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Investigações sobre a ignorância humana: uma introdução aos estudos da ignorância, acompanhada de um exame sociológico sobre a persistência da homeopatia e a consolidação do masculinismo ontem e hoje / Investigations on human ignorance: an introduction to the study of ignorance, followed by a sociological inquiry into the persistance of homeopathy and the consolidation of masculinism now and thenBarbara, Lenin Bicudo 04 June 2018 (has links)
As investigações aqui reunidas se encaixam nos âmbitos da sociologia cognitiva e, em menor medida, da sociologia da cultura. Seu objetivo principal é organizar e esclarecer alguns dos pro-blemas básicos colocados para o estudo sociológico da ignorância humana. Para alcançar esse objetivo, começo com uma discussão de ordem conceitual sobre a ignorância, encarando a ques-tão ontológica a respeito do que ela é, assim como a questão metodológica a respeito de como melhor apreendê-la de uma perspectiva sociológica. Esse passo ocupa a primeira parte da tese, e tais questões são enfrentadas mediante um diálogo crítico com a literatura disponível sobre a ignorância nas áreas da sociologia e da epistemologia. Na segunda parte da tese, busco pôr em movimento tais discussões teóricas, por meio de duas investigações empíricas ou estudos de caso independentes uma da outra. Tais investigações se baseiam em um amplo levantamento documental, centrado em duas diferentes correntes culturais, como prefiro chamá-las: a home-opatia e o masculinismo. O que justifica tomá-las como tópicos de um estudo sobre a ignorância humana é a circunstância de que, para que a homeopatia e o masculinismo sigam existindo como doutrinas \"vivas\" em torno das quais indivíduos diferentes se associam e que de fato orientam as tomadas de decisão de inúmeras pessoas que nelas tomam parte , é preciso que se perpetue a ignorância de certos fatos passíveis de serem conhecidos com alguma facilidade, no contexto atual. Espero que, ao escrutinar, em contexto, esses dois sistemas de crença am-bos insustentáveis, à luz do estoque de conhecimento hoje à nossa disposição , avancemos na compreensão da lógica interna da ignorância e de seu condicionamento social, em particular quando o que está em jogo é a persistência das más ideias; além disso, também espero que as investigações aqui apresentadas lancem alguma luz sobre os limites da abordagem sociológica da ignorância e de outros fenômenos cognitivos aparentados a ela. / The inquiries assembled here belong primarily to the field of cognitive sociology and, to a lesser extent, to the sociology of culture. Their main goal is to sort out and clarify some of the major problems pertaining a sociological approach to the topic of human ignorance. To reach said goal, I start with a conceptual discussion of ignorance, addressing the ontological question as to what ignorance is, as well as the methodological one as to how we should appropriately grasp it from a sociological point of view. This step comprises the first part of the thesis, and said questions are tackled by means of a critical exchange with the available literature on ignorance in the fields of sociology and epistemology. In the second part of the thesis, I endeavor to bring such theoretical discussion into play by presenting two independent empirical inquiries or case studies. These are grounded on a broad documentary research I conducted on two distinct cultural currents, as I call them: namely homeopathy and masculinism. The rationale behind the choice of the aforementioned subjects is that the perpetuation of ignorance of facts one could easily know given the cognitive resources presently available is key to the endurance of both homeopathy and masculinism as \"living\" doctrines as unique belief systems around which individuals coming from different backgrounds associate with each other, and which help to shape the decision making process of a number of those individuals. I hope that, through a detailed and context-sensitive scrutiny of each of these sets of ideas both of which, as I uphold, are greatly at odds with the stock of knowledge currently available to us some insight into the inner workings of ignorance and its social conditioning may be obtained, particularly when it comes to the persistence of unsound ideas; furthermore, I hope that the theoretical and empirical inquiries presented here may shed some light upon the limits of a sociological take on ignorance and other related cognitive phenomena.
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Investigações sobre a ignorância humana: uma introdução aos estudos da ignorância, acompanhada de um exame sociológico sobre a persistência da homeopatia e a consolidação do masculinismo ontem e hoje / Investigations on human ignorance: an introduction to the study of ignorance, followed by a sociological inquiry into the persistance of homeopathy and the consolidation of masculinism now and thenLenin Bicudo Barbara 04 June 2018 (has links)
As investigações aqui reunidas se encaixam nos âmbitos da sociologia cognitiva e, em menor medida, da sociologia da cultura. Seu objetivo principal é organizar e esclarecer alguns dos pro-blemas básicos colocados para o estudo sociológico da ignorância humana. Para alcançar esse objetivo, começo com uma discussão de ordem conceitual sobre a ignorância, encarando a ques-tão ontológica a respeito do que ela é, assim como a questão metodológica a respeito de como melhor apreendê-la de uma perspectiva sociológica. Esse passo ocupa a primeira parte da tese, e tais questões são enfrentadas mediante um diálogo crítico com a literatura disponível sobre a ignorância nas áreas da sociologia e da epistemologia. Na segunda parte da tese, busco pôr em movimento tais discussões teóricas, por meio de duas investigações empíricas ou estudos de caso independentes uma da outra. Tais investigações se baseiam em um amplo levantamento documental, centrado em duas diferentes correntes culturais, como prefiro chamá-las: a home-opatia e o masculinismo. O que justifica tomá-las como tópicos de um estudo sobre a ignorância humana é a circunstância de que, para que a homeopatia e o masculinismo sigam existindo como doutrinas \"vivas\" em torno das quais indivíduos diferentes se associam e que de fato orientam as tomadas de decisão de inúmeras pessoas que nelas tomam parte , é preciso que se perpetue a ignorância de certos fatos passíveis de serem conhecidos com alguma facilidade, no contexto atual. Espero que, ao escrutinar, em contexto, esses dois sistemas de crença am-bos insustentáveis, à luz do estoque de conhecimento hoje à nossa disposição , avancemos na compreensão da lógica interna da ignorância e de seu condicionamento social, em particular quando o que está em jogo é a persistência das más ideias; além disso, também espero que as investigações aqui apresentadas lancem alguma luz sobre os limites da abordagem sociológica da ignorância e de outros fenômenos cognitivos aparentados a ela. / The inquiries assembled here belong primarily to the field of cognitive sociology and, to a lesser extent, to the sociology of culture. Their main goal is to sort out and clarify some of the major problems pertaining a sociological approach to the topic of human ignorance. To reach said goal, I start with a conceptual discussion of ignorance, addressing the ontological question as to what ignorance is, as well as the methodological one as to how we should appropriately grasp it from a sociological point of view. This step comprises the first part of the thesis, and said questions are tackled by means of a critical exchange with the available literature on ignorance in the fields of sociology and epistemology. In the second part of the thesis, I endeavor to bring such theoretical discussion into play by presenting two independent empirical inquiries or case studies. These are grounded on a broad documentary research I conducted on two distinct cultural currents, as I call them: namely homeopathy and masculinism. The rationale behind the choice of the aforementioned subjects is that the perpetuation of ignorance of facts one could easily know given the cognitive resources presently available is key to the endurance of both homeopathy and masculinism as \"living\" doctrines as unique belief systems around which individuals coming from different backgrounds associate with each other, and which help to shape the decision making process of a number of those individuals. I hope that, through a detailed and context-sensitive scrutiny of each of these sets of ideas both of which, as I uphold, are greatly at odds with the stock of knowledge currently available to us some insight into the inner workings of ignorance and its social conditioning may be obtained, particularly when it comes to the persistence of unsound ideas; furthermore, I hope that the theoretical and empirical inquiries presented here may shed some light upon the limits of a sociological take on ignorance and other related cognitive phenomena.
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