioica and fresh and dried leaves of P. aquilinum. The most representative insecticide was observed for extracts
prepared from the dried leaves of R. graveolens, fresh and dried leaves of P. aquilinum, fresh leaves of S. fastigiatum var. acicularium and dried flowers of T. raw draft in the formulations and diluted to 30%. The reduction of survival and
production of nymphs the most significant results were obtained with extracts prepared using the dried leaves of R. graveolens, dry leaves and unripe fruits of M. azedarach, dried leaves and flowers of T. draft, leaves, flowers and twigs of
U. dioica, dried leaves of P. aquilinum and fresh leaves of S. fastigiatum var. acicularium. Already in bioassays on the instantaneous rate of population growth the most significant results were obtained with extracts prepared from dried leaves and flowers of T. minutes, dried leaves and unripe fruits of M.
azedarach and dried leaves of P. aquilinum. Bioassays of the aphid M. persicae results pointed to the repellent action of aqueous extracts prepared from the dried leaves of the species R. and M. graveolens azedarach, in addition to
those made from the leaves, flowers and twigs of the species U. dioica. The extracts prepared from dried leaves of R. graveolens dried unripe fruits of M. azedarach, dried leaves of P. aquilinum, dried flowers of T. draft and leaves, flowers and twigs of U. dioica also showed action on the biology of the aphid, significantly reducing the survival and reducing the offspring of M. persicae, confirming the results obtained with the species B. brassicae laboratory under similar conditions. The satisfactory results obtained with botanical extracts
corroborate the agroecological knowledge, as well as indications of practical use of plants found within the manuals that guide the organic gardening and pointed between the techniques used by farmers in ecological basis, representing a viable alternative to preventing and control the occurrence of
aphids in brassica crops. In this context, it is desirable that further investigative works are carried out with plants and their extracts in order to verify its action on the ecosystem as a whole, particularly as regards toxicity on non-target
organisms, including humans, domestic animals and organisms beneficial, allow to expand the security and use of technology as a practice suited to agroecological management of crops. / O conhecimento sobre a utilização de plantas bioativas para o manejo de insetos tem auxiliado no desenvolvimento de métodos menos agressivos ao ambiente e à saúde humana, constituindo-se numa estratégia viável e ambientalmente correta para ser incorporada nos sistemas de produção
agrícola familiar que almejam a sustentabilidade. Desta forma, os princípios ativos das plantas podem atuar na proteção dos cultivos agindo como repelentes, atraentes e/ou inseticidas, representando uma tecnologia de baixo custo e reduzido impacto ambiental, formulada a partir da valorização e
manutenção do saber popular. Diante destes pressupostos a pesquisa ora apresentada teve como intuito, identificar, sistematizar e contextualizar a utilização de plantas bioativas, utilizadas para o manejo em agroecossitemas, por agricultores de base ecológica do Território Zona Sul do RS, conjugando
elementos de investigação etnobotânica com dados da pesquisa experimental para legitimar o uso de espécies botânicas no manejo de afídeos em cultivos de hortaliças. Servindo-se da pesquisa participante e da abordagem
fenomenológica como ferramentas qualitativas à investigação etnobotânica realizada com 33 agricultores de base ecológica vinculados à Cooperativa Sul Ecológica e ARPA-Sul, foi possível inferir sobre a utilização empírica de 24 diferentes espécies de plantas bioativas para o manejo de agroecossistemas. Desta forma, na pesquisa experimental foi investigada a bioatividade dos extratos aquosos das cinco espécies botânicas com maior número de citações para o manejo de afídeos: Melia azedarach (Meliaceae), Tagetes minuta (Asteraceae), Peteridium aquilinum (Dennstaedtiaceae), Ruta graveolens (Rutaceae) e Urtica dioica (Urticaceae), além da espécie Solanum fastigiatum var. acicularium (Solanaceae), sobre duas espécies de importância hortícola, Brevicoryne brassicae e Myzus persicae (Hemiptera: Aphididae), em condições de laboratório. Os bioensaios incluíram a avaliação sobre a atividade
repelente e inseticida dos extratos, bem como avaliação sobre a sobrevivência, produção de ninfas e taxa instantânea de crescimento populacional dos insetos, utilizando como hospedeira a couve, Brassica olareacea var. acephala.
Conjuntamente ao extrato bruto das partes das plantas frescas (30% p/v) e secas (5% p/v), foram avaliadas as diluições de 30 e 10%, além das testemunhas água destilada e o produto teste AGV Xispa-praga. Com relação à bioatividade das plantas sobre o afídeo B. brassicae, os resultados apontaram para a ação repelente dos extratos elaborados a partir das folhas frescas e secas de R. graveolens, folhas e frutos maduros secos de M. azedarach, folhas secas de T. minuta, folhas, flores e ramos secos de U. dioica e folíolos frescos e secos de P. aquilinum. A ação inseticida mais representativa foi observada para os extratos elaborados a partir das folhas secas de R. graveolens, folíolos secos e frescos de P. aquilinum, folhas frescas de S. fastigiatum var.
acicularium e flores secas de T. minuta nas formulações bruto e diluído a 30%. Na redução da sobrevivência e produção de ninfas os resultados mais significativos foram obtidos com os extratos elaborados através das folhas secas de R. graveolens, folhas e frutos verdes secos de M. azedarach, folhas e flores secas de T. minuta, folhas, flores e ramos secos de U. dioica, folíolos secos de P. aquilinum e folhas frescas de S. fastigiatum var. acicularium. Já nos bioensaios sobre a taxa instantânea de crescimento populacional os resultados mais significativos foram obtidos com os extratos elaborados a partir de folhas e flores secas de T. minuta, folhas e frutos verdes secos de M. azedarach e folíolos secos de P. aquilinum. Nos bioensaios sobre o afídeo M. persicae os resultados apontaram para a ação repelente dos extratos aquosos
elaborados a partir das folhas secas das espécies R. graveolens e M. azedarach, além daqueles elaborados a partir das folhas, flores e ramos secos da espécie U. dioica. Os extratos elaborados a partir de folhas secas de R.
graveolens, frutos verdes secos de M. azedarach, folíolos secos de P. aquilinum, flores secas de T. minuta e folhas, flores e ramos secos de U. dioica demonstraram ainda ação sobre a biologia do afídeo, diminuindo significativamente a sobrevivência e reduzindo a prole de M. persicae,
corroborando com os resultados obtidos com a espécie B. brassicae em condições similares de laboratório. Os resultados satisfatórios obtidos com os extratos botânicos investigados corroboraram com o conhecimento agroecológico, bem como com as indicações de utilização prática das plantas
encontradas dentro dos manuais que orientam a horticultura orgânica e apontada entre as técnicas utilizadas pelos agricultores de base ecológica, representando uma alternativa viável para prevenção e controle da ocorrência de afídeos em cultivos de brássicas. Nesse contexto, é desejável que novos
trabalhos investigativos sejam realizados com as plantas e seus extratos, visando verificar a sua ação no agroecossistema como um todo, principalmente
no que se refere a toxicidade sobre organismos não-alvo, incluindo seres humanos, animais domésticos e organismos benéficos, permitindo ampliar a seguridade e a utilização da técnica enquanto prática adequada ao manejo agroecológico dos cultivos.
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