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Reconstituição paleoambiental baseada no estudo de mamíferos pleistocênicos de Maravilha e poço das trincheiras, Alagoas, nordeste do BrasilLuiz Lopes da Silva, Jorge 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas / Este trabalho teve por objetivo o estudo sistemático, tafonômico, geomorfológico,
sedimentológico, geoquímico e geocronológico de mamíferos pleistocênicos dos municípios de
Maravilha e Poço das Trincheiras, Alagoas, para a sugestão de um modelo paleoambiental. Além
disso, foram tomadas medidas para a preservação desse patrimônio. As fazendas Ovo da Ema
(Maravilha) e Quandu (Poço das Trincheiras) se destacam pela presença de pequenas depressões
em rochas gnáissicas preenchidas por fluxo de detritos neogênicos e fósseis conhecidas como
tanques. Geomorfologicamente a região situa-se em pedimento detrítico dissecado a 350 m, junto
a inselbergs e serras. Após etapas de prospecção e escavações, foram selecionados três jazigos
fossilíferos, coletados 2600 ossos e dentes, fragmentados e completos, de mamíferos da
megafauna, que foram identificados e depositados na coleção paleontológica do MHN-UFAL. A
geometria dos tanques acompanha o relevo das depressões, formados por três camadas
sedimentares com predomínio granulométrico de lama arenosa. Os fósseis encontram-se
principalmente concentrados na primeira ou segunda camada, formando associações do tipo
monotípica-poliespecífica. Houve preservação da biomineralização original da fluorapatita e
substituição por herderita. Foram identificados seis táxons de mamíferos: Toxodon sp. (o
calcâneo encontrado sugere uma possível nova espécie), Eremotherium laurillardi,
Stegomastodon waringi e Palaeolama major (primeiro registro de ocorrência em Alagoas),
Xenorhinotherium bahiense também um Felidae (primeiro registro de ocorrência em Alagoas).
Segundo as datações por ESR, essa megafauna viveu na região pelo menos entre 42.972 (±
3.689) e 10.816 (± 1.914) anos. O paleoambiente provável é de savana arbórea-arbustiva
tendendo ao xeromorfismo, com predomínio de plantas C3 seguido de plantas CAM. Para
proteger e divulgar o patrimônio fossilífero está em implantação uma Unidade de Conservação.
Um museu paleontológico foi criado na cidade de Maravilha, que passou a ser a primeira cidade
brasileira a ter um museu voltado para os megamamíferos da fauna pleistocênica
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