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O som dos tambores silenciosos: performance e diáspora africana nos maracatus nação de PernambucoWanderley Carneiro da Cunha, Maximiliano 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Os Maracatus Nação de Pernambuco têm gerado cada vez mais interesse nos estudos
acadêmicos e na mídia, revelando-se como uma forma de expressão que traz consigo
uma parte do processo histórico e identitário do Brasil. O objetivo central desta tese é a
análise e entendimento de alguns Maracatus de Pernambuco, através do enfoque de
fatores sociais e culturais que se encontram nas práticas e discursos presentes em suas
performances, em especial o evento da Noite dos Tambores Silenciosos. A abordagem
da pesquisa enfoca os estudos da performance e da diáspora como fenômenos que
trazem à tona elementos como história, discurso, espacialidade, música e cultura visual.
Portanto, as performances são aqui entendidas como práticas e discursos verbais e não
verbais que articulam o passado e o presente, revelando um processo histórico que atua
como um fator de identidade em resposta ao fenômeno homogeneizante do mundo
contemporâneo. A tese central da pesquisa é que os Maracatus pernambucanos são
grupos sociais que se mantêm ativos e renovados até os dias de hoje graças a um
processo dinâmico que envolve estratégias e negociações de visibilidade e
empowerment. A pesquisa envolveu quatro Maracatus pernambucanos, a saber: Leão
Coroado, Porto Rico, Estrela Brilhante e o Encanto da Alegria. Durante a pesquisa,
conversei e entrevistei os principais líderes (ialorixás, babalorixás e mestres),
batuqueiros, acadêmicos e apreciadores. Neste sentido, minha abordagem engloba
questões centrais para os estudos de ciências sociais no Brasil, tais como identidades,
hibridização, escravismo, diáspora africana e pós-modernidade
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Maracatu e maracatuzeiros: desconstruindo certezas, batendo afayas e fazendo históriasMarcino de França Lima, Ivaldo 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este trabalho objetivou mostrar que muito de se afirma sobre os maracatuzeiros e os
seus maracatus-nação não se sustenta mediante uma pesquisa documental. Idéias
generalizantes, a exemplo de que estes maracatus constituem uma continuidade linear
das coroações dos reis do Congo, ou de que todo maracatuzeiro possui ligações com o
xangô não são possíveis de serem mantidas diante da contemporaneidade que existiu
entre os Reis do Congo no Recife, e das relações explicitas mantidas por muitos
maracatuzeiros do passado (assim como da contemporaneidade!) com outras religiões
afro-descendentes, sobretudo o catimbó e a jurema sagrada. Outra questão importante
discutida nesse trabalho foi mostrar que a incansável perseguição das origens dos
maracatus, feita por praticamente todos os que escreveram sobre os maracatus, é fruto
de uma teia confeccionada pelos primeiros intelectuais que pesquisaram sobre o
assunto, a exemplo de Pereira da Costa e Nina Rodrigues. Ambos remeteram aos que
lhes sucederam a um infindável debate sobre as origens. Estes intelectuais pioneiros
imprimiram uma poderosa marca nos trabalhos dos estudiosos posteriores, a exemplo
do conceito de sobrevivência totêmica, pensado por Nina Rodrigues; e da representação
do maracatu como algo africano, melancólico, saudosista e irremediavelmente ligado ao
passado, feito por Pereira da Costa. No primeiro capítulo estabeleci uma discussão
mostrando como os autores caíram nas malhas construídas por Nina Rodrigues e Pereira
da Costa, e de como as interpretações eram diversas em torno dos conceitos destes dois
intelectuais. No segundo capítulo procurei mostrar que entre as coroações dos reis do
Congo e os maracatus existiu uma grande diversidade de manifestações, aparentadas
aos maracatus-nação e que estes eram fruto de várias composições, cisões e diálogos
com o quotidiano, mostrando que os maracatuzeiros fazem e refazem os seus maracatus
ao sabor das necessidades e adaptações a realidade. Também discorri sobre a
historicidade do conceito criado por Guerra Peixe acerca da distinção entre os dois tipos
de maracatu, mostrando que antes dele as fronteiras entre ambos não estavam muito
claras, e que haviam elementos de um e outro juntos. Os autores que sucederam Guerra
Peixe também caíram na armadilha, e pensaram na distinção dos maracatus (baque
virado e orquestra) como algo que existia desde os tempos imemoriais. Essas questõediscutidas nos capítulos anteriores foram confrontadas, no terceiro capítulo, com a
história de quatro maracatuzeiros: Adama, Maroca Gorda, Pedro Alcântara e Cocó.
Percorrer a vida dessas pessoas, ainda que de forma fragmentária, permitiu perceber ao
mesmo tempo suas singularidades, algumas de suas escolhas, bem como os aspectos
que propiciaram seu destaque como líderes em suas comunidades. Ao mesmo tempo,
esta pesquisa permitiu reforçar a quebra das generalizações construídas em torno dos
maracatuzeiros, a exemplo de sua filiação exclusiva à religião dos orixás, ou a
predominância de um modelo matriarcal/patriarcal enquanto forma de organização e
liderança. Por outro lado, as pessoas aqui abordadas fizeram suas escolhas em
determinadas circunstâncias, que tentei delinear para o leitor, os contextos e conjunturas
que conformavam suas opções. Acredito que é no jogo dessas forças que se faz história,
em meio a alegrias e tristezas, perseguições policiais, mas também com muita batucada
e toada sendo cantadas pelas ruas
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