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Avaliação da função global e regional pela ressonância magnética com a técnica dos marcadores miocárdicos em pacientes na fase tardia do infarto da parede anterior do ventrículo esquerdo em acompanhamento clínico / Evaluation by magnetic resonance with myocardial tagging technique of global and regional function of left ventricle in patients with chronic anterior myocardial infarction during clinical follow-up

Florenzano, Sérgio Domingos 05 July 2004 (has links)
O infarto agudo do miocárdio (IAM) é definido como uma necrose do miocárdio resultante de um comprometimento agudo de sua irrigação sang?ínea. As manifestações de insuficiência cardíaca (ICC) são comuns em pacientes com doença arterial coronariana (DAC) aguda ou crônica, acarretando significativa morbidade e mortalidade. O objetivo foi avaliar a função global e regional do ventrículo esquerdo (VE), através da Ressonância Magnética (IRM) com a técnica dos marcadores miocárdicos na evolução clínica dos pacientes na fase tardia do infarto da parede anterior do VE. Foi realizado seguimento longitudinal prospectivo da evolução da função da parede do ventrículo esquerdo. Foram avaliadas e comparadas entre si as várias etapas evolutivas de pacientes encaminhados pela Unidade Clínica de Coronariopatia Crônica e Unidade de Cirurgia Torácica e Cardiovascular do Incor-FMUSP. Entre dezembro de 2000 e fevereiro de 2003, estudamos 24 pacientes (19 homens e cinco mulheres), idade média de 54,33 ± 10,11 anos. Os estudos foram realizados na inclusão do paciente no protocolo, após 4 meses e 10 meses de seguimento. Os estudos foram realizados em repouso (rep) e durante o estímulo inotrópico com baixa dose de dobutamina (dob) (10 mcg/kg/ml). Nenhum paciente desenvolveu sintomas durante a infusão de dobutamina. Foram estudados os volumes diastólico (VDF) e sistólico (VSF) finais e a fração de ejeção (FE) com a técnica de cine ressonância, utilizando-se o método de Simpson para a análise. A função global e regional foi analisada com a técnica dos marcadores miocárdicos através da análise do encurtamento circunferencial (EC) global e regional nas áreas remotas, adjacentes e com infarto. Os resultados mostraram estabilidade nos valores encontrados (VDF,VSF e FE), tanto em repouso como durante a infusão de dobutamina (p=NS). A análise da função do VE com a técnica dos marcadores miocárdicos no grupo clínico mostrou melhora significante nos exames de controle, após 4 meses e 10 meses de seguimento na comparação das médias globais (p<0,001). Na comparação entre o repouso e a infusão de dobutamina do exame 1 (p=0,01), no exame 2 (p<0,001), no exame 3 (p<0,001). Nas regiões com infarto não houve diferença significante entre o grupo 1, 2 e 3 (comprometimento mural <=75%), o que pode ser evidenciado entre os grupos 1, 2 e 3 vs. grupo 4 ( comprometimento mural >75%)(p<0,001). Em conclusão, este estudo mostra a manutenção das variáveis da função ventricular esquerda (volumes e fração de ejeção) durante a evolução clínica. Os pacientes em acompanhamento clínico avaliados com a técnica dos marcadores miocárdicos mostraram melhora quantitativa da função global e regional na área com infarto, o que indica que este índice pode ser mais sensível na avaliação evolutiva da função ventricular esquerda. / Acute myocardial infarction is defined as a myocardial necrosis resultant from an acute comitment of blood irrigation. Manifestations of cardiac failure are common in patients with acute or cronic coronary artery disease, with significant morbidity and mortality. Our goal was to valuate clinic evolution in patients with chronic myocardial infarction on the global and regional left ventricle (LV) systolic function by magnetic resonance imaging (MRI) with myocardial tagging technique. A longitudinal follow-up of LV function was done in patients on clinical treatment. Patients were referred from the Coronary Unit or Thoracic and Cardiovascular Surgery of the Heart Institute (InCor) - University of São Paulo Medical School. From December 2000 to February 2003, we studied 24 patients (19 men), mean age 54.33 + 10.11 years. Medical group was evaluated and compared among each follow-up steps (at protocol inclusion (E1), after 4 months (E2) and 10 months (E3) follow-up. The studies were performed at rest (R) and during inotropical stimulus with low dose of dobutamine (D) (10 mcg/kg/ml). The end diastolic (EDV) and systolic (ESV) volumes were studied and ejection fraction (EF) with the cine resonance technique using Simpson method. Global and regional function was also analized with the myocardial tagging technique. The variables studied were the global and segmental circumferencial shortening (CS) in remote, adjacent and infarcted areas. Medical group showed no differences in EDV, ESV and EF (p=NS). LV function analysis with the myocardial tagging techniques showed an significant improvement in the exams performed at E1, E2 and E3 follow-up on global average (p<0,001), in E1 at R vs. D (p=0,023), E2 R vs. D (p=0,001), E3 R vs. D (p=0,008). CS in infarcted areas showed no significant differences between group 1 , 2 and 3 (infarcted area <=75%) but differences were seen between group 1 , 2 and 3 vs. group 4 (infarcted area >75%)(p=0,006). In conclusion, this study showed no differences in LV volumes and ejection fraction. The patients in clinical follow up showed quantitative improvement at global and regional function at infarcted areas with the myocardial tagging techniques, which seen a better index for LV function follow-up
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O papel do acúmulo do colágeno miocárdico intersticial na sobrevida dos pacientes com miocardiopatia dilatada idiopática e chagásica / The role of myocardial interstitial collagen in the survival rate of patients with idiopathic and chagasic cardiomyopathy.

Nunes, Vera Lopes 29 July 2004 (has links)
As miocardiopatias dilatadas representam 87% das miocardiopatias e apresentam evolução adversa com grande morbi-mortalidade. Vários marcadores de prognóstico são bem definidos, entretanto, um marcador estrutural se faz necessário. Estudamos através da realização da biópsia endomiocárdica e exame ecocardiográfico, 9 indivíduos sem doença estrutural miocárdica (controle) e 45 pacientes com miocardiopatia dilatada grave de etiologia idiopática (MCDI) e chagásica (MCDC). Observamos se havia relação entre a quantidade de colágeno miocárdico intersticial (FVCI) e a sobrevida destes pacientes, se a FVCI diferia entre as etiologias, e se a fibrose interferia na função e geometria do miocárdio. Observamos que a FVCI foi 15x maior nos miocardiopatas em relação ao grupo controle, mas não diferiu em relação às MCDI e MCDC (FVCI % MCDC = 6,83 ± 5,47; MCDI = 5,75 ± 4,45; controle = 0,42 ± 0,14*; p<0,001). Não houve relação da FCVI com a sobrevida dos pacientes com miocardiopatias (MCDI-FVCI £5,53 (20,0%) ou >5,53 (0,0%) (p=0,249), e na MCDC-FVCI £5,53 (0,0%) ou >5,53 (7,7%) (p=0,587) e apenas na MCDI a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) teve relação com a FVCI. O diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo não se correlacionou com a FCVI nas duas etiologias. Conclusão: a fibrose miocárdica não diferiu entre as duas etiologias, não se correlacionou com o prognóstico das MCDC e MCDI e apenas na MCDI ela se correlacionou com a FEVE. / Dilated cardiomyopathies represent 87% of all cardiomyopathies and they have adverse prognosis with high morbidity and mortality. There are several prognostic markers, however, a structural one has not been described yet. Seems to be very important to find out whether morphological changes upon myocardial structure would affect the prognosis. We studied, using endomyocardial biopsy and 2D-echocardiogram, 9 patients with no structural myocardial changes (control) and 45 patients with severe dilated cardiomyopathies. They were divided according the etiology of cardiomyopathy into idiopathic group (IDCM) or Chagas group (CDCM). We analyzed the correlation between interstitial myocardial collagen (ICVF) and survival rates. We also evaluated the difference of ICVF between these groups and whether it correlates with geometric and functional changes of the heart. We observed that ICVF was 15 times higher in cardiomyopathies patients than in control group, but it did not differ between CDCM and IDCM (ICVF% CDCM = 6.83 ± 5.47; IDCM = 5.75 ± 4.45; control = 0.42 ± 0.14*; p<0.001). The ICVF did not correlate to survival rate in cardiomyopathies patients (IDCM-ICVF £5.53 (20.0%) or >5.53 (0.0%) (p=0.249), and CDCM-ICVF £5.53 (0.0%) or >5.53 (7.7%) (p=0.587). We observed a significant correlation between ICVF and left ventricular ejection fraction (LVEF) only on DMC, the ICVF did not correlate to left ventricular diastolic diameter in either etiology. Conclusion: the myocardial fibrosis did not differ between these two etiologies, it did not correlate to prognosis either in the IDCM or CDCM and only in the IDCM the ICVF correlated to the LVEF.
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Avaliação da função global e regional pela ressonância magnética com a técnica dos marcadores miocárdicos em pacientes na fase tardia do infarto da parede anterior do ventrículo esquerdo em acompanhamento clínico / Evaluation by magnetic resonance with myocardial tagging technique of global and regional function of left ventricle in patients with chronic anterior myocardial infarction during clinical follow-up

Sérgio Domingos Florenzano 05 July 2004 (has links)
O infarto agudo do miocárdio (IAM) é definido como uma necrose do miocárdio resultante de um comprometimento agudo de sua irrigação sang?ínea. As manifestações de insuficiência cardíaca (ICC) são comuns em pacientes com doença arterial coronariana (DAC) aguda ou crônica, acarretando significativa morbidade e mortalidade. O objetivo foi avaliar a função global e regional do ventrículo esquerdo (VE), através da Ressonância Magnética (IRM) com a técnica dos marcadores miocárdicos na evolução clínica dos pacientes na fase tardia do infarto da parede anterior do VE. Foi realizado seguimento longitudinal prospectivo da evolução da função da parede do ventrículo esquerdo. Foram avaliadas e comparadas entre si as várias etapas evolutivas de pacientes encaminhados pela Unidade Clínica de Coronariopatia Crônica e Unidade de Cirurgia Torácica e Cardiovascular do Incor-FMUSP. Entre dezembro de 2000 e fevereiro de 2003, estudamos 24 pacientes (19 homens e cinco mulheres), idade média de 54,33 ± 10,11 anos. Os estudos foram realizados na inclusão do paciente no protocolo, após 4 meses e 10 meses de seguimento. Os estudos foram realizados em repouso (rep) e durante o estímulo inotrópico com baixa dose de dobutamina (dob) (10 mcg/kg/ml). Nenhum paciente desenvolveu sintomas durante a infusão de dobutamina. Foram estudados os volumes diastólico (VDF) e sistólico (VSF) finais e a fração de ejeção (FE) com a técnica de cine ressonância, utilizando-se o método de Simpson para a análise. A função global e regional foi analisada com a técnica dos marcadores miocárdicos através da análise do encurtamento circunferencial (EC) global e regional nas áreas remotas, adjacentes e com infarto. Os resultados mostraram estabilidade nos valores encontrados (VDF,VSF e FE), tanto em repouso como durante a infusão de dobutamina (p=NS). A análise da função do VE com a técnica dos marcadores miocárdicos no grupo clínico mostrou melhora significante nos exames de controle, após 4 meses e 10 meses de seguimento na comparação das médias globais (p<0,001). Na comparação entre o repouso e a infusão de dobutamina do exame 1 (p=0,01), no exame 2 (p<0,001), no exame 3 (p<0,001). Nas regiões com infarto não houve diferença significante entre o grupo 1, 2 e 3 (comprometimento mural <=75%), o que pode ser evidenciado entre os grupos 1, 2 e 3 vs. grupo 4 ( comprometimento mural >75%)(p<0,001). Em conclusão, este estudo mostra a manutenção das variáveis da função ventricular esquerda (volumes e fração de ejeção) durante a evolução clínica. Os pacientes em acompanhamento clínico avaliados com a técnica dos marcadores miocárdicos mostraram melhora quantitativa da função global e regional na área com infarto, o que indica que este índice pode ser mais sensível na avaliação evolutiva da função ventricular esquerda. / Acute myocardial infarction is defined as a myocardial necrosis resultant from an acute comitment of blood irrigation. Manifestations of cardiac failure are common in patients with acute or cronic coronary artery disease, with significant morbidity and mortality. Our goal was to valuate clinic evolution in patients with chronic myocardial infarction on the global and regional left ventricle (LV) systolic function by magnetic resonance imaging (MRI) with myocardial tagging technique. A longitudinal follow-up of LV function was done in patients on clinical treatment. Patients were referred from the Coronary Unit or Thoracic and Cardiovascular Surgery of the Heart Institute (InCor) - University of São Paulo Medical School. From December 2000 to February 2003, we studied 24 patients (19 men), mean age 54.33 + 10.11 years. Medical group was evaluated and compared among each follow-up steps (at protocol inclusion (E1), after 4 months (E2) and 10 months (E3) follow-up. The studies were performed at rest (R) and during inotropical stimulus with low dose of dobutamine (D) (10 mcg/kg/ml). The end diastolic (EDV) and systolic (ESV) volumes were studied and ejection fraction (EF) with the cine resonance technique using Simpson method. Global and regional function was also analized with the myocardial tagging technique. The variables studied were the global and segmental circumferencial shortening (CS) in remote, adjacent and infarcted areas. Medical group showed no differences in EDV, ESV and EF (p=NS). LV function analysis with the myocardial tagging techniques showed an significant improvement in the exams performed at E1, E2 and E3 follow-up on global average (p<0,001), in E1 at R vs. D (p=0,023), E2 R vs. D (p=0,001), E3 R vs. D (p=0,008). CS in infarcted areas showed no significant differences between group 1 , 2 and 3 (infarcted area <=75%) but differences were seen between group 1 , 2 and 3 vs. group 4 (infarcted area >75%)(p=0,006). In conclusion, this study showed no differences in LV volumes and ejection fraction. The patients in clinical follow up showed quantitative improvement at global and regional function at infarcted areas with the myocardial tagging techniques, which seen a better index for LV function follow-up
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O papel do acúmulo do colágeno miocárdico intersticial na sobrevida dos pacientes com miocardiopatia dilatada idiopática e chagásica / The role of myocardial interstitial collagen in the survival rate of patients with idiopathic and chagasic cardiomyopathy.

Vera Lopes Nunes 29 July 2004 (has links)
As miocardiopatias dilatadas representam 87% das miocardiopatias e apresentam evolução adversa com grande morbi-mortalidade. Vários marcadores de prognóstico são bem definidos, entretanto, um marcador estrutural se faz necessário. Estudamos através da realização da biópsia endomiocárdica e exame ecocardiográfico, 9 indivíduos sem doença estrutural miocárdica (controle) e 45 pacientes com miocardiopatia dilatada grave de etiologia idiopática (MCDI) e chagásica (MCDC). Observamos se havia relação entre a quantidade de colágeno miocárdico intersticial (FVCI) e a sobrevida destes pacientes, se a FVCI diferia entre as etiologias, e se a fibrose interferia na função e geometria do miocárdio. Observamos que a FVCI foi 15x maior nos miocardiopatas em relação ao grupo controle, mas não diferiu em relação às MCDI e MCDC (FVCI % MCDC = 6,83 ± 5,47; MCDI = 5,75 ± 4,45; controle = 0,42 ± 0,14*; p<0,001). Não houve relação da FCVI com a sobrevida dos pacientes com miocardiopatias (MCDI-FVCI £5,53 (20,0%) ou >5,53 (0,0%) (p=0,249), e na MCDC-FVCI £5,53 (0,0%) ou >5,53 (7,7%) (p=0,587) e apenas na MCDI a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) teve relação com a FVCI. O diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo não se correlacionou com a FCVI nas duas etiologias. Conclusão: a fibrose miocárdica não diferiu entre as duas etiologias, não se correlacionou com o prognóstico das MCDC e MCDI e apenas na MCDI ela se correlacionou com a FEVE. / Dilated cardiomyopathies represent 87% of all cardiomyopathies and they have adverse prognosis with high morbidity and mortality. There are several prognostic markers, however, a structural one has not been described yet. Seems to be very important to find out whether morphological changes upon myocardial structure would affect the prognosis. We studied, using endomyocardial biopsy and 2D-echocardiogram, 9 patients with no structural myocardial changes (control) and 45 patients with severe dilated cardiomyopathies. They were divided according the etiology of cardiomyopathy into idiopathic group (IDCM) or Chagas group (CDCM). We analyzed the correlation between interstitial myocardial collagen (ICVF) and survival rates. We also evaluated the difference of ICVF between these groups and whether it correlates with geometric and functional changes of the heart. We observed that ICVF was 15 times higher in cardiomyopathies patients than in control group, but it did not differ between CDCM and IDCM (ICVF% CDCM = 6.83 ± 5.47; IDCM = 5.75 ± 4.45; control = 0.42 ± 0.14*; p<0.001). The ICVF did not correlate to survival rate in cardiomyopathies patients (IDCM-ICVF £5.53 (20.0%) or >5.53 (0.0%) (p=0.249), and CDCM-ICVF £5.53 (0.0%) or >5.53 (7.7%) (p=0.587). We observed a significant correlation between ICVF and left ventricular ejection fraction (LVEF) only on DMC, the ICVF did not correlate to left ventricular diastolic diameter in either etiology. Conclusion: the myocardial fibrosis did not differ between these two etiologies, it did not correlate to prognosis either in the IDCM or CDCM and only in the IDCM the ICVF correlated to the LVEF.

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