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Avaliação dos efeitos antigenotóxicos e antimutagênicos do pré-tratamento com melatonina em um modelo de câncer de pele do tipo melanoma em camundongosLongaretti, Luiza Martins January 2018 (has links)
Dissertação de Mestrado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde. / Introdução: Os cânceres foram as doenças crônicas não transmissíveis responsáveis por cerca de 75% das mortes no Brasil em 2016. O melanoma é um câncer de pele que acomete os melanócitos e devido ao seu alto potencial metastático em pulmão, fígado, cérebro e ossos, é responsável pelo maior número de mortes relacionado aos cânceres de pele. As causas do melanoma podem ser de origens genéticas e ambientais, sendo que a radiação ultravioleta do tipo A é a mais importante no desenvolvimento deste câncer, levando à formação de espécies reativas de oxigênio que podem danificar macromoléculas, tais como o DNA. Nesse contexto, antioxidantes estão sendo estudados com o objetivo de atenuar os danos causados pelo melanoma, sendo assim, a melatonina se encaixa neste cenário por suas propriedades antitumorais, anti-inflamatórias e potencial eliminação de radicais livres. Várias pesquisas têm estudado o efeito da melatonina em pessoas com cânceres de pele, sendo que este hormônio tem se mostrado eficaz em diminuir os danos ao DNA. Com isso, os objetivos deste trabalho foram avaliar os efeitos do pré-tratamento com melatonina sobre parâmetros genéticos em um modelo experimental de câncer de pele do tipo melanoma. Metodologia: Para tanto, foram utilizados 32 camundongos machos C57BL/6, divididos em quatro grupos: Grupo 1 - Animais com 30 dias de idade que iniciaram o consumo de veículo (água + etanol 0,004%), receberam tampão fosfato (PBS) aos 60 dias de idade e continuaram o consumo de veículo por mais 30 dias (n=6), Grupo 2 – Animais com 30 dias de idade que iniciaram o consumo de melatonina, com administração de PBS aos 60 dias de idade e continuaram com o consumo de melatonina por mais 30 dias (n=6); Grupo 3 – Animais com 30 dias de idade que iniciaram o consumo de veículo (água + etanol 0,004%), receberam células de melanoma B16F10 aos 60 dias de idade e continuaram com consumo de veículo por mais 30 dias (n=10); Grupo 4 – Animais com 30 dias de idade que iniciaram o consumo de melatonina, receberam administração de células de melanoma B16F10 aos 60 dias de idade e continuaram com o consumo de melatonina por mais 30 dias (n=10). As células de melanoma foram inoculadas na pata traseira direita e o tumor foi quantificado ao término do experimento. Ao final dos tratamentos, a amostra sanguínea foi coletada e os animais foram submetidos à eutanásia e as amostras biológicas sangue, pulmão, fígado, córtex e medula óssea foram coletadas para as análises genotóxicas, através do Ensaio Cometa, Teste de Micronúcleos e avaliação de metástases. Resultados: A indução do câncer foi demonstrada através da
medida do tumor na pata dos animais. Além disso, o tumor causou danos ao DNA nos tecidos analisados em ambos os parâmetros avaliados, Índice de Danos e Frequência de Danos, sendo que a melatonina foi capaz de reverter estes danos em sangue, fígado, córtex e medula óssea. Não foram observadas metástases nos tecidos analisados. Conclusão: Os resultados demonstram que a melatonina apresentou efeitos antigenotóxicos e antimutagênicos frente a este modelo de câncer de pele do tipo melanoma.
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