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Hidratação descontínua como estratégia adaptativa de sementes da exótica invasora Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit (Fabaceae)Castro, Raphaela Aguiar de 21 February 2018 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / São Cristóvão, SE / A passagem de sementes por ciclos de hidratação e desidratação permite a manutenção
da viabilidade de espécies em ambientes áridos e semiáridos, com vantagens na
germinabilidade e aumento de tolerância a estresses abióticos. Se espécies exóticas invasoras
possuírem essa estratégia adaptativa seria mais uma vantagem sobre as nativas no processo de
invasão. Dentre as invasoras, na Caatinga, destaca-se a Leucaena leucocephala (Lam.) de
Wit. O objetivo deste estudo foi determinar se L. leucocephala possui memória hídrica nas
sementes e avaliar se a hidratação descontínua confere maior tolerância aos estresses
abióticos. Para tal, foi determinada a curva de embebição da espécie, onde foram
determinados três pontos correspondentes aos tempos X, Y, e Z. Com esses tempos, as
sementes foram submetidas aos ciclos de hidratação e desidratação com posterior análise de
germinação sem estresse, apara avaliar a influência dos ciclos na memória hídrica, e sob
estresses hídrico, salino (-0,1; -0,3; -0,6 e -0,9 MPa) e térmico (10 à 40 oC). Os resultados
foram submetidos à análise de variância fatorial com três fatores (tempos de hidratação, ciclos
de HD e potenciais osmóticos) e as médias comparadas a posteriori pelo teste de Tukey.
Também foi realizada uma modelagem para determinar limites de potencias osmóticos e de
temperatura para ocorrência de L. leucecephala. As sementes da exótica invasora não
possuem memória hídrica, com baixa tolerância ao estresse hídrico. De acordo com a
modelagem, sem passar pelos ciclos, a tolerância máxima de estresse hídrico é de -1,65 MPa.
L. leucocephala é resistente à salinidade do solo e os ciclos aumentam a tolerância, nos
maiores estresses, chegando a valores inferiores à -2,0 MPa, de acordo com a modelagem. L.
leucocephala possui ampla tolerância a mudanças de temperatura, sem diferença de 15 à 35o
C e influência positiva da passagem pelos ciclos na maior temperatura testada. A plasticidade
de L. leucocephala, que não é prejudica com a hidratação descontínua e melhora desempenho
após os ciclos de HD, sob estresse mais elevados de salinidade e de temperatura, ressalta a
necessidade de controlar e erradicar a formação de seus bancos de sementes na Caatinga.
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