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Modelos de evolução e colocação dos grantitos paleoproterozóicos da Suíte Jamon, SE do Cráton AmazônicoOLIVEIRA, Davis Carvalho de 27 October 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-10-27 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A Suite Jamon de 1.88 Ga e diques associados são intrusivos em granitóides arqueanos
(2.97-2.86 Ga) do Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria a sul da Serra dos Carajás, no SE do
Craton Amazônico. Aspectos petrográficos e geoquímicos associados a estudos de
susceptibilidade magnética e aerogeofísica mostraram que os plútons da Suíte Jamon são
normalmente zonados. Relações de magma mingling indicam injeções múltiplas de magma na
construção dos plutons. Eles foram formados, em geral, por dois pulsos magmáticos: (1) um
primeiro pulso magmático foi fracionado in situ após a colocação em níveis crustais rasos
gerando uma série de monzogranitos equigranulares grossos com proporções variáveis de biotita
e hornblenda; (2) um segundo pulso, ligeiramente mais jovem, localizado nas porções centrais
dos plutons, é composto de um magma mais evoluído de onde leucogranitos equigranulares
derivaram. Intrusões anelares são identificadas no plúton Redenção. O zoneamento magmático é
marcado por um decréscimo do conteúdo modal de minerais máficos, das razões plagioclásio/Kfeldspato
e anfibólio/biotita e do conteúdo de anortita do plagioclásio. O conteúdo de TiO2, MgO,
FeOt, CaO, P2O5, Ba, Sr e Zr diminuem e os de SiO2, K2O e Rb aumentam na mesma direção. A
diferenciação magmática foi controlada pelo fracionamento das fases minerais cristalizadas
precocemente, incluindo anfibólio ± clinopiroxênio, andesina-oligoclásio cálcico, ilmenita,
magnetita, apatita e zircão. A Suíte Jamon é subalcalina, metaluminosa a peraluminosa e possui
assinatura geoquímica de granitos intraplaca do tipo-A. A ocorrência de magnetita e titanita, bem
como os altos valores de susceptibilidade magnética demonstra que os granitos da Suíte Jamon
foram formados em condições oxidantes. Granitos tipo-A oxidados possuem altas razões de
FeOt/(FeOt+MgO), TiO2/MgO e K2O/Na2O e baixos valores de CaO e Al2O3 comparado aos
granitos cálcio-alcalinos. Porém, o caráter oxidado da Suíte Jamon são similares aos granitos
mesoproterozóicos do tipo-A da série magnetita do SW da América do Norte e difere dos
granitos rapakivi reduzidos do Escudo da Fennoscandia e das suítes Serra dos Carajás e Velho
Guilherme da Província Mineral de Carajás em vários aspectos, provavelmente pela diferença de
fontes magmáticas. A Suíte Jamon cristalizou próximo ou levemente acima do tampão óxido
níquel-níquel (NNO) e uma fonte biotite-honblende quartzo-dioritica sanukitoid arquena foi
proposta para os magmas oxizidados da Suíte Jamon.
O estudo gravimétrico indica que os plútons Redenção e Bannach são intrusões tabulares
com ~ 6.0 km e ~2.2 km de espessura máxima, respectivamente. Estes plútons possuem
dimensões lacolíticas e são similares neste aspecto aos clássicos plútons graníticos rapakivi. Os
dados gravimétricos sugerem que o crescimento da parte norte do pluton Bannach resultou da
amalgamação de plútons tabulares menores intrusivos em seqüência de noroeste a sudeste. Os
plútons da Suíte Jamon foram colocados em um ambiente tectônico extensional com o esforço
seguindo o trend NNE-SSW to ENE-WSW, como indicado pela ocorrência de enxames de diques
de diabásio e granito pórfiro, de orientação WNW-ESE a NNW-SSE e coexistentes com a Suíte
Jamon. Os plutons graníticos paleoproterozóicos e stocks de Carajás estão dispostos ao longo de
um cinturão que segue o trend geral definido pelos diques. A geometria tabular dos batólitos
estudados e o alto contraste de viscosidade entre os granitos e suas rochas encaixantes arquenas
pode ser explicado pelo transporte de magma via diques.
Os mecanismos responsáveis pela colocação dos plutons graníticos, em particular de
plutons anorogênicos do tipo-A, são ainda discutidos. Desse modo, estudo da trama magnética
através de medidas de anisotropia de susceptibilidade magnética (ASM) tem sido aplicado no
plúton Redenção na tentativa de compreender a sua história de colocação. Os altos valores de
suscetibilidade magnética (1 x 10-3 SI to 54 x 10-3 SI) indicam que a trama magnética é
controlada principalmente pelos minerais ferromagnéticos. Os baixos valores do grau de
anisotropia (P') e os aspectos texturais (ausência de feições deformacionais) indicam que a trama
magnética é de origem magmática. A trama magnética é bem definida e caracterizada por uma
foliação concêntrica de alto ângulo associada com lineações com mergulho moderado a fraco. A
falta de uma trama linear unidirecional bem definida na escala do plúton sugere uma influência
reduzida ou nula dos esforços (stresses) regionais durante a colocação do corpo granítico. A
forma tabular e a ocorrência de foliações magnéticas de alto ângulo são interpretadas
principalmente como resultado de: (1) ascensão vertical de magmas através de diques
alimentadores noroeste-sudeste e acomodação pela translação ao longo dos planos da foliação
regional E-W; (2) mudança do fluxo vertical para um espalhamento lateral do magma, com
subsidência do assoalho criando espaço para injeção de pulsos magmáticos sucessivos; (3)
expansão in situ da câmara magmática em resposta às intrusões mais tardias na porção central,
acompanhada pela injeção do magma residual através de fraturas anelares. / The 1.88 Ga, anorogenic, A-type Jamon suite and associated dikes intruded 2.97 – 2.86
Ga-old Archean granitoids of the Rio Maria Granite-Greenstone Terrane which lies to the south
of Serra dos Carajás, in the southeastern domain of the Amazon Craton, northern Brazil.
Petrographic and geochemical aspects associated with magnetic susceptibility and gamma-ray
spectrometry data showed that the Redenção and the northern part of Bannach plutons are
normally zoned, with mingling relationships that indicate multiple magma injections in their
construction. Both were formed by two magmatic pulses: (1) a first magma pulse which
fractionated in situ after shallow crustal emplacement and generated a series of coarse, evengrained
monzogranites with variable modal proportions of biotite and hornblende; (2) a second,
slightly younger magma pulse, localised in the center of both plutons, and composed of a more
evolved liquid from which even-grained leucogranites were derived. Seriated and porphyritic
biotite monzogranite facies intruded the coarse (hornblende)-biotite monzogranites and formed
anellar structures within the Redenção pluton. The magmatic zoning is marked by a systematic
decrease in mafic mineral modal content, plagioclase/potassium feldspar and amphibole/biotite
ratios, and anorthite content of plagioclase. TiO2, MgO, FeOt, CaO, P2O5, Ba, Sr, and Zr
decreased, and SiO2, K2O, and Rb increased in the same fashion. Magmatic differentiation was
controlled by fractionation of early crystallized phases, including amphibole±clinopyroxene,
andesine to calcic oligoclase, ilmenite, magnetite, apatite, and zircon. The Jamon suite is
subalkaline, metaluminous to mildly peraluminous, ferroan alkali-calcic, and displays
geochemical affinities with within-plate A-type granites. The ubiquitous occurrence of magnetite
and titanite as well as high magnetic susceptibility values demonstrate that granites of the Jamon
suite are oxidized in character. Oxidized A-type granites have high FeOt/(FeOt+MgO),
TiO2/MgO, and K2O/Na2O ratios and low CaO and Al2O3 compared to calc-alkaline granites. The
oxidized character of the Jamon suite makes it more akin to the USA Mesoproterozoic magnetiteseries
A-Ttype granites but differs from the reduced rapakivi granites of the Fennoscandian
Shield, and Serra dos Carajás and Velho Guilherme suites of the Carajás province, probably
because of different magmatic sources. The Jamon suite probably crystallized near or slightly
above the nickel-nickel oxide (NNO) buffer and an Archean sanukitoid biotite-hornblende quartz
diorite source was proposed for the oxidized Jamon magmas. Gravity modelling indicates that the Redenção and Bannach plutons are sheeted-like
composite laccolithic intrusions, ~6 km and ~2 km thick, respectively. These plutons follow the
general power law for laccolith dimensions and are similar in this respect to classical rapakivi
granite plutons. Gravity data suggest that the growth of the northern part of the Bannach pluton
was the result of the amalgamation of smaller sheeted-like plutons which successively intruded in
sequence from northwest to southeast. Jamon suite plutons were emplaced in an extensional
tectonic setting with the principal stress oriented approximately along NNE-SSW to ENE-WSW,
as indicated by the occurrence of diabase and granite porphyry dike swarms, orientated WNWESE
to NNW-SSE and coeval with the Jamon suite. The 1.88 Ga A-type granite plutons and
stocks of Carajás are disposed along a belt defined by the general trend of the dike swarms. The
inferred tabular geometry of the studied plutons can be explained by magma transport via dikes
and it is supported the high contrast of viscosity between the granites and their Archean country
rocks. Mechanisms responsible for emplacement of granitic plutons, and in particular of
anorogenic A-type plutons, are still debated. A magnetic fabric study derived from anisotropy of
magnetic susceptibility (AMS) measurements was applied to the Redenção pluton in order to
understand its emplacement history. High magnetic susceptibilities (K from 1 x 10-3 SI to 54 x 10-
3 SI) indicated that magnetic fabrics are primarily carried by ferromagnetic minerals (magnetite).
Low P' values and absence of intracrystalline deformation features indicated that the magnetic
fabric is of magmatic origin. The magnetic fabric is well organized and characterized by
concentric steep foliations associated with moderately to gently plunging lineations. The lack of a
well-defined unidirectional linear fabric at pluton scale suggests the reduced or null influence of
regional stresses during granite emplacement. Three stages are proposed for construction of the
Redenção pluton, which reconcile the tabular shape of the intrusion with the occurrence of steep
magnetic foliations: (1) ascent of magmas in vertical, northwest-striking feeder dikes and
accommodation by translation along east-west-striking regional foliation planes; (2) switch from
upward flow to lateral spread of magma with space for injection of successive magma pulses
created by floor subsidence; and (3) in situ inflation of the magma chamber in response to the
central intrusion of late facies, accompanied by evacuation of resident magmas through ring
fractures.
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