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Análise do padrão do uso de medicamentos em idosos no município de Goiânia, Goiás / Analysis of the pattern of drugs use in the elderly in Goiânia, Goiás

SANTOS, Thalyta Renata Araújo 30 March 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T15:29:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao Thalyta Renata Araujo Santos.pdf: 792912 bytes, checksum: 67d105d6aad2c80ad2b6ca4a9fd13fca (MD5) Previous issue date: 2012-03-30 / Introduction: The fact of elderly people live in a greater amount with chronic diseases, make the elderly a great consumer of health services and, probably, the most medicated group in the society. In this context serious problems arise, such as the use of multiple medications simultaneously (polypharmacy) that can lead to serious consequences to the elderly health. Another problem is the self-medication, which may exacerbate the associated risks with prescript drugs, delaying a diagnosis and masking a disease. There is, still, the use of drugs considered inappropriate for elderly, either by reducing the therapeutic efficacy or an increased risk of adverse effects that increase the advantages in elderly usage. Objective: Analyzing the pattern of use of medications in aged people in the city of Goiânia-GO, and associate it with socioeconomic aspects and with the self-rated health. Methods: A population-based study and cross-section, that evaluated the health of elderly in the city of Goiânia-GO. The data collection was carried out in December/2009 to April/2010 from 934 elderly. The questionnaire had questions about medications, in addition to information about self-rated health and socioeconomic profile. The drugs groups were classified according to the Anatomical Therapeutic Chemical and Classification-ATC. The inappropriate drugs for elderly were identified according to Beers Criteria. Used Mann Whitney (U) and Chi-square test, it was considered significant p<0.05. Results: Among 934 elderly participants of the survey, 783 (83.8%) had answered completely to the questionnaire. These 738 elderly used 2846 drugs (3.63 drugs/elderly). Women consumed more medication than men (3.94 and 3.06 respectively, p <0.001). The most frequently consumed drugs act on the cardiovascular system (38.6%). The prevalence of polypharmacy was 26.4% and 35.7% of the elderly told to practise self-medication. The drugs most commonly used by self-medication were the painkillers (30.8%). According to Beers-Fick Criteria, 24.6% of the elderly used inappropriate drugs, 90.2% of these drugs came from a current prescription. The inappropriate drugs more consumed were benzodiazepines (34.2%). Women, widows, elderly with 80 years or more and those who had a worse self-rated health practiced more polypharmacy (p<0.05). Elderly people with lower education and with worse self-rated health practiced more self-medication (p<0.05). Conclusions: The results of this study showed that the pattern of drug use by elderly of Goiânia was similar to that found in elderly people from other regions of Brazil. Since the number of drugs used, the prevalence of polypharmacy and self-medication practices and the use of inappropriate drugs were within the national average. Women, widows, aged 80 years or more and those who consider their health as poor more often practiced polypharmacy, the largest self-medication was associated with a lower education and poorer self-rated health. / Introdução: A maior convivência com doenças crônicas faz dos idosos grandes usuários de serviços de saúde e possivelmente o grupo mais medicalizado da sociedade. Nesse contexto surgem sérios problemas, como o uso de vários medicamentos concomitantemente (polifarmácia) que pode levar a sérias consequencias à saúde do idoso. Pode ser citada também a prática da automedicação, que pode acentuar os riscos relacionados aos medicamentos prescritos, retardar um diagnóstico e mascarar uma doença. Além disso, têm-se o uso de medicamentos considerados impróprios para o idoso, seja por redução da eficácia terapêutica ou por um risco aumentado de efeitos adversos que superam seus benefícios. Objetivo: Analisar o padrão do uso de medicamentos em idosos no município de Goiânia, Goiás e associá-lo com aspectos socioeconômicos e com a autopercepção de saúde. Métodos: Estudo de base populacional e delineamento transversal, que avaliou o uso de medicamentos em idosos no município de Goiânia-GO. Foram coletados dados de 934 idosos no período entre dezembro/2009 e abril/2010. No questionário aplicado havia questões sobre medicamentos, além de informações sobre autopercepção de saúde e o perfil socioeconômico. Os medicamentos usados pelos idosos foram classificados segundo o Anatomical Therapeutic and Chemical Classification-ATC. Os medicamentos impróprios para idosos foram identificados segundo Critério de Beers-Fick. Utilizou-se Teste de Mann Whitney (U) e Qui-quadrado, considerando significativo p<0,05. Resultados: Dos 934 idosos participantes do inquérito, 783 (83,8%) responderam completamente ao questionário. Esses 783 idosos usavam 2.846 medicamentos (3,63 medicamentos/idoso). As mulheres usavam mais medicamentos que os homens (3,94 e 3,06 respectivamente, p<0,001). Os medicamentos mais usados atuam no aparelho cardiovascular (38,6%). A prevalência de polifarmácia foi de 26,4% e 35,7% dos idosos relatou praticar automedicação. Os medicamentos mais usados por automedicação foram os analgésicos (30,8%). Segundo os critérios de Beers-Fick, 24,6% dos idosos usava pelo menos um medicamento considerado impróprio, 90,2% desses medicamentos era proveniente de uma receita médica atual. Os medicamentos impróprios mais usados foram os benzodiazepínicos (34,2%). Mulheres, viúvos, idosos com 80 anos ou mais e os que apresentaram pior autopercepção de saúde praticavam mais a polifarmácia (p<0,05). Idosos com menor escolaridade e com pior autopercepção de saúde praticavam mais a automedicação (p<0,05). Conclusões: Os resultados desse estudo mostraram que o padrão do uso de medicamentos por idosos goianieneses foi semelhante ao encontrado em idosos de outras regiões do Brasil. Visto que o número de medicamentos usados, a prevalência das práticas da polifarmácia e automedicação e o uso de medicamentos impróprios estiveram dentro da média nacional. Mulheres, viúvos, idosos com 80 anos ou mais e aqueles que consideram sua saúde como ruim praticavam com maior frequência a polifarmácia; a maior prática da automedicação esteve associada com uma menor escolaridade e uma pior autopercepção de saúde.

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