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Uma leitura sobre a construcÃÃo do personagem mendigo em trÃs contos brasileiros contemporÃneosLaura LucÃa Careaga Quiroga 00 April 2018 (has links)
nÃo hà / Este trabalho se propÃe a analisar e comparar os contos âOs olhos dos pobres
â
(2016)
de JuliÃn
Fuks
, âRecortes de
Hannahâ (2016),
de Cristhiano Aguiar
e âA exata distÃncia da vulva ao
coraÃÃo
â
(2014), de MarÃal Aquino
.
Esses sÃo
contos de autores contempor
Ãneos brasileiros,
publicados pelas
editoras
Malha Fina Cartonera
,
Mariposa Cartonera
e pela revista de
circulaÃÃo on
-
line
GalerÃas.Cuadernos de TraducciÃn
,
respetivamente
.
A
perspe
ctiva
adotada
segue a propos
ta
crÃtica de Josefina Ludmer (2010), que procura chamar a atenÃÃo para as
mudanÃas no estatuto da literatura, es
pecificamente a partir dos anos 2000. No primeiro
C
apÃtulo apresentam
-
se as particularidades das ediÃÃes em relaÃÃo ao contexto do mercado
editorial
â
global e local
â
atual. O apoio teÃrico para isto à de Schiffrin (2006), Darton (2009),
Muniz Jr. (2016),
Bilbija e Carabajal (2009) entre outros. No segundo
C
apÃtulo à abordado o
problema central da pesquisa: a construÃÃo do personagem
mendigo
e suas relaÃÃes com os
outros personagens, de posiÃÃes sociais favorecidas.
R
ecorre
-
se a
Candido (1
964), Hamon
(1972
)
,
Pellegrini
(
2012), Dalcastagnà (2003, 2005), Geremek (1995)
,
d
entre outros
.
No
terceiro
C
apÃtulo vincula
-
se
a
anÃlise
dos personagens co
m a
espacialidade: a
configuraÃÃo da
cidade
. O
Ãmbito
teÃrico à de
BrandÃo (2005),
Gomes
(1994),
Bourdieu (2013).
A hipÃtese
de
leitura que sustenta este trabalho considera
que a realidade que os contos fabricam (LUDMER,
2010) visibiliza, nos trÃs
casos, relaÃÃes sociais desiguais que se encontram naturalizadas
entre
os personagens
. Mas a construÃÃo d
estes Ãltimos
e d
a
cidade, atravÃs
das quais a visibiliza
Ã
Ão
à atingida, aparece como singular em cada conto. Aborda
-
se a noÃÃo de singularidade, assim
como a de â fÃbrica de realidadeâ a partir da leitura das transformaÃÃes do realismo na literatura
contemporÃnea, seguin
do Pellegrini (2012), Speranza (2001, 2005), Contreras (2006, 2013),
Kohan (2005). Este debate, por sua vez, aprofunda
-
se no
A
pÃndice. / Este trabajo se propone analizar y comparar los cuentos âOs olhos dos pobresâ (2016) de JuliÃn Fuks, âRecortes de Hannahâ (2016), de Cristhiano Aguiar y âA exata distÃncia da vulva ao
coraÃÃoâ (2014),de MarÃal Aquino. Se trata de cuentos de autores contemporÃneos brasileros, publicados por las editoras Mariposa Cartonera, Malha Fina Cartoneray por la revista de circulaciÃn online GalerÃas.Cuadernos de TraducciÃn. La perspectiva adoptada sigue la propuesta crÃtica de Josefina Ludmer (2010), quien procura llamar la atenciÃn hacia las transformaciones en el estatuto de la literatura, especÃficamente a partir de los aÃos 2000. En el primer CapÃtulo se presentan las particularidades de las ediciones en relaciÃn al contexto del mercado editorial â global y local - actual. El apoyo teÃrico es de Schiffrin (2006), Darton(2009), Muniz Jr. (2016), entre otros. En el segundo CapÃtulo se aborda el problema central de la investigaciÃn: la construcciÃn del personaje mendigoy sus relaciones con los otros personajes, de posiciones sociales favorecidas. Para esto se recurre a Candido (1964), Hamon (1972), Dalcastagnà (2003, 2005), Geremek (1995), entre otros. En el tercer CapÃtulo, se vincula la construcciÃn de los personajes con la espacialidad: la configuraciÃn de la ciudad. El apoyo teÃrico es deBrandÃo (2005), Gomes (1994), Bourdieu (2013).
La hipÃtesis de lectura que conduce este trabajo considera que la realidad que los cuentosfabrican (LUDMER, 2010) visibiliza, en los tres casos, relaciones sociales desiguales que se encuentran naturalizadas. Pero la construcciÃn de los personajes y de la ciudad a travÃs de las cuales esta realidad es fabricada aparece como singular en cada cuento. Se aborda esta nociÃn de singularidad, asà como la de âfÃbrica de realidadâ a partir de la lectura delas transformaciones del realismo en la literatura contemporÃnea, siguiendo a Pellegrini (2012), Speranza (2001,2005), entre otros. Este debate es profundizado en el ApÃndice.
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Os mendigos de likesLima, Letícia Vargas de 29 June 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The subject and its relation with the social ties, its behaviours and habits, are deeplly recreated
facing the changes brought up by internet.Therefore, it has been an important researching
field, given that its impacts to subjectivity are impossible to avoid. In this context, specially
on Facebook, one may find a subject who spends most of its time on-line in its sui generis
condition: beggars of likes. A subject who begs, tries to attract by image (not always his
image), who bargains, who makes a marketing of itself to be. Beg for what? Likes, followers,
friends, atention, popularity... beg for love. Turning the atention to this subject, this research
aims generally to understand the pathos which works as a trigger for the daily battle of the
beggars of likes in a social net, aiming to reach its targets. To enter the virtual environments
of the beggars of likes, we use the etnographic method as a standard. We used the main
instrument of the etnography, the field diary, and its excelence in exploring the stranger. The
data analysis, as well as all the conception of the research, has been sustained by the Freudian
psychoanalytic theory and some detailed concepts from Lacan. We also used the clinical
position of the Fundamental Psychopathology, given that it bends towards the pathos, main
objective of this research. From the life in the field, we extract elements which were splitted
in three topics which will be better worked on: the beggar of likes , the Add game and
Bruna França: to be or not to be a fake . An etymological approach between the words
virtual/pulse and like/mock made it possible to discuss these subjects, leading to the place of
the subject nowadays, specially on-line. We noticed that, under other clothing and new
contexts, the unconscient subject, derived from the pulse, keeps on searching for ways to
fulfill its structural emptiness, which always leads in frustration. Beggars of likes, thanks to
the peculiarities of their acting field, soon meet this devastating pleasure which holds them to
a repetition which defines their pathos and their condition. / O sujeito e sua relação com o laço social, seus comportamentos e hábitos, estão
profundamente reformulados diante das mudanças trazidas pela internet. Por isso, ela tem sido
um importante campo de pesquisa, já que os impactos à subjetividade são inevitáveis. Neste
contexto, mais especificamente em um site de rede social, o Facebook, encontramos um
sujeito que passa a maior parte do tempo na rede de internet em uma condição sui generis: a
de mendigo de likes. Um sujeito que implora, que tenta atrair pela imagem (mesmo que não
seja a sua), que negocia, que faz marketing de si para mendigar. Mendigar o quê? Curtidas,
seguidores, amigos, atenção, popularidade... mendigar amor. Voltando a atenção para esse
sujeito, o objetivo geral desta pesquisa visa compreender o pathos presente como pano de
fundo e que impulsiona a batalha diária travada pelo mendigo de likes em uma rede social, a
fim de conseguir atingir suas metas. Para entrar nos nichos virtuais frequentados pelo
mendigo de likes, utilizamos o método etnográfico como paradigma. Apropriamo-nos
especificamente do principal instrumento da etnografia, o diário de campo, e da sua
excelência em desvelar o estrangeiro. A análise dos dados, bem como toda a concepção da
pesquisa, foi sustentada pela teoria psicanalítica de base freudiana e por alguns conceitos
aprofundados por Lacan. Utilizamos também a posição clínica da Psicopatologia
Fundamental, uma vez que esta tem como peculiaridade o ato de se inclinar diante do pathos,
principal objetivo desta pesquisa. Da vivência no campo, extraímos elementos que foram
divididos em três tópicos para serem melhor trabalhados: a mendiga de likes , o jogo do
Add e Bruna França: ser ou não ser um fake . Uma aproximação etimológica entre os
termos virtual/pulsão e curtir/gozar possibilitou uma discussão destes temas apontando para o
lugar do sujeito na contemporaneidade e, sobretudo, na internet. Percebemos que, sob outras
roupagens e em novos contextos, o sujeito do inconsciente, derivado da pulsão, continua a
buscar formas de tamponar o vazio que lhe é estrutural, o que sempre acaba em frustração. Os
mendigos de likes, graças às peculiaridades do seu campo de atuação, logo se encontram com
este gozo devastador que os prende em uma repetição que define seu pathos e sua condição. / Mestre em Psicologia Aplicada
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