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BIOPOLÍTICA, GRIPE A (H1N1) E MÍDIA: O QUE PODE UM PORCO? / BIOPOLITICS, INFLUENZA A (H1N1) AND MEDIA: WHAT CAN A PIG?Corrêa, Guilherme 23 March 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study aimed to analyze how biopolitics encompasses the dis-media courses in a
newspaper circulating in the central region of Rio Grande do Sul on Influenza A (H1N1),
seeking to make visible how the institutional and discursive practices and are cross the subjects.
As specific objectives, we aim to identify, in the symbolic forms of the newspaper, the
ways in which population health can become the target of a power over life, and recognize the
different elements disciplinary power bodies emphasized the symbolic forms and check discursive
elements present in symbolic forms that may be contributing to make living biotechnologies.
Initially a theoretical review of the main references on Sovereignty, Biopower, Discipline,
and Biopolitics Biotechnologies. Following were recovered information about the
development of epidemiology as a science is responsible for monitoring the health of populations
especially in large cities, through different paradigms regarding the disease and its possible
triggering factors, culminating in the development of modern epidemiology . Still follows
a genealogy research concerning the influenza virus and its spread across the globe for
about 2000 years, emphasizing the H1N1 viral strain. The following parts deal with smallpox
vaccination in 1904 and vaccination of Pandemic Influenza A (H1N1) in 2009, the means of
mass communication. In the final part presents the analysis of the reports, noting biopolitics in
general and its consequences regarding the disciplining of bodies, production of knowledgepower,
a standard society, pharmaceuticals and medicalization. From a genealogical perspective
of historic, aimed at understanding the conditions that enable the emergence and permanence
of discursive practices, we analyzed a total of 291 articles published during the month
of July 2009, a period considered critical due to the number of deaths registers resulting from
the pandemic of influenza A (H1N1). As a result of research, can be observed the influence of
mass media and the symbolic elites have on the subject due to the constructions of symbolic
material transmitted by the media, which ultimately have an effect not only on the bodies of
the subjects, but the dynamics of populations. / A presente pesquisa teve como objetivo analisar como a biopolítica perpassa os discursos
midiáticos de um jornal de circulação na região central do estado do Rio Grande do Sul
sobre Gripe A (H1N1), buscando tornar visível como as práticas institucionais e discursivas
atravessam e constituem os sujeitos. Como objetivos específicos, visamos identificar, nas
formas simbólicas do jornal, os modos pelos quais a saúde da população pode se tornar alvo
de um poder sobre a vida; reconhecer os diferentes elementos de disciplinararização dos corpos
ressaltados nas formas simbólicas e averiguar elementos discursivos presentes nas formas
simbólicas que podem estar contribuindo para se fazer viver as biotecnologias. Inicialmente
foi realizada uma revisão teórica sobre as principais referências sobre Soberania, Biopoder,
Disciplina, Biopolítica e Biotecnologias. Após, foram resgatadas informações sobre o desenvolvimento
da epidemiologia enquanto ciência responsável por monitorar a saúde das populações
especialmente nas grandes cidades, passando pelos diferentes paradigmas referentes às
doenças e seus possíveis fatores desencadeantes, até culminar no desenvolvimento da epidemiologia
contemporânea. Segue ainda uma genealogia das pesquisas referentes ao vírus Influenza
e sua propagação pelo globo durante aproximadamente 2000 anos, dando ênfase a cepa
viral A H1N1. As partes seguintes tratam da vacinação da varíola em 1904 e da vacinação da
Pandemia de gripe A (H1N1) no ano de 2009; dos meios de comunicação de massa. Na parte
final apresenta-se a análise das reportagens, atentando para a biopolítica de forma geral e seus
desdobramentos referentes à disciplinarização dos corpos, produção de saber-poder, normalização
da sociedade, indústria farmacêutica e medicalização. Sob uma ótica da genealogia histórica,
que visa o entendimento das condições que possibilitam o surgimento e permanências
de práticas discursivas, foram analisadas um total de 291 reportagens veiculadas durante o
mês de julho de 2009, período este considerado crítico devido ao número de mortes registradas
decorrentes da pandemia da gripe A (H1N1). Como resultado da pesquisa, pode-se observar
a influência que as mídias de massa e as elites simbólicas exercem sobre os sujeitos devido
às construções de material simbólico transmitidos pelos meios de comunicação, que acabam
por surtir efeito não só nos corpos dos sujeitos, mas nas dinâmicas das populações.
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