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Aplicação de proteases de flores de Moringa oleifera como coagulante na manufatura de queijo

CARVALHO, Belany Emanuele Alves de 25 February 2013 (has links)
Submitted by Luiz Felipe Barbosa (luiz.fbabreu2@ufpe.br) on 2015-04-17T12:58:52Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Dissertação BELANY CARVALHO.pdf: 2931157 bytes, checksum: 48cbb637b3658e148b6b38876e14cf11 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-17T12:58:52Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Dissertação BELANY CARVALHO.pdf: 2931157 bytes, checksum: 48cbb637b3658e148b6b38876e14cf11 (MD5) Previous issue date: 2013-02-25 / FACEPE / Quimosina bovina é o principal agente coagulante utilizado na manufatura de queijos. Entretanto, a redução da oferta do coalho bovino e a incidência de doenças como a encefalopatia espongiforme (“mal da vaca louca”) tem estimulado a busca por novos agentes coagulantes de leite, tais como preparações contendo proteases de origem vegetal ou microbiana. Este trabalho avaliou uma preparação proteica (PP) obtida de flores de Moringa oleifera quanto às atividades caseinolítica e coagulante de leite, bem como sua aplicação como coagulante para produção de queijo. PP (480 mg de proteínas) apresentou atividade caseinolítica sobre azocaseína (37,5 U) e atividade coagulante de leite (1,9 U). Maior atividade caseinolítica foi detectada após incubação da preparação em pH 7,0 (35,5 U) e pré-aquecimento de PP a 50 ºC (94 U). Avaliação da atividade caseinolítica utilizando caseínas bovinas αs, β e κ revelou que PP promoveu extensa clivagem da caseína κ e baixa hidrólise das demais, apresentando perfil similar à quimosina (controle positivo). A atividade coagulante de leite foi detectada apenas na presença de CaCl2. Maior atividade foi observada em pH 4,0 (2,0 U) e essa atividade permaneceu estável após pré-aquecimento de PP até 50 ºC, sendo perdida após aquecimento a 70 ºC. O aquecimento prévio do substrato a 70 ºC resultou em aumento da atividade coagulante de PP (3,6 U). Ensaios enzimáticos na presença de inibidores de protease indicaram a presença de aspártico, cisteíno e serino proteases. Aspártico proteases são provavelmente as principais enzimas envolvidas na atividade coagulante de leite. A maior especificidade de PP pela caseína κ estimulou sua avaliação como coalho vegetal para a produção de queijo. Queijo coalho produzido utilizando quimosina foi utilizado como controle positivo. O queijo obtido utilizando PP apresentou conteúdo de sal similar e teor de cinzas menor que no queijo feito com quimosina. Ainda, o queijo produzido com PP se mostrou menos firme e apresentou maior umidade (72,34%) e menor conteúdo de proteínas (12,33 g/100 g) que o queijo coalho produzido com quimosina (46,37% e 23,11 g/100g, respectivamente). Com relação às propriedades organolépticas, o queijo produzido com PP foi classificado, predominantemente, como uniforme, branco, levemente ácido, levemente salgado, não-amargo e pouco duro. Em teste de apreciação as notas atribuídas pelos voluntários indicaram o queijo como bom em relação à sabor, textura e odor. Em conclusão: 1) flores de M. oleifera contêm uma mistura de aspártico, cisteíno e serino proteases com atividade caseinolítica; 2) preparação enzimática de flores de M. oleifera apresentou atividade coagulante de leite dependente de cálcio, provavelmente relacionado com a ação de aspártico proteases; 3) as proteases de flores foram mais específicas para caseína bovina κ, o que provavelmente está relacionado com a ausência de sabor amargo no queijo produzido utilizando PP; 4) o queijo produzido com PP apresentou propriedades distintas do queijo coalho produzido com quimosina.

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