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Memória adaptativa e plantas medicinais : o desempenho mnésico humano potencializado para a sobrevivência

SILVA, Risoneide Henriques da 08 February 2018 (has links)
Submitted by Mario BC (mario@bc.ufrpe.br) on 2018-06-05T14:00:23Z No. of bitstreams: 1 Risoneide Henriques da Silva.pdf: 2067815 bytes, checksum: dea36f34f47e13ed52823ac28ce9f05c (MD5) / Made available in DSpace on 2018-06-05T14:00:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Risoneide Henriques da Silva.pdf: 2067815 bytes, checksum: dea36f34f47e13ed52823ac28ce9f05c (MD5) Previous issue date: 2018-02-08 / Understanding how the evolution of the human naturalist mind is part of the field of interest in Evolutionary Ethnobiology has sought evidence to understand how the relationship between people and natural resources has evolved using different tools and insights from various scientific fields. In this perspective, the present work uses theoretical and methodological tools of Evolutionary Psychology and part of the theoretical scenario of adaptive memory as a key concept for the understanding of the human naturalistic mind. Considering that the human mind evolved to prioritize information relevant to survival and reproduction, in the present work we used as a model medical practices for the use of medicinal plants and an experiment was designed based on protocols of adaptive memory studies to test the hypothesis that memory adapts to the process of recall and retention of medicinal plant information. We consider as medicinal plants of greater adaptive value those destined to treat chronic diseases and infectious transmissible and as of less adaptive value those destined to treat common affections. Emerging and re-emerging diseases were used to verify a possible compliance bias and plants to treat aesthetic problems were considered as of little adaptive relevance. Our results demonstrate that medicinal plants used in the treatment of common conditions, considered of lower severity, were first remembered and retained in the participants memory. Previous experience with the disease and its frequency in the population may have acted as a trigger for its prioritization, suggesting the existence of a memory flexibility to remember this information rather than a rigid system to remind them as suggested by adaptive memory. / Entender como se deu a evolução da mente naturalista humana faz parte do campo de interesse da Etnobiologia Evolutiva, que tem buscado evidências para compreender como evoluiu a relação entre pessoas e recursos naturais utilizando-se de diferentes ferramentas e insights de diversos campos científicos. Dentro dessa perspectiva, o presente trabalho utiliza-se de ferramentas teóricas e metodológicas da Psicologia Evolutiva e parte do cenário teórico da memória adaptativa como conceito chave para o entendimento da mente naturalista humana. Considerando que a mente humana evoluiu para priorizar informações relevantes a sobrevivência e reprodução, no presente trabalho, utilizamos como modelo práticas médicas de uso de plantas medicinais e foi delineado um experimento baseado em protocolos de estudos de memória adaptativa para testar a hipótese de que a memória adaptativa interfere no processo de recordação e retenção de informações de plantas medicinais. Consideramos como plantas medicinais de maior valor adaptativo aquelas destinadas a tratar doenças crônicas e infecciosas transmissíveis e como de menor valor adaptativo aquelas destinadas a tratar afecções comuns. Doenças emergentes e reermegentes foram utilizadas para verificar um possível viés de conformidade1 e plantas para tratar problemas estéticos foram tidas como de pouca relevância adaptativa. Nossos resultados demonstram que plantas medicinais usadas no tratamento de afecções comuns, consideradas de menor gravidade, foi prioritariamente recordada e retida na memória dos participantes. A experiência prévia com a doença e sua frequência na população pode ter atuado como um gatilho para a sua priorização, sugerindo a existência de uma flexibilidade da memória para recordar essas informações ao invés de um sistema rígido para lembrá-las assim como sugere a memória adaptativa.

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